quarta-feira, 29 de setembro de 2010

No início da Catequese


Por esta altura, começa a Catequese paroquial. E todos sabemos o esforço e boa vontade que isto exige aos responsáveis paroquiais. Arranjar pessoas idóneas e de boa vontade que voluntária e gratuitamente se comprometam a preparar e a dar catequese todas as semanas aos nossos jovens dos 6 aos 16 anos não deve ser fácil, sobretudo nos meios muito povoados ou muito empobrecidos de gente. Mas é este o quebra-cabeças em que se vêem muitas comunidades no princípio do ano.

Depois há que criar espaços físicos e psicológicos que motivem a gente nova:
-- Salas minimamente confortáveis e individualizadas;
-- Acolhimento e simpatia entre catequista e catequizando;
-- Comunicação de uma mensagem motivadora, com pedagogia activa e interactiva;
-- Vivência da mensagem na Celebração Eucarística e também durante a semana.

Tudo isto requer uma boa formação do catequista, não apenas técnica mas também espiritual. E por outro lado o uso de meios audiovisuais como o gravador, o projector de vídeo e também a participação activa na Eucaristia e outras acções do grupo (por exemplo: visitas a doentes, lares, convívios, acantonamentos...).
Todos compreendemos que pôr em acção uma boa catequese para a gente nova não é coisa fácil. Ela tem que competir com a televisão, o desporto e outras actividades bastante aliciantes. Por isso o grupo de catequistas deve estudar estratégias, procurando ser um verdadeiro "laboratório" de partilha material e espiritual. E os Secretariados de Catequese (Nacional, Diocesano e Paroquial) têm de investir mais nas pessoas e nos meios.

Sem grandes meios,
mas cheios de Boa vontade!

Temos os espaços físicos que todos conhecem. Esperamos que no próximo ano tenhamos condições satisfatórias com o Centro paroquial. Vamos procurar suprir a falta de condições físicas e tecnológicas com mais empenho e calor huamano.
Temos um grupo de catequistas motivado, que gosta do que faz e quer sempre mais. É seu desejo realizar este ano um curso de catequistas para puderem desempenhar melhor este serviço gratuito e belo que é a catequese.
Temos dezenas de crianças simpáticas por quem vale a pena toda a dedicação.
Temos muitos pais generosos e compreensivos que sabem estimar quem colabora com eles na educação dos filhos.

Família, comunidade e catequese
Em virtude do seu próprio baptismo, dos compromissos matrimoniais e das responsabilidades assumidas com o baptismo de seus filhos, os pais são naturalmente os primeiros catequistas dos seus rebentos.
Ninguém lhes pode tirar o primeiro lugar de catequistas! A eles pertence:
- Suscitar desde o berço a abertura ao transcendente, a Deus;
- Ensinar as orações básicas;
- Transmitir pelo testemunho e exemplo de vida como se é discípulo de Cristo;
- Acompanhar a catequese dos filhos, inteirando-se dos seus progressos na aprendizagem e do seu comportamento;
- Apoiar e incentivar os catequistas que gratuitamente os ajudam na educação humana e cristã dos seus filhos.
- Colaborar em trabalho e dar aos filhos os materiais de que estes precisam para a catequese.
Toda a comunidade é enviada a anunciar o Evangelho. A comunidade é evangelizada e evangelizadora. Os catequistas reapresentam junto dos catequizandos a comunidade.
Daí que toda a paróquia deva estar atenta, estimular, apoiar, motivar e testemunhar a fé.

Só a fé da Igreja nos liberta


-A mensagem de Bento XVI para a JMJ de Madrid

A Mensagem para a XXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terá lugar em Madrid de 16 a 21 de Agosto de 2011, datada de 6 de Agosto de 2010, mas tornada pública a 3 de Setembro, constitui um dos textos mais belos de Bento XVI. Autor de duas encíclicas sobre a caridade e sobre a esperança, o Papa trata aqui, de modo mais aprofundado, da fé, que apresenta aos jovens através de alguns apontamentos autobiográficos, bem como das dificuldades que dificultam actualmente a sua prática.

Leia aqui esta belíssima mensagem de Bento XVI.

Quando a IGREJA sai para fora das Igrejas


Veja aqui fotos e texto
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O GASPTA (Grupo de Acção Sócio-Caritativo da Paróquia de Tarouca) marcou presença na Feira de São Miguel/2010.

Como em anos anteriores, procuraram recriar, junto ao cruzeiro, a tenda de uma antiga vendedeira desta feira, com diversidade de produtos agrícolas e outros.

Além do valor histórico, sobressai o valor humano e cristão desta iniciativa. O dinheiro dos produtos em rifa vai reverter a favor do apoio aos mais necessitados da paróquia.

Por outro lado, é a Igreja que sai das igrejas e vem para a praça pública em gestos de acolhimento, serviço e solidariedade.

Parabéns aos elementos do GASPTA. Obrigado a quem colaborou.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

29 de Setembro: São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos

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Oração a São Miguel Arcanjo
Ó glorioso Arcanjo São Miguel,
Príncipe da milícia celestial,
sede nossa defesa na terrível luta
que levamos contra os poderes do mundo da obscuridade.

Vem em auxílio dos homens,
a quem Deus criou à sua Imagem e Semelhança,
e redimiu por grande preço da tirania do demónio.

Luta neste dia na batalha do Senhor,
junto aos Santos Anjos,
como uma vez lutaste
contra o líder dos anjos orgulhosos,
Lúcifer, e seus seguidores,
que perderam a batalha e seu lugar no Céu.

Essa serpente antiga e cruel que seduz ao mundo
foi lançada ao abismo junto com seus anjos.
Mas agora este inimigo e destruidor dos homens volta a atacar.
Transformado em um anjo de luz passeia,
invadindo a terra com um multidão de espíritos malignos,
para tratar de apagar dela o Nome de Deus e de Cristo,
para apoderar-se da glória eterna.

Este malvado dragão derrama a mais impura torrente
de seu veneno de maldade
sobre os homens de mente depravada e coração corrupto,
o espírito da mentira, da impiedade, da blasfémia
e de todos os vícios e a iniquidade.

Nós te veneramos como protector
contra os poderes malignos do inferno;
a Vós te tem confiado Deus
as almas dos homens que têm de formar-se em santidade.
Orai ao Deus da paz
para que ponha a Satanás sob vossos pés,
tão derrotado que já não possa voltar
a cativar aos homens nem a fazer dano à Igreja.

Oferece nossas orações ante os olhos do Altíssimo,
para conseguir com elas a misericórdia do Senhor;
e derrotando ao dragão, a serpente antiga,
encerrai-o uma vez mais no abismo,
para que não seduza nunca mais as nações. Amém.

Olhai a Cruz do Senhor;
afastai os poderes hostis.
O Leão da tribo de Judá
tem conquistado a linhagem de David.

Tem misericórdia de nós, ó Senhor.
Em Vós confiamos
Ó Senhor, escutai minha oração
E que a minha súplica chegue até Vós

Oremos:
Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, chamando vosso Santo Nome imploramos vossa clemência, para que pela intercessão de Maria, Sempre Virgem Imaculada e Mãe nossa, e do Glorioso Arcanjo São Miguel, nos ajudes na luta contra Satanás e todos os outros espíritos impuros que andam pelo mundo para ferir a raça humana e causar a ruína das almas. Amém.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos na batalha,
para que não pereçamos no dia do juízo.

São Miguel Arcanjo,
primeiro defensor do Reinado de Cristo,
rogai por nós.
Fonte: aqui

Gesto solidário


Integrada na Festas de São Migue, teve hoje lugar no Auditório Municipal a actuação do artista Fernando Rocha, que aqui se deslocou gratuitamente.
O dinheiro pago pela assistência destinou-se a ajudar a custear as despesas com a construção do Centro Paroquial.

A este respeito, algumas considerações:

1. Este gesto foi da total iniciativa da Câmara, promotora das Festas de São Miguel. Por este acto solidário, a comunidade paroquial só pode estar grata à autarquia.

2. Correu já na semana passada o boato que não havia bilhetes à venda, porque estavam esgotados. Quando hoje à tarde me dirigi à bilheteira para tentar adquirir um ingresso (mesmo que fosse para ficar nas escadas), fui informado que ainda havia dezenas de bilhetes disponíveis. Fiquei de boca aberta!
Com que finalidade se pôs a circular o boato? Má fé? Ignorância? Apego ao boatismo? Boicote? Isto ensina todas as pessoas de boa vontade a estarem alerta para não serem levadas no "conto do vigário"...

3. O artista Fernando Rocha tem o seu estilo, a sua forma de estar em palco, o seu modo de comunicar. Respeitamos quem gosta e quem não aprecia. Uma coisa é certa, depende muito dos olhos do coração... Além do mais, tudo tem o seu contexto. Uma palavra feia, em certo contexto soa a deseducação, baixaria; noutro contexto, pode ter o seu lugar e suscitar nos outros momentos de boa disposição.
Pela gratuitidade na sua actuação e pela finalidade do dinheiro recebido, o nosso agradecimento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Museu Diocesano de Lamego acolhe exposição sobre os Padroeiros da Diocese

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O Museu Diocesano de Lamego acolhe a exposição denominada Martírio e Cultura: o testemunho da fé, que estará patente de 05 de Outubro a 07 de Novembro. Haverá uma mostra de peças de arte sacra, nomeadamente pintura e escultura, oriundas de várias paróquias da Diocese de Lamego, relacionados com os padroeiros: São Sebastião e Santo Agostinho.


A exposição, promovida pela Turel, com a colaboração da Diocese de Lamego e da Região de Turismo do Porto e do Norte de Portugal, com o apoio da CCDRN ao abrigo do QREN e da Câmara Municipal de Lamego, será inaugurada no dia 05 de Outubro, pelas 18h00, com a presença dos vários responsáveis das entidades envolvidas, e estará patente no Museu Diocesano de Lamego, na Casa do Poço (em frente da Catedral de Lamego) até ao dia 07 de Novembro.

Fonte: aqui.

domingo, 26 de setembro de 2010

Reunião do Arciprestado

Reuniram hoje em Salzedas os sacerdotes do Arciprestado de Tarouca.
Depois do jantar, gentilmente oferecido pelo Pároco local, os padres reflectiram sobre o tema "REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL", uma iniciativa que está a envolver todas as dioceses de Portugal.
Aos sacerdotes, o arcipreste havia antecipadamente entregue as conclusões da última reunião do Conselho de Arciprestes e a documentação aí entregue, o que facilitou e promoveu a análise.
Aprovou-se o caminho a seguir e leigos vão ser convidados para todos juntos partilharmos, debatermos e propormos.
Fundamentalmente, as questões são duas:

1. - Leitura de Fé dos sinais de Deus na sociedade
a) - Tendo em conta a identidade e missão da Igreja, o que é que sentimos como inquietação e preocupação na sociedade em que vivemos e nas perspectivas da sua evolução?
b) - Que sinais de Deus reconhecemos na sociedade em que vivemos?
c) - Que desafios coloca a sociedade de hoje em relação à missão da Igreja?
d) - O que é que verdadeiramente precisam as pessoas de hoje, a nível espiritual e humano?
e) - O que é que a Igreja (nós como Igreja) pode (é chamada a) oferecer a esta sociedade?

2.- Sinais e indicadores do Espírito Santo na vida da Igreja
a) - Ao olhar a Igreja que somos (paróquia / diocese… Portugal…) o que é que nos parecem ser as principais carências quanto à vida cristã e quanto à missão da Igreja (missão evangelizadora da Igreja)?
b) - Ao olhar a Igreja que somos (paróquia / diocese… Portugal…) o que é que nos parecem ser as principais mais valias (valores) quanto à vivência cristã e quanto à acção evangelizadora da Igreja?
c) - Nas nossas paróquias, na nossa diocese (e na Igreja em Portugal e no mundo) que experiências pastorais, carismas, movimentos, dinamismos reconhecemos (conhecemos) como indicativos de uma nova maneira de ser Igreja e de um estilo de vida cristã mais fiel ao Evangelho?
d) - Que caminhos pastorais deve tomar a Igreja como prioridade para viver e testemunhar a Boa Nova de Jesus Cristo, na fidelidade ao Espírito?

Trocámos ainda pontos de vista sobre a realidade social, o Evangelho e as respostas da Igreja.
Marcaram-se alguns trabalhos pastorais de interajuda.

Foi mais um agradável momento de são convívio, reflexão e partilha.
Agradecimento ao Pároco de Salzedas que nos acolheu com simpatia e nos ofereceu a refeição.

sábado, 25 de setembro de 2010

26º Domingo do Tempo Comum - Ano C

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QUANDO O POBRE LÁZARO SAIU DA PARÁBOLA!

1. A parábola que nos é dado escutar neste Domingo XXVI do Tempo Comum, conhecida por «O rico avarento e o pobre Lázaro», narrada em Lucas 16,19-31, tem duas coisas únicas: a primeira reside no facto de ser a única parábola de Jesus em que uma personagem ostenta nome próprio, Lázaro, nome emblemático que significa «Deus ajuda»; a segunda tem a ver com o facto de que Jesus não dá qualquer explicação da parábola, nenhuma chave de interpretação nos é dada por Ele.

2. A parábola mostra em claríssimo contraponto um RICO e um POBRE, de nome LÁZARO. Do RICO é dito que se vestia luxuosamente de púrpura e linho fino, em contraponto com o POBRE LÁZARO que se apresentava coberto de chagas. Do RICO é dito que se banqueteava sumptuosamente, em contraponto com o POBRE LÁZARO, esfomeado, que bem desejava comer os restos do meolo do pão com que o RICO limpava a gordura das suas mãos, de que resultavam pequenas bolas, que atirava depois aos cães!

3. O RICO é absolutamente insensível, apresentado em contraponto até com os próprios cães, que lambiam as chagas do POBRE LÁZARO!

4. Enfim, morre o POBRE LÁZARO e morre também o RICO, e o nevoeiro começa a dissipar-se. LÁZARO é acolhido no seio luminoso de Abraão. O RICO cai nos braços de um lume inextinguível que o aperta e atormenta.

5. É então que o RICO levanta os olhos, e começa a ver alguma coisa para além de si. Mas o que vê, ou quem vê, é ainda para tentar pôr ao serviço do seu «eu». É assim que vê finalmente o pai Abraão e LÁZARO. Mas ao POBRE LÁZARO não o vê como um irmão, mas como um servo que agora lhe pode ser útil. Primeiro, para refrescar a língua do RICO. Depois, para avisar os cinco irmãos do RICO, ricos e insensíveis como ele. O RICO continua afinal a pensar nos RICOS, e ainda se quer servir dos pobres…

6. A resposta de Abraão é decisiva. Há um abismo entre nós e vós. Claro que o abismo que AGORA não é possível transpor é o abismo cavado em vida pelo RICO que assim se separou do POBRE. É, portanto, HOJE e AGORA que o RICO deve ouvir a voz do POBRE. É, portanto, HOJE e AGORA que o RICO deve escutar Moisés e os Profetas.

7. A parábola é imensa. É como uma faca apontada ao coração dos RICOS de hoje, que, reunidos em Nova Iorque, nos passados dias 20-22 de Setembro de 2010, na Cimeira sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, não vão cumprir os objectivos estabelecidos em 2000 para erradicar doenças e reduzir para menos de metade a pobreza extrema. A pobreza afinal é dos outros, que nós não conhecemos de lado nenhum, ainda que estejam doentes e esfomeados ali à nossa porta! Pensam como o RICO da parábola.

8. Lembremo-nos que, no imaginário da Idade Média, o POBRE LÁZARO, que significa «Deus ajuda», saiu para fora da parábola e se transformou numa personagem histórica, padroeiro dos leprosos e mendigos. É assim que nascem os «Lazaretos», edifícios destinados a albergar e tratar os deserdados e doentes. E, no século XVII, S. VICENTE DE PAULO, cuja memória a Igreja celebra em 27 de Setembro (está às portas), que dedicou toda a sua vida aos pobres, fundou os Padres LAZARISTAS (sempre sobre a memória do POBRE LÁZARO), para continuar essa bela missão de tratar os pobres com carinho. E, no século XIX, o beato FRÉDÉRIC OZANAM fundou as CONFERÊNCIAS VICENTINAS, que alicerçou sobre uma frase de S. VICENTE DE PAULO: «A caridade é inventiva até ao infinito».

9. Está à vista, irmãos e amigos, que o POBRE LÁZARO tem de voltar a sair da parábola para nos incomodar e nos colocar no caminho da criatividade da Caridade!

António Couto, in Mesa da Palavra

Obersevação:
Pode encontrar as Leituras da Missa aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Igreja quer poder político a dar o exemplo quando pede sacrifícios

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O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social defende que um eventual aumento de impostos deve incidir nos que "ganham muito".

Carlos Azevedo falava à margem das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, que decorreram na quinta-feira e hoje em Fátima, e reagia assim ao anúncio do desacordo entre PS e PSD em matéria de Orçamento do Estado.

O bispo pediu "lucidez e alguma contenção em ordem a haver uma negociação".

"Não sou comentador político, não sei dar conselhos a esse nível, mas parece-me que o povo português, e as dificuldades reais que muitas pessoas sentem, pedem que haja a possibilidade de um acordo, em ordem ao futuro das pessoas, que salvaguarde os interesses, não partidários ou de lugar de poder, mas sobretudo do bem comum", disse.

Lembrando que Portugal é o país europeu "onde há mais desigualdade a nível da remuneração das pessoas", Carlos Azevedo defendeu a incidência do peso dos impostos nos que "ganham muito".

Questionado sobre se um aumento dos impostos seria justo num momento em que muitas pessoas atravessam já grandes dificuldades, Carlos Azevedo afirmou que isso "depende da distribuição" que se faz.

"A distribuição da riqueza é tão injusta em Portugal - é o país da Europa onde há mais desigualdades a nível da remuneração das pessoas - que se houver forte peso nos impostos dos que ganham muito, era saudável também para ajudar a nivelar a sociedade de um modo mais justo", disse.

Por outro lado, admitiu a possibilidade de um corte no 14.º mês de salário, lembrando que "já houve momentos em Portugal "em que as pessoas renunciaram a favor do bem comum do país".

"Não sei se será uma forma, dada a crise, mas quando se fala em tirar alguma coisa que seria um direito das pessoas elas são muito exigentes em ver que não pode haver incoerência por parte da classe política", disse.

Para o responsável da Pastoral Social da Igreja Católica, se se pedem sacrifícios, estes "têm de começar por aqueles que dão o exemplo".
Fonte: aqui

Primeira República: D. Carlos Azevedo e Fernando Rosas debateram relacionamento entre Igreja e Estado

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Veja:
Aqui

Excertos

Fernando Rosas entende que a Igreja portuguesa foi “abertamente hostil à República e ao Republicanismo”, com “muitos párocos envolvidos em manobras subversivas contra a República”, em especial no Norte do país.

Para o historiador, “a obra de laicização da República, com os seus desvios e exageros jacobinos, com as suas perversões, é uma das obras modernizadoras mais importantes do século XX português”.


“A Igreja Católica também adquiriu, graças à mudança, profundidade de reflexão, encontrou força de mobilização interna e percebeu o novo registo do seu espaço e articulou energias”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa. “Em 1917, já se sentia o resultado do novo modo de actuar do episcopado. É verdade que a República deu à Igreja mais liberdade, mesmo cortando algumas liberdades”, concluiu D. Carlos Azevedo.


“A lei da separação encerrou o Estado confessional e a religião do Estado, mas não criou um regime de liberdade religiosa. Instaurou uma separação, mas que restringia a religião. Controlava-a de modo administrativo e combatia-a politicamente. E a igreja, a Igreja não atacou a República”, defendeu D. Carlos Azevedo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

As minhas dúvidas

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De Maria G S de Meneses recebemos, via email, com pedido de publicação, estas questões:

1. Onde está escrito na Bíblia que devemos adorar os santos?

A Bíblia não diz nada sobre adoração de santos. Nenhuma fé ou religião ensina a adorar os santos. Toda religião, e principalmente a Religião católica, ensina-nos que o culto de adoração só se presta a Deus. Os santos são aqueles que já vivem junto de Deus, na sua glória e por isso são modelos e intercessores. São modelos porque viveram seu batismo de maneira radical e
intercessores porque, estando junto de Deus, podem pedir por nós.


2. Onde está escrito na Bíblia que existe o purgatório?

Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12´13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório.
Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeu. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeu mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas:
"Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que
fossem absolvidos do seu pecado".
(2 Mac 12,44s)

3. O que é Juízo Final?

As religiões do Próximo Oriente antigo admitiam que todo o homem tem de enfrentar o juízo de Deus. No AT, o objeto deste juízo era basicamente a fidelidade à Aliança, e a sentença contra os prevaricadores era cumprida coletivamente no tempo histórico. Só com os profetas do pós-exílio aparece a idéia de responsabilidade e de juízo individuais. O NT aprofunda está idéia e insiste na necessidade de arrependimento e conversão, incidindo o juízo sobre o cumprimento da Lei de Deus, e especialmente do mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Na doutrina da Igreja. O juízo final é artigo de fé incluído no Credo: «Jesus Cristo há-de em sua glória para julgar os vivos e os mortos.» Este juízo consumará, no fim dos tempos, com a ressurreição dos mortos (ou da carne), a obra de Jesus Cristo, na plena unidade de todos em Cristo e por Cristo em Deus, no mundo que há de vir, a que S. Pedro chama misteriosamente “novos céus e nova terra”. Além do juízo final, os Concílio de Florença (1439-1443) e de Trento (1545-1563) afirmam a existência de um juízo particular, logo após a morte de cada homem, recebendo a sua alma imortal a retribuição eterna: ou o Céu, para quem a morte tenha surpreendido no estado de graça, com eventual prévia purificação pelo Purgatório, ou o Inferno, para os que pertinazmente se mantiveram até ao fim no estado de pecado grave.
Alguns teólogos levantaram recentemente duas questões: a da coincidência ou não dos dois juízos, uma vez que já se dão na eternidade e fora do tempo; e, consequentemente, a do momento da ressurreição, uma vez que parece contra a natureza a alma viver sem corpo (no caso corpo espiritual), tanto mais que N.ª Senhora foi elevada ao Céu em corpo de alma, e Cristo após sua morte para lá levou os eleitos falecidos antes do seu sacrifício redentor (libertando-os dos infernos ou sheol e ressuscitando-os). O ensino tradicional da Igreja não dirime esta questão (cf. Cat. 1020-1060).

Um ensino sem relação pessoal e fechado à família

Caminhamos para um ensino cada vez mais indiferenciado e construído a partir de uma lógica economicista. Uma opinião expressa pelo padre Querubim Silva, presidente da Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC).
Convidado a fazer uma análise daquilo que tem sido o início deste novo ano escolar, o sacerdote disse à agência ECCLESIA que se tem verificado uma “tendência demasiado centralizadora, por parte do Estado, uma política quase totalitária, nada condizente com o verdadeiro Estado Social”.
Uma tendência que depois se nota a diversos níveis, a começar por medidas como a criação de novos mega-agrupamentos, formados em algumas regiões do país.
“Podem ser positivos, em termos de eficiência, de uma maior concentração dos meios, mais capacidade tecnológica”, afirma o padre Querubim Silva.
No entanto, “a existência de um conjunto tão diferente, em termos de idades, pode ser uma desvantagem”, sublinha ainda, aludindo ao facto daqueles mega-agrupamentos serem constituídos por alunos desde o pré-primário até ao 12º ano.
“Há modelos na Europa que têm uma gestão diferente, com serviços administrativos comuns mas, depois, com grupos de alunos pedagogicamente mais viáveis” sustenta o líder da APEC, que também é representante da Conferência Episcopal junto do Conselho Nacional de Educação.
O responsável critica a preocupação “demasiadamente economicista do Estado”, que poderá pôr em causa a relação pessoal entre alunos e com os professores, fazendo das escolas contentores de “um conjunto de números anónimos”.
Para além disso, o número crescente de escolas que tem vindo a ser fechadas, especialmente nas zonas rurais, para dar lugar a esses mega-agrupamentos, faz com que se perda outro aspecto fundamental que deve estar presente no ensino.
“A relação com a família está a ficar cada vez mais na periferia da escola” lamenta o padre Querubim Silva, para quem “tirar uma escola da aldeia, fazendo os alunos percorrer 30 a 40 quilómetros por dia” está longe de ser positivo.
“Para além disso, há aquele acompanhamento dos pais e dos avós até à escola, que se perde, toda uma relação com a família e o ambiente fica para trás”, sublinha o sacerdote.
Outra questão relacionada com esta “matriz economicista” do ensino é o ratio cada vez mais alargado de alunos atribuídos a cada professor.
ecclesia

Não é curioso como não achamos as palavras quando rezamos , mas elas estão sempre na ponta da língua quando conversamos com um amigo?!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aos católicos compete ser profetas

D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, alertou para a pobreza escondida e a corrupção na sociedade portuguesa, pedindo respostas concretas dos seus governantes.

É tempo de colocar de lado ideologias e interesses pessoais para nos unirmos em torno de acções concertadas que resolvam situações de pobreza material e humana nas nossas comunidades” disse este Domingo, na peregrinação arciprestal de Vila Verde à Senhora do Alívio, em Soutelo.

O admitiu que “são muitos os que recorrem aos serviços estatais e às organizações da Igreja Católica”.

“Sabemos que a própria Igreja Católica, nas suas instituições, nem sempre consegue responder como gostaria, mas muitos outros pobres são empurrados de um lado para o outro sem saber quem poderá ajudar”, lamentou.

Para D. Jorge Ortiga, o momento actual exige que cada pessoa procure “contribuir para a resolução dos problemas, mediante uma cidadania activa e crítica face à corrupção, as injustiças e às manobras ilícitas de favoritismos”.

Aos católicos compete ser “profetas que denunciam toda e qualquer forma de vida que ponha em causa o justo equilíbrio (económico, social e cultural) da sociedade”.

Nunca poderemos deixar de testemunhar, perante os poderes civis, a nossa indignação perante tantas situações de miserabilismo que carecem de resposta eficaz e rápida”, assinalou, na sua homilia.

D. Jorge Ortiga desafiou os presentes a resistir aos apelos das “grandes catedrais do consumo” e dos “spots publicitários que nos prometem felicidade gratuita, sem esforço e sem trabalho”.

O Arcebispo de Braga conclui pedindo que “os governantes sejam bons administradores das coisas públicas”.

Que não procurem comprar os necessitados com promessas que nunca encontram uma concretização e que estejam sempre ao serviço duma justa igualdade e duma fraternidade autêntica”, exigiu.
ecclesia

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Com o GASPTA


O GASPTA (Grupo de Acção Sócio-Catitaiva da Paróquia de S. Pedro de Tarouca) reuniu hoje.

Fez a análise da situação social, preparou-se a quermesse de São Miguel e lançaram-se alguns planos para o futuro.

É realmente admirável o trabalho eficiente e discreto que esta gente realiza no terreno. Nem sempre reconhecido, nem sempre apreciado, nem sempre estimulado... O bem não faz barulho e o barulho não faz bem.

Parabéns a todos os elementos do grupo e coragem.

domingo, 19 de setembro de 2010

Santa Casa da Misericórdia lança Livro


No passado dia 5 de Setembro, quando o Presidente da República visitou Tarouca, a Santa Casa da Misericórdia lançou o Livro "SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE TAROUCA, subsídios para a sua história", da autoria de Alberto Gonçalves e Filomeno Silva.
Trata-se de um excelente contributo para se poder conhecer a História de tão antiga e benemérita instituição.
Quem quiser adquirir esta obra pode fazê-lo na Santa Casa da Misericórdia de Tarouca.

Santa Casa homenageia o Diácono Manuel Amorim




Na tarde de 19 de Setembro presente, a Santa Casa da Misericórdia de Tarouca promoveu uma sessão solene para homenagear o actual presidente da Assembleia Geral daquela instituição, Diácono Manuel Amorim. Na cerimónia foi-lhe entregue a Medalha de Mérito e Serviço da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca.
No acto, que decorreu na Capela da Misericórdia, junto à Igreja Paroquial, estiveram presentes a Mesa da Santa Casa, muitos irmãos, o Bispo da Diocese, sacerdotes deste arciprestado, o Presidente da Câmara, familiares e amigos do homenageado. O coro das funcionárias da Santa Casa abrilhantou a cerimónia.
Em 3 de Setembro, a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca havia decidido atribuir a Medalha de Mérito e Serviço ao senhor Manuel Amorim.
Usando da palavra, o Provedor, Lucílio Teixeira, falou dos 40 anos de serviço do homenageado à Misericórdia, nas mais diversas funções. Elogiou a sua grandeza humana, contextuada pela humildade que lhe é reconhecida, salientando que Manuel Amorim serviu sempre sem nunca pedir nada em troca. Reconheceu ainda que nunca foi pessoa para desistir face aos problemas que a vida coloca.
O Presidente da Câmara, Mário Ferreira, referiu a grande elevação com que o homenageado sabe estar na vida, sendo exemplo para a comunidade. Evocou o tempo em que foi Presidente da Câmara e referiu a bela experiência de CPM (Curso de Preparação para o Matrimónio) numa equipa dirigida pelo senhor Manuel Amorim e esposa, falando do espírito de família ali vivido e do serviço prestado aos jovens noivos. Lembrou também a sua condição de Diácono Permanente e os serviços que, como tal, presta ao pároco e à comunidade. Salientou o equilíbrio pessoal, moral e social perante os problemas, transmitindo sempre uma palavra de esperança.
O Bispo de Lamego, D. Jacinto, disse da sua alegria em estar presente na homenagem pela qual felicitou a Santa Casa, falou de uma amizade que vem dos bancos do Seminário onde foram colegas e referiu o exemplo claríssimo na sua vida familiar. Assinalou ainda o facto de Manuel Amorim ser um cristão em todos as funções que tem exercido, indicando-o como referência de um laicado interventivo.
No uso da palavra, o Diácono Manuel Amorim disse da sua alegria e satisfação em colaborar com a Santa Casa, pois é preciso que ela se mantenha no seu posto, dando aos outros aquilo que precisam. Referiu que apenas fez o que pôde e que não há insubstituíveis.
Comovido, disse que não se achava digno da homenagem, indicando que continuará o mandato, apesar de "a saúde não estar a cem por cento." E terminou: "Dedico esta Medalha a todos os Irmãos da Santa Casa. Muito obrigado a todos!"

Pra Te adorar




Quero, portanto, que os homens rezem
em toda a parte,
erguendo para o Céu as mãos santas,
sem ira nem contenda.

(1 Tim 2,8)

Deus quer
que todos os homens se salvem
e
cheguem ao conhecimento da verdade.
(2ª leitura deste domingo)

sábado, 18 de setembro de 2010

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C

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TÃO POBRE, TÃO POBRE, TÃO POBRE…, QUE SÓ TINHA DINHEIRO!

1. O uso cristão da riqueza preenche quase por completo o Capítulo 16 do Evangelho de Lucas. Digo «quase», porque temos de excluir apenas uma breve palavra sobre a lei (Lucas 16,16-17) e outra, brevíssima, sobre o divórcio (Lucas 16,18). Dividindo o Capítulo em duas grandes partes, ficamos então com duas belas parábolas de Jesus: a primeira (Lucas 16,1-13), conhecida como «O administrador desonesto», será proclamada neste Domingo XXV do Tempo Comum, e a segunda (Lucas 16,19-31), conhecida como parábola do «Rico avarento e do pobre Lázaro», será proclamada no Domingo seguinte, XXVI do Tempo Comum.

2. A parábola do Administrador desonesto, que ouviremos neste Domingo XXV, tem sempre desorientado quer os ouvintes que a lêem ou ouvem com simplicidade, quer os exegetas que pretendem captar os seus segredos. E o problema reside nisto: é possível que o Evangelho proponha como modelo a imitar um homem desonesto?

3. Os exegetas enveredam muitas vezes, para atenuar o mal-estar, pelos costumes em uso na Palestina, em que as terras eram muitas vezes propriedade de grandes senhores, em muitos casos estrangeiros, que deixavam no terreno administradores locais, a quem davam grande margem de manobra, desde que, no final do ano, entrgassem ao senhor o que tinham acordado. Neste sentido, é facilmente compreensível que o administrador ou feitor, de acordo com os negócios feitos, podia também obter licitamente os seus lucros, e que tenha sido com a sua parte dos lucros que o administrador, não prejudicando em nada o seu senhor, tenha levado a efeito aqueles descontos que vemos nesta parábola.

4. Explicação aparentemente fácil, mas que não pode ser levada em conta. Em boa verdade, a parábola não chama a atenção para a desonestidade do administrador, nem para os meios a que recorreu para fazer amigos. Claramente, a sua desonestidade não interessa a Jesus: não a condena, nem recomenda que a imitemos. Em vez disso, Jesus chama a nossa atenção para a rapidez e a inteligência com que o administrador procede, sem permitir que o assalte sequer um momento de hesitação.

5. É verdade que o administrador e o discípulo de Jesus pertencem a duas maneiras diferentes de estar na vida e de proceder: o primeiro obedece à lógica do mundo; o segundo à do Reino. Trata-se evidentemente de duas maneiras diferentes de encarar a vida. Não obstante, o discípulo de Jesus, de acordo com o andamento da parábola, deve aprender do admnistrador a capacidade de decidir e a habilidade. É isto que está em causa. Face ao Reino de Deus, o discípulo de Jesus deve ser igualmente rápido e hábil em tomar decisões.

6. Ainda se pode e deve compreender bem a função do dinheiro. O dinheiro é para servir o homem, mas torna-se muitas vezes no seu dono. Daí a muito bíblica e oriental advertência de Jesus: »Ninguém pode servir a dois senhores», donde: «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Lucas 16,13).

7. De notar que o Livro de Ben-Sirá já advertia com sabedoria: «Muitos pecam por amor ao dinheiro. Aquele que procura enriquecer faz todas as falcatruas». E ainda: «Como se introduz um pau entre as junturas das pedras, assim se intromete o pecado entre a venda e a compra» (Ben-Sirá 27,1-3).

8. O livro de Amós, que hoje ouvimos também, caustica asperamente a exploração dos pobres, a corrupção e o lucro fácil. O mundo de Amós é de oito séculos antes de Cristo. Mas parece ter sido escrito hoje, dada a sua tremenda actualidade.

9. Mas nunca nos esqueçamos que não pode ser o dinheiro a comandar a nossa vida. Nunca nos devemos esquecer da história daquele fulano que era tão pobre, tão pobre, tão pobre…, que só tinha dinheiro!
Leituras deste domingo - pode encontrá-las aqui.

Reunião do Conselho de Arciprestes

Na reunião do Conselho de Arciprestes, efectuada em 17 de Setembro, o assunto principal que ocupou praticamente todo o tempo foi: REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL.
Trata-se de uma iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, aprovada unanimemente por todos os bispos e que envolve toda a Igreja que está em Portugal.
No fundo procura-se saber:
1. O mundo interroga a Igreja:
- Quais os sinais de Deus e os desafios que o mundo lança hoje à missão da Igreja? Que desafios lança o mundo de hoje a nível espiritual e humano? Que pode a Igreja oferecer hoje ao mundo?
2. A Igreja interroga-se a si mesma:
- Igreja portuguesa, que rumores do Espírito encontras em ti hoje e que te apontam para uma nova maneira de ser Igreja? Que caminhos pastorais os sinais do Espírito te inspiram para viveres e testemunhares o Evangelho?
Para compreender o que se pretende, penso que sejam lidos os documentos que indico: http://www.diocese-lamego.pt/

Foi também entregue um esboço do Plano Pastoral Diocesano.

-O Bispo apelou convictamente à participação de todos os sacerdotes na Assembleia do Clero, em 5 de Outubro no Seminário Maior. A temática será exactamente prestar todos os esclarecimentos em ordem ao REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL.

Na Assembleia do Clero será entregue o programa do Dia da Igreja Diocesana (21c de Nov), que se quer muito participativa, envolvendo a temática: REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL.
Todos os arciprestes foram reconduzidos pelo Bispo até data oportuna (na Páscoa passada havia caducado o mandato)…

Ainda referente ao documento da CEP “REPENSAR JUNTOS A PASTORAL DA IGREJA EM PORTUGAL”, podemos sintetizar as seguintes etapas de concretização:
- até 16 de Janeiro: cada pároco ouvirá os serviços paroquiais, movimentos e grupos da sua paróquia. Estes da dos recolhidos por cada pároco serão entregues ao arcipreste.
- Até 13 de Fevereiro: o arcipreste reúne com os párocos e representantes das várias paróquias.
- O arcipreste enviará para a equipa diocesana as reflexões das paróquias e do arciprestado.
Por último, os padres deste arciprestado, poderão abordar na reunião os assuntos que acharem que devem apresentar.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Que espera da Igreja?


Conhecer o mundo onde se insere para melhor lhe poder responder é a intenção da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ao encomendar à Universidade Católica uma sondagem de opinião aberta a todos os cidadãos, independentemente da religião que professem.
De acordo com o porta-voz da CEP, a sondagem "pretende saber os valores, aspirações, dificuldades e as expectativas da sociedade portuguesa". A Igreja quer "ser realista, sempre mais realista, ver o mundo onde se situa, a sociedade que a envolve, para às suas perguntas responder o melhor que sabe e pode" sustentou o padre Manuel Morujão.

Os bispos sabem que o mundo mudou nestes últimos anos e que o pensar das pessoas hoje já não é o de há cinco ou 10 anos, e é preciso estar atento a essas mudanças para lhes dar resposta.

Se é verdade que a igreja continua a ser uma instituição muito importante para grande parte dos portugueses - segundo uma recente sondagem da Intercampus para a TVI, só 6% da população a classifica de nada importante – há que estar atento, pois essa importância que lhe é reconhecida pode já ter poucas referências evangélicas.

Um exemplo apenas. O fim primeiro da igreja é a salvação do homem todo e de todos os homens. Se grande parte das pessoas esperar da igreja apenas que ajude os mais pobres a mitigar a sua penúria, ou os mais novos a não se deixarem envolver na marginalidade, está a truncar a sua verdadeira missão. A Igreja não é só para os pobres ou para os mais novos, ela deve atingir todas as classes e todas as faixas etárias. E deve levar as pessoas a uma salvação, que começa neste mundo mas que continua para além dele.
Saber, preto no branco, o que é que os portugueses esperam da Igreja é meio caminho andado para definir bons programas de pastoral. No fundo é dar cumprimento à palavra que ouvimos de Cristo: "O bom pastor conhece as suas ovelhas".

Parabéns, pois, aos nossos Pastores Bispos por esta louvável iniciativa.
In O Amigo do Povo

Como acampanhar a Viagem do Papa ao Reino Unido?

AQUI tem toda a informação, o que Bento XVI vai dizendo, com quem se vai encontrando, peripécias da viagem... e muito mais.

Análise da nossa sociedade

As dificuldades económico-financeiras, a crise moral e as questões relativas à família e educação constituem os temas principais de um documento do Gabinete de Estudos Pastorais (GEP) da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
O texto analisa alguns aspectos da realidade nacional à luz da última encíclica do Papa Bento XVI, "Caritas in Veritate" (Caridade na Verdade), publicada em 2009.

A primeira parte do texto reflecte sobre "a crise de valores e o modelo de desenvolvimento", detendo-se também nos "impactos sociais e políticos" da actual situação económica.

"A procura desenfreada do lucro, não entendido como um meio para o bem comum", mas como "objectivo único ou primordial", gera "problemas graves de repercussões incalculáveis", assinala o estudo, que apela à "responsabilidade social" das empresas.

A "extrema gravidade" da situação social deve-se ao "grande aumento do desemprego e do endividamento das famílias e das empresas" e às crescentes desigualdades, ampliadas pela pobreza, que "alargou-se muito significativamente".

Depois de criticar o modelo de desenvolvimento assente na "atracção consumista", o Gabinete de Estudos Pastorais refere que o "mercado é necessário", embora se torne "insuficiente para gerar a coesão social".

A segunda secção do documento, a mais breve das três que o compõem, é dedicada à "crise moral" e ao "relativismo", com a denúncia da "expansão de concepções individualistas e hedonistas".

Esta compreensão do mundo está "na base do decréscimo demográfico" e do "aumento desproporcionado" das expectativas de felicidade assentes "na abundância de bens materiais", "na recusa das dificuldades e do esforço" e na "negação do sofrimento".
O "forte ataque à família" verificado nas últimas décadas vai ter "dramáticas consequências que cairão directamente sobre as gerações futuras", frisam os autores, que convidam à "redescoberta da enorme aventura da procriação".

Entre as "mais ferozes" agressões à instituição da família está o "desvirtuamento do casamento, banindo o horizonte da procriação (com a sua aplicação às uniões homossexuais)", a "facilitação banalizadora do divórcio" e a "liberalização do aborto".

"A liberdade de aprender e ensinar" é um dos temas mais desenvolvidos no texto, especialmente no que diz respeito ao papel do Estado, a quem é exigido que não "tenha o monopólio do serviço público de educação" e que, ao mesmo tempo, seja "menos centralizador e mais incentivador de iniciativas e de um espírito criador autónomo".
In O Amigo do Povo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pedofilia: Papa diz que Igreja não foi suficientemente vigilante


Em declarações aos jornalistas no avião que o conduziu a Edimburgo, onde aterrou pouco depois das 10h20 [mesma hora em Lisboa], o Papa Bento XVI afirmou que agora a principal prioridade é ajudar a curar as vítimas e reconquistar a confiança destas na igreja.

"Tenho que dizer que sinto uma grande tristeza. Tristeza também porque a autoridade da Igreja não foi suficientemente vigilante, nem suficientemente veloz, nem decidida, para tomar as medidas necessárias", afirmou o Papa.

Em relação às vítimas de abusos sexuais de padres, Bento XVI defendeu que lhes sejam dadas "ajudas psicológicas e espirituais".

Sobre os padres pedófilos, o Papa afirmou que "a estas pessoas culpadas é necessário exclui-las de qualquer possibilidade de aceder aos jovens".

"Sabemos que esta é uma doença e que a livre vontade não funciona, e devemos proteger estas pessoas delas próprias e é preciso encontrar o modo de as ajudar e excluir qualquer acesso aos jovens", sublinhou.

Bento XVI adiantou que para que nunca mais ocorram este tipo de abusos "é necessária uma prevenção na educação e na seleção de candidatos ao sacerdócio. É preciso ter muito cuidado".

O Papa confessou que a revelação destes casos de pedofilia foi um "choque" e "uma grande tristeza".

"É difícil entender como essa perversão era possível no ministério sacerdotal. Pois o sacerdote prepara-se durante anos para ser a boca e as mãos de Jesus, o bom pastor, que ama e ajuda à verdade", sublinhou.

A missão da Igreja não é ser "atractiva" para ganhar adeptos, mas "anunciar Jesus Cristo".

Em relação à visita ao Reino Unido, um país de maioria anglicana e fortemente secularizado, e onde se realizaram manifestações contra a sua deslocação, o Papa assegurou que não está preocupado porque "o Reino Unido é um país de grande tolerância e de acolhimento".

"Venho com força e alegria", disse.

Falando sobre as relações entre a Igreja católica e a anglicana sublinhou que as duas "são o instrumento de Cristo para propagar o Evangelho e que a prioridade é Cristo", e que não considera "que sejam concorrentes".

Bento XVI explicou ainda que a missão da Igreja não é ser "atractiva" para ganhar adeptos, mas "anunciar Jesus Cristo".

Em relação à visita ao Reino Unido ser considerada de Estado, Bento XVI afirmou sentir-se "muito grato" pela denominação dada pela rainha Isabel II, mas explicou que não se trata "de uma visita politica" mas de uma viagem pastoral.

Neste sentido, Bento XVI reconheceu que o Vaticano é considerado um Estado só para garantir a independência quando divulga o Evangelho.

O Papa comentou que o Reino Unido tem uma grande experiência na luta contra a miséria, a pobreza, a doença e as drogas e a favor da paz em todo o Mundo.
Fonte: aqui.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Preparando o Ano Catequético

A Coordenadora da Catequese Paroquial, D. Alda Fernandes, convidou todos os catequistas da Paróquia para uma reunião em sua casa, realizada na tarde de hoje.
Após a reunião, a Coordenadora ofereceu um suculento lanche aos participantes, atitude que caiu fundo em todos os participantes. Não que os catequistas tivessem fome. Felizmente não é o caso. Mas pelo significado: acolhimento, espírito de partilha, fortalecimento do espírito de grupo e de unidade. Obrigado por tanta gentileza!

Após uma palavra de acolhimento por parte da Coordenadora que distribuiu um texto belo sobre a amizade e apelou à unidade como forma de ser testemunho para os catequizandos, o pároco fez algumas considerações sobre a necessidade da catequese se situar no tempo actual, transmitindo a esperança, fez um apanhado sobre as partes de uma lição de catequese e sua articulação e falou da relação catequizandos-catequistas-pais.
Depois cada catequista pode partilhar inquietações, desabafos, esperanças e experiências.

Calendarizaram-se as actividades do ano catequético:

1. Começo da catequese dia 9 de Outubro ás 15 horas: distribuição dos grupos, acolhimento, apresentação e reunião de pais.

2. Prof. Fé - 23 de Junho - Corpo de Deus.

3. Primeira Comunhão - 5 de Junho.

4. Crisma - a marcar oportunamente, em princípio durante o mês de Maio.

5. Animação dos DOMINGOS DA QUARESMA:
1º Domingo - 6ºano
2º " - 7º.ano
3º " - 8º.ano
4º " - 9º.ano
5º " - 10º.ano

6. VISITAS AO LAR no último domingo do mês, às 15 horas:
Outubro - 4º.ano
Novembro- 5º.ano
Janeiro - 6º. ano
Fevereiro - 7º. ano
Março - 8º. ano
Maio - 9º. ano

7. FESTA DA CATEQUESE: Dia 19 de Março dedicada aos amigos "vem à festa traz um amigo contigo"

8. FESTA PAI NOSSO - Primeiro sábado de Maio (Dia da Mãe)

9. Em 9 e 10 de Junho, os catequizandos do 6º Ano participam na Peregrinação Nacional das Crianças a Fátima.

Saliente-se o clima de boa amizade e de alegria sã vividas neste encontro de catequistas.
Esperamos dos pais toda a colaboração, apoio e entusiasmo, pois os pais são sempre os primeiros catequistas.
Parabéns à D. Alda pela maneira acolhedora, amiga e interessada como nos recebeu.
Parabéns a todos os catequistas pela sua fé, entusiasmo apostólico e amor aos catequizandos.

Nossa Senhora das Dores

15 de Setembro. A Igreja celebra Nossa Senhora das Dores.

Senhora das Dores.
As tuas dores, Senhora!
As nossa dores, Senhora!
As dores do mundo, Senhora!

Senhora da Dores!
As tuas dores por tantos filhos teus que vivem como se Deus não existisse...
As tuas dores por tantos filhos teus que não sabem ser irmãos...
As tuas dores por tantas crianças espezinhadas na sua dignidade; por tantos jovens enganados na sua espontaneidade; por tantos casais corroídos pela infidelidade, pelo egoísmo e pelo materialismo, em tantos idosos abandonados e explorados..

As nossas dores, Senhora!
Em tanta gente que está desempregada, para quem o futuro são desertos e desertos de silêncio...
Em tanta gente para quem o pão é miragem, a saúde uma ausência, a ingratidão uma chaga, o desprezo um espinho, a má língua uma ofensa...
Em tanta gente para quem a vida, no ventre, durante e no fim da vida, é uma mercadoria...

As dores do mundo, Senhora!
As dores do mundo onde a injustiça social campeia: ricos cada vez mais ricos, pobres cada vez mais pobres...
As dores do mundo onde o egoísmo e ganância de uns provocam a crise em milhões que têm que a pagar perante a impunidade dos culpados...
As dores de um mundo rico em virtualidade que as novas tecnologias geram, mas cada vez mais pobre em humanidade, em relacionamento e presença humanos...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ideias para o novo Plano Pastoral

Encontámo-nos há dias na rua. Falámos e a certa altura pergunta-me:
- Então temos novidades no novo Plano Pastoral da Paróquia?
Disse-lhe que é preciso primeiro conhecer o Plano Pastoral Diocesano, pois a paróquia NÃO é uma ilha, mas célula que se quer viva da Igreja Local (Diocese). Depois, tendo em conta a realidade paroquial, transpô-lo para esta.
Pessoa serena, interessada pela sua comunidade, está sempre disponível para participar, sem preocupações de protagonismo. Não se identifica com mexeriquismos.
- Bom - disse-me - adivinho que o Plano Pastoral esteja muito centrado no Centro Paroquial. E olhe que bem preciso é! Não vejo o dia de ver aquela casa aberta às actividades pastorais da paróquia, seus grupos e movimentos...
- Aí estamos de acordo - retorqui. - É uma urgência o Centro Paroquial! Mas sabe que o Plano Pastoral é da responsabilidade do Conselho Pastoral. O pároco elabora um esboço que distribui pelos membros do Conselho Pastoral atempadamente. Estes, com a autoridade de eleitos pelos seus povos e movimentos, devem auscultar os seus representados, reflectir sobre a proposta e depois, em reunião alargada, a mesma pode ser alterada, acrescentada, subtraída...
- Sim, eu sei. O senhor está farto de explicar o processo - respondeu-me. - Mas tenho cá umas ideias que gostaria de partilhar consigo. E olhe que até já as debati lá em casa com o meu marido e meus filhos... Eu sei que no novo ano pastoral não será possível realizar muitas delas, pois o Centro Pastoral é absorvente. Além disso, não passam de humildes contributos pessoais...
- Ah! Óptimo. Quanto mais participarmos, mais nos sentimos envolvidos.

E então apresentou um rol de acções pastorais que passo a sintetizar:
- Elaboração de um inquérito a toda a população da freguesia com o apoio de pessoas entendidas no assunto para conhecermos a fundo a nossa realidade sócio-cultural-religiosa. Depois voluntários, previamente elucidados e preparados, fariam a distribuição por todas as pessoas, apoiando-as no preenchimento do inquérito.
- Em colaboração com a Junta de Freguesia, dar mais impacto e envolvimento comunitário à Festa do Senhor do Monte, fazendo dela um dia de convívio paroquial.
- Propocionar momentos culturais à comunidade. A paróquia já provou ser capaz como se pode ver através das maravilhosas festas da catequese. Além disso, poder-se-ia chamar gente ligada à música, associativismo, agricultura, família, idosos, jovens, Bíblia... que viessem dinamizar acções de interesse para todos ou para segmentos da população.
- Reabilitar o passeio paroquial. Há gente que aprecia imenso esse momento de convívio e partilha.
- Continuar a belíssima acção pastoral. "Eucaristia com famílias", terminando-a com uma Eucaristia e um momento de convívio onde estivessem todos os que foram participando nos vários povos.
- Os corais precisam de mais gente, de envolver mais pessoas. Eles são importantes para a vivência da Eucaristia, a festa do domingo.
- Manter os momentos de oração e, se possível, melhorá-los: lausperene, adoração da 1ª sexta-feira, terço em Santa Helena, grupo de oração e amizade...
- Dar maior visibilidade ao nosso jornal Sopé da Montanha de modo que entre em todas as famílias presentes ou emigradas.

Depois acrescentou:
- Eu sei que o Plano Pastoral NÃO é do pároco, mas de TODA a comunidade. Eu sei que as pessoas se têm que mobilizar mais, muito mais, evitando tudo o que possa destruir boas vontades e a unidade.
Felicitei-a pelo interesse, pela partilha, pelo desejo de ver a comunidade avançar pelo caminho do Evangelho que nos convoca para a conversão e para a atenção ao irmão.

E o caro visitante tem ideias que queira partilhar connosco? Deixe o seu comentário. Obrigado.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

É BEM VERDADE!

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QUEM NÃO VIVE PARA SERVIR, NÃO SERVE PARA VIVER.

No fim da vida, não levaremos o que temos, mas o que demos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Festa do Senhor do Monte






A Capela do Senhor do Monte é pertença da Junta de Freguesia de Tarouca.
Há muitos anos – fala-se em mais de trinta – que a festa aí não era realizada.
Este ano, por iniciativa da Junta de Freguesia, reabilitou-se a festa que teve lugar na tarde do dia 12 de Setembro.
Pelas 16 horas, teve início a procissão junto da Capela de São Pedro, no Bairro do mesmo nome, que seguiu pelo velho caminho que a quem a Junta dera um jeitinho.
Uma vez na Capela, teve início a Eucaristia, animada pela Banda de Tarouca, que já havia participado na procissão e que, após a Missa, ofereceu um breve concerto, muito apreciado pelos presentes.
Seguiu-se um tempo de convívio e de partilha de lanches. Entretanto, a Junta de Tarouca ofereceu um “porco no espeto” e um arroz de feijão deliciosos.
Aquele lugar é lindíssimo, recatado e com abundante vegetação. Precisa apenas de alguns melhoramentos, mormente a nível de acessos, arranjo de espaços, colocação de mesas e de wcs, exploração de água.
Assinale-se o facto de muita gente ter acorrido ao local, apesar de há tanto tempo não se fazer a festa. Tudo o que contribua para juntar as pessoas de uma freguesia tão dispersa é sempre bem-vindo. As pessoas souberam estar na Eucaristia e conviver fraternalmente em são espírito de partilha.
Pelo que ouvimos, a Junta de Freguesia está decidida a dar continuidade à festa, fazendo os respectivos ajustes depois de ouvir a população.

Ao Rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único,honra e glória pelos séculos dos séculos. Amen.
(1 Tim 1,17)

sábado, 11 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tarouca e Cister - O imaginário e o Património de Cister no Douro

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Vai realizar-se, de 16 a 18 de Setembro de 2010, o III Seminário Internacional Tarouca e Cister - O imaginário e o Património de Cister no Douro. À semelhança dos seminários anteriores pretende-se contribuir para o estudo dos cistercienses, nomeadamente no concelho de Tarouca e na região do Douro.
O Seminário está organizado em dois dias de conferências, com conferencistas convidados mas com discussão em que poderão intervir todos os participantes e no último dia haverá uma visita de estudo a quintas do Douro que pertenceram aos mosteiros de S. João de Tarouca ou Salzedas e em que todos poderão participar, mediante inscrição prévia.
Informações complementares poderão ser obtidas através dos telefones 966349338 (Amélia Albuquerque) ou 962670646 (João Vaz) ou pelos endereços indicados.

A inscrição deve ser efectuada via email.: semtarouca@gmail.com, ou remetendo a ficha de inscrição devidamente preenchida via postal para Câmara Municipal de Tarouca.

In CÂMARA MUNICIPAL DE TAROUCA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

P. Bráulio em Alvite, Leomil e Sever

Lê-se no decreto de nomeações, datado de 1 de Setembro presente, pelo qual o Bispo diocesano efectua alterações e nomeações de sacerdotes diocesanos:

"P. Bráulio Manuel Félix Carvalho (Moderador), dispensado de todas as paróquias anteriormente assumidas, mas continuando Director do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, e P. António Jorge Gomes Giroto, nomeados Párocos in solidum de Alvite, Leomil e Sever, no Arciprestado de Moimenta da Beira."

Assim o nosso conterrâneo, P.e Bráulio, continuando Director do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, assume a partir de agora a paroquialidade de Alvite, Leomil e Sever.
Aquele abraço, amigo!
Desejamos-te óptimo serviço pastoral.

Pode ver aqui todas as nomeações efectuadas pelo sr Bispo.

Natividade de Nossa Senhora

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A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza».
(Liturgia bizantina).
Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.
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Padre António Vieira e o nascimento de Maria

Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina,
dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
aos pobres,
dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
aos desamparados,
dirão que nasce para Senhora do Amparo;
aos desconsolados,
dirão que nasce para Senhora da Consolação;
aos tristes,
dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
aos desesperados,
dirão que nasce para Senhora da Esperança;
os cegos
dirão que nasce para Senhora da Luz;
os discordes:
para Senhora da Paz;
os desencaminhados:
para Senhora da Guia;
os cativos:
para Senhora do Livramento;
os cercados:
para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes
que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes:
para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna:
para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida:
para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos:
para Senhora da Graça;
e todos os seus devotos:
para Senhora da Glória.

E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus”.
Fonte: Caritas in Veriate

Igreja Católica encomenda sondagem para ouvir sociedade portuguesa

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Veja aqui.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Deus ama-te apaixonadamente, tal como és


"Deus ama-te apaixonadamente, tal como és. (...)
O Senhor é um Deus apaixonado por ti.
Deus é amor e não pode, não sabe, não é capaz de fazer outra coisa
senão amar-te,
gostar de ti,
querer-te bem. (...)


O Senhor ama-te porque Ele é bom,
porque é amor.
Não está à espera que tu sejas anjo ou santo para te amar.
Ele sabe que és barro, que és frágil e por isso te ama,
te quer bem.
Não duvides deste amor e abre-te a Ele. (...)


Recorda o que o Senhor disse a Catarina de Sena:
«faz-te receptiva e Eu serei torrencial».
Aprende a ser receptivo,
aprende a ter um coração pobre, despojado e humilde,
e o Senhor será, em ti, torrencial,
encher-te-á, mais e sempre mais, do seu amor. (...)


Deixa Deus ser Deus,
deixa Deus amar-te, abraçar-te, beijar-te,
acariciar-te como faz o Pai do pródigo.
Não fujas, não recues, não te afastes,
não coloques obstáculos.
Deixa-te amar por Deus. (...)


Antes de pensares nos teus pecados,
contempla o amor que Deus tem por ti,
antes de olhares as tuas misérias,
descobre a ternura amorosa do teu Deus. (...)


Convence-te, cada dia sempre mais,
que Ele não é capaz de deixar de te amar. »


Dário Pedroso, s.j. , em "Sinfonias do Amor" (adaptado)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Padre e Álvaro Cunhal -Duas Cartas

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Muitas vezes, no decurso agitado da vida, nos surgem acontecimentos felizes e surpreendentes. E o que é extraordinário é que nem nos lembramos de que isso possa acontecer, porque almas boas que desconhecemos, que vivem no bulício do mundo ou no silêncio de conventos, oram por nós: pela nossa perseverança no bom caminho ou pela nossa conversão, se dele nos tivermos afastados.
Há dias, deparei numa revista com um interessante artigo do jornalista Luís Osório, citando duas cartas curiosas.
Álvaro Cunhal, numa conversa com o referido jornalista, mostrou-lhe uma carta de um piedoso padre da província, preocupado com a salvação eterna daquele dirigente comunista.
Diz assim:”O senhor já tem muita idade, já é muito velho e dentro de pouco tempo comparecerá diante de Deus que o julgará e, se não começar a arrepender-se, será condenado às penas eternas."
Álvaro Cunhal mostrou também a carta que enviou em resposta ao referido sacerdote:"Vejo, pelo que diz, que já não tenho salvação, mas já que não pode fazer nada pela minha redenção não quero deixar de fazer alguma coisa pela sua. Se, como diz, for sujeito a esse julgamento, não deixarei de dizer a Deus que o senhor me procurou para tentar salvar-me. Isso poderá diminuir o peso dos seus pecados na balança e contribuir para a sua salvação depois da morte".
Mesmo que muitos não procurem Deus, nos caminhos de alguns põe-se esta interrogação: Existirá Deus?
Muita gente faz a sua entrega generosa a uma acção missionária, rezando pelos que acreditaram mas apagaram a sua fé, pelos que ainda não encontraram o Deus de Jesus Cristo, pelos que acreditam e amam o Divino Criador.
E só Deus sabe o resultado desta acção apostólica de oração e sacrifício, como Santa Teresa de Lisieux, padroeira das Missões sem sair do seu convento de carmelita.
Mário Salgueirinho

domingo, 5 de setembro de 2010

Catequese Geral de Setembro de 2010

1º Domingo:
- Donde Vimos?
- Que fazemos aqui?
- Para onde vamos?


DONDE VIMOS?
. Eu te escolhi quando ainda planeava a criação (Efésios 1.11-12)
. Eu já te conhecia mesmo antes de seres concebido (Jeremias 1.4-5)
. Porque eu te amo com um amor eterno (Jeremias 31.3)
. Pois tu foste feito à minha imagem (Génesis 1.27)
. Pois tu és a minha descendência (Actos 17.28)
. Eu determinei a hora exacta do teu nascimento e onde deverias viver (Actos 17.26)
. Tu foste feito de forma admirável e maravilhosa (Salmo 139.14)

QUE FAZEMOS AQUI?
. Em mim tu vives e te moves, e tens existência (Actos 17.28)
. Cada boa dádiva que recebes vem da minha mão (Tiago 1.17)
. Pois eu sou o teu provedor e cuido de todas as tuas necessidades (Mateus 6.31-33)
. O meu plano para o teu futuro sempre foi cheio de esperança (Jeremias29.11)
. Pois eu sou a tua maior fonte de encorajamento (II Tessalonicenses 2.16-17)
. Eu sou também o Pai que te consola em todas as tuas aflições (II Coríntios 1.3-5)
. Jesus morreu para que tu e Eu pudéssemos ser reconciliados (II Coríntios 5.18-19)
. Se receberes a dádiva do meu filho Jesus, recebes-me a mim (I João 2.23)
- Vocação universal ao amor
- Povoai a terra e dominai-a
- Não adorarás outro Deus além de Mim

2º Domingo
- Para onde vamos?
. Mas somos caminhantes para a casa do Pai
. A morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida
. Creio na ressurreição dos mortos
. a vida não é um choque com o futuro, mas é um choque com a eternidade, violento, surpreendente e inesperado. Mas esse choque com a eternidade será libertador se o experimentarmos permanentemente com Jesus ressuscitado”.
. Jesus avisou-nos. Mas nós esquecemos com tanta facilidade esse aviso tantas vezes repetido: ‘Virei quando menos se espera’.
. A morte é, sob o ponto de vista humano, a mais radical experiência de solidão, mesmo que os outros estejam à nossa volta, e só Deus a pode vencer.
. Jesus Cristo, na sua Páscoa, surge como essa experiência fundamental de humanidade que encerra a sua única verdadeira esperança, que é mitigar esse choque com a eternidade e fazer dele um encontro jubiloso.
. A experiência ao longo dos séculos deixa-nos clareiras de esperança para acreditarmos que esse é um momento de grande júbilo, mas: Ai daqueles que nesse momento derradeiro negam o encontro com Deus.

3º Domingo
- Como vivemos o momento da morte?
- A dor humana é compreensível - vivamo-la com espírito de fé na ressurreição
- Velório: momento de intimidade, oração, silêncio, meditação
- Atenção às conversas, ao barulho… Mesmo quem está cá fora durante o velório deve ter cuidado com as conversas, barulhos, etc. Respeite-se a memória do falecido e a dor de familiares e amigos. E isto tanto nas capelas como nas casas… mais nas capelas ainda…
- Como participamos na missa de corpo presente e no funeral? Há quem pareça ir e nunca vá… os que ficam cá fora…
- Se as flores murcham, as lágrimas secam e as velas se derretem, a oração recolhe-a Deus. O que realmente mais podemos fazer pelos falecidos são a oração e a esmola.
- Missa de corpo presente… Será para todos? … Há quem vai à Igreja só empurrado…

4º Domingo
- Funeral: tempo de silêncio, oração e reflexão… Hoje este, amanhã nós…
- Quando rezarmos todos juntos, toda a gente participa; quando formos em silêncio, cada um reza, medita e reflecte…
- Colaboração no transporte das alfaias… Há quem critique mas nunca pegue em nada… responsabilidade de amigos e familiares…
- Missa de 7º dia: que significa 7º dia? Para Deus tudo é presente… Qualquer dia pode ser…
- Pessoas que tenham passado pelo Lar, a Missa de 7º dia é no Lar no sábado a seguir ao funeral…
- 7º dia e outras intenções…

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

23º Domingo Comum - Ano C

Naquele tempo,
seguia Jesus uma grande multidão.
Jesus voltou-Se e disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo,
sem Me preferir ao pai, à mãe,
à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs
e até à própria vida,
não pode ser meu discípulo.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir,
não pode ser meu discípulo.
Quem de entre vós, que, desejando construir uma torre,
Não se senta primeiro a calcular a despesa,
para ver se tem com que terminá-la?
Não suceda que, depois de assentar os alicerces,
se mostre incapaz de a concluir
e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:
‘Esse homem começou a edificar,
mas não foi capaz de concluir’.
E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei
e não se senta primeiro a considerar
se é capaz de se opor, com dez mil soldados,
àquele que vem contra com ele com vinte mil?
Aliás, enquanto o outro ainda está longe,
manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz.
Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens,
não pode ser meu discípulo».
(Lc 14,25-33)

¨ A forma exigente como Jesus põe a questão da adesão ao “Reino” e à sua dinâmica faz-nos pensar na nossa pastoral – vocacionada para ser uma pastoral de massas – e na tentação que sentem os agentes da pastoral no sentido de facilitar as coisas, de não serem exigentes… Às vezes, interessa mais que as estatísticas da paróquia apresentem um grande número de baptizados, de casamentos, de crismas, de comunhões, do que propor, com exigência, a radicalidade do Evangelho e dos valores de Jesus… O caminho cristão é um caminho de facilidade, onde cabe tudo, ou é um caminho verdadeiramente exigente, onde só cabem aqueles que aceitam a radicalidade de Jesus? A nossa pastoral deve facilitar tudo, ou ir pelo caminho da exigência?

¨ Às vezes, as pessoas procuram a comunidade cristã por tradição, por influências do meio social ou familiar, porque “a cerimónia religiosa fica bonita nas fotografias”… Sem recusarmos nada, devemos, contudo, fazê-las perceber que a opção pelo baptismo ou pelo casamento religioso é uma opção séria e exigente, que só faz sentido no quadro de um compromisso com o “Reino” e com a proposta de Jesus.

¨ Dentro do quadro de exigências que Jesus apresenta aos discípulos, sobressai a exigência de preferir Jesus à própria família. Isso não significa, evidentemente, que devamos rejeitar os laços que nos unem àqueles que amamos… No entanto, significa que os laços afectivos, por mais sagrados que sejam, não devem afastar-nos dos valores do “Reino”. As pessoas têm mais importância para mim do que o “Reino”? Já me aconteceu renunciar aos valores do “Reino” por causa de alguém?

¨ Outra exigência que Jesus faz aos discípulos é a renúncia à própria vida e o tomar a cruz do amor, do serviço, do dom da vida. O que é mais importante para mim: os meus interesses, os meus valores egoístas, ou o serviço dos irmãos e o dom da vida?

¨ Uma terceira exigência de Jesus pede aos candidatos a discípulos a renúncia aos bens. Os bens, a procura da riqueza são, para mim, uma prioridade fundamental? O que é mais importante: a partilha, a solidariedade, a fraternidade, o amor aos outros, ou o ter mais, o juntar mais?