segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O Sínodo dos Bispos sobre a Amazónia terminou no sábado passado

O Sínodo dos Bispos sobre a Amazónia terminou neste  último sábado com um documento final, dividido em 120 pontos, que apresenta propostas sobre questões da região amazónica e a participação da Igreja Católica. O encontro iniciou-se a 7 de outubro.

Entre os temas mais polémicos no documento, o Sínodo propõe a ordenação de homens casados para suprir a falta de padres na Amazónia. Mas ressalva que o celibato é “um dom de Deus”.
O documento denuncia as “ameaças à vida” na Amazónia e diz que a defesa da floresta depende de uma verdadeira “conversão ecológica e cultural”, tendo de se combater o “pecado ecológico”. “Está cientificamente comprovado que o desaparecimento do bioma da Amazónia terá um impacto catastrófico para todo o planeta”.
No discurso de encerramento, o Papa Francisco mandou um recado à ala conservadora da Igreja, chamando-lhes “cristãos de elite”. 
Fonte: aqui
«Não podemos fingir que não ouvimos» a Amazónia, diz o Papa
Aqui
Papa diz que Igreja tem de ouvir «grito dos pobres» e questiona hipocrisia de quem despreza o próximo
Aqui
Sínodo 2019: Vaticano alerta para destruição «dramática» da Amazónia e enuncia «pecados ecológicos»
Aqui
Igreja Católica assume-se como «aliada» na defesa da vida e da terra dos povos da Amazónia
Aqui
Documento final do Sínodo propõe ordenação sacerdotal de diáconos casados
Aqui
Papa anuncia reabertura de comissão para debater diaconado feminino
Aqui

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Paróquia de S. Pedro de Tarouca: PLANO PASTORAL PAROQUIAL - 2019-2020

O Conselho Pastoral da Paróquia de S. Pedro de Tarouca, em 25 de outubro de 2019,  aprovou por unanimidade o Plano Pastoral Paroquial 2019/2020.
Aqui se transcreve.

“IGREJA EM CAMINHO E EM COMUNHÃO”

Meta Geral - VIVER, PARTILHAR E ANUNCIAR A ALEGRIA DE SER E FAZER-SE IGREJA, SEGUINDO A JESUS JUNTOS, EM CAMINHO E EM COMUNHÃO COM TODOS, COMO IRMÃOS, À LUZ DA SINODALIDADE.
Referências fundamentais
 - Ter a Jesus Cristo, “luz dos povos” , “luz para todos os homens” e “também para a Igreja”, “Mestre da Sinodalidade”, como referência fundamental para o nosso caminho
 - Sentir-se Igreja, na sua identidade e missão, como “Corpo de Cristo”, em cujo rosto resplandece a “Luz de Cristo”, destinada a “iluminar todos os homens”
 - Reconhecer a sinodalidade como “aspeto fundamental da Igreja”, dimensão que “faz parte da identidade da Igreja”, e nos configura num novo modo de viver: “Viver em modo de sínodo é viver em modo de comunhão, é viver em modo de irmão”.

 Alguns critérios – desafios - para o nosso agir pastoral 
 *“Aprender a caminhar lado-a-lado, como filhos e irmãos, atentos uns aos outros, atentos e dedicados, atentos, dedicados e solidários.”
 *“Caminhar juntos com crianças, jovens, pais e avós, amigos, inimigos e indiferentes, sãos e doentes, conhecidos e desconhecidos, ricos e pobres, crentes e descrentes”.
 *“Adotar um ritmo, um passo e um modo que sirva a todos, que a todos congregue e que a todos nos mantenha juntos, unidos e reunidos à volta de Jesus, não deixando ninguém para trás, não deixando perder nenhum dos irmãos que Deus nos deu”.
 *Ir “ao encontro uns dos outros, ao encontro de todos, mesmo de todos, à procura de todos e de cada um, à inclusão de todos e de cada um”.
*Fazer   “crescer movimentos envolventes, cada vez mais amplos e envolventes, ao encontro de todos, para a todos incluirmos na nossa peregrinação fraterna”.
 *“Manter-nos juntos, unidos e reunidos, cuidar dos doentes, dar atenção aos pobres, velar pela concórdia onde haja discórdia.”
 *“Dizer” a todos e partilhar na alegria “a nossa fé de sempre, de modo novo, cada vez com mais irmãos.”
 *Empenhar-se no “caminho longo do diálogo, da escuta e da partilha, da oração, da compreensão, da visitação e da caridade.”
Caminhos (sugestões) a ter em conta
- Acolher “o apelo a uma nova envolvência na experiência das avalanches da fé.”
 - Fazer “das nossas peregrinações e procissões verdadeiras experiências de Igreja peregrina, de «fazer caminho juntos», carinhosamente atentos uns aos outros.”
 - Dispor-se a “um suplemento de esforço para que os órgãos de participação (Conselhos Económicos, Conselhos Pastorais…) se tornem vivos e efetivos em todos os nossos espaços pastorais.
 - Trabalhar para “que cresça também em nós o carinho pela boa, bela e fecunda Criação com que Deus, nosso Pai, nos favoreceu, e nos incumbiu de amar.”
   
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 OUTUBRO/NOVEMBRO
 Tema: Igreja Comunidade no caminho da sinodalidade
 Igreja povo sinodal: «Viver em modo de sínodo é viver em modo de comunhão, é viver em modo de irmão».
 
Objetivo: mobilizar e sensibilizar os agentes pastorais, movimentos e comunidades eclesiais para a vivência do ano pastoral à volta da sinodalidade como estilo de vida da «Igreja a fazer-se» em que somos chamados a «fazer caminho juntos», «lado-a-lado, em comunhão», integrando as «naturais diferenças que haja entre nós» e aprendendo «a caminhar juntos, acertando ritmos, passos e modos». (Cf. Carta Pastoral, 11….)
Gestos/ações:
- Elaboração do plano pastoral paroquial, tendo em conta as linhas de orientação diocesanas.
- Aproveitar as diversificadas oportunidades para sintonizar as pessoas com a temática:
- Abertura do Ano Pastoral (6 de outubro)
- Abertura Solene da Catequese (12 de outubro)
- Outubro Missionário - Dia Mundial das Missões (20 de outubro)
Semana da Educação Cristã
Solenidade de Todos os Santos (1 de novembro)
Celebração dos Fiéis Defuntos (2 de novembro)
Semana dos Seminários
Dia do Pobre (16/17 de novembro):
Através da catequese e nas missas do dia, as pessoas são convidadas a oferecer víveres para apoiar os mais carenciados.
Convidar cada pessoa a visitar nesse dia uma pessoa (ou família) que esteja mais abandonada, mais só, mais carenciada, fazendo-o acompanhada de um familiar ou amigo. Tudo com discrição.

ADVENTO /NATAL
 - Tema: Sinodalidade: Caminhar com Jesus, Luz da Humanidade
* Advento: JESUS É A NOSSA LUZ 
* Natal: SOMOS A LUZ DE JESUS
Objetivos: Ajudar as pessoas a:
- Crescer na relação com Jesus Cristo, como Aquele que é «luz dos povos», «luz para todos os homens», «luz para a Igreja», «luz primeira, que ilumina todo o homem que vem a este mundo (João 1,9)»
- Crescer na compreensão e vivência da Igreja como comunidade iluminada pela luz de Cristo, chamada a iluminar «todos os homens». (Cf. Carta Pastoral, 2….)
E Deus fez-se homem, porque ama a pessoa humana! A Igreja, como comunidade humana, é chamada a humanizar-se segundo o modelo e exemplo de Jesus Cristo.
 Gestos / Ações:
 - Cada família pensar em alguém que precise e muito discretamente ir ao seu encontro, ajudando esse alguém a viver melhor o Natal.
- Cada pessoa ter um gesto solidário  em relação a outro que possa andar mais afastado de Deus e da Igreja.
- Caminhada do Advento dedicando cada semana às seguintes temáticas:
1 ª semana: Crianças - CAMINHEMOS À LUZ DO SENHOR
2ª semana: Jovens - ACOLHEI-VOS UNS AOS OUTROS PARA GLÓRIA DE DEUS
3ª semana: Idosos: A FELICIDADE DE JESUS ILUMINA O NOSSO ROSTO
4ª semana: Casais – FAMÍLIA CHAMADA A GERAR E COMUNICAR A LUZ JESUS
 - Natal – Ter em conta  a temática nas celebrações e na organização do presépio, a cargo dos Escuteiros
- Celebração da Solenidade da Imaculada Conceição com vigília de oração pelos jovens
- Oração para a Ceia de Natal em família, através do Boletim
-  Convívios/Festas de Natal
- Ação sinodal, por exemplo através das Janeiras e dos Reis, levando pela alegria a Mensagem de Cristo às famílias…
- Possível conferência sobre S. Pedro
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 JANEIRO /FEVEREIRO 
 Tema: Jesus Mestre da Sinodalidade, nosso Caminho e Verdade 
Objetivo: Aprofundar o sentido da Igreja como comunhão dos discípulos de Jesus Cristo que acolhem o convite a «entrar no Seu caminho», a «fazer caminho com Ele», «a partilhar a Sua própria vida», disponíveis para O conhecer e para «aprender uma maneira nova de viver», «a Sua maneira de viver». (Cf. CP 7) 
 Gestos / Ações: 
 - Propor e motivar para a leitura do Evangelho de S. Mateus em família
- Encontro de pais: “Fazer caminho com Jesus” (25 de janeiro) 
- Oitavário da Oração pela unidade dos cristãos
- “Domingo da Palavra de Deus”, (26 de janeiro): Instituído pelo Papa para toda a igreja 
- Celebração do Dia Mundial Do doente, em 9 de fevereiro: este ano, celebração diocesana com a presença do Sr. Bispo. Celebração aberta aos doentes de toda a diocese. Atividade a envolver TODOS os grupos. A Santa Casa tem aqui um papel fundamental, já assumido…
- Festa da Catequese em 15 de fevereiro
- Celebração das Bodas de Prata e de Ouro em 24 de fevereiro
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QUARESMA/PÁSCOA
 Tema: Juntos no cuidado da criação 
 Slogan: “Cuidar da criação é caminho de salvação” 
 Objetivos: Ajudar a que em todos nós cresça:
 *«o carinho pela boa, bela e fecunda Criação com que Deus, nosso Pai, nos favoreceu, e nos incumbiu de amar.»; (Cf. CP 12)
*a consciência da dignidade da Criação, obra de Deus, na qual nos integramos e temos um papel fundamental, como seus cuidadores;
*a consciência da problemática que hoje envolve “a nossa casa comum”, e dos desafios que somos chamados a enfrentar «juntos», «caminhando com todos», na missão de, como Igreja, «cuidar com carinho do azul do céu e do verde da terra, do ar que respiramos, das árvores, dos mares, dos rios, das colinas, dos vales, dos campos, dos animais, dos passarinhos, cumprindo o mandato que lhe foi confiado pelo Criador (Génesis 1,26 e 28)». (Cf CP 4)
 Gestos / Ações:
- Caminhada da Quaresma: Dedicar cada domingo (semana) à problemática que hoje envolve “a nossa casa comum”, e os desafios que somos chamados a enfrentar «juntos»;
Fazer vir ao de cima aspetos de conversão pessoal e comunitária no modo de viver e interagir com a criação.
- Quarta-Feira de Cinzas em 26 de fevereiro
- Visita aos doentes com o GASPTA em Março
- Dia do Pai em 19 de março: celebrar S. José, Padroeiro da Igreja Universal, na Igreja Paroquial e num dos povos (cada ano seu)
- IV Domingo da Quaresma. 24 Horas para o Senhor
- Comunhão Pascal em 4 de abril
- Celebração do Tríduo Pascal
- Via Sacra da sinodalidade, pelo Grupo de Jovens e Escuteiros
- Páscoa: celebração de Cristo Ressuscitado, “nossa Luz, Pastor e Caminho””
- Regressa a Missa Mensal em Santa Helena às 17h /19 de abril
- Animação das Eucaristias pelos catequizandos

MAIO/ JUNHO 
 Tema: Oração e sinodalidade
 Slogan: “Oração: intimidade com Deus, proximidade com o irmão”
 Objetivo: Promover e viver experiências de oração diversificadas que nos ajudem a crescer numa relação de intimidade com Deus e de proximidade com os outros, como o melhor húmus para cultivar um estilo de vida sinodal na Igreja. (Cf. CP 12) 
 Gestos / Ações:
- Desenvolver a temática proposta nas diversas oportunidades de encontro e oração ligados ao Mês de Maria e ao Mês do Sagrado Coração de Jesus.
- Procissão de Nossa Senhora de Fátima, de Esporões para a Igreja em 12 de maio:   “Com Maria, somos uma Igreja sinodal”.”
* Ter a temática em conta nas Festas da Catequese:
- Participação dos catequizandos no Mês de Maria
- 3 de maio, Festinha do Pai Nosso e Dia da Mãe
-  Jornada Diocesana da Juventude
- Reunião de Pais (1ª Comunhão, Prof. de Fé e Crisma), a marcar pelos respectivos catequistas
- 24 de maio: 1ª Comunhão
- 31 de maio: Prof. de Fé
- 9 (à tarde) e 10 de junho: 6º ano na Peregrinação das Crianças a Fátima
- 11 de junho: Corpo de Deus e Crisma (?)
- 13 de junho: encerramento da catequese
 - Festas populares e tradicionais ao longo do ano (Santo António, São João, S. Pedro, Senhora das Necessidades, Santa Apolónia, Santa Tecla, São Martinho…)
+ (Colocar sempre em cada procissão o cartaz: “ Somos a Igreja  em caminho e em comunhão”.
+ Desenvolver a temática na pregação ligada às festas
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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO
 Tema: Sinodalidade, caridade e missão 
Objetivo: Cultivar o sentido da esperança, da alegria e da caridade, que nos motivem no gosto de «fazer caminho juntos», de irmos ao encontro de todos, e de vivermos como «filhos amados de Deus», «irmanados e felizes» velando «com amor uns pelos outros, carregando os fardos uns dos outros (Gálatas 6,2), ajudando a resolver os problemas uns dos outros.» (Cf. CP 12- 13) 
Gestos / Ações: 
- Procurar que a mensagem passe também nas procissões
- Novena de Santa Helena (de 4 a 12 de julho), com animação da novena da tarde pelos diversos povos
- Presença dos jovens em Santa Helena.
- Festa de Santa Helena (12 de julho)
- Novena e Festa de Cristo Rei em 26 de julho
- Convívio da Freguesia no Senhor do Monte em Setembro (domingo a seguir à Senhora dos Remédios)

Fonte e ápice


terça-feira, 22 de outubro de 2019

Hoje a Igreja celebra São João Paulo II


“Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo”, disse São João Paulo II ao iniciar o seu pontificado. Aquela data marcou a história do Papa polonês, tanto que a Igreja determinou este mesmo dia, 22 de outubro, como data da memória litúrgica do santo.
Karol Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, na Polônia, onde viveu até 1938, quando se mudou para Cracóvia. Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista. No outono de 1940, trabalhou como operário nas minas de pedra e depois numa fábrica química.
Mantendo-se firme na fé, em outubro de 1942, entrou no seminário clandestino de Cracóvia e foi ordenado sacerdote em 1º de novembro de 1946.
Em 1958, foi ordenado Bispo, adotando como lema episcopal a expressão mariana Totus tuus (todo teu) de São Luís Maria Grignion de Montfort. Inicialmente, foi Bispo auxiliar e, a partir de 1964, Arcebispo de Cracóvia.
Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixado importantes contribuições nas constituições dogmáticas ‘Gaudium et Spes’ e ‘Lumen Gentium’. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal pelo Beato Papa Paulo VI.
Quando, de maneira repentina, João Paulo I faleceu, em 1978, Karol Wojtyla foi eleito Supremo Pontífice, na tarde de 16 de outubro, depois de oito escrutínios. Primeiro Pontífice eslavo da história e primeiro não italiano depois de quase meio milênio.
De personalidade carismática, afirmou-se imediatamente pela grande capacidade comunicativa e pelo estilo pastoral fora dos esquemas. Com grande vigor, realizou muitas viagens: foram 104 internacionais e 146 na Itália; 129 países visitados nos cinco continentes. Estes dados lhe renderam o apelido de Papa peregrino.
O Brasil recebeu a graça de sua visita em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi também a primeira vez que um Pontífice pisava em solo brasileiro. Na ocasião, presidiu beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo, que foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco. A segunda foi em 1991, quando visitou a Bem-Aventurada Irmã Dulce, em Salvador. A terceira e última aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro.
Este encontro com as famílias, aliás, foi idealizado por São João Paulo II. Tal iniciativa, junto a outras ações em favor da vida e da família (entre elas a exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ e a carta encíclica ‘Evangelium Vitae’), fizeram com que ficasse conhecido como o Papa da Família.
Também foi uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo.
Entre os números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de beatificação e canonização, durante as quais foram proclamados 1.338 beatos e 482 santos.
São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da Divina Misericórdia, data que ele mesmo instituiu.
Após 26 dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu a dispensa dos cinco anos de expectativa prescritos permitindo o início da causa de canonização. Em 1º de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em 27 de abril de 2014, Papa Francisco o canonizou.
Fonte: aqui

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Bispos consagraram Igreja Católica ao Sagrado Coração de Jesus


Os bispos de Portugal consagraram em 20 de outubro a Igreja Católica ao Sagrado Coração de Jesus, em Fátima.
“Coração de Jesus, Filho amado do Pai, a Igreja em Portugal Te Louva: damos-Te graças pela tua presença na história que continua a desafiar-nos ao compromisso com o Reino”, disse D. Manuel Clemente, juntamente com 37 bispos portugueses presentes e os peregrinos que participaram na Missa de domingo, em Fátima.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa presidiu à Missa de encerramento do Ano Missionário, no Santuário de Fátima, assinalando também os 175 anos de presença em Portugal do Apostolado da Oração.
“Que, pela oração e pela caridade, aprendamos de Ti a compaixão e a misericórdia e, atentos aos sinais dos tempos, encontremos hoje caminhos renovados de esperança para a nossa humanidade”, continuou o episcopado, diante do monumento ao Sagrado Coração de Jesus, no centro do recinto do Santuário de Fátima.
O Apostolado da Oração, agora Rede Mundial de Oração do Papa, promoveu este sábado, em Fátima, um colóquio sobre a espiritualidade do Coração de Jesus, onde o provincial da Companhia de Jesus disse que é necessário encontrar “os tesouros” desta devoção ainda por mostrar “à fé cristã” e ao mundo.
“As imagens ‘kitsch’ que deixaram de mostrar o afeto essencial tornaram-se indiferentes para muitos que passam ao largo destas imagens, ridicularizando ou rejeitando”, afirmou o padre José Frazão Correia.
Numa conferência sobre a “Atualidade da espiritualidade do Coração de Jesus e desafios pastorais”, o provincial dos jesuítas em Portugal, a que está ligado o Apostolado da Oração, disse que não basta “repetir-se a si mesmo”, mas é preciso “propor novas leituras e contextos” sob o perigo de deixar de “ser símbolo para ser imagem descolorada, imagem abstrata de um amor incapaz de tocar a vida dos crentes”.
Fonte: aqui

domingo, 20 de outubro de 2019

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Semana Nacional da Educação Cristã (de 20 a 27 de outubro)





O Santo Padre propôs, recentemente, que o tema de preparação para a Jornada Mundial da Juventude de 2022 seja «Levanta-te e vai».
O apelo do Papa Francisco aos jovens para se levantarem e procurarem em Cristo, que vive, o vigor interior e o entusiasmo que, por vezes, nos falta, é também muito oportuno para os educadores da fé cristã, sejam eles os pais e as mães, os catequistas, os professores de Educação Moral e Religiosa Católica e todos aqueles que, na sua circunstância, se dedicam à educação.
Na verdade, tal como todos os complexos processos educativos, também a educação cristã enfrenta desafios sempre novos e, por vezes, passa por experiências de menor fervor e entusiasmo, tanto da parte dos educandos como dos educadores. Ora, os cristãos têm uma fonte segura para levantar o ânimo e para renovar a sua esperança, pois é o próprio Cristo que se levanta, vivo e glorioso, e os acompanha com a força do Espírito Santo. Assim afirma o Papa Francisco, na Exortação Apostólica pós-sinodal, dedicada aos jovens, «Cristo vive»: «Se perdeste o vigor interior, os sonhos, o entusiasmo, a esperança e a generosidade, diante de ti está Jesus, como parou diante do filho morto da viúva, e o Senhor, com todo o seu poder de Ressuscitado, exorta-te: "Jovem, Eu te ordeno: levanta-te!" (Lc 7, 14)».
Para propor a beleza das experiências de fé aos nossos contemporâneos não contamos apenas com as nossas capacidades. Na verdade, não trabalhamos por nossa conta, entregues a nós mesmos. Nós colaboramos com a graça de Jesus, que por nós se entregou. O Senhor, pela sua cruz, venceu as seduções do pecado e, pela sua ressurreição, ilumina e transforma o mundo como sol nascente que enche de luz a nossa vida. É realmente o Senhor ressuscitado quem nos ordena: «Levanta-te e vai», ergue o teu coração e a tua mente para o alto, invoca e acolhe a vida nova do Espírito e vai ao encontro dos outros, para lhes levar a luz da fé e a alegria da esperança. Trabalhamos para Ele e com Ele.
Hoje, e cada dia, o Senhor continua a chamar-nos - a todos - a participar da vida nova da Sua ressurreição e a cada um e a cada uma deseja comunicar a força do Espírito Santo para construirmos o reino de Deus que é justiça, paz, amor e alegria. Como lembra o Papa na referida Exortação: «CRISTO VIVE: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida».
Apoiada no poder do Senhor Ressuscitado e na força da Palavra de Deus, a educação cristã pode, portanto, adquirir frescura, novidade e entusiasmo para avivar a fé, ajudando a fortalecer os alicerces de uma Igreja viva e missionária.


O encontro com o Senhor transforma todas as situações de escuridão e de morte e faz surgir uma vida nova nas nossas vidas. Ao longo da sua própria existência terrena, Jesus encontrou muitas pessoas caídas e desanimadas, derrotadas pela doença e pela marginalidade, como paralíticos, cegos, enfermos, pessoas já sem vida. Alguns desses encontros foram cuidadosamente registados pelos Evangelistas, como é o caso do cego Bartimeu, parado à beira do caminho (Mc 10,46-52), do paralítico da piscina de Betsaida (Jo 5, 1-18), incapaz de se movimentar. Jesus cruzou- -se também com Mateus, agarrado à sua prática de cobrador de impostos (Mt 9, 9-17) e, ainda, com o filho da viúva de Naim, atrás referido, que era levado a sepultar (Lc 7, 11-17).

Estes dramáticos relatos mostram-nos como o Senhor tem poder sobre a vida e sobre a morte e, quando ordena a alguém para se levantar, é para o libertar plenamente das suas limitações, da sua cegueira, do seu desânimo, numa palavra, da morte. Jesus comunica, assim, uma vida nova e, hoje, para cada um de nós, o encontro com o Senhor Ressuscitado e a adesão ao seu Evangelho é o caminho certo da afirmação da alegria da fé e a oportunidade de reavivar a confiança na força do Espírito Santo. Assim, apoiados na contemplação de Cristo, podemos testemunhar o dom da fé e tocar o coração das crianças, dos adolescentes, dos jovens e dos adultos, com a beleza do Evangelho.

A vida cristã tem realmente beleza e força, porque é encontro e adesão a uma pessoa, Jesus Cristo vivo, que nos convida a ser seus amigos e a segui-lo por um caminho novo que conduz a uma vida plena. «Levanta- -te e vai» constitui, além do mais, apelo à conversão a Jesus Cristo, guia e perfeição da nossa fé. (cf. Heb 12,2; Mc 1,15). É, também, o chamamento que o Senhor faz a todos e cada um de nós. Ele motiva-nos a sairmos de nós mesmos, dos nossos ritos e hábitos, dos nossos programas e rotinas, impelindo-nos a ir, sem hesitação nem demora, ao encontro dos que precisam da luz da fé e, com ela, da nossa presença.

Para testemunhar a fé com vigor e entusiasmo, precisamos de cultivar e aprofundar a união com Jesus Cristo. Por isso, a educação cristã precisa de cuidar primeiramente da vitalidade da vida espiritual, acentuando a importância da experiência pessoal da oração, da escuta meditada
da palavra de Deus, da celebração festiva e frutuosa da eucaristia, dos momentos de retiro e da solícita caridade. Assim, criamos condições ótimas para perceber que o Senhor nos precede e nos acompanha com a sua graça, atitude indispensável à construção de uma ação educativa da Igreja que signifique alegria e esperança para quantos connosco se cruzam e, sobretudo, dos que se encontram mais distantes e marginalizados, esquecidos.
3. Convidados à missão

Empenhados nesta nobre tarefa evangelizadora, encontramos, nos últimos anos, sinais de maior atenção e cuidado dos adultos - pais, catequistas e professores - pela educação cristã e humana das novas gerações. Com a sua generosidade, empenho e sempre renovado ardor, procuram dinâmicas novas, cuidam das linguagens, partilham experiências e formam-se continuamente para poderem testemunhar uma atitude missionária na sua vida quotidiana e em toda a sua atividade pastoral e educativa.

«Levanta-te e vai» implica, em conclusão, dois movimentos, comple­mentares. O primeiro deles, consiste em erguermo-nos para a força do alto, invocando e acolhendo o dom de Deus, a graça de Jesus e a luz do Espírito Santo. É o fortalecimento da vida espiritual pela união a Jesus Cristo. O segundo movimento impele-nos a sair ao encontro dos que não descobriram ainda a luz de Cristo, ou dela se afastaram ou, então, esqueceram a alegria da casa de Deus. Há, também aqueles que estão parados, instalados no seu comodismo: todos eles necessitam da nossa ajuda e da nossa colaboração. Esta é a missão a que todos somos chamados - educadores e educandos - enquanto testemunhas da luz, da paz e da alegria.

No seu exemplo amoroso e na proteção de Maria de Nazaré encontra a Igreja o modelo missionário. Maria, de facto, após ter acolhido a mensagem da Anunciação e «ter conhecimento que a sua prima precisava dela, não pensou nos seus próprios projetos, mas dirigiu-se à pressa para a montanha», levando no seu seio Jesus, fonte de alegria e de louvor (cf.CV 43-48; Lc 1, 39-45). Neste relato da Visitação de Maria, saibamos reconhecer também a presença educativa da Mãe de Deus nas nossas vidas e, desse modo, assumamos com esperança e alegria a nossa missão, correspondendo ao pedido do Senhor: Levanta-te e vai!

Dia de S. Francisco de Assis 4 de outubro de 2019
Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé