Aspectos que me marcaram positivamente
- A afluência dos sacerdotes, vindos dos quatro cantos da Diocese. Estiveram realmente muitos padres.
- A presença dos quatro leigos que deram o seu testemunho e, partindo da sua vivência e da experiência comunitária que têm, disseram aos sacerdotes o que o mundo hoje espera do padre. Foi interessante ver leigos a "pregar" a padres! Gostei da experiência. Obrigado pela vossa coragem e pelo vosso testemunho.
- O ambiente que se criou. Livros à venda, com incidência sobre o ano sacerdotal e a pastoral; a refeição fraterna com o fado do P.e Abel, a boa disposição criada pelo P.e Moura e por um dos diáconos ontem ordenados; aqueles breves momentos de convívio e partilha no intervalo entre trabalhos; o encontro com sacerdotes que raramente vemos; a intervenção de alguns colegas que, nos plenários, partilharam as suas ideias e experiências; o trabalho da equipa organizadora desta Assembleia; a sucinta exposição do Cón. Melo sobre o Plano Pastoral e a distribuição do livrinho com o mesmo; o acolhimento do Bispo.
- Um abraço ao P.e Luciano pela intervenção. Rápida, sucinta, desinstaladora. Gostei e aplaudi.
Aspectos que me pareceram menos positivos
- A parte da manhã foi muito sobrecarregada. Terminou às 14 horas!!!! Ora bem, se tivermos em conta que os sacerdotes vêm de um fim-de-semana sempre muito cansativo, concluiremos que esta estratégia não foi a mais correcta. Como alguém dizia a brincar, "foram sermões sobre sermões".
É preciso controlar muito mais o tempo dos intervenientes - de todos! Os políticos podem ensinar-nos. Basta olhar para o tempo de intervenção na Assembleia da República...
- Faltou espaço para o debate e a partilha entre os sacerdotes. É claro que toda a gente que quis intervir pôde fazê-lo. Só que com tanto tempo de exposição e com o prolongar da mesma, não havia disponibilidade interior para o fazer. Também aqui, contudo, é preciso marcar claramente o tempo que cada um pode usar para intervir.
- Tive pena que a conferência do P.e Jorge Madureira, considerado a "alma" do último Simpósio do Clero, tivesse ficado para tão tarde. Fiz esforço para estar atento, mas confesso que não consegui. Uma conferência daquelas às 13 horas e tal... Viu-se que a assembleia estava desconcentrada. Não era para menos. Para bem de todos nós, a intervenção do P.e Madureira merecia outra localização temporal.
- Faltou, parece-me, uma visão eclesiologicamente mais abrangente. Não é só o padre que tem que rezar, acolher, ir ao encontro das pessoas. É TODA A IGREJA! Todos baptizados, todos enviados. Cada um no exercício do seu seu serviço específico, claro. Mas todos e cada um dos baptizados são indispensáveis.
Ao contrário de outras dioceses, a nossa, porque bastante desertificada e pelos sacerdotes que ainda vamos tendo, não tem dado a importância aos leigos que o Concílio lhes confere. Mas está mais que na hora...
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