terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Parabéns, catequistas, pelo notável serviço que prestais ao Evangelho de Cristo!"

Papa Francisco:
O catequista é um cristão que traz em si a memória de Deus e que sabe despertá-la no coração dos outros.
Papa desafia catequistas a anunciar nas periferias
“Quando nós cristãos nos fechamos no nosso mundo, no nosso movimento, na nossa paróquia, no nosso ambiente, permanecemos fechados e sucede o que acontece a tudo o que está fechado: quando um quarto fica fechado começam cheiros da humidade. E se uma pessoa se fecha naquele quarto, adoece", referiu.
Para o Papa, quando “um cristão se fecha no seu grupo, na sua paróquia, no seu movimento, adoece”, sendo por isso necessário “ter coragem de sair”, percorrendo estradas desconhecidas, nas "periferias", mesmo correndo o risco de “ter um acidente”.
"Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja adoentada! Uma Igreja, um catequista que tenha coragem de correr o risco para sair a um catequista que estuda, que saiba tudo, mas permanece fechado: isto é doentio”, afirmou o Papa.
“Se sairmos para levar o Seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, Ele caminha connosco, precede-nos, premeia-nos”, recordou Francisco.
O Papa disse que há muitas crianças que "não sabem fazer o sinal da Cruz" e que constituem as periferias onde "é preciso ir".Na mensagem que dirigiu aos catequistas, Francisco afirmou a necessidade de “ser fiel e criativo”, adequando "sem medo" o anúncio aos diferentes contextos.
"Para ser fiel, para ser criativo, é preciso saber mudar. Saber mudar. E porque é necessário mudar? Para me adequar às circunstâncias onde devo anunciar o Evangelho. Para permanecer em Deus é preciso sair, não ter medo de sair. E se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista permanece quieto, acaba por se transformar numa estátua de museu: e nós temos tantos!", afirmou o Papa.
"Salvo honrosas e necessárias exceções, os primeiros seguidores de Jesus Cristo estavam longe de ser teólogos consumados e pedagogos encartados", afirmou D. Pio Alves, apontando pessoas que "assumiram o mandato de Jesus Cristo «ide e fazei discípulos de todos os povos», gastaram e deram a vida por coerência com a fé que professavam", enfrentando "dificuldades de todo tipo, imensamente maiores que as que hoje marcam o nosso ambiente" e, "graças a eles, estamos nós aqui hoje vinte séculos depois".
"Na catequese, como na vida diária, não se nos pedem discursos sobre teorias, mais ou menos interessantes, mas a mensagem e a vida de Jesus Cristo feita vida na nossa vida".