Se é importante a acção dos Padres, não o é menos a acção dos leigos que se empenham a ser fermento da massa e "estão na linha da frente da vida da Igreja", como afirmou Pio XII. Por meio deles, a Igreja está mergulhada na sociedade. Por isso, devem ter a consciência, cada vez mais clara, não só de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja; isto é, a comunidade dos fiéis sobre a terra, sob a orientação do chefe comum, o Romano Pontífice, e dos bispos em comunhão com ele.
"No anúncio e no testemunho de Jesus Cristo, como notícia nova e portadora de alegria – escrevia, em 1988, João Paulo II na Exortação Apostólica depois do Sínodo dos Leigos – os fiéis leigos têm um papel original e insubstituível: por meio deles a Igreja de Cristo está presente nos mais variados sectores do mundo, como sinal e fonte de esperança e de amor".
O trabalho primeiro que se espera de um leigo é que seja luz e sal no ambiente onde vive e trabalha. Ele deve ajudar as pessoas a descobrirem e a amarem Jesus cristo como Salvador enviado por Deus ao mundo.
Depois, eles devem ajudar a Comunidade nos diversos sectores que lhes competem: a catequese, a gestão económica, a acção sócio-caritativa, a animação litúrgica, etc.
Nas zonas onde os sacerdotes são poucos, eles são mesmo chamados a assumir tarefas que tradicionalmente eram desempenhadas por clérigos: levar a Eucaristia aos doentes, fazer funerais, presidir a celebrações da Palavra, etc..
Que seria da Igreja sem o trabalho dos leigos? Só na catequese da infância, dos jovens e dos adultos trabalham quase cem mil portugueses. Quantos mais estão nos coros litúrgicos, nos grupos de acção social, nas comissões de igrejas e capelas e em muitos outros serviços?
Todos – padres e leigos – não somos demais para levar e ajudar a viver o Evangelho de Jesus Cristo.
In O Amigo do Povo
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