sábado, 28 de agosto de 2021

Sociedade trata idosos como «canalha» – D. António Couto

Autor do livro «O lado de cá da meia-noite», o bispo de Lamego pede uma Igreja «a fazer-se», que seja mais familiar, e receia que a Assembleia dos Bispos sobre a Sinodalidade seja «um conjunto de relatórios»

O bispo de Lamego afirmou que o tempo de pandemia é “já um tempo de esperança” e lamenta que a sociedade trate as pessoas idosas como “canalha”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. António Couto afirma a importância de “fazer a experiência” da proximidade às pessoas e da visita aos locais mais isolados para decidir não só com “relatórios e papéis”.

“Tenho dito aos políticos que aqui vêm e falam comigo: façam esta experiência. A Assembleia da República devia fazer esta experiência e depois não sei se fariam a leis que fazem. A política nacional, central, deveria debruçar-se sobre estas realidades, não recebendo papéis e relatórios, porque isso não dói nada”, refere o bispo de Lamego.

Autor do livro ‘O lado de cá da meia-noite’, D. António Couto pede um regresso à Bíblia, um livro “de cultura”, que chama à humanidade e mostra caminhos “intransitivos”.

O bispo de Lamego lamenta que a cultura dominante queira resumir a Bíblia a um livro de fé e indica que, a par da “cultura grega, que continua através dos tempos”, da qual o homem contemporâneo é herdeiro, “há que ter na outra mão a Bíblia, um livro de excelência”.

“O que nos traz a Bíblia é uma voz que vem de fora. Não nasce dos meus desejos, instintos e projetos. É um caminho novo que vem de fora, uma voz que me interpela. É um rosto, como diz Emmanuel Levinas”, recorda.

Perante “a voz ética” que se escuta, “não há tempo para pensar, há que responder, pois é o rosto de um irmão, de um pobre, de uma criança, de um abandonado, é um rosto que fala… Eu não tenho de tomar uma decisão, tenho de responder”, reconhece, contrapondo a cultura dominante que procura “caminhos alcatroados, de modas que mudam”.

“Há muitos caminhos alcatroados, mas os caminhos a fazer – o da estupidez para a inteligência, da maldade para a bondade – são caminhos longos, levam muito tempo porque dá muito trabalho passar do «eu» para o «eis-me». Requer uma disponibilidade que não experimentamos mas este é o caminho apontado pela Bíblia, pelo Talmude judaico e por grandes pensadores da história”, indica.

D. António Couto diz que este é o tempo de “escutar a voz de Deus, mesmo que doa”.

O responsável deseja uma “Igreja mais familiar”, uma “Igreja a fazer-se” em detrimento de o “fazer coisas na Igreja”, e pede que se construam “templos de tempo”, que reconheçam o que é paradigmático na Igreja – “o Evangelho, a evangelização, a caridade”, e não os eventos programáticos.

“Fazer coisas na Igreja é mais fácil, e é o que andamos a fazer. Apostamos quase tudo no fazer coisas na Igreja porque é mais fácil de manter: continuar a limpar o altar, os bancos, lidar com coisas, procurar pessoas para as flores, para dar catequese… Estamos sempre no mesmo, a fazer coisas na Igreja. Os párocos ficam felizes quando têm a Igreja organizada, mas penso que estamos a brincar com coisas secundárias – é preciso muito mais. Onde está a escuta, permanente e ativada, da palavra de Deus, que é o motor?”, questiona.

D. António Couto reconhece uma “enorme porta” que o Papa Francisco deseja abrir com a realização de uma Assembleia de Bispos sobre Sinodalidade, em outubro de 2023, mas receia que resulte num “conjunto de relatórios, todos iguais”: “Temo que não peguemos na Igreja e não a comecemos a fazer”.

“Fazer a Igreja significa que estamos dois aqui, mas podíamos ter connosco uma criança, um velhinho, um doente e todos tínhamos que nos entender. Não podia falar tão rápido, as perguntas teriam de ser outras para alargar o contexto, mais pessoas teriam de intervir. Isto é a comunhão, a Igreja a fazer-se. E este já seria o objetivo. Se conseguirmos juntar diferentes pessoas em idade, culturas, até de credos diferentes – porque temos de abrir a Igreja para o mundo – vamos ter um excelente diálogo e vamos todos de nos respeitar. Isso é a Igreja a fazer-se”, indica.

A entrevista com D. António Couto vai estar no centro do programa ECCLESIA, na Antena 1, este domingo, às 06h00.

Fonte: aqui

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

 


“nota de Esclarecimento” a propósito da “leitura de São Paulo sobre as mulheres”

A Conferência Episcopal Portuguesa afirmou em 24 de agosto presente numa “nota de Esclarecimento” a propósito da “leitura de São Paulo sobre as mulheres” que é necessário “interpretar textos e tradições” com origem noutras culturas, indicando o significado das palavras “amor” e “submissão”.

“Não se trata de mandar submeter ou depreciar ninguém, mas de cuidar e dar prioridade no dom e no serviço do dia a dia”, afirma a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A CEP lembra que é “claro para a Igreja e para quem quiser interpretar textos e tradições com origem noutras culturas e noutros tempos” que “os textos não se mudam, mas educam-se os leitores a entendê-los e a atualizá-los”.

“Não se mudam os versos épicos de Camões, porque não correspondem à mentalidade atual e até, em alguns casos, podem causar escândalo. Isso seria cair na arbitrariedade e na ditadura das modas e na imposição da cultura única. É por isso que se estuda Camões nas escolas, para que todos tenham acesso à beleza dos seus versos, dentro dos condicionalismos da sua época”, refere o comunicado da CEP.

A “nota de esclarecimento” hoje divulgada surge após comentários publicados nas redes sociais, com repercussão na comunicação social, a propósito de uma leitura da Bíblia, da Carta de São Paulo aos Efésios, lida nas Missas do último domingo em todas as igrejas do mundo, sobre o relacionamento familiar.

As primeiras afirmações do excerto da carta de São Paulo aos Efésios que que foi lido nas Missas do último domingo são: “sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador”.

A CEP começa por referir que são afirmações “justamente lidas no contexto vivo e atual das perspetivas preocupantes da situação das mulheres no Afeganistão”, mas que é necessário “ver com atenção alguns aspetos da leitura de São Paulo, procurando fazer justiça ao sentido do texto”.

“O que causa ‘escândalo’, nos dias de hoje, é o conceito de ‘submissão’ proposto à mulher. Não se trata, porém, de algo exclusivamente aplicada às mulheres, mas a todos. A leitura começa precisamente por dizer: ‘Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo’. Em Paulo, esta submissão não significa menor importância ou subserviência, mas o dar prioridade aos outros, como forma de atenção e cuidado; não centrar a vida e o pensar em si próprio, mas no amor que deve regular todo o relacionamento entre pessoas”, indica o comunicado da CEP.

O documento acrescenta que “o ‘amor’ e a ‘submissão’ não se aplicam apenas a um dos esposos, mas são a lei básica do relacionamento humano, segundo o Evangelho.

“É à luz de Cristo que se entende a dimensão do amor, até à total entrega e ao dom da vida por aqueles que se ama. E é também essa a norma para a correta interpretação de qualquer autoridade, representatividade ou primazia. Não se trata de mandar submeter ou depreciar ninguém, mas de cuidar e dar prioridade no dom e no serviço do dia a dia”, afirma o comunicado

“Na perspetiva de Jesus, bem presente em Paulo, a liderança é serviço e dom de si mesmo, pois Ele veio “não para ser servido, mas para servir e dar a vida”. O verdadeiro exemplo e medida de submissão e de serviço, como dom e amor, é o próprio Jesus, para os esposos e para qualquer outro membro da família e da Igreja”, acrescenta.

A CEP afirma que a “Palavra de Deus permanece viva e atual e é importante que seja escutada sempre com a sua sonoridade original”, seguindo o exemplo de leitura de Jesus “ao relê-la e reinterpretá-la à luz da nova realidade que era Ele próprio e a situação daqueles a quem se dirigia”.

“Conservar a Palavra de Deus e a Tradição é continuar a fazê-las soar em assembleias vivas, como as pautas de música dos grandes autores, constantemente atuais, porque continuam a alegrar corações, a criar sonhos e a gerar estéticas novas, cada vez que se executam, conclui a nota de esclarecimento da Conferência Episcopal Portuguesa.

Fonte: aqui

terça-feira, 24 de agosto de 2021

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Neste quente agosto, que caminha rapidamente para o seu fim, grava, escreve, regista, rebola-te, vive, sente, ousa e descansa nesta certeza: "DEUS AMA-TE COMO ÉS"!!!

 Deus ama-me como sou

Escreve esta frase até te cansares de escrever ou o papel acabar ou a tinta se gastar. Na verdade, ninguém quer saber da tua história senão Ele. Ou Ele acima de todos os outros. Porque só sabe de nós quem nos ama e nós existimos enquanto somos amados. Mesmo que a morte nos separe, ficamos no coração de quem nos ama. E Deus ama-nos muito para além da morte. O seu amor é mais que eterno, porque quanto mais vive na eternidade, mais intenso vive. Ninguém te conhece como Ele. Sem filtros. Na verdade toda. Inteira. Na manhã que cresce e no dia que anoitece. E mesmo assim, ama-te. Porque o amor nasce nele e o amor não ama porque se merece.
Escreve a frase. Gasta-te nela. Escreve-a como se não precisasses de escrever mais nada. Dorme nela. E quando já não tiveres força no braço para a escrever, deixa que ela seja escrita pelo teu coração e ali gravada. É que esta é a verdade que mais sentido dá a tudo o que vives e quiseres viver. Deus ama-me como sou
Fonte: aqui

domingo, 22 de agosto de 2021

PARTILHAI A RIQUEZA

Ergue-te na alegria
Povo chamado à salvação
Deixa o traje de luto
Porque o Senhor é a nossa justiça.
Alegre-se o deserto
E rejubile a fonte mais pura
Consolai o meu povo
Tende coragem, Deus nos conduz.
Partilhai a riqueza
Porque Deus de todos é Pai
Sois benditos,
Entrai, no reino da luz
Porque eu tive fome
E vós deste-me de comer
Tive sede e vós
Deste-me de beber.
Povos de toda a terra
Fazei da vida uma refeição
Preparai o caminho
Abri as mãos para repartir.
Nesses bairros de fome
Onde a miséria resseca o homem
Numa casa sem vida
Onde ninguém consegue morar.
São malditos aqueles
Que vendo o pobre o deixam ficar
Aplanai as veredas
Endireitai o vosso andar.
Pela força do amor
Nasceu a esperança nos olhos tristes
Sê feliz no meu reino
Estava nu e tu me vestiste.
O Universo renasce
Pela partilha em fraternidade
Desses campos se eleva
Um forte clamor: solidariedade.
Junto com a alegria
Sobe a justiça ao entardecer
A riqueza da terra
Dá para todos em abundância.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

CELEBRA-SE NO DIA 18 DE AGOSTO A FESTA DE SANTA HELENA

Santa Helena, Imperatriz
CELEBRA-SE NO DIA 18 DE AGOSTO A FESTA DE SANTA HELENA, IMPERATRIZ E VIÚVA, MÃE DE CONSTANTINO MAGNO. A ELA SE DEVE A INVENÇÃO, ISTO É, A DESCOBERTA DA VERDADEIRA CRUZ NA QUAL NOSSO SENHOR JESUS CRISTO FOI CRUCIFICADO.


BENÉFICA E SALUTAR INFLUÊNCIA MATERNA
Em vez de considerar este ou aquele aspecto da vida de Santa Helena, gostaria de ressaltar a impressão que o todo da sua personalidade nos comunica. Nesse sentido, eu diria que se trata de uma santa cuja importância para o panorama da Igreja redunda, não apenas do facto de ter sido imperatriz, mas também porque teve sobre Constantino uma evidente e salutar influência.
Quer dizer, temos Constantino, o primeiro imperador que faz uma promessa de dar livre curso ao culto católico no Ocidente, caso se visse auxiliado por Nosso Senhor Jesus Cristo na batalha de Ponte Mílvia. Ele recebe a célebre visão do “in hoc signo vinces” — “com este sinal vencereis” —, portanto uma confirmação do socorro divino, conquista a vitória e cumpre a sua promessa. Com o Édito de Milão ele concede liberdade à Igreja Católica, e a partir daí começaria a ruir o paganismo sobre o qual o estado se assentava.
Diante desse acontecimento de fundamental importância para a Cristandade, não se pode deixar de reconhecer a materna e católica influência de Santa Helena sobre o filho. Quando nos lembramos de Santa Mónica rezando por Santo Agostinho e obtendo do Céu a conversão dele, ou quando recordamos o papel de Santa Clotilde junto ao seu esposo, Clóvis, trazendo-o igualmente para o seio da Igreja Católica e, com ele, o povo franco, é difícil não pensar que Santa Helena impressionou a fundo Constantino, e que a atitude dele foi motivada, em grande medida, pela ascendência da mãe.

NA RAIZ DA ORDEM SOCIAL E TEMPORAL CATÓLICA
Ora, se, católicos que somos, desejamos de toda a alma uma restauração da ordem social e temporal católica como a que vigorou nos dias áureos da Civilização Cristã, não podemos deixar de reconhecer, com muita alegria, o trabalho feito por Santa Helena com esse objectivo: não só fazer cessar as perseguições à Igreja no império romano pagão, mas também fazer com que o imperador começasse a edificar uma ordem temporal católica, prólogo da plenitude de catolicidade que alcançaria o Estado medieval.
Início este, diga-se, por vários lados verdadeiramente glorioso. Pela liberdade franqueada à Igreja, pelo fim dos cultos pagãos, e por esse ideal de unidade social católica que desabrocharia nos esplendores da Cristandade europeia, os quais perdurariam ao longo de séculos.
Portanto, pela sua oração, pelo exemplo das suas virtudes, Santa Helena esteve na raiz de uma série de realizações gloriosas, de ideias grandiosas, de princípios que repercutiriam mesmo após o ocaso do Sacro Império Romano Alemão, até os nossos dias. Razão pela qual nos é particularmente cara a devoção a essa grande santa.

ORAÇÃO QUE CONDUZ À ACÇÃO EFICAZ
Chamo a atenção para esse ponto acima mencionado: as orações de Santa Helena. É necessário compreender aqui o equilibrado do papel dessa oração.
Com efeito, seria equivocado imaginar que, uma vez recitadas as preces, não adianta fazer coisa alguma. Basta rezar e deixar as realizações concretas ao beneplácito da Providência. Às vezes, quando as vicissitudes o impõem, não se pode pretender outra coisa. Porém, é apropriado esperar que a oração nos mova à acção que realiza o fim almejado. E desse teor foram as preces de Santa Helena.
Enquanto a mãe rezava, o filho lutava e agia. Constantino, protegido pelo socorro do Céu, levando no seu lábaro o emblema de Nosso Senhor Jesus Cristo, combateu e alcançou a vitória. Em seguida, agiu vigorosamente, com a força temporal do Estado, para libertar a Igreja e extinguir os restos do paganismo.
Creio ver nessa circunstância o equilíbrio perfeito entre oração e acção. Santa Helena reza, e sua oração é acompanhada certamente de atitudes e palavras evangelizadoras junto ao filho, e este cuida dos meios materiais para concretizar aquilo que, sem dúvida, sua mãe desejava realizar. A oração é a razão mais fecunda do desencadear dos factos; os factos produzem os frutos da prece atendida.

AQUELA QUE TIROU DAS ENTRANHAS DA TERRA O SANTO LENHO
Cumpre considerar, ainda, este outro e não menos belo florão na vida de Santa Helena: foi ela que encontrou a verdadeira Cruz, um acontecimento cercado de milagres e dádivas especiais de Deus.
É o Santo Lenho do qual se espalharam relíquias para serem veneradas pelos fiéis do mundo inteiro.
Que glória para essa mulher ter sido, ao mesmo tempo, a mãe do primeiro imperador cristão e aquela que tirou das entranhas da terra a verdadeira Cruz, com todos os benefícios espirituais oriundos dessa descoberta!
Admiramos ainda mais o vulto dessa Santa, conhecemos melhor a estatura dessa alma, um grande tipo de mulher que vive só para Nosso Senhor. Matrona de espírito elevado e de horizonte largo, compreendendo as coisas a partir dos seus aspectos mais sublimes e de maior alcance. E que, por causa dessa envergadura espiritual, transforma um Império e dá ao mundo o presente imensamente grandioso da verdadeira Cruz de Cristo.


Plínio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência em 18/8/1964) - aqui

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

À SENHORA das Senhoras de Tarouca

Maria, minha Senhora e minha Mãe!
Tu, que enxugas as minhas lágrimas... és a Senhora das Dores!
Tu, que colocas as tuas Santas mãos nas minhas maleitas... és a Senhora da Saúde!
Tu, que me amparas nas horas difíceis e de aflição... és a Senhora da Ajuda!
Tu, que trouxeste ao mundo a luz, o nosso Salvador... és a Senhora de Nazaré!
Tu, que estás a meu lado, quando a teus pés choro as minhas aflições... és a Senhora das Necessidades!
Tu, que entendes e alivias as dores da solidão e do sofrimento... és a Senhora da Soledade!
Tu, que exultaste de alegria porque o Todo-Poderoso fez em ti grandes coisas... és a Senhora dos Prazeres!
Tu, que és a Mãe pura e orante, coberta pelo manto imaculado... és a Senhora do Rosário!
Tu, que és a cheia de Graça, a Mãe da Igreja, a Rainha que se revelou a três humildes crianças... és a Senhora de Fátima!
Maria, minha Senhora e minha Mãe... hoje és para mim, apenas a minha Mãe e a Mãe de todos os que te coroam como Rainha do Céu e da Terra!
Recebe o que de mais precioso temos para te oferecer: o nosso coração!

Sandra Carvalho
Paula Pio

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O que diz o Censos 2021 sobre a nossa Diocese?

 Segundo que conseguimos apurar, neste momento  a população diocesana será de 120 683 pessoas. Agradecemos a correcção se houver erro.

15 Agosto 2021 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Bendita és tu, Maria! Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu... Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas... 

Leituras: aqui


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

A geração digital e a fé sem interesse


Durante largos anos, a Igreja, como “sociedade perfeita”, colocava o acento na firmeza e rigor doutrinal para dar credibilidade a si mesma. Nos últimos anos, porém, surgiu uma visão no sentido oposto, uma visão mais atenta aos sinais dos tempos. Por isso tem havido um esforço, e bem, para melhorar e modernizar a comunicação. No entanto, estamos a dirigir-nos para uma comunicação sem real comunicação.
As novas gerações vivem na internet. Vivem nas redes sociais, visualizam influencer’s e gastam o tempo a receber comunicação que seleccionam nos seus interesses. E se nunca houve uma comunicação tão global como agora, também nunca houve tanta dificuldade em nos fazermos escutar. Tudo parece ruido. E no meio do ruído, até o que não o é, parece somente um ruído.
É certo que hoje não se conseguiria chegar às novas gerações se a nossa comunicação fosse apenas como era antigamente. O problema, porém, persiste, porque o digital não cria interesse se este não existe. E para existir interesse, este tem de se suscitar no meio de milhares de interesses que se confundem. É bastante difícil transmitir a fé em tempos de uma confusão global de comunicações maioritariamente virtuais. A fé é sobretudo relacional, e no mundo virtual o relacional é mais fictício que verdadeiro lugar de afectos.
Parece-me que a Igreja, neste sentido e como um todo, tem-se vindo a deparar com grandes dificuldades em fazer passar uma mensagem que não seja light, porque quer agradar, ou enfadonha, porque demasiado agreste.
Fonte: aqui

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Migrantes que testemunham... Oxalá seja sempre assim!

Tsao-Kim: Eu vim do Nepal, país da Ásia. Trabalho numa herdade do Alentejo. Estou legalizado, sinto-me integrado e tenho condições de vida iguais aos portugueses, tanto no que toca à saúde como a direitos laborais e sociais.

Libânio Pereira: Sou um português emigrado em França há alguns anos. Eu, a minha mulher e meus filhos, sentimo-nos bem integrados na sociedade francesa, tanto no campo laboral como no social e educativo.
Falamos o Francês no dia-a-dia, mas em casa usamos sempre a Língua Portuguesa e gostamos de saborear as comidas lusas.
Quando vimos de férias, somos discretos, sem qualquer ostentação, e usamos apenas e só o Português.
Como portugueses, gostamos de oferecer o nosso contributo para o desenvolvimento local.

Helen Cortes: Sou brasileira e trabalho no ramo da restauração em Lisboa. Contra aquilo que muita gente pode pensar, não vim para Portugal para me “atirar aos maridos das outras”. Emigrei para este país amigo para trabalhar, ter paz e tranquilidade, valorizar-me profissionalmente e poder aspirar a um futuro melhor para mim e os meus.
Sinto-me tratada como se fosse portuguesa de nascimento. E isto é o melhor elogio que posso fazer a este país que me acolheu.

Moisés Chissano: Sou moçambicano e estudo na Universidade de Coimbra, graças a uma Bolsa de Estudo.
Sinto-me completamente integrado no ambiente estudantil e nunca senti qualquer ponta de racismo.
Falta-me um ano para acabar os meus estudos, regressando depois ao meu país onde quero contribuir para o seu desenvolvimento, aplicando as competências adquiridas em Portugal.

Obser.: Este texto é um sonho escrito. Oxalá que tenha plena realização no quotidiano...

 

sábado, 7 de agosto de 2021

Ampliar a tenda para acolher a todos



Na mensagem para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa Francisco refere que:
“Hoje, a Igreja é chamada a sair pelas estradas das periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e anunciada a sua salvação”.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Portugal: Igreja Católica celebra Semana Nacional de Migrações

Portugal: Igreja Católica celebra Semana Nacional de Migrações: Quando: 8 Agosto, 2021_15 Agosto, 2021 todo o dia   Obra Católica Portuguesa das Migrações quer «mapear a ação da Igreja» neste setor Lisboa, 06 ago 2021 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal vai celebrar de 8 a 15 de agosto a 49ª[...]


8 Agosto 2021 - 19º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Levantamo-nos, saímos de casa, das nossas coisas e da nossa vida, e caminhamos ao encontro desta mesa, na nossa Casa comum, para nos fortalecermos com o Pão dos peregrinos, para podermos voltar ao caminho, todos juntos, rumo a um nós cada vez maior. Atraídos pelo Pai, viemos com alegria ao encontro do Senhor. Jesus é então o nosso Pão e o nosso Caminho, é o nosso Guia e Companheiro. Partilhamos esta intimidade itinerante com todos os peregrinos, migrantes e refugiados, que estão no centro da oração e da atenção da Igreja nesta semana, que lhes é especialmente dedicada.
 dedicada.


Leituras: aqui 

1.Caminhar está na moda. Seja às voltas do quarteirão do prédio ou do bairro, seja pelos caminhos da aldeia ou pelas ruas da cidade, seja pelos passadiços da montanha ou pelas calçadas à beira-mar. Seja ainda, noutros ritmos, a palmilhar pelas várias rotas do caminho de Santiago ou de outros lugares de peregrinação. Uns caminham para manter a forma física, outros para restabelecer a sanidade mental, outros para rezar com os pés, como peregrinos do Absoluto, em busca da beleza, da verdade. Uns caminharão por devoção, outros por obrigação, em busca de um teto, de uma terra, de um trabalho. E são tantos e tantas.

2. A questão mais importante, para quem faz o caminho, é a de ter um rumo, é a de conhecer a direção justa, para não correr em vão, sem direção nem sentido. Há, de facto, quem caminhe em volta de si mesmo, no circuito fechado dos seus interesses. Há quem caminhe para fugir de si, do seu passado, do seu presente ou mesmo do seu futuro. É o caso de Elias, o profeta refugiado na gruta, que foge à perseguição e procura apenas um lugar para morrer. Mas há, graças a Deus, quem caminhe na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós. São todos aqueles que se levantam do sofá da sua comodidade e saem pelas estradas do mundo, em direção às periferias existenciais, dos sós, dos frágeis, dos excluídos. Estes cuidam de quem está ferido e procuram quem anda extraviado, sem preconceitos nem medo, sem aproveitamento político ou religioso, prontos a ampliar a sua tenda para acolher a todos.

3. Neste início da 49.ª Semana Nacional das Migrações, o Papa Francisco deixa-nos o desafio a caminhar. Mas define um modo e um rumo. Caminhemos juntos rumo a um nós cada vez maior. Juntosporque os caminhos de distração individualista são fatais. Juntos, porque os caminhos de fuga ou isolamento não têm saída. Juntos, porque sozinhos podemos ter miragens, vendo o que não existe (FT 8). Vede que até o lema olímpico foi ampliado com este advérbio de modo: “mais rápido, mais alto, mais forte – juntos”. Os católicos, que, por definição, devem ter um coração fraterno e universal, e todos os homens e mulheres de boa vontade, são desafiados a trabalhar juntos para recompor a família humana, para construir em conjunto o nosso futuro de justiça e paz, tendo o cuidado por que ninguém fique excluído. Para isso, empenhemo-nos em derrubar os muros que nos separam e em construir pontes de escuta e de diálogo, que favoreçam uma cultura do encontro, conscientes da profunda interligação que existe entre todos nós.

4. Isto podemo-lo fazer, desde já, com os nossos emigrantes, que regressam a Portugal. Saibamos acolhê-los entre nós, para que se sintam em sua própria casa. Isto podemo-lo fazer com os que procuram o nosso país para viver em paz, para estudar, para trabalhar e melhorar a sua vida. Estes imigrantes são uma bênção, a começar pelos dons que nos oferecem da sua diversidade cultural e religiosa e do seu admirável testemunho de resiliência. São eles que nos prestam os serviços mais humildes. Deles precisaremos cada vez mais, até pela crise demográfica que vivemos. Acolhendo-os, protegendo-os, promovendo-os, integrando-os, florescerá o milagre de um nós cada vez maior.

5. É possível realizar este sonho de caminharmos juntos, para este nós cada vez maior? Sim. Se o Pai nos atrair para o Filho, no laço do Espírito Santo. Aí sim, no Pai Comum, descobrir-nos-emos a todos filhos e filhas muito amados. No Filho Único, reconhecer-nos-emos irmãos e irmãs muito queridos! No Espírito Santo, encontrar-nos-emos como única família, companheiros da mesma viagem, nesta Terra, que é a nossa Casa comum, com o teto bem aberto para o Céu!

Fonte: aqui

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Diocese de Lamego: Nomeações de Sacerdotes

 
«A Evangelização constitui o primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira, no mundo de hoje», escrevia com clarividência S. João Paulo II, em 1990, na Carta Apostólica Redemptoris missio, n.º 2. No momento em que se procede à habitual e necessária atualização anual dos serviços pastorais na nossa Diocese de Lamego, é meu dever lembrar a todos, sacerdotes, diáconos, consagrados e fiéis leigos, a todos, que é urgente que este ideário da Evangelização a todos nos envolva a tempo inteiro, transforme a nossa mentalidade e molde em nós novas atitudes. Todos sabemos que a Evangelização não se pode fazer dia sim e dia não ou apenas meia hora por dia. A todos peço, portanto, conversão pessoal e pastoral.

Nesta oportunidade, quero saudar as 223 comunidades paroquiais e todos os meus irmãos e irmãs que formamos o tecido eclesial da nossa Diocese. Na certeza de que vêm aí novos tempos, obra boa de Deus (cf. Isaías 43,19), a todos peço que cuidemos bem uns dos outros, que nos ajudemos uns aos outros, que nos amemos uns aos outros, o que exclui desconfianças, banalidades, indiferença e maledicência.
Sejamos o próximo uns dos outros, e rezemos uns pelos outros.
+António Couto


  Para melhorar este serviço de Evangelização, o Senhor Bispo fez as seguintes nomeações:

Rev. Cón. Joaquim Proença Dionísio, Pároco das Paróquias de Nossa Senhora das Neves do Granjal e de Nossa Senhora da Conceição de Lamosa, na Zona Pastoral de Sernancelhe, mantendo os serviços pastorais que já tinha.

Rev. Pe. Rui Manuel Borges Ribeiro, Pároco da Paróquia de São Martinho de Segões, na Zona Pastoral de Moimenta da Beira, mantendo os serviços pastorais que já tinha.

Rev. Pe. José António Magalhães Rodrigues, Pároco das Paróquias de Santa Maria de Cabril, de São Pedro de Ester e de São João Baptista de Parada de Ester, na Zona Pastoral de Castro Daire.

Rev. Pe. Filipe Manuel Pereira Rosa, Pároco das Paróquias de São João Baptista de São João da Pesqueira, de Nossa Senhora das Neves de Soutelo do Douro e de Santa Maria Madalena de Nogoselo do Douro, na Zona Pastoral de São João da Pesqueira, mantendo o cargo de Presidente da Comissão Diocesana para o Laicado e Família.

Rev. Pe. Jorge Henrique Gomes Saraiva, Pároco das Paróquias de Nossa Senhora da Assunção de Pendilhe e de São João Baptista de Vila Cova à Coelheira, na Zona Pastoral de Vila Nova de Paiva.

Rev. Pe. Diogo André Costa Rodrigues, Pároco da Paróquia de São Silvestre de Britiande, na Zona Pastoral de Lamego, e membro da Equipa Formadora do Seminário de Lamego, mantendo o cargo de Assistente Espiritual do Movimento da Mensagem de Fátima.

Rev. Pe. João Miguel Pereira, Pároco das Paróquias de Santa Maria Madalena de Fonte Longa, São Silvestre de Paipenela, Nossa Senhora das Dores de Poço do Canto e de São Martinho de Ranhados, na Zona Pastoral de Mêda.


A todos são concedidas as faculdades necessárias para o reto desempenho das suas funções e se agradece a total dedicação e disponibilidade.

Lamego,30 de julho de 2021

Fonte: aqui

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, PADROEIRO DOS SACERDOTES

 A liturgia celebra hoje São João Maria Vianney (Santo Cura d’Ars), padroeiro dos sacerdotes. Aos 17 anos, João sentiu-se chamado ao sacerdócio. "Se eu fosse padre, queria conquistar muitas almas", dizia. Não era fácil atingir a meta por causa dos poucos conhecimentos culturais. Graças à ajuda de sacerdotes sábios, entre os quais o Abbé Balley, pároco de Écully, recebeu a ordenação sacerdotal, em 13 de agosto de 1815, com a idade de 29 anos. Três anos depois da sua ordenação, em 1818, foi enviado para Ars, uma pequena aldeia no sudeste da França, que contava 230 habitantes. Ali, dedicou a sua vida, durante 41 anos, ao cuidado pastoral dos fiéis, até à sua morte, em 4 de Agosto de 1859.Dizia o Santo: «Se entendêssemos na terra o que é um padre, morreríamos não de susto, mas de amor»; «Se na tua caminhada não bateres de frente com o diabo é porque estás caminhando na mesma direção que ele»; «Cada hóstia consagrada é feita para se consumir de amor num coração humano».
A leitura da Eucaristia de hoje deixa bem clara a missão do padre e as consequências para si e os seus fiéis da obediência (ou não) à Palavra de Deus:
«O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, fiz de ti uma sentinela para a casa de Israel: quando ouvires uma palavra da minha boca, tu os advertirás da minha parte. Se Eu mandar dizer ao pecador: ‘Vais morrer’, e tu não o advertires, se não lhe falares para o desviar do seu mau caminho e assim lhe salvar a vida, ele morrerá devido aos seus pecados, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, advertires o pecador e ele não se afastar da impiedade e do mau caminho, ele morrerá devido aos seus pecados, mas tu salvarás a tua vida. E se o justo se afastar da sua justiça e praticar o mal, Eu o farei tropeçar e morrerá. Se tu não o advertiste, então ele morrerá devido aos seus pecados, sem que se tenham em conta as boas obras que tenha praticado. Mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte. Se tu, porém, avisares o justo para que não peque e ele de facto não pecar, decerto viverá porque deu ouvidos à advertência e tu salvarás a tua vida».
(Ez 3, 16-21)
Fonte: aqui

terça-feira, 3 de agosto de 2021

A Igreja a caminho - O Vídeo do Papa 8 - agosto de 2021

“A vocação própria da Igreja é evangelizar, e isso não é fazer proselitismo. A vocação é evangelizar, e mais, a identidade da Igreja é evangelizar. Só podemos renovar a Igreja a partir do discernimento da vontade de Deus na nossa vida diária. E empreendendo uma transformação guiados pelo Espírito Santo. A nossa própria reforma como pessoas, essa é a transformação. Deixar que o Espírito Santo, que é o dom de Deus nos nossos corações, nos lembre do que Jesus ensinou e nos ajude a colocá-lo em prática. Vamos começar a reformar a Igreja com a reforma de nós mesmos. Sem ideias pré-fabricadas, sem preconceitos ideológicos, sem rigidez, mas avançando a partir de uma experiência espiritual, uma experiência de oração, uma experiência de caridade, uma experiência de serviço. Sonho com uma opção ainda mais missionária, que vá ao encontro do outro sem fazer proselitismo e que transforme todas as suas estruturas para a evangelização do mundo de hoje. Recordemos que a Igreja sempre tem dificuldades, sempre tem crises, porque está viva. As coisas vivas entram em crise. Só os mortos não entram em crise. Rezemos pela Igreja, para que receba do Espírito Santo a graça e a força de se reformar à luz do Evangelho."

domingo, 1 de agosto de 2021

 NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM...


Tentação idólatra