quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Padre, sei o que é; mas leigo não sei o que seja...

É assim. Todos sabem o que compete ao padre. Mais, sabem o compete e aquilo que julgam que compete. Mas se perguntarmos a um leigo aquilo que compete aos leigos, aí ou encolhe os ombros, titubeia ou pode sair asneira.

1. Na Igreja existe uma igualdade fundamental (todos são igualmente filhos de Deus) e uma diferença funcional ( serviços diferente para a edificação da mesma Igreja de Cristo).

2. Podemos falar então de três serviços diferentes:
- Ministros ordenados (Bispos, sacerdotes e diáconos - lembro que o Papa é o Bispo de Roma);
- Religiosos (frades e freiras);
- Leigos ( leigos são todos os cristãos, excepto os que receberam ordens sacras e professaram nas diversas congregações religiosas.)

3. Então sacerdotes, religiosos e leigos são cristãos, todos filhos muito amados de Deus.

4. Leigos são os cristãos que não receberam o Sacramento da Ordem nem professaram em nenhuma congregação religiosa.

5. Os leigos são a maioria absolutíssima na Igreja.

ENTÃO QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DOS LEIGOS NA IGREJA?
- É próprio dos leigos a secularidade, isto é, viverem no meio do mundo. "Os fiéis leigos têm um papel original e insubstituível: por meio deles a Igreja de Cristo está presente nos mais variados sectores do mundo, como sinal e fonte de esperança e de amor". (João Paulo II na Exortação Apostólica depois do Sínodo dos Leigos)
O trabalho primeiro que se espera de um leigo é que seja luz e sal no ambiente onde vive e trabalha. Ele deve ajudar as pessoas a descobrirem e a amarem Jesus Cristo como Salvador enviado por Deus ao mundo.
A família, o trabalho, a empresa, o sindicato, o desporto, a política, o associativismo, o convívio, o lazer ... são campos concretos e específicos do apostolado dos leigos. Nesses meios, Cristo e a Sua Igreja, marcam presença sobretudo pela palavra, empenho e testemunho dos leigos.
- Depois, eles devem ajudar a Comunidade nos diversos sectores que lhes competem: a catequese, a gestão económica, a acção sócio-caritativa, a animação litúrgica, etc.
Nas zonas onde os sacerdotes são poucos, eles são mesmo chamados a assumir tarefas que tradicionalmente eram desempenhadas por clérigos: levar a Eucaristia aos doentes, fazer funerais, presidir a celebrações da Palavra, etc..
Que seria da Igreja sem o trabalho dos leigos? Só na catequese da infância, dos jovens e dos adultos trabalham quase cem mil portugueses. Quantos mais estão nos coros litúrgicos, nos grupos de acção social, nas comissões de igrejas e capelas e em muitos outros serviços?
Todos – padres e leigos – não somos demais para levar e ajudar a viver o Evangelho de Jesus Cristo.
Na diversidade de ministérios e serviços, servidores da unidade da Igreja. No respeito pelas competências de cada um. Na conjugação de esforços para que Cristo, único libertador do homem, chegue todos e esteja em tudo.

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