terça-feira, 30 de março de 2021

1 Abril 2021 - Quinta-feira - Semana Santa - Missa da Ceia do Senhor

Leituras:

Enquanto comiam, tomou Jesus o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei. Isto é o meu corpo. Tomou, em seguida, um cálice, deu graças e entregou-lhes dizendo:
Este é o meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos para a remissão dos pecados ... Ora um dos discípulos, aquele que Jesus amava, estava à mesa junto do peito de Jesus
(Mt 26, 26-28; Jo 13, 12).

segunda-feira, 29 de março de 2021

Jovem católico é padrinho da família: a história de várias conversões

 Marco Pantoja converteu-se ao catolicismo e a sua decisão inspirou os pais e as três irmãs. Serão baptizados na Vigília Pascal... e Marco é o padrinho.

aqui:


domingo, 28 de março de 2021

CRUZ FLORIDA À JANELA

No próximo Domingo de Páscoa, vamos pôr uma cruz florida à janela de nossas casas, anunciando ao mundo que Aquele em quem acreditamos ressuscitou.
Uma santa Semana Santa para todos!

sábado, 27 de março de 2021

 


Amoris Laetitia Caminhemos Juntos 2021.03.25

O primeiro de 10 vídeos com o testemunho de uma família e a palavra do Papa. Um vídeo que pode ser acompanhado por um guião de reflexão: Clicar aqui: https://www.vaticannews.va/.../amoris-laetitia-familia-o...

sexta-feira, 26 de março de 2021

quinta-feira, 25 de março de 2021


 

28 Março 2021 - Domingo de Ramos - Ano B


Anunciação do Senhor

 













Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.


Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti’. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de todos, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o ‘sim’ do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário ‘sim’ humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

terça-feira, 23 de março de 2021

DEZ CUIDADOS A TER, NA CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA

1. PONTUALIDADE
Chegue sempre pontualmente, inclusive antes de a santa missa começar.
Lembre-se de que o primeiro preceito da Igreja é participar na missa completa todos os domingos e festas de guarda e não fazer trabalhos ou atividades que impeçam a santificação desses dias.
Para isso, é importante chegar à igreja a tempo. Para quê? Para nos prepararmos espiritualmente, criando ambiente de silêncio e de oração, e fazendo nossa oração e adoração pessoal.
2. CUMPRIMENTE O SENHOR, LOGO QUE ENTRA NA IGREJA
Entrando na igreja, sua primeira ação deve ser cumprimentar o Senhor
Nunca entre na igreja distraído. Procure imediatamente o sacrário. Haverá uma luz vermelha acesa indicando o lugar em que o Santíssimo Sacramento está reservado. Se a sua saúde lho permitir, ajoelhe-se em adoração diante do Senhor.
Uma vez feito o ato de adoração, busque um bom lugar para se sentar, de preferência começando por ocupar os primeiros bancos que estiverem vazios.
3. MOVIMENTE-SE DENTRO DA IGREJA COM SAGRADO RESPEITO
Se você precisar de se movimentar dentro da igreja, faça-o com respeito. Se tiver de passar para o outro lado da igreja e tiver de passar em frente do altar, faça uma reverência profunda, ainda que a missa não tenha começado. Se o Senhor estiver no sacrário da igreja, ao passar para o outro lado, faça uma genuflexão simples (encostando o joelho direito no chão).
4. OBSERVE O SILÊNCIO
Haverá pessoas orando, preparando-se para a confissão ou confessando-se. Permaneça em silêncio ou orando, como preparação pessoal e para respeitar o momento dos outros com Deus.
Observe o silêncio antes, durante e depois da celebração, com excepção dos momentos em que se canta ou responde às ações litúrgicas.
Considere a igreja um lugar santo e a santa missa como um ato sagrado. Distinga bem, entre a igreja e a praça pública.
Isso implica em desligar ou silenciar o telemóvel; não o deixe sequer vibrando, porque isso pode distrai-lo e torná-lo dependente. Se, por distração, você se esquecer de desligar o telemóvel e ele tocar durante a missa, não saia da igreja para atender: desligue-o imediatamente.
5. VISTA-SE COM DECÊNCIA
No lugar onde se renova de forma incruenta o sacrifício de Cristo na cruz, vista-se com a dignidade do lugar e do momento, e não para se exibir ou dar nas vistas. Não use roupas inadequadas, ainda que faça calor, nem roupas esportivas, pijama, shorts etc.
6. SE VAI COMUNGAR, GUARDE JEJEUM EUCARÍSTICO
A Igreja pede-nos um jejum eucarístico de 1 hora (de comida e bebida) antes da sagrada comunhão, com exceção da água e dos remédios (CDC 919).
O jejum exige evitar inclusive as gomas de mascar, antes e durante a celebração. Esta norma não é opcional, e violá-la conscientemente é sacrilégio. Observar esta regra é sinal de máximo respeito de quem identifica a presença real de Cristo na Eucaristia; é também a preparação mais adequada para receber o Senhor.
7. AJUDE OS SEUS FILHOS
Se forem pequenos, evite que fiquem brincando ou incomodando os outros; eduque-os no respeito pelo lugar e pelo momento; assim, saberão a importância da Missa.
A assembleia deve ser compreensiva para com os irmãos mais pequeninos. Mesmo que possam distrair alguma pessoa adulta, esforce-se por se concentrar, lembre-se que é melhor habituarem-se desde novinhos a celebrara fé com a comuniudade.
8. A IGREJA, NO DIZER DE JESUS, É CHAMADA CASA DE ORAÇÃO
Portanto, o templo paroquial não é lugar para conversar. Não confunda a igreja com uma cafeteria, não se sente com as pernas cruzadas, como nos atos ou reuniões sociais.
A missa não é um momento para expressar afetos pessoais. Se você está com seu esposo(a) ou namorado(a), deixe as manifestações extravagantes de carinho para outro lugar e momento.
Deixe os cumprimentos, abraços e beijos aos amigos (as) para antes ou depois da Eucaristia.
A Missa é um encontro a com Deus; vivamo-la! Cada um dirigindo-se particularmente a Deus.
9. PARTICIPE ACTIVAMENTE, REZANDO E CANTANDO EM VOZ ALTA, EM UNÍSSONO COM A COMUNIDADE REUNIDA, MAS RESPONSAVELMENTE COMO SE NÃO ESTIVESSE MAIS NINGUÉM.
Participe ativamente da missa e deixe suas leituras e devoções pessoais para outro momento (por exemplo, rezar o terço), seja este antes ou depois da celebração. Durante a missa, evite os deslocamentos desnecessários, como peregrinar na frente de imagens de devoção.
10. NÃO CEDA À DISTRAÇÃO
Na Missa, deixe de lado todo outro assunto ou pensamento. Não desvalorize a missa com um coração dividido, pensando nos seus assuntos pessoais.
Não se ocupe de banalidades, nem se distraia olhando para os outros, muito menos com malícia. Tampouco passe o tempo todo olhando para o relógio, como se estivesse ansioso que a Missa acabe depressa.
Joaquim Correia Duarte, Facebook
(Com adaptações)

segunda-feira, 22 de março de 2021

sábado, 20 de março de 2021

AMORIS LAETITIA = Alegria do Amor - Leia, pense e partilhe esta Exortação Apostólica do Papa Francisco

Visão da família realista, positiva e desafiante...
É para ler e saborear aos poucos, quase número a número. Sem pressas.
Faça do Amoris Laetitica um livro de leitura obrigatória para este Ano da Família que começou em 19 de março.

NESTE ANO ESPECIAL DA FAMÍLIA, REZEMOS DIARIAMENTE EM FAMÍLIA!

 

quinta-feira, 18 de março de 2021

Amanhã é o DIA DO PAI!

 
PARABÉNS A TODOS OA PAIS!

quarta-feira, 17 de março de 2021

19 de março - Solenidade de São José

 «Com coração de pai» (Patris Corde = PC) são as primeiras palavras da Carta Apostólica que o Papa Francisco nos ofereceu, no passado dia 8 de dezembro, para nos propor, desde então, um Ano inteiro dedicado a São José.  É um modo de assinalar os 150 anos da Declaração de São José, como padroeiro universal da Igreja Católica, feita pelo Papa de então, o Beato Pio IX, em 8 de dezembro de 1870. Faz hoje precisamente 5 anos que o Papa assinou a Exortação Apostólica sobre “A alegria do amor em família” (dita em latim, «Amoris laetitia»). Para valorizar as perspetivas pastorais deste documento, inaugura-se hoje o “Ano Famílias «amoris laetitia»”, que só terminará a 26 de julho do próximo ano. São José, pai na sombra, inspira também este Dia do Pai. É ocasião para celebrarmos toda a paternidade humana, na qual se esconde e se revela a paternidade divina. Dêmos, pois, graças a Deus, pelo pai de cada um de nós, esteja ele entre nós ou vivo no céu. Invoquemos a misericórdia do Pai que está nos Céus.


Gostaria de falar-vos “com o coração de Pai”.E posso fazê-lo, porque ninguém se torna pai apenas porque colocou no mundo um filho. Sempre que alguém assume a responsabilidade pela vida de outrem, em certo sentido exercita a paternidade a seu respeito (PC 7). Entre as muitas e riquíssimas facetas desta figura de São José, um pai tão amado pelos cristãos, eu destacaria, nesta homilia, e no contexto em que vivemos, três caraterísticas.

1. São José é uma figura importante. Mas não é um VIP. Dele não conhecemos uma única palavra. É o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana, discreta e escondida, na vida de Jesus e de Maria. Olhemos, por exemplo, para os protagonistas desta luta renhida contra a pandemia. E quem vem à luz? Os que estão na sombra, como José. Onde o podemos rever? “Nos médicos(as), enfermeiros(as), trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos?» (…) São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação” (PC, Introdução). São José mostra-nos que não é bom ser importante. Importante é ser bom. Não são os aplausos que o motivam, mas o serviço humilde e generoso, o bem silenciosamente «bem feito» sem publicidade.

2. Ainda no contexto da pandemia, José é uma figura inspiradora, pela sua coragem criativa. Ele deparou-se com grandes dificuldades, imprevistos, desafios. Em Belém, para encontrar um lugar para o Menino nascer, improvisa um estábulo. Depois de nascido, diante da ameaça de Herodes, organiza a fuga, como emigrante, para o Egito, a fim de proteger a esposa e poupar a vida do Filho. Com coragem criativa, São José, homem inteligente, empreendedor, não estanca, não abandona a missão; sabe transformar um problema numa oportunidade, antepondo sempre a sua confiança na Providência. Neste tempo, em que ensaiamos um ‘novo normal’, todos percebemos que não podemos mais voltar ao «antigamente». Precisamos de uma coragem criativa, para instaurar uma nova ordem do mundo, uma nova economia amiga do ambiente, uma nova aliança entre pessoas e povos, entre a família e o trabalho. Precisamos também, no seio da Igreja, da coragem criativa de São José, para ousarmos novos estilos, novos modos de evangelizar.

3. Uma última nota a evidenciar, na figura de São José, relaciona-se com a caminhada desta Quaresma em direção à Páscoa. Temos proposto um caminho de descoberta e valorização dos tesouros da família, chamada a ser e a crescer como Igreja Doméstica. Ora São José é o verdadeiro guardião da família porque a ele Deus confiou os seus dois tesouros mais preciosos: a Mãe e o Filho (PC 5). Neste tempo de pandemia, a família emerge como primeiro lugar da experiência do amor e do acolhimento da vida, primeira escola da fraternidade, primeiro laboratório de vida social, primeiro hospital do cuidado de uns pelos outros, primeira célula da Igreja e primeira rede essencial da missão e da transmissão da fé. São José é, para nós, o padroeiro da Igreja doméstica, dos irmãos e irmãs mais novos de Jesus, em que os pais se tornam os primeiros e insubstituíveis educadores da fé. 

Ao iniciar hoje o “Ano Família «Amoris laetitia»”, peçamos a São José, Guardião do Redentor, Esposo de Maria, que nos ajude a guardar este tesouro sagrado que é a nossa família,  abrindo e a semeando sulcos de paz e de esperança.

Amaro Gonçalo

segunda-feira, 15 de março de 2021

19 de março de 2021: Dia de São José, Padroeira da Igreja Católica; Dia do Pai; Início do “ano especial” dedicado à família

 Dia de São José, Mês de São José,       Ano de São José

Desde o dia 08 de dezembro de 2020 que o Papa Francisco nos convidou a viver o Ano de S. José, assinalando os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica.

 Dia do Pai


Dia para agradecer a Deus pela graça do pai.
Pais que acolhem o plano de Deus a seu respeito e praticam a sua fé sem vergonhas nem respeitos humanos. Como José!
Pais que põem a família acima de tudo e antes de tudo. Como José!
Pais que amam, respeitam e ajudam as suas esposas. Como José!
Pais que educam, formam para os valores e os testemunham, são apoio e esteio dos filhos que sabem escutar. Como José!
Pais que trabalham honestamente e exercem a sua profissão com profissionalismo. Como José!

Início do “ano especial” dedicado à família

«Tornar as famílias protagonistas da pastoral familiar» é prioridade para a Conferência Episcopal Portuguesa

O Papa destacou no Vaticano o início do “ano especial” dedicado à família, a partir de 19 de março de 2021, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘Amoris Laetitia’, resultado de duas assembleias do Sínodo dos Bispos.

“Convido a um impulso pastoral renovado e criativo para colocar a família no centro das atenções da Igreja e da sociedade”, pediu Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, no final da recitação da oração do ângelus.

O Papa disse que este quer ser um “ano especial para crescer no amor familiar”.

“Rezo para que cada família possa sentir, na própria casa, a presença viva da Sagrada Família de Nazaré, que enche as nossas pequenas comunidades domésticas de amor sincero e generoso, fonte de alegria, mesmo nas provações e dificuldades”, acrescentou.

O ano especial foi convocado a 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrava a festa litúrgica da Sagrada Família (primeiro domingo depois do Natal).

A iniciativa começa na solenidade de São José (19.03.2021) e decorre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma (26.06.2022).

O Papa publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.

Ao longo de nove capítulos, em mais de 300 pontos, Francisco dedica a sua atenção à situação atual das famílias e os seus numerosos desafios, desde o fenómeno migratório à “ideologia de género”; da cultura do “provisório” à mentalidade “antinatalidade”, passando pelos dramas do abuso de menores.

A exortação apresenta um olhar positivo sobre a família e o matrimónio, face ao individualismo que se limita a procurar “a satisfação das aspirações pessoais”.

O Papa observa que a apresentação de “um ideal teológico do matrimónio” não pode estar distante da “situação concreta e das possibilidades efetivas” das famílias “tais como são”, desejando que o discurso católico supere a “simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais”.

Nesse sentido, propõe uma pastoral “positiva, acolhedora” e defende um caminho de “discernimento” para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações.

Em Portugal, várias dioceses que publicaram documentos sobre a aplicação das propostas para a pastoral familiar, após as duas assembleias sinodais (2014 e 2015) sobre o tema, nomeadamente no que respeita ao capítulo VIII da ‘Amoris Laetitia’.

A Santa Sé preparou, para o ano especial dedicado às famílias, um conjunto de propostas espirituais, pastorais e culturais, além de 12 percursos de reflexão.

sábado, 13 de março de 2021

O Papa Francisco assinala hoje o oitavo aniversário da sua eleição pontifícia

 O Papa Francisco assinala hoje o oitavo aniversário da sua eleição pontifícia, dias depois da primeira viagem internacional durante a pandemia, fase em que multiplicou apelos globais pela solidariedade e fraternidade.


O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja.

Francisco, que tem repetido mensagens em favor da paz nas várias regiões do mundo afetadas por conflitos, assume como prioridade a defesa dos cristãos no Médio Oriente, destino da sua mais recente visita internacional, a viagem ao Iraque, que aconteceu de 5 a 8 de março.

Esta é considerada por vários analistas como a mais importante do pontificado e o próprio Francisco a qualificou como “emblemática”, com vários gestos em favor do diálogo entre religiões e pelas vítimas do autoproclamado Estado Islâmico.

Em fevereiro, Francisco recebeu representantes de mais de 180 Estados, referindo-se aos conflitos no mundo e às consequências da pandemia, para afirmar que a fraternidade e a esperança “são remédios de que o mundo precisa, hoje, tanto como as vacinas”.

O Papa tem sido uma das vozes mais ativas na defesa do acesso universal à vacina contra a Covid-19, tendo ele próprio sido vacinado, no Vaticano.

O último ano fica marcado pela publicação, em outubro, da encíclica ‘Fratelli Tutti’ (Todos Irmãos), na qual Francisco traça um cenário de “sombras” para denunciar o que qualifica como “globalismo” do mercado de capitais, que responsabiliza pelo aumento de desigualdades e injustiças sociais.

O atual pontificado foi retratado no documentário ‘Francesco’, que estreou mundialmente em outubro de 2020, mostrando um Papa que “chora com a humanidade”, através de várias das viagens internacionais e alertas para a crise socioambiental.

O filme de Evgeny Afineevsky, realizador já nomeado para os Óscares, começa com o Papa a caminhar, à chuva, antes da inédita oração e bênção extraordinária ‘urbi et orbi’ de 27 de março de 2020, numa Praça de São Pedro deserta por causa da pandemia.

Esta oração tem sido referida como “símbolo” do primeiro impacto da pandemia, por crentes e não crentes, marcada pela afirmação de Francisco de que toda a humanidade estava “no mesmo barco” e só assim se poderia salvar.

Ainda em 2020, numa mensagem à 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o Papa defendeu  uma “mudança de rumo”, a nível global, depois da pandemia da Covid-19, com particular atenção aos mais novos.

A educação foi uma das áreas prioritárias, nestes últimos meses, com alertas para uma “catástrofe educativa” provocada pela pandemia, que afastou milhões de crianças das escolas e fez aumentar as desigualdades.

A 15 de outubro, o Papa lançou um ‘Pacto Educativo Global’ (Global Compact on Education), propondo sete compromissos por um mundo diferente, na promoção do diálogo ente culturas, da paz e da ecologia integral.

Outro encontro global juntou 2 mil participantes, de 120 países, incluindo Portugal, no evento online ‘A Economia de Francisco’, encerrado a 21 de novembro, pelo Papa, com o desafio à criação de uma “narrativa económica diferente”, com a ajuda das novas gerações.

Um dia antes, Francisco tinha reforçado em Roma os seus apelos a uma resposta conjunta à pandemia de Covid-19, considerando que a comunidade mundial “viaja no mesmo barco” e ninguém pode “salvar-se sozinho”.

“Só nos salvamos juntos, encontrando-nos, negociando, desistindo de combater-nos, reconciliando-nos, moderando a linguagem da política e da propaganda, desenvolvendo percursos concretos para a paz”, disse, durante uma cerimónia pelas vítimas da pandemia, que reuniu líderes religiosos e políticos no Capitólio, centro de Roma, iniciativa promovida pela comunidade católica de Santo Egídio.

A 22 de novembro, o ano do Papa voltou a cruzar-se com Portugal, quando Francisco entregou, na Basílica de São Pedro, a Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), cuja próxima edição internacional decorre em Lisboa (2023).

.












































O Papa fez até hoje 33 viagens internacionais, nas quais visitou 50 países, passando pelo Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão e Iraque; bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).

Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas ‘Fratelli Tutti’, sobre a fraternidade humana e a amizade social; ‘Laudato si’, dedicada a questões ecológicas; a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI; as exortações apostólicas ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho); ‘Amoris Laetitia’ (A alegria do amor), após as duas assembleias sinodais sobre a família; “Gaudate et Exsultate”, sobre o chamamento à santidade no mundo atual); “Christus Vivit”, dedicado aos jovens, após o Sínodo de 2018; e “Querida Amazónia”, na sequência do Sínodo especial dedicado a esta região, em 2019.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.

Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.

O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.

Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano


Agência Ecclesia