quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2011


"Liberdade religiosa, caminho para a paz"

Veja aqui

2 de Janeiro: EPIFANIA DO SENHOR

Leituras: aqui

MENSAGEM:
• Em primeiro lugar, meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo… Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados).
Identificamo-nos com algum destes grupos? Não é fácil “conhecer as Escrituras”, como profissionais da religião e, depois, deixar que as propostas e os valores de Jesus nos passem ao lado?
• Os “magos” são apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da libertação…
Somos pessoas atentas aos “sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?
• Impressiona também, no relato de Mateus, a “desinstalação” dos “magos”: viram a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus.
Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
• Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
Fonte: aqui

1º Dia do Ano: Solenidade de Maria, Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz


Mais um Ano...
Nesse dia, celebramos várias comemorações:
- O 1º dia do ano;
- A Solenidade de Maria, Mãe de Deus;
- O "Dia Mundial da Paz".

Vamos refletir sobre essas motivações:
1. Mais um ano, que começa... Inicialmente, desejo que o novo ano seja para todos vocês, cheio de Paz e Prosperidade, com todas as bênçãos de Deus...

Olhando o ANO que termina e o outro que inicia... notamos que muita coisa fizemos, muita coisa deixamos de fazer e muita coisa ainda resta por fazer...

* E esse momento nos leva a uma ATITUDE:
- de GRATIDÃO:
- a DEUS... pelo dom da VIDA... pela sua GRAÇA... pela sua FORÇA...
- Às PESSOAS, que nos ajudaram em nossa caminhada...

- de PERDÃO:
pelas vezes que falhamos... por pensamentos... por palawas... por ações... e omissões...

- de PRECE:
Implorando a Bênção de Deus sobre o novo ano...
Na 1ª Leitura, encontramos uma linda oração de bênção do Antigo Testamento, sugerida pelo próprio Deus: "Abençoareis os filhos de Israel assim: o Senhor te abençoe e te proteja! O Senhor volte seu rosto para ti e se compadeça de ti!. O Senhor dirija o seu olhar para ti e te conceda a Paz! Assim invocarão o meu nome, e eu os abençoarei..." (Nm 6,22-27)
* Sublinha a presença contínua de Deus em nossa caminhada e recorda que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.

+ Que sentido tem pedir a bênção? A bênção não é um ato mágico para resolver todos os nossos problemas.
Quem a recebe terá as mesmas dificuldades que os outros homens.
Entretanto, recebe a força necessária para enfrentá-las através da nova luz que procede da nossa fé.

Pedir a BÊNCÃO: é uma maneira de reconhecer a nossa dependência de Deus em todos os dias do novo ano.
- Pedir a bênção de nossas CASAS, é desejar que o Cristo visite o nosso lar e permaneça sob nosso teto.

- Pedir a bênção para os CARROS, não supõe que possamos abusar no trânsito...
- A força da bênção não depende dos poderes do Sacerdote que a profere, mas do poder e da vontade de Deus...

2. Hoje também é o DIA MUNDIAL DA PAZ
A Igreja quer-nos lembrar desde o primeiro dia do ano, que a paz anunciada pelos anjos em Belém, só é possível às pessoas de boa vontade, que se esforçam dia a dia para construir a Paz, paz que é antes de tudo obra de justiça e fruto do amor...
- PAZ no coração... na família... na vizinhança... na comunidade... no trabalho...
- Ser Instrumentos de Paz...
- Mensagem do Papa: Liberdade Religiosa, Caminho para a Paz...
"Exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente ..." (Bento XVI)

3. A Igreja celebra hoje também a festa de MARIA, MÃE DE DEUS...
O Evangelho apresenta-nos Maria, recebendo feliz a visita dos pastores... e meditando em seu coração tudo o que falavam do Messias... (Lc 2,16-21). A reação dos pastores é numa atitude de ação de graças e de testemunho, glorificando e louvando a Deus, por tudo o que tinham visto e ouvido.
* A atitude meditativa de Maria, que interioriza e aprofunda os acontecimentos, e a atitude "missionária" dos Pastores, que proclamam a ação salvadora de Deus, manifestada no nascimento de Jesus, são duas atitudes essenciais, que devem estar presentes na vida de todos nós.

Na 2ª Leitura, Paulo lembra o Amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus "filhos".
Nesta situação, podemos chamar a Deus de "Abbá" (papai)...

+ E Você, que planos tem para esse novo ano de 2011?
Que tal... COMEÇAR O ANO...
- Com um OLHAR novo sobre essa casa, essa cidade, esse trabalho, que rotina já cansou e desgastou...
- Com um AMOR novo: com o pai... a esposa... os filhos ... o vizinho... que talvez no dia a dia acabou esfriando...
- com um CORAÇÃO novo, disposto a descobrir em tudo e em todos, o rosto e as mãos de um Cristo intensamente presente em nossa vida...
- E, a exemplo de MARIA, Mãe de Deus e Rainha da Paz, SEMEAR PAZ, ao redor de nós, para que esse novo ano seja mais humano, mais fraterno e mais cristão?...
É O QUE DESEJO A TODOS NÓS!...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, aqui
Veja aqui as Leituras do Dia.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Música gregoriana de Natal

A LIBERDADE RELIGIOSA É FUNDAMENTAL, A LIBERDADE NAS RELIGIÕES É URGENTE

A liberdade é, sem dúvida, um caminho para a paz. Aliás, a ausência de liberdade acarreta, quase sempre, a asfixia da paz e, consequentemente, o desencadear das guerras.

No Egipto, os judeus prosperavam. Tinham tudo. Excepto liberdade. Não aguentaram. Rebelaram-se e empreenderam os caminhos do êxodo, guiados por um Deus (Ele mesmo) libertador.

A liberdade pertence, pois, à natureza constitutiva do Homem. «Só presto para ser livre», afirmou Miguel Torga.

A liberdade religiosa inscreve-se aqui, no horizonte da liberdade humana.

A liberdade de crer (ou não crer) tem de ser integralmente respeitada.

Sabemos, porém, que este é um direito que está longe de ser adquirido.

Nos últimos tempos, têm-se multiplicado atentados e ceifado vidas.

Há quem não aceite o diferente. Há quem não suporte a crença diferente. A paz fica ameaçada.

Mas há outro ângulo do problema que importa contemplar.

A liberdade religiosa, para ser um direito, tem de constituir um dever.

É fundamental proclamá-la, mas é urgente, acima de tudo, cultivá-la.

A liberdade religiosa inclui a liberdade em cada religião.

A liberdade de cada crente há-de ser incrementada nas religiões.

É preciso ter presente que não são apenas os sistemas políticos que se demitem de promover a liberdade religiosa. As próprias religiões, que invocam a liberdade para si, nem sempre a estimam com a intensidade devida.

A conjugação entre liberdade e paz não resplandece com a transparência esperada no universo das religiões.

As religiões não mostram ter uma relação muito livre com a paz nem uma relação muito pacificada com a liberdade.

De facto, a paz é muito condicionada e, por vezes, assilada até à submissão pura e simples. No fundo, só quem aceitar não ser totalmente livre parece ser deixado em paz. Mas será paz esta paz?

Por aqui se vê que a relação das religiões com a liberdade não é muito pacífica. Não raramente, até é bastante atribulada. A diferença é, quase sempre, estigmatizada. O outro nem sempre é bem-vindo. A crítica dificilmente é tolerada. Como pode haver uma relação pacífica com a liberdade se a diferença é rejeitada?

Afinal, a consciência de cada um é uma instância de revelação do próprio Deus. Como é possível atentar, então, contra a liberdade?

Há, nas religiões, quem seja ameaçado, marginalizado. Há quem sofra processos. Há quem seja condenado a não publicar e a não falar.

A coerência impõe, como preceito elementar de decência, que pratiquemos o que, justamente, reivindicamos.

A liberdade religiosa é um bem inestimável. E tem de despontar como uma prioridade para todos. A começar pelas próprias religiões.

Nem sempre as religiões convivem facilmente com a liberdade.

Se Deus nos criou livres, como é que podemos, em nome de Deus, ferir a liberdade?

Fonte: aqui

Sopé da Montanha na internet

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Pode ver aqui o último número.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Recordar para viver: OS DEZ MANDAMENTOS


Assim como um bom pai não deixa de aconselhar, orientar, ajudar o filho para que percorra dignamente os caminhos da vida, também Deus, o melhor Pai, nos deixou os seus conselhos, fruto da sua infinita sabedoria e do amor intenso e sem medida que tem por cada um de nós.

São os dez mandamentos.

Primeiro: Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.

Segundo: Não invocar o santo nome de Deus em vão.

Terceiro: Santificar os Domingos e festas de guarda.

Quarto: Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).

Quinto: Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).

Sexto: Guardar castidade nas palavras e nas obras.

Sétimo: Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).

Oitavo: Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)

Nono: Guardar castidade nos pensamentos e desejos.

Décimo: Não cobiçar as coisas alheias.

Estes dez mandamentos resumem-se em dois que são:
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.



«Mestre, que devo fazer de bom para alcançar a vida eterna(Mt 19,16)

Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde: «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos», e acrescenta: «Vem e segue-me» (Mt 19,16-21).

Seguir Jesus implica observar os mandamentos. A Lei não é abolida, mas o homem é convidado a encontrá-la na pessoa do divino Mestre, que em si mesmo a cumpre perfeitamente, lhe revela o pleno significado e atesta a sua perenidade.

Igreja Católica em Portugal no ano 2010


Da visita do Papa aos casos de abuso sexual por membros do clero e da crise económica à aprovação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo: o ano 2010, Centenário da República, na análise do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Veja aqui.

Vale a pena ler estra entrevista de D. Jorge Ortiga.
Peço-lhe que preste a melhor atenção.
Aprecie especialmente o enfoque dado aos leigos...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Governo tem feito ataque constante à Igreja, diz Cardeal-Patriarca

Governo tem feito ataque constante à Igreja, diz Cardeal-Patriarca

O APÓSTOLO QUE DIZIA SEMPRE A MESMA COISA


Hoje é dia de S. João Evangelista, o Homem da Palavra, o Homem do Amor. A grande Palavra é o Amor. O Amor é a maior Palavra.

O seu Evangelho começa pela exaltação da Palavra que está em Deus, da Palavra que é Deus e da Palavra que Se faz carne.

A sua vida termina com a apologia do amor. Além do que diz nas Cartas (Deus é amor), consta que, já idoso, sendo muito requisitado para falar aos cristãos, limitava-se a repetir: «Meus filhos, amai-vos uns aos outros».

Os ouvintes, a determinada altura, resolveram questioná-lo: «Tudo bem, João, mas nada mais tens para nos dizer?»

E o Apóstolo respondia: «Nada mais tenho para vos dizer, porque nada mais é necessário dizer, só o amor basta».

Só o amor, viria a dizer muitos séculos depois von Balthasar, é digno de fé!
Fonte: aqui

domingo, 26 de dezembro de 2010

FAMÍLIA: em mudança?

Família.
Família...
Todos temos,
Dela viemos.
Nela nascemos...
Então crescemos.

Para uns,
a família é só o pai,
para outros, só a mãe,
muitos só têm o avô...
Mas é família:
sinónimo de calor!

Tem família
que é completa,
repleta,
discreta,
seleta,
aberta...

Outra,
é engraçada,
atiçada,
afinada,
engrenada,
esforçada,
empenhada...

Mas tem família
complicada,
indelicada,
desajustada,
desacertada,
debilitada...

Família...
Família é assim:
lá não temos capa
- nada nos escapa!
Máscaras, como usar?

Não, não dá prá enganar!
Às vezes queremos fingir,
mas isto é apenas mentir...
E, é lá dentro de casa
que surge, cresce, aparece,
o lobo voraz,
o urso mordaz,
elefantes ferozes,
(com trombas e tudo)
leões velozes
com unhas e dentes
inclementes...

Família...
Família é lugar
onde convivem os diferentes:
um é risonho, outro tristonho;
um é exibido, outro inibido;
um é calado, outro exagerado;
um é cabeludo, outro testudo;
um é penteado, outro descabelado...

Família...
Família é assim:
nunca é possível contentar,
pois onde há diferenças,
haverá desavenças.
Como a todos agradar?

Mas entre todos os valores
Cultivados entre nós
Há algo como uma voz
Muito enfática a dizer:
“Cultive a educação,
faça lazer, haja afeição;
dê carinho, tudo aos seus!
Mas o maior valor
– maior até que o amor –
é cultivar Deus!”
Noélio Duarte

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sou o SOPÉ DA MONTANHA e faço neste Natal 16 anos

--
Olá!
Chamo-me Sopé da Montanha e festejo o meu 16º aniversário.
Sinto uma alegria muito grande ao entrar em vossas casas mensalmente. Quando me recebeis, me abris e me ledes, fico feliz. Para mim é Natal quando me dão um pouco de atenção, me partilham com amigos, discutem aquilo que eu comunico, concordando ou discordando... Sabem? Eu quero mesmo é aproximar as pessoas.
A minha vida não é fácil. Desde logo o director, embora goste imenso de mim, é chato. Ralha comigo, queixa-se que lhe dou muito trabalho, e chega a dizer que está farto de me aturar, imaginem! Como se eu não soubesse que ele não consegue viver sem mim… Enfim, desabafos a que já nem ligo.
Depois vou para a composição. Trabalhos da minha vida! Aumentam-me as letras, diminuem as letras; tiram imagens, põem imagens; ora tenho numa página um artigo, ora o tiram de lá! Fazem de mim gato-sapato! Nem imaginam os suores frios que sinto quando entro para essa secção!
Depois emigro para a tipografia. Ui! Nem lhes conto nem lhes digo! Prensado naquelas máquinas, parece que o estômago me salta pela boca! Rezo a todos os santos que me tirem dali antes que desfaleça e vá bater com o costelado à cova funda.
Volto a viajar. Dá ao menos para descansar as costas. Mas esperam-me o director adjunto e o administrador que com algumas pessoas me abrem todo sem qualquer sentido púdico, juntam as minhas folhas, dobram-me, passam um objecto por cima, deixam-me espremidinho de todo! Ui, que falta de ar!
Bem, agora encaixotado como um prisioneiro, sigo para o correio, separam-me de meus irmãos gémeos, emalado, lá vou eu. Cansado da viagem, sou despejado numa caixita ao pé de cada casa. Não contenho a ansiedade, é mesmo stress! Quero é umas mãos amigas que me recolham, me livrem daquela cinta tonta que me aperta, me abram para poder respirar a fundo e me leiam. Sabeis? Gosto muito de todos vós. Fico feliz em passar das mãos dos filhos para as dos pais e destes para os avós.
Posso só fazer-vos dois pequenos pedidos? Vá, não se zanguem nem virem a cara para o lado.
- Queria tanto entrar em todas as famílias desta freguesia, quer residentes quer emigrantes! Dai-me uma mãozinha, vá lá! Falai de mim como um amigo, pedi aos vossos amigos e vizinhos que me deixem entrar em sua casa todos os meses. Pode ser?
- Sabeis, este ano tenho um companheiro que é chatíssimo. Imaginem que quer sempre a minha última página! Ah! Já sabem!? Pois, é o Centro Paroquial. Só quer crescer e rapidamente! Não há quem o sacie! Vá lá, amiguinho, dê de comer a esse bicharoco a ver se se cala e me deixa em paz. Ele é incómodo para mim, mas é muito vosso amigo! Quer receber os vossos filhos, a vós também, toda a gente, com condições dignas. Sede generosos com ele, não vos arrependereis..
Deseja-vos Boas Festas o vosso
Sopé da Montanha

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Domingo, 26 de Dezembro: Festa da Sagrada Família


-Com Jesus, Maria e José

Ainda no clima do Natal... a liturgia apresenta-nos a FAMÍLIA SAGRADA onde essa criança cresceu e viveu... como exemplo e modelo para todas as famílias...

As leituras bíblicas fornecem indicações práticas para nos ajudar a construir famílias felizes, que sejam espaços de encontro, de partilha, de fraternidade, de amor verdadeiro.

A 1ª Leitura desenvolve e explica o 4o Mandamento.
Apresenta indicações práticas dos filhos para com os pais.
Essa observância é desejada e abençoada por Deus. (Sr 5,2-6.12-14)

A 2ª Leitura mostra o espírito que deve reinar numa família: "Revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente..." (Cl 3,12-21) . E acrescenta um recado às Esposas... aos Maridos... aos Filhos... e aos Pais...

O Evangelho apresenta-nos a FAMÍLIA SAGRADA, em três momentos da Infância de Jesus:
Belém... Egito... Nazaré... (Mt 2,13-15.19-23). Nessas migrações, JESUS é conduzido por Deus e protegido por seus pais...

+ A FAMÍLIA DE NAZARÉ:
É uma família como qualquer família de ontem, de hoje ou de amanhã, que se defronta com crises, dificuldades e contrariedade, no entanto...

- É uma família unida e solidária.
Nela existe verdadeiro Amor e solidariedade.
Não hesita enfrentar os perigos do deserto e o desconforto do exílio, quando um de seus membros corre riscos.
Os problemas de um são problemas de todos.

- É uma família onde se escuta a Palavra de Deus e onde se aprende a ler os sinais de Deus.
Nessa escuta, consegue soluções para vencer as contrariedades e descobrir caminhos a percorrer, para assegurar a vida e o futuro a seus membros.

José aparece como o homem atento às indicações de Deus, que sabe discernir e acatar a vontade de Deus, que tudo sacrifica em defesa da vida daquele menino, que Deus lhe confiou.

- É uma família que obedece a Deus
Diante das indicações de Deus, não discute nem argumenta.
No cumprimento obediente aos projetos de Deus, esta família assegura um futuro de vida, de tranqüilidade e de paz.
--
+ A Sagrada Família, modelo da família cristã?
Costuma-se dizer que a Sagrada Família é modelo da família cristã, não tanto em seu contexto sociocultural e histórico, tão distante do nosso, mas quanto aos seus valores fundamentais, especialmente o Amor, que lhe deram coesão, significado e missão de salvação nos planos de Deus.

+ A Família é uma instituição em mudança ou já superada?
A família é a célula base da Igreja e da sociedade, mas está a passar por uma transformação profunda...
É uma instituição divina, por isso permanente...
Mas o modo de viver em família pode mudar através dos tempos.

- Na Família do Passado, primava a relação vertical: uma instituição fechada, de cunho patriarcal.
O Pai detinha a autoridade e era responsável pela parte económica; a Mãe atendia aos afazeres domésticos e cuidava dos filhos (numerosos); os filhos submetidos à autoridade paterna.
= Dava-se muito valor à AUTORIDADE...

- Na Família Atual, primam as relações horizontais dentro da família. Dá-se preferência ao DIÁLOGO, à corresponsabilidade, à igualdade, ao companheirismo e à amizade entre marido e esposa, entre pais e filhos.
= Contudo a família sofre hoje muitas influências negativas e muitos fatores de desagregação...

+ Quais os valores básicos e permanentes na família?

- Comunhão inter-pessoal de Amor e de Vida...
O Amor fiel, único, exclusivo, totalizante e para sempre...
Os Filhos não são vistos como propriedade ou bens adquiridos para o egoísmo possessivo de seus pais, mas como vida e prolongamento vital de um amor pessoal, que educa e orienta para a liberdade responsável.
"A família é a fonte da vida e o berço da fé." (João Paulo II)

- Comunidade aberta aos valores do mundo de hoje: a solidariedade, a responsabilidade, a fraternidade, e o compromisso com os direitos humanos...

- Igreja doméstica: Só assim a família cristã testemunhará a fé, a esperança e a caridade.
Uma igreja doméstica que contribui para a santificação do mundo, a partir de dentro, à maneira de fermento.

E a Nossa família, como vai?
(À moda antiga ou atual?)

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, aqui

25 de Dezembro: Natal do Senhor

Leituras: aqui

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Três simpáticos irmãos órfãos

O Leandro, dez anos, e os seus manos gémeos Rúben e Fafaela, de cinco, acompanham o pai, Quim, às Missas de sufrágio pela mãe, falecida há meses.
Normalmente os três pequenos ficam no banco da frente ao pé da sua tia Águeda que os acolhe e acarinha.
Os dois mais pequeninos querem sempre os cestinhos na altura do "peditório". O Rúben luta para que o seu cestinho traga mais moedas do que o da irmã. Para eles, aquele momento é de competição e, uma vez ou outra, o menino não resiste a falar alto quando vê que a irmã ultrapassa o seu campo de acção ou não executa adequadamente a tarefa. Então um sorriso invade os rostos de todos os presentes.
Na hora da comunhão, os dois gémeos aparecem na fila de mãozitas estendidas. A tia carinhosamente afaga-as nas suas e eu faço-lhes uma festinha. Mas não desistem. No fim da Eucaristia, dirigem-se ao móvel onde são guardadas as partículas para consagrar. Chegou o seu moimento!
Ontem, porque a tia teve que resolver um assunto e não lhes veio abrir a gaveta, lá estavam os dois, olhares enfeitiçados no imóvel. O Rúben chamou e disse:
- Abre. Uma pequenininha pra mim e outra pra mana.
Quando lhes dava a partícula, estenderam as mãozitas, depois meteram-na à boca e desapareceram. Já quase à porta, viraram-se para trás e disseram:
- Obrigado!
Neste Natal, penso nestas crianças órfãs a quem o pai, os familiares e amigos dão todo o carinho e atenção possíveis. Sei que a mãe, já no Natal Eterno, está agora mais perto delas do que nunca.
Penso em todas as crianças sem família, sem amor, sem pão, sem paz, sem futuro...
Penso que cada uma delas é verdadeiramente um Jesus pequenino. E se nós fôssemos TODOS para elas Magos e Pastores? De Herodes, elas não precisam, até porque ainda há demais.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vi O Menino Jesus

Diálogo entre o Pai Natal e o Menino Jesus


Foi numa esquina qualquer que se encontraram o Pai Natal e o Menino Jesus. Enquanto aquele se preparava para trepar um prédio, com o seu saco às costas, este último, recém-nascido, descia à terra e oferecia-se inerme, num pobre estandarte, que cobria uma mísera janela.
- Quem és tu, Menino – disse o velho – e que fazes por aqui?! É a primeira vez que te vejo!
- Sou Jesus de Nazaré e ando há vinte séculos à procura de uma casa que me receba e, como há dois mil anos em Belém, não há quem me dê pousada.
- Pois não é de estranhar! Não vês que vens quase nu?! Porque não trazes roupas quentes, como as que eu tenho, para me proteger do frio do inverno?
- O calor com que me aqueço é o fogo do meu amor e o afecto dos que me amam.
- Eu trago muitos presentes, para os distribuir pelas casas das redondezas. E tu, que andas por aqui a fazer?
- Eu sou rico, mas fiz-me pobre, para os pobres enriquecer com a minha pobreza. Eu próprio sou o presente de quem me acolher. Não vim ensinar os homens a ter, mas a ser, porque quanto mais despojada é a vida humana, maior é aos olhos do Criador.
- E de onde vens e como vieste até aqui? Eu venho da Lapónia, lá para as bandas do pólo norte.
- Eu venho do céu, de onde é o meu Pai eterno, e vim ao mundo pelo sim de uma virgem, que me concebeu do Espírito Santo.
- Que coisa estranha! Nunca ouvi falar de ninguém que tenha nascido de uma virgem e assim tenha vindo ao mundo! E não tens nenhum animal que te transporte para tão longa viagem, como eu tenho estas renas?
- Um burrinho foi a minha companhia em Belém, e foi também o meu trono real, na entrada triunfal em Jerusalém.
- Um burro?! Não é grande coisa, para trono de um rei…
- O meu reino não é deste mundo e a sua entrada é tão estreita que os meus cortesãos, para lá entrarem, se têm que fazer pequeninos, porque destes é o meu reino.
- E que coisas ofereces? Que tesouros tens para dar? Que prometes?
- Trago a felicidade, mas escondida na cruz de cada dia; trago o céu, mas oculto no pó da terra; trago a alegria e a paz, mas no reverso das labutas do próprio dever; trago a eternidade, mas no tempo gasto ao serviço dos outros; trago o amor, mas como flor e fruto da entrega sacrificada.
- Pois eu trago as coisas que me pediram: jogos e brinquedos para os miúdos e, para os graúdos, saúde, prazer, riqueza e poder. Mas, por mais que lhes dê, nunca estão satisfeitos!
- A quem me dou, quer-me sempre mais na caridade que tem aos outros, porque é nos outros que eu quero que me amem a mim.
- Mais um enigma! De facto, somos muito diferentes, mas pelo menos numa coisa nos parecemos: ambos estamos sós, nesta noite de consoada!
- Eu nunca estou só, porque onde estou, está sempre o meu Pai e onde eu e o Pai estamos, está também o Amor que nós somos e estão aqueles que me amam.
- Bom, a conversa está demorada e ainda tenho muitas casas para assaltar, pela lareira, como manda a praxe.
- Eu estou à porta e bato e só entrarei na casa de quem liberrimamente me abrir a porta do seu coração e aí cearei e farei a minha morada.
- Pois sim, mas eu vou andando que já estou velho e cansado …
- Eu acabo de nascer e quem, mesmo sendo velho, renascer comigo, será como uma fonte de água viva a jorrar para a vida eterna.
O velho Pai Natal, resmungando, subiu ao telhado do luxuoso prédio, atirou-se pela chaminé abaixo e desapareceu.
Foi então que a janela onde estava o estandarte se abriu e uma pobre velhinha de rosto enrugado, como um antigo pergaminho, beijou o reverso da imagem do Deus Menino, que estremeceu de emoção. A seguir, encostou a vidraça, apagou a luz e, muito de mansinho, adormeceu. Depois, o Menino Jesus, sem a acordar, pegou nela ao colo e, fazendo do seu pendão um tapete mágico, levou-a consigo para o Céu.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada, aqui

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Recadinhos bem humorados de Deus

Faça duplo clic na imagem para ver o vídeo em grande.

Oração do desempregado


Senhor,
estou desempregado.
Já perdi o direito ao subsídio de desemprego,
e as solas estão gastas de tanto palmilhar
para o Centro de Emprego,
para as empresas e serviços.
Não têm conta as respostas
que dei a anúncios de trabalho...
Nada, Senhor!
Fiz cursos propostos,
andei pelas novas oportunidades,
falei a amigos e conhecidos...
Nada, Senhor!

Como aquele doente da Bíblia
que, quando conseguia chegar
às águas da Piscina Probática,
outro tinha mergulhado antes dele,
também eu me sinto
impotentemente ultrapassado.
Há sempre quem tenha uma 'cunha',
um conhecido importante,
um político de peso...
Eu sou um filho do povo, Senhor!
Que interessa a tantos
o meu passado impoluto
de trabalhador dedicado?

Sabes, Senhor,
estou cansado, deprimido,
desiludido, angustiado!
Apetece-se a desistir de tudo.
Ainda não há fome em minha casa,
graças ao poder de poupança
da minha mulher e à compreensão
de meus filhos.
Tu, Senhor, que tudo sabes,
conheces a verdade:
temos usado roupas oferecidas,
da aldeia chegam-nos
produtos agrícolas
graças à generosidade da família,
e o peixe e a carne
recebem o milagre da multiplicação.
Sabes bem, Senhor, que o único
vício que tinha eram os cigarritos.
Acabou há muito.

Embora com os joelhos da alma
feridos pela dureza das desilusões,
vou lutar.
Sei que é isso que Tu nos dizes
quando nos mandas deitar a mão à rabiça
do arado sem olhar para trás.
Lutarei contra a minha vontade de desistir,
lutarei pelo direito a um lugar ao Sol,
lutarei pelo direito de oferecer
o meu contributo de cidadão
a uma sociedade que me marginaliza.
Lutarei pela dignidade.
Lutarei pelos meus filhos.
E nunca desistirei
porque Tu estás comigo.

Sabes, bom Deus,
parece que a crise é só para os pobres
e os não-ricos!
Os ricos medram como silvas
nos campos da crise e das crises
de que eles têm a maior responsabilidade.
Porquê, meu Deus!?
Eles têm a sua voz poderosa
que sempre os defende;
nós não temos voz nem vez
e falta quem no-las empreste.
Precisamos de outros como Óscar Romero,
Hélder Câmara, António Ferreira Gomes...
Homens apaixonados por Ti, Senhor,
e que subam do barroquismo das palavras
de conveniência para a opção profética.
Senhor, porque permites
este vazio de profetismo na Tua Igreja?

Estou aqui, Senhor, ao pé de Ti.
Confiado e confiante,
em busca da Tua paz,
da serenidade que cura,
da esperança que não engana.
Livra-me da desgraça
de Te desempregar da minha vida.
Não me deixes cair na tentação
do desespero
e livra-me do mal. Ámen.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

A comunidade ao encontro das famílias

Cerca de duas dezenas de colaboradores paroquiais vais sair esta semana para o terreno.
É a comunidade que sai ao encontro das famílias.
Orientado pelo Pároco, com a colaboração amiga de pessoas que ajudaram na sua composição e impressão, distribuído por cristãos que gostam de colaborar, o Boletim "Apelo" vai chegar a cada família da paróquia. É a Igreja que sai para fora das igrejas. É a comunidade que vai ao encontro das famílias.

É um gesto muito simples? Sem dúvida. Mas é um gesto carregado de amizade, empatia e que quer significar presença, empenho e dedicação.
Nascido da Paróquia para a Paróquia.

Os nossos amigos e emigrantes poderão vê-lo brevemente no site da Paróquia -
aqui. Basta carregar em BOLETIM PAROQUIAL "APELO".

Confiamos que seja lido de fio a pavio por todos os elementos de cada família. Analisado e discutido por grupos de amigos. Levado ao conhecimento de quem não lhe prestou atenção. Todos baptizados, todos enviados!

Na página 3 do Boletim, está a oração para a noite de Consoada. É um apoio para uma Consoada com sabor cristão.
Velinha na janela e oração antes ou no fim da ceia. Precisamos de sinais que nos relembrem a nossa identidade e que nos testemunhem no mundo.

Perpassa por todo o Boletim o nosso Centro Paroquial. Afinal não será ele o grande presépio que somos chamados a construir para os meninos desta e das futuras gerações!?

4ª Semana do Advento: AUTO-DOMÍNIO

Auto-domínio: controla as pressões que surgem de todo o lado e podem escravizar impondo hábitos e rotinas prejudiciais à vida familiar e pessoal.

Não nos encontraremos presos a rotinas impensadas que nos tornam meros imitadores sem reflexão prévia capaz de justificar as atitudes?

Caminhando nas exigência desta virtude, não encontramos nela um fim absoluto. Ajuda-nos a criar uma vida mais sóbria e a exercitar a partilha.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Novo Responsável pela Pastoral dos Baptismos nesta Paróquia

O sr. João Machado (Valverde) foi nomeado pela Diocese Ministro Extraordinário da Comunhão e especial colaborador da Pastoral do Baptismo nesta Paróquia de São Pedro de Tarouca.
Em virtude do falecimento do sr Diác. Amorim, o sr. João Machado fica responsável pela Pastoral do Baptismo.

Assim, é a ele que os pais se devem dirigir atempadamente para tratar de todos os assuntos referentes ao Baptismo de seus filhos.

Lembramos que os Baptismos nesta comunidade são no 2º e último domingos do mês, na Missa das 11 horas.

Se alguém precisar de uma declaração para ser padrinho/madrinha fora desta paróquia é ao sr. João Machado que deve dirigir-se.

Se os pais quiserem baptizar fora desta Paróquia, é ao sr. João que devem dirigir-se.

É o sr. João que preside e orienta as reuniões de preparação para o Baptismo.
Contactos do sr João Machado: 962781097 ou 254781520

4º Domingo do Advento - Ano A


Em nossa preparação para o Natal, a Liturgia desse 4º Domingo do Advento apresenta-nos duas figuras importantes, que colaboraram com Deus, na realização do Plano de Salvação: MARIA E JOSÉ.

Na 1ª Leitura, ISAÍAS anuncia uma Virgem, que conceberá o "Deus conosco". Is 7,10-14)

O Rei Acaz confia mais no poder do exército dos assírios, do que na força e na proteção de Deus e sofre um estrondoso fracasso.
Apesar da infidelidade de Acaz, Isaías confirma a fidelidade de Deus e revela um sinal de esperança: "Uma Virgem conceberá e dará à luz um filho (Ezequias), e por-lhe-á o nome de EMANUEL, que quer dizer Deus-Conosco".
- O filho de Acaz, concebido de uma virgem, foi um bom rei, consolidou a dinastia de David e
tornou-se sinal da presença de Deus no meio do povo.
Mas criou-se a expectativa de um outro rei, um filho de David, que cumprisse plenamente a profecia e fosse realmente "Deus conosco".
- Desde o início da era cristã, os cristãos viram na figura dessa "virgem" a imagem de Maria, mãe de Jesus; e no "Emanuel" o próprio Jesus, o verdadeiro "Deus-conosco".

A 2ª Leitura, Paulo lembra que Jesus é a boa-nova de Deus há tempos anunciada pelos profetas, nas Sagradas Escrituras, mas judeu de nascimento, da família de David. (Rm 1,1-7)

No Evangelho, vemos a plena realização da promessa: Jesus é a "Deus-conosco" que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de Salvação.
Ele nascerá de MARIA, esposa de um homem bom, justo e honrado chamado JOSÉ, descendente de David. (Mt 1,18-24)

A narrativa da situação de Maria e José não deve ser vista como uma descrição de fatos históricos, mas uma CATEQUESE sobre Jesus

- Jesus vem de Deus: sua origem é divina.
Maria encontra-se grávida por obra do Espírito Santo.

- Missão de Jesus: o nome "Jesus" significa "Javé salva".
Ele mostra que vem de Deus com uma proposta de salvação.

- O seu Nascimento de uma "Virgem" afirma que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas,
enviado por Deus para restaurar o reino de David.

- José desempenha um papel importante: Pela sua obediência silenciosa, realizam-se os Planos de Deus.
Confiando na palavra de Deus, penetra na obscuridade do Mistério divino, e incorpora-se , com plena disponibilidade, no plano salvador de Deus.

- A Virgem Maria convida-nos a admirar o que o Senhor operou nela e a acreditar na vitória da vida onde nós só enxergamos sinais de morte.

* No Natal, Deus vem ao encontro dos homens para oferecer a Salvação.
Esse encontro só será possível se tivermos o coração disponível para o acolher e para abraçar a sua proposta.

+ O Evangelho nos apresenta DOIS MODELOS de disponibilidade: duas pessoas que tiveram dúvidas sérias sobre o Plano de Deus, mas plenamente disponíveis na realização desse Plano.

- MARIA está sempre atenta aos apelos de Deus e responde com um "sim" generoso de total disponibilidade...
Esse "sim" torna possível a presença salvadora de Deus no mundo.

* Sou capaz de dizer "sim" todos os dias, de forma que, através de mim, Deus possa nascer no mundo e salvar os homens?

- JOSÉ é um homem a quem Deus envolve nos seus planos misteriosos, mas que tudo aceita, numa obediência total a Deus.

* Sou capaz de acolher os projetos às vezes misteriosos de Deus, com a mesma disponibilidade de José, em obediência total a Deus?

+ Somos convidados a preparar o Natal deste ano, com MARIA e JOSÉ...

- Se, como Maria e José, acolhermos a mensagem de Deus, acreditando nela, superando o medo e a dúvida...

- Se, como Maria e José, nos deixarmos engravidar pelo Espírito do Senhor, emprestando nosso ser, nosso corpo e nossa mente, nosso espírito e nosso tempo, nossa fragilidade e nossa força,
para que Deus atue em nós...

 toda nossa vida será um NATAL PERENE, um contínuo DEUS-CONOSCO...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, aqui
Leituras do 4º Domingo do Advento: aqui

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O presépio somos nós

Um poema de José Tolentino Mendonça

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos
--
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno

José Tolentino Mendonça

in ecclesia

ENCARNAÇÃO


§461 Retomando a expressão de São João ("O Verbo se fez carne" Jo 1,14), a Igreja denomina "Encarnação" o fato de Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para realizar nela a nossa salvação. Em um hino atestado por São Paulo, a Igreja canta o mistério da Encarnação:

Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,5-8).

§462 A Epístola aos Hebreus fala do mesmo mistério:

Por isso, ao entrar no mundo, ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui... para fazer a tua vontade (Hb 10,5-7, citando Sl 40,7-9 LXX)

§463 A fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus" (1Jo 4,2). Esta é a alegre convicção da Igreja desde o seu começo, quando canta "o grande mistério da piedade": "Ele foi manifestado na carne" (1 Tm 3,16).

E.10.3 Efeitos da Encanação do Filho de Deus

§432 O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. E o único nome divino que traz a salvação e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação, de sorte que "não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4,12)

§521 Tudo o que Cristo viveu foi para que pudéssemos vivê-lo nele e para que Ele o vivesse em nos. "Por sua Encarnação, o Filho de Deus, de certo modo, se uniu a todo homem." Nós somos chamados a ser uma só coisa com Ele; Ele nos faz partilhar (comungar), como membros de seu corpo, de tudo o que (Ele), por nós e como nosso modelo, viveu em sua carne.
In Catecismo da Igreja Católica, aqui

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Noite de Natal com a velinha à janela


Quando terminarem as Missas do próximo fim-de-semana nesta comunidade tarouquense, estarão pessoas a vender as velinhas do Natal -um euro cada uma.

1. "Eu sou a LUZ do mundo. Quem Me segue não anda nas trevas" - disse Jesus.
Na noite de Consoada, ao colocar a velinha acesa à janela de sua casa, cada família testemunha a sua fé, manifesta que Deus tem lugar no presépio do seu lar, e abre-se a Cristo, Luz do mundo.

2. Como disse o nosso Bispo, quando anunciou a criação do Fundo Solidário Diocesano,"espera-se que a Campanha de Natal “10 Milhões de Estrelas – um Gesto pela Paz” seja o primeiro impulso para a constituição do Fundo Solidário Diocesano, uma vez que, à semelhança dos anos anteriores, ao adquirir uma vela da campanha ao preço unitário de 1,00€, estar-se-á a apoiar uma causa solidária – este ano a criação do referido Fundo. Também uma parte, minoritária, das verbas angariadas com a campanha deste ano serão entregues à Cáritas Portuguesa para apoio a um Orfanato que se encontra em avançado estado de degradação.
Num momento de acentuada crise social, esta iniciativa surge como uma das respostas que a Diocese de Lamego procura dar às crescentes necessidades de uma população do interior do País, com uma acentuada falta de acesso a outra ajuda para além da solidariedade dos cristãos."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

São Mateus, o Evangelista do Ano A

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Evangelho de São Mateus
Este Evangelho, transmitido em grego pela Igreja, deve ter sido escrito originariamente em aramaico, a língua falada por Jesus. O texto actual reflecte tradições hebraicas, mas ao mesmo tempo testemunha uma redacção grega. O vocabulário e as tradições fazem pensar em crentes ligados ao ambiente judaico; apesar disso, não se pode afirmar, sem mais, a sua origem palestinense. Geralmente pensa-se que foi escrito na Síria, talvez em Antioquia ou na Fenícia, onde viviam muitos judeus, por deixar entrever uma polémica declarada contra o judaísmo farisaico. Atendendo a elementos internos e externos ao livro, o actual texto pode datar-se dos anos 80-90, ou seja, algum tempo após a destruição de Jerusalém.

AUTOR
Do seu autor, este livro nada diz; mas a mais antiga tradição eclesiástica atribui-o ao apóstolo Mateus, um dos Doze, identificado com Levi, cobrador de impostos (9,9-13; 10,3). Pelo conhecimento que mostra das Escrituras e das tradições judaicas, pela força interpelativa da mensagem sobre os chefes religiosos do seu povo, pelo perfil de Jesus apresentado como Mestre, o autor deste Evangelho era, com certeza, um letrado judeu tornado cristão, um mestre na arte de ensinar e de fazer compreender o mistério do Reino do Céu, o tesouro da Boa-Nova anunciada por Jesus, o Messias, Filho de Deus.

COMPOSIÇÃO LITERÁRIA
Mateus recorre a fontes comuns a Mc e Lc, mas apresenta uma narração muito diferente, quer pela amplitude dos elementos próprios, quer pela liberdade com que trata materiais comuns. O conhecimento dos processos e os modos próprios de escrever de Mateus são de grande importância para a compreensão do livro actual: compilação de palavras e de factos, de “discursos” e de milagres; recurso a certos números (7, 3, 2); paralelismo sinonímico e antitético; estilo hierático e catequético; citações da Escritura, etc..

DIVISÃO E CONTEÚDO
Apesar dos característicos agrupamentos de narrações, não é fácil determinar o plano ou estabelecer as grandes divisões do livro. Dos tipos de distribuição propostos pelos críticos, podemos referir três:

1. Segundo o plano geográfico: o ministério de Jesus na Galileia (4,12b-13,58), a sua actividade nas regiões limítrofes da Galileia e a caminho de Jerusalém (14,1-20,34), ensinamentos, Paixão, Morte e Ressurreição em Jerusalém (21,1-28,20).

2. Segundo os cinco “discursos”, subordinando a estes as outras narrações: resulta daí um destaque para a dimensão doutrinal e histórica da existência cristã.

3. Segundo o objectivo de referir o drama da existência de Jesus: Mateus apresenta o Messias em quem o povo judeu recusa acreditar (3,1-13,58) e que, percorrendo o caminho da cruz, chega à glória da Ressurreição (14-28).

Aqui, limitamo-nos a destacar:
I. Evangelho da Infância de Jesus (1,1-2,23);
II. Anúncio do Reino do Céu (3,1-25,46);
III. Paixão e Ressurreição de Jesus (26,1-28,20).

TEOLOGIA
Escrevendo entre judeus e para judeus, Mateus procura mostrar como na pessoa e na obra de Jesus se cumpriram as Escrituras, que falavam profeticamente da vinda do Messias. A partir do exemplo do Senhor, reflecte a praxe eclesial de explicar o mistério messiânico mediante o recurso aos textos da Escritura e de interpretar a Escritura à luz de Cristo. Esta característica marcante contribui para compreender o significado do cumprimento da Lei e dos Profetas: Cristo realiza as Escrituras, não só cumprindo o que elas anunciam, mas aperfeiçoando o que elas significam (5,17-20). Assim, os textos da Escritura neste Evangelho confirmam a fidelidade aos desígnios divinos e, simultaneamente, a novidade da Aliança em Cristo.

Nele ressaltam cinco blocos de palavras ou “discursos” de Jesus: 5,1-7,28; 8,1-10,42; 11,1-13,52; 13,53-18,35; 19,1-25,46. Ocupam um importante lugar na trama do livro, tendo a encerrá-los as mesmas palavras (7,28), e apresentam sucessivamente: “a justiça do Reino” (5-7), os arautos do Reino (10), os mistérios do Reino (13), os filhos do Reino (18) e a necessária vigilância na expectativa da manifestação última do Reino (24-25).

Desde o séc. II, o Evangelho de Mateus foi considerado como o “Evangelho da Igreja”, em virtude das tradições que lhe dizem respeito e da riqueza e ordenação do seu conteúdo, que o tornavam privilegiado na catequese e na liturgia. O Reino proclamado por Jesus como juízo iminente é, antes de mais, presença misteriosa de salvação já actuante no mundo. Na sua condição de peregrina, a Igreja é “o verdadeiro Israel” onde o discípulo é convidado à conversão e à missão, lugar de tensão ética e penitente, mas também realidade sacramental e presença de salvação. Não identificando a Igreja com o Reino do Céu, Mateus continua hoje a recordar-lhe o seu verdadeiro rosto: uma instituição necessária e uma comunidade provisória, na perspectiva do Reino de Deus.

Como os outros Evangelhos, o de Mateus refere a vida e os ensinamentos de Jesus, mas de um modo próprio, explicitando a cristologia primitiva: em Jesus de Nazaré cumprem-se as profecias; Ele é o Salvador esperado, o Emanuel, o «Deus connosco» (1,23) até à consumação da História (28,20); é o Mestre por excelência que ensina com autoridade e interpreta o que a Lei e os Profetas afirmam acerca do Reino do Céu (= Reino de Deus); é o Messias, no qual converge o passado, o presente e o futuro e que, inaugurando o Reino de Deus, investe a comunidade dos discípulos a Igreja do seu poder salvífico.

Assim, no coração deste Evangelho o discípulo descobre Cristo ressuscitado, identificado com Jesus de Nazaré, o Filho de David e o Messias esperado, vivo e presente na comunidade eclesial.
Fonte: aqui

SOPÉ DA MONTANHA NA INTERNET

AQUI

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando Deus ocupa o centro do nosso coração, só podemos ser alegres

Jovens «andam à deriva» por causa do «vazio de ideais» dos cristãos adultos, diz bispo de Beja

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O bispo de Beja, D. António Vitalino, considera que a ausência de aspirações dos cristãos adultos, que se reflecte especialmente no “dinamismo missionário perdido”, é a causa da desorientação da juventude.

Os jovens sentem o “vazio de ideais” das pessoas mais velhas e “andam à deriva”, pelo que “precisam de ver adultos e cristãos convictos, com uma identidade bem definida, coerentes com ela e felizes na sua pertença à Igreja, afirmou o prelado aos microfones da Rádio Pax.

Para D. António Vitalino, é o “espírito missionário que empolga a juventude e dá vida à Igreja”: “onde ele está presente, há alegria, esperança, amor, solidariedade, proximidade, boa vizinhança”, mas “onde ele falta, o isolamento, o egoísmo, a solidão, a tristeza e o desânimo apoderam-se das populações”.

Referindo-se ao fenómeno da emigração, área integrada na Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, a que preside, o bispo de Beja lamentou que “nem sempre” sejam “motivações missionárias e altruístas” a estar na origem da mudança para outro país em busca de novas oportunidades.

“Se a crise actual fosse apenas económica e financeira, mas houvesse ideais nobres, de amor ao próximo e de luta pelo bem comum, depressa estaria ultrapassada”, assinalou.

Ao recordar a proximidade do Natal, o prelado salientou que “o acolhimento da vida nascente, no meio da pobreza e da crise”, abre “o coração à esperança, à partilha” e dá “alegria”, enquanto que “o isolamento e o medo” paralisam “o espírito” e eliminam “as capacidades criativas, fonte de alegria e de superação das crises”.

A reflexão semanal do bispo de Beja foi inspirada na homenagem ao padre holandês Pedro Martinho Schellekens (1921-1988), realizada este Domingo pela Junta de Freguesia de Azinheira de Barros e a Câmara Municipal de Grândola.

O sacerdote escolheu a diocese para realizar a sua vocação missionária, tendo trabalhado como capelão das minas do Lousal e assistente regional dos Escuteiros, missões em que, segundo D. António Vitalino, “conquistou o coração da população e passou para a sua mente uma imagem de Igreja presente nas alegrias e tristezas do povo”.
In ecclesia

domingo, 12 de dezembro de 2010

“Peço aos nossos irmãos no estrangeiro que não se esqueçam de nós. Precisamos muito de sentir a vossa companhia”

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Natal no Iraque

Imagine-se, de hoje a 15 dias, sem poder sair de casa para ir à Igreja celebrar o Natal. E que, mesmo dentro casa, reunido com a sua família e amigos, poderá perder a vida… só pelo simples facto de ser cristão.

Pois é disso mesmo que, neste momento, têm medo os católicos iraquianos.

Hisham tem 29 anos e já recebeu duas ameaças de morte, por se recusar a abandonar o país. Wasim, com 67 anos, sente-se isolado e pensa seriamente em emigrar para a Síria, com medo que raptem a sua filha, jovem universitária. Shimoun, com 25 anos, continua a ter pesadelos desde o ataque sangrento à catedral e tenta resistir às pressões da família para emigrar para a Jordânia. Senah, com 69 anos, vive em Bagdad e é uma professora reformada.

Testemunha que a sua vida se resume a duas palavras: medo e esperança. Medo, por causa da Al-Qaeda e das suas milícias, que há muito definiram os cristãos como alvo a abater, e esperança pelo amor que tem à terra onde nasceu e pelo pedido que, nestes dias, fez chegar até nós.

“Este Natal será uma grande provação para os cristãos que aqui ficaram”, disse ela. “Peço aos nossos irmãos no estrangeiro que não se esqueçam de nós. Precisamos muito de sentir a vossa companhia”.
Aura Miguel, RR on-line

sábado, 11 de dezembro de 2010

Partiu para o Pai o Diácono Amorim


Comunicaram-mo há minutos. O sr. Diácono Manuel Assunção Alves Amorim partiu para o Pai.

Nasceu em 22 de Outubro de 1934. Natural do Castanheiro do Ouro, Freguesia de Tarouca, frequentou o Seminário que deixou porque não era essa a sua vocação. Irmão do sr P.e Amorim, Reitor do Santuário de Nª Srª da Lapa, tem ainda duas irmãs que seguiram a vida religiosa.

Casou-se com D. Maria Augusta, também natural desta Freguesia, povoação de Cravaz onde o cal sempre viveu após o Matrimónio. É pai do Rui Amorim, Paula Amorim, Célia Amorim, Anabela Amorim, Henrique Amorim. Houve ainda outra criança que Deus chamou a Si. Prezou a família como um valor inquestionável. E como marido e pai, sempre foi factor de união e de encantamento.

Exerceu ao longo da sua vida as mais diversas funções ligadas à vida civil e cristã. Foi Presidente da Câmara Municipal de Tarouca, esteve sempre ligado à Santa Casa da Misericórdia de Tarouca de que era actualmente Presidente da Assembleia Geral, dirigiu o coral da Igreja Paroquial, foi catequista, orientou o grupo de oração e amizade, foi secretário de vários Conselhos Económicos da Paróquia, fez parte das equipas de CPM (Curso de Preparação para o Matrimónio), foi Ministro Extraordinário da Comunhão, integrou várias campanhas diocesanas contra o aborto e a favor da vida e da família, etc.

Durante muitos anos, trabalhou na Tipografia de Tarouca de onde se reformou.

Após a reforma, frequentou o Curso de Ciências Religiosas e foi ordenado Diácono Permanente em 20 de Janeiro de 2005 pelo actual da diocese, Bispo D. Jacinto.

Uma vida cheia. Uma vida ao serviço dos outros. Nunca enriqueceu com as tarefas que desempenhou, porque viveu para servir.

Afável, discreto, moderado, cumpriu com grande entrega e generosidade as várias tarefas.

Grande amigo! Sempre pronto a colaborar, sempre pacificador, sempre compreensivo. Quanto lhe agradeço! Quanto a comunidade lhe deve!

Edificante na doença. Manteve a Esperança para lá da esperança. Sem queixumes, sem revoltas. Com uma fé profunda, sentida, viva, que o levava a dizer: "Deus sabe que estou aqui! Ele é que sabe."

Descansa em paz, amigo! Sê feliz para sempre nos braços de Deus.

2ª Semana do Advento: ABSTINÊNCIA


"A abstinência é a renúncia voluntária à satisfação de um desejo ou necessidade." (Lalande, 1993).

Abstinência caracteriza-se por abster-se de alguma coisa como uma bebida, um alimento ou até mesmo uma necessidade ou privar-se de fazer uma determinada acção.

A abstinência, vista como moderação no comer, estabelece uma ordem sadia com benefícios para uma qualidade de vida.

Nesta 3ª semana do Advento, façamos abstinência:
- de palavras feias;
- de amuos;
- de falsos juízos;
- de má língua;
- de maus pensamentos e maus desejos;
- de sentimentos negativos;
- de excessos na comida, na bebida e no vestir;
- de esquecimentos de Deus;
- de egoísmo;
- ...

Não encontraremos apegos desmesurados a gostos e prazeres que podem e devem ser evitados?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Preparando o Natal de Jesus


Daqui a pouco estamos chegados ao Natal, que celebra o nascimento de Jesus. Este é um acontecimento ímpar que nos deve fazer reflectir. Como diz a Bíblia, Deus não nos quis deixar ao abandono mas enviou profetas que nos ajudassem a seguir o melhor caminho. E por fim, vendo que não era suficiente, mandou-nos o próprio Filho que se fez igual a nós e nos ensinou o caminho para a verdadeira Felicidade.

Na verdade, fomos criados para Deus e só seremos felizes quando o encontrarmos.

«Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!!! Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se Tu não existisses.
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz...»
- escreveu Santo Agostinho nas Confissões.

Jesus Cristo que, há dois mil anos, nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judeia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Sagrada Escritura: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).

No Advento temos a oportunidade de aprofundar a expectativa do "Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos" e nas semanas que antecedem a festa natalina recordamos o "Senhor que nasceu pobre no Oriente". Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o "Senhor que vem" em sua vida e renova a sua existência.

In O Amigo do Povo

3º DOMINGO DO ADVENTO – Ano A

Sinais da Chegada

Advento não é propriamente preparar o Natal, mas celebrar a chegada do Senhor.
Quais são os sinais da sua chegada?
As Leituras bíblicas são um convite muito forte para a ALEGRIA, porque o Senhor, que esperamos, já está conosco e com ele preparamos o Advento do seu Reino.
Por isso, o 3º domingo do Advento é chamado "Domingo da alegria".

A 1ª Leitura é um Hino à ALEGRIA. (Is 35,1-6a.10)
O profeta deseja despertar e fortalecer a esperança dos exilados.
O povo atravessava um dos piores períodos de sua história: Jerusalém e o templo destruídos, o povo deportado na Babilónia.
Mesmo assim, o profeta prevê a ALEGRIA dos tempos messiânicos: fala do deserto que vai florir, da tristeza que vai dar lugar à alegria. O Messias libertará os cegos, os coxos, os mudos de suas doenças...
* São SINAIS que indicam a chegada de um mundo novo, onde não haverá mais lugar para a doença, a dor e o pranto..

Na 2ª Leitura, Tiago convida à espera com PACIÊNCIA. (Tg 5,7-10)

No Evangelho, Jesus mostra que o mundo novo anunciado pelo Profeta já chegou. O texto tem 3 partes: (Mt 11,2-11)

1. A PERGUNTA de João Batista:
João Batista estava preso... por Herodes... por reprovar o seu comportamento...
No cárcere, ouve falar das obras de Cristo, tão diferente do que se esperava: ele anunciara um juiz severo que castigaria os pecadores...
Ao invés, defronta-se com alguém que se aproxima dos pecadores.
Perplexo, envia a Jesus dois discípulos com uma pergunta bem concreta:
"És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro"?

2. A RESPOSTA de Jesus:
Jesus responde apontando seis sinais concretos de libertação, já anunciados por Isaías há muito tempo:
"Ide contar a João o que vede e ouvis: cegos... paralíticos... leprosos... surdos... mortos... pobres evangelizados..." E acrescenta: "Feliz quem não se escandalizar de mim..."
* Jesus mostra a João que as suas obras comprovam a era messiânica, mas sob a forma de actos de salvação, não de violência e castigo.

3. O TESTEMUNHO de Jesus sobre João:
- João Batista não é uma cana que verga conforme o vento…
- não é um pregador oportunista que se adapta conforme a situação.
- Não é um CORRUPTO que vive na fortuna e no luxo...
- É muito mais que um PROFETA... "É o maior entre os nascidos de mulher".
= Mas, com surpresa, acrescenta:
"No entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele".
* Os que já pertencem ao Reino transcendem aqueles que o precederam e prepararam.
Declaração implícita da superioridade do Novo sobre o Antigo Testamento; da Igreja sobre a Sinagoga; da Lei de Cristo sobre a Lei de Moisés.

+ A Ação libertadora de Deus deve continuar na História
através de gestos concretos dos seguidores de Cristo.
A resposta de Jesus a João Batista foi clara: "Ide contar a João o que vedes e ouvis."
Pelos "sinais", que podiam ver e ouvir, Jesus comprovava a presença salvadora e libertadora de Deus no meio dos homens.
Para perpetuar no mundo a acção salvadora e libertadora de Deus, os "Sinais", que Jesus realizava então, devem continuar a acontecer agora, através dos seus seguidores.
- Em nossa vida e nossas comunidades há gestos de salvação e libertação que são sinais que o Reino de Deus já chegou?
- Os "surdos", fechados num mundo sem comunicação e sem diálogo, encontram em nós a Palavra viva de Deus que os desperta para a comunhão e para o amor?
- Os "cegos", encerrados nas trevas do egoísmo ou da violência, encontram em nós o desafio que Deus lhes apresenta de abrir os olhos à luz?
- Os "coxos", privados de movimento e de liberdade, escondidos atrás das grades em que a sociedade os encerra, encontram em nós a Boa Nova da liberdade?
- Os "pobres", sem voz nem dignidade, sentem em nós o amor de Deus?
* O que significa hoje recuperar a vista aos cegos, a capacidade de andar dos coxos, a audição dos surdos, a ressurreição dos mortos?

+ A Liturgia de hoje é um convite forte à alegria:
"Alegrai-vos sempre no Senhor, de novo vos digo: alegrai-vos: o Senhor está perto". (Ant de Entrada)

O mundo vive carente de alegria.
A depressão tornou-se a doença dos tempos modernos.
Muitos, na ânsia de ter alegria, agarram-se a coisas e pessoas, que, só lhes conseguem proporcionar momentos fugazes de prazer.
A Boa Nova trazida no Natal é mensagem de alegria...
Gabriel na anunciação... Isabel na visitação... Maria no Magnificat... os Anjos aos pastores...
A ALEGRIA é uma característica de nossas Comunidades?
Somos semeadores de alegria ou motivo de dor e tristeza?

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa,
aqui

Observação:
Pode acessar à imagem e às Leituras aqui.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Exemplo a seguir

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Há dias uma senhora ainda nova lamentou que mesmo entre os jovens haja intrigas e as pessoas deixem de falar sem se saber porquê. Lembrei-me então do seguinte exemplo que colhi na internet e narro a seguir e que também contei àquela mulher.

Plácido Domingo e José Carreras são célebres cantores espanhóis. Mas Plácido é natural de Madrid e Carreras é catalão. Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só actuariam em determinado espectáculo se o adversário não fosse convidado.

Mas, entretanto, Carreras ficou doente de leucemia. A sua luta contra o cancro foi muito difícil, tendo sido submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma periódica mudança de sangue, que o obrigava a uma penosa viagem mensal aos Estados Unidos.

Certo dia, alguém lhe disse que tinha aparecido em Madrid uma Fundação cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia. Graças ao apoio da Fundação, Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou a receber os altos cachês que merecia e resolveu associar-se à Fundação.

Foi ao ler os seus estatutos, que descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a Fundação para o ajudar e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu inimigo". Mas... o mais comovente foi o encontro de ambos. Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a actuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés e agradeceu-lhe publicamente. Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.

Este foi um gesto que, se todos o imitássemos, o mundo seria bem melhor.

In O Amigo do Povo

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Côngrua Paroquial

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Todos somos responsáveis
pela presença da Igreja
no coração do mundo!

MANDAMENTOS DA SANTA IGREJA
1º – Primeiro mandamento : "Participar na missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho".
2º - Segundo mandamento: "Confessar-se ao menos uma vez por ano".
3º - Terceiro mandamento: "Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição".
4º - Quarto mandamento: "Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja".
5º - Quinto mandamento: “Contribuir para as despesas do culto, sustentação do clero, segundo as legítimas determinações da Igreja".
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ENTÃO COMO FAZER?

1. Dê a sua oferta para a Côngrua Paroquial de São Pedro de Tarouca. É a forma habitual e regular de prover às necessidades da Igreja. Ajude a sua Paróquia a dispor do necessário para o culto divino, para o apostolado, para as obras, para o exercício da caridade. A Igreja sugere que partilhe o valor de um dia do rendimento do seu agregado familiar. Mas é a sua generosidade que estabelece o limite!

2. Donde vem o dinheiro das Paróquias? As Paróquias, habitualmente, estendem-se por zonas residenciais. A organização económica assenta nesse facto: a côngrua, as ofertas extraordinárias por ocasião dos baptizados, funerais e casamentos das famílias que lá residem, os ofertórios das Missas e outros donativos.

3. A Paróquia tem actualmente um desafio tremendo pela frente: o Centro Paroquial. Queremos deixar aos mais novos aquilo que nós não tivemos. É uma obra indispensável para a catequese, para os jovens, para os grupos paroquiais, para as famílias. O seu contributo é indispensável!
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4. Em Portugal, quem sustenta a Igreja é a generosidade dos fiéis. Precisamos que nos ajude com a sua oferta. Para que a Igreja realize a sua missão, é preciso que os católicos da paróquia, residentes ou emigrantes, lhe proporcionem os meios!

Imaculada Conceição de Nossa Senhora


A Maria Santíssima

Menina simples, de coração puro,
Que encontrou graça aos olhos do Pai.
Menina humilde, de espírito maduro,
Com o vosso SIM a cabeça da serpente esmagai!

Menina serva que acolheu as palavras do anjo com atenção
E sabiamente no coração soube tudo conservar ,
Menina mulher que acreditou na verdade da salvação
E ajudou a Deus Seu plano realizar

Sempre Virgem, do Espírito Santo concebeu,
Sacrário Vivo que a Deus inteiramente se ofereceu,
Lírio cheiroso, livre da mancha original.

És Tu, Maria, da castidade o símbolo real.
Maria, Mãe de Jesus e Senhora Nossa;
Maria, Rainha do Céu, que todo o mal destroça.
Maria Raquel do Carmo (com adaptações)

Oração a Nossa Senhora da Conceição

Virgem Santíssima,
que fostes concebida sem o pecado original
e por isto merecestes o título
de Nossa Senhora da Imaculada Conceição
e por terdes evitado todos os outros pecados,
o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras:
"Ave Maria, cheia de graça";
nós vos pedimos que nos alcanceis
do vosso divino Filho o auxílio necessário
para vencermos as tentações
e evitarmos os pecados e,
já que vós chamamos de Mãe,
atendei-nos com carinho maternal
e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos.
Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós.
Fonte: aqui