quarta-feira, 31 de julho de 2013

Semana Nacional de Migrações vai lembrar quem teve de deixar o país por causa da crise

--
Igreja Católica alerta para a necessidade de «um maior empenho» no apoio aos emigrantes

.
A Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) espera que a 41.ª semana nacional dedicada aos migrantes e refugiados, entre 11 e 18 de agosto, seja “um momento especial” de atenção aos portugueses espalhados pelo mundo.

O ponto alto da celebração anual vai acontecer na peregrinação dos migrantes ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto, que este ano será presidida por D. Jean Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, país onde está instalada uma importante comunidade de emigrantes portugueses.
A peregrinação terá como “intenção especial todos os portugueses que se viram obrigados a emigrar devido à situação económica de Portugal”, e será uma forma da Igreja Católica garantir a estas pessoas “uma verdadeira comunhão de fé e de esperança”.
Num comunicado dirigido a “todos os setores da Igreja, entre os quais “dioceses, paróquias, capelanias, institutos de vida consagrada e movimentos eclesiais”, o organismo chama a atenção para as dificuldades que hoje enfrentam os “emigrantes, os missionários e os agentes pastorais” que os acompanham.
“O permanente crescimento da emigração portuguesa que, com o acentuar da crise que Portugal atravessa será ainda maior no futuro, exige das estruturas pastorais da Igreja um maior empenho e um maior esforço material para apoiar aqueles que nos procuram em busca de ajuda”, salienta a OCPM.
A Semana Nacional de Migrações tem este ano como tema ‘Peregrinação de Fé e de Esperança’, baseado na mensagem da Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado 2013, escrita pelo agora Papa emérito Bento XVI.
O documento sublinha a necessidade de reafirmar, no meio da atual conjuntura económica, social e política, o direito a “não emigrar”, ou seja, que as pessoas tenham condições para permanecerem na “própria terra”.
Além de apontar fenómenos que estão por detrás dos fluxos migratórios, como a “precariedade económica, a carência dos bens essenciais, as calamidades naturais, guerras e desordens sociais”, Joseph Ratzinger destacou a questão da imigração ilegal, que pode levar ao tráfico e exploração de pessoas, com maior risco para as mulheres e crianças.
Para o dia 12 de agosto, a partir das 16h00, está marcada uma conferência de imprensa de apresentação da peregrinação a Fátima, na Casa de Nossa Senhora do Carmo, organizada pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, em conjunto com o Santuário de Fátima.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da referida comissão, realça que o tema das Migrações “ressurgiu com interpelações novas” que não podem passar ao lado da Igreja Católica.
“Não é fácil encarar a mobilidade, tantas vezes forçada, como uma peregrinação, ou seja, saída com sentido não meramente material mas com intuitos duma integralidade humana. Se a esperança está presente em todas as iniciativas, a fé pode dar sentido e significado a tantas ausências ou sofrimentos”, considera.
Os ofertórios eucarísticos, durante a Semana Nacional de Migrações, revertem a favor do trabalho da Obra Católica Portuguesa das Migrações.
A organização integrada na Conferência Episcopal Portuguesa apela à solidariedade e a generosidade dos cristãos, pois só assim poderá continuar a desempenhar a sua missão pastoral junto das comunidades migrantes”.
Fonte: aqui

terça-feira, 30 de julho de 2013

A Jornada Mundial da Juventude que a mídia não mostrou

Os dias em que Deus confirmou sua existência para 3,5 milhões de jovens do mundo inteiro


 
Quem não pôde participar da Jornada Mundial da Juventude e teve de se contentar com as análises da mídia perdeu aspectos fundamentais desse evento que movimentou o país. É bem verdade que as lentes das câmeras conseguiram alcançar pontos importantes e, muitas vezes, belos da Jornada, mas nenhuma delas foi capaz de atingir o coração da JMJ-Rio 2013. Não obstante o clima de festa ocasionado pelo encontro, o que, de fato, marcou a alma dos jovens foi muito mais que a sensação simplista de uma viagem, mas o toque concreto com todos os artigos da fé que compõem o corpo da Igreja que é o próprio Corpo de Cristo.
A começar pela chegada dos peregrinos ao Rio de Janeiro, o Brasil e as demais partes do planeta puderam experimentar a universalidade da Igreja, desde os alegres cantos africanos à acolhida fraternal do povo carioca. Cada bandeira hasteada na praia de Copacabana revelava a dimensão da Noiva de Cristo que a acolhia e a vigiava de braços abertos de cima do Corcovado. Uma cena que deixou a Cidade Maravilhosa ainda mais... maravilhosa. Dos confins do mundo, aonde chegaram os profetas missionários de outrora, vieram as novas gerações de adoradores do Senhor, cuja única missão, concedida pelo Santo Padre, é ir novamente pelo mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura.
O Rio de Janeiro que amargava tristes depredações e padecia sob um clima de guerra civil sem precedentes semanas atrás se convergiu num mar de pessoas que cantava louvores a Deus e pedia a intercessão da Mãe Aparecida. Imagem suficiente para arrancar lágrimas de policiais e sorrisos de bebês que, mesmo sem compreender concretamente o que lá acontecia, sabiam que era algo santo. O ódio dos protestos dos indignados foi afogado pela amor de Cristo. As profanações de meia-dúzia de coitados foram ofuscadas pela sacralidade de 3,5 milhões de batizados. De filhos do Altíssimo. De pessoas que, como pediu o Santo Padre na cerimônia de sua acolhida, botaram fé na verdade, no caminho e na vida que só se encontram em Jesus.
 
A Jornada Mundial da Juventude apresentou novamente às nações a pujança da Igreja e a sua capacidade de se renovar. Não, a Igreja não está morta. Pelo contrário, vive e se multiplica para além daqueles que profetizaram seu enterro e que, aliás, já estão enterrados. A história se repete e mais uma vez é a Igreja quem sai vitoriosa. Se em Madrid foram dias em que Deus parecia existir, como confessou o jornalista agnóstico Vargas Llosa, no Rio foram dias em que Ele confirmou sua existência. Diferente do que se viu dias atrás, dessa vez os jovens não saíram às ruas para depredar, mas para construir. E construir em cima da Rocha. E por isso gritavam: Esta é a juventude do Papa! Melhor, dos Papas. De Bento e de Francisco, pois a única ruptura proposta por eles é a ruptura com o pecado, não com a fé de dois mil anos como sugerem alguns teólogos mal intencionados por aí.
Os cantos que tomaram as ruas do Rio de Janeiro ainda encontrarão eco em muitos corações. Naquela praia, onde se celebrou a Missa de envio dos peregrinos, novamente exortou Jesus pela boca do Santo Padre: "Ide pelo mundo e fazei discípulos de todas as nações". E neste momento, em que muitos jovens ainda se encontram em ônibus ou aviões voltando para suas casas, também a cruz de Cristo vai com eles para indicar o caminho da Luz da Fé, a única capaz de conduzir o homem para a salvação eterna, onde as portas do inferno não prevalecerão.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere, aqui

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Encuentro con el Papa en el avión

El Papa se sujeta el crucifijo en el avión. | Efe
 
Buenas tardes. Muchas gracias. Estoy contento. Ha sido un viaje hermoso. Espiritualmente me ha hecho bien. Estoy bastante cansado, pero con el corazón alegre. Me ha hecho bien. Encontrarte la gente te hace bien porque el Señor trabaja en cada uno de nosotros. Trabaja en el corazón. La riqueza del Señor es tanta que siempre podemos recibir tantas cosas hermosas de los otros. Esto me hace bien a mí. Como primer balance. Luego la bondad y el corazón del pueblo brasileño es grande. Es un pueblo amable, que ama la fiesta, que en el sufrimiento siempre encuentra un camino para buscar el bien en alguna parte. Esto hace bien. Un pueblo alegre. Un pueblo que ha sufrido tanto. Es contagiosa la alegría de los brasileños. Tiene un gran corazón este pueblo.
Luego, los organizadores, tanto de nuestra parte como de los brasileños... me he sentido que estaba delante de un ordenador. La encarnación del ordenador (señala a Gasbarri). De verdad, estaba todo cronometrado. Luego hemos tenido problemas con la hipótesis de la seguridad. La seguridad por allí y por aquí. No ha habido ni un incidente en todo Río de Janeiro en estos días. Todo era espontáneo. Con menos seguridad yo he podido ir con la gente, abrazarles, saludarles, sin coches blindados. La seguridad de fiarse de un pueblo. De verdad que siempre hay el peligro de que haya un loco, de que haya un loco que haga algo. Pero también está el Señor. Hacer un espacio blindado entre el obispo y el pueblo es una locura. Prefiero esta locura, fuera, tener el riesgo de la otra locura, la locura fuera. La cercanía nos hace bien a todos.
Luego la organización de la jornada, no esta precisa, todo, la parte artística, la parte religiosa, la parte catequética, la parte litúrgica, ha sido bellísima. También ellos tienen una capacidad de expresarse con el arte. Ayer, por ejemplo, han hecho cosas bellísimas, bellísimas.
Luego, Aparecida. Para mí ha sido una experiencia religiosa fuerte. Recuerdo la V conferencia. Fui allí a rezar, a rezar. Quería ir allí solo, un poco escondido, pero había una muchedumbre impresionante y no era posible. Eso lo sabía antes de llegar. Hemos rezado. No sé.
Una cosa... El trabajo vuestro ha sido, me dicen, yo no he leído diarios estos días ni he visto la televisión, no he tenido tiempo, pero me dicen que ha sido un trabajo bueno bueno bueno. Gracias. Gracias por la colaboración que vosotros habéis ofrecido.
Luego está el número de los jóvenes. Hoy no puedo creerlo, pero hoy el gobernador hablaba de tres millones. No puedo creérmelo, pero desde el altar, no sé si alguno de vosotros ha estado en el altar, desde el altar hasta el final estaba toda la playa llena, hasta la curva. Más de 4 kilómetros. Tantos jóvenes. Dicen, me ha dicho monseñor Tempesta, que eran de 178 países. También el vicepresidente me ha dicho este número. Eso es seguro. Es importante.
PREGUNTA.- Santidad, buenas noches. En nombre de todos los compañeros le queremos agradecer estos días que nos ha regalado en Río de Janeiro, el trabajo que ha hecho y el esfuerzo que le ha supuesto. Y también, en nombre de todos los periodistas españoles, les queremos agradecer las plegarias y los rezos por las víctimas del accidente ferroviario de Santiago de Compostela. Muchísimas gracias. La primera pregunta no tiene mucho que ver con el viaje, pero aprovechamos la ocasión de que nos da esta posibilidad y quería preguntarle: Santidad, en estos cuatro meses de pontificado hemos visto que ha creado varias comisiones para reformar la Curia vaticana. Quisiera preguntare: ¿qué tipo de reforma tiene en mente? ¿Contempla la posibilidad de suprimir el IOR, el llamado banco del Vaticano?
RESPUESTA.- Los pasos que fui dando en estos cuatro meses y medio vienen de dos vertientes. El contenido de lo que había que hacer, todo, viene de la vertiente de las congregaciones generales que tuvimos los cardenales. Fueron cosas que los cardenales pedimos al que iba a ser el nuevo Papa. Yo me acuerdo que pedía muchas cosas, pensando en otro (risas) Pedíamos que había que hacer esto... Por ejemplo, en la comisión de ocho cardenales, es importante tener una consulta outsider, no las consultas que se tienen, sino outsider. Esto va en la línea, y aquí hago como una abstracción, en la línea de la maduración de la relación entre sinodalidad y primado. Estos ocho cardenales favorecen la sinodalidad. Ayudan a que los diversos episcopados del mundo se vayan expresando en el mismo gobierno de la Iglesia. Hay muchas propuestas que se hicieron que aún no están puestas en práctica como la reforma de la secretaría del sínodo, en la metodología, cómo la comisión postsinodal, que tenga carácter permanente de consulta, cómo los consistorios cardenalicios con temáticas no tanto formales como por ejemplo una canonización, sino con otras temáticas, etcétera. La vertiente de los contenidos viene de ahí.
La segunda vertiente es la oportunidad. Te confieso que a mí no me costó, al mes de pontificado, armar la comisión de los ochos cardenales. La parte económica pensaba tratarla el año que viene, porque no es lo más importante que hay que tocar. Sin embargo, la agenda se cambió debido a unas circunstancias que ustedes conocen, que son de dominio público, y que aparecieron problemas y había que enfrentarlos. El primero el problema del IOR: cómo encaminarlo, cómo delinearlo, cómo reformularlo, cómo sanear lo que haya que sanear. Ahí está la primera comisión de referencia. Ustedes conocer el quirógrafo, sus integrantes, lo que se pide... Después tuvimos la reunión de la comisión de los 15 cardenales que se ocupan de los aspectos económicos de la Santa Sede. Son de todas partes del mundo. Y allí, preparando la reunión, se vio la comisión de hacer una misma comisión de referencia para toda la economía de la Santa Sede. Se tocó el problema económico fuera de agenda, pero estas cosas suceden en el oficio de gobierno. Uno va por aquí pero le patean un golazo de allá y lo tiene que atajar, ¿no es cierto? La vida es así y eso es lo lindo de la vida.
Respecto a la pregunta que me hacía del IOR. Perdón estoy hablando en castellano (cambia al italiano) No sé cómo terminará el IOR. Algunos dicen que tal vez es mejor que sea un banco, otro que es mejor que sea un fondo de ayuda, otros dicen que hay que cerrarlo. Se escuchan estas voces. Yo no sé, me fío del trabajo de las personas del IOR, que están trabajando cone sto. también de la comisión. El presidente del IOR continúa, el que había antes, mientras que el director y el vicedirector han presentado su dimisión. No sé decirle cómo terminará esta historia. Esto es también hermoso. Se busca, se encuentra. Somos humanos. Debemos encontrar lo mejor, pero las características del IOR sea un banco, un fondo o lo que sea, sus características deben ser transparencia y honestidad. Debe ser así. Gracias.
P. - Santo Padre, mi pregunta es tal vez indiscreta. Ha dado la vuelta al mundo la fotografía de cuando hemos partido de usted, que sube la escalerilla del avión llevando un maletín negro. Ha habido artículos en todo el mundo comentando esta novedad. Ha habido hipótesis de qué contenía el maletín. ¿Por qué la ha llevado usted y no un colaborador? ¿Nos puede decir que era dentro?
R.- No había dentro la llave de la bomba atómica. La llevaba porque siempre lo he hecho. Cuando viajo la llevo. Dentro llevo la cuchilla de afeitar, el breviario, la agenda, un libro para leer. Llevo uno sobre Santa Teresina, de la que soy devoto. Siempre llevo el maletín cuando viajo, es normal. Debemos ser normales. Es un poco extraño lo que me dices que ha dado la vuelta al mundo esa foto. Debemos habituarnos a ser normales. La normalidad de la vida
P.- Santidad, ¿por qué usted pide tan insistentemente que se rece por usted? No es normal o habitual escuchar tanto a un Papa que pide que recen por él.
R.- Yo siempre he pedido esto. Cuando era sacerdote lo pedía pero no tan frecuentemente . He comenzado a pedirlo con cierta frecuencia en el trabajo de obispo. Siento que si el Señor no ayuda en este trabajo, para que el pueblo de Dios vaya hacia adelante, uno no puede. Yo me siento de verdad con tantos límites, con tantos problemas, también pecador. Vosotros lo sabéis. Debo pedir esto, me viene de dentro. También a la virgen le pido que rece por mí al Señor. Es una costumbre que me viene de fuera, también de la necesidad que tengo por mi trabajo. Siento que debo pedirlo. Es así.
P.- Santidad, en la búsqueda de hacer estos cambios, usted dijo al grupo de América Latina que hay tantos santos que trabajan en el Vaticano, pero también personas que son un poco menos santas. ¿Ha encontrado resistencia a su deseo de cambiar las cosas en el Vaticano? La segunda pregunta es: usted vive de un modo muy austero en Santa Marta, ¿quiere que sus colaboradores, también los cardenales, sigan este ejemplo y vivan en comunidad o es algo sólo para usted?
R.- Los cambios vienen también de dos vertientes. Lo que los cardenales hemos pedido y lo que viene de mi personalidad. Usted hablaba de que me he quedado en Santa Marta. Pero no podría vivir solo en el palacio, no es lujoso. El apartamento pontificio no es tan lujoso, es amplio y grande, pero no lujoso. Pero yo no puedo vivir solo o con un pequeño grupito. Necesito a gente, encontrarme con la gente, hablar con la gente. Por eso cuando los chicos de las escuelas jesuitas me han preguntado que si era por austeridad o por pobreza, les he dicho que no. es por motivos psiquiátricos, porque psicológicamente no puedo. Cada uno debe llevar adelante su vida con su modo de vivir y de ser. Los cardenales que trabajan en la Curia no viven como ricos o fastuosos. Viven en apartamentitos, son austeros los que conozco. Cada uno debe vivir como el Señor le pide que viva. La austeridad , una austeridad general creo que es necesaria para todos, para todos los que trabajamos en el servicio de la Iglesia. Hay muchas tonalidades de austeridad, cada uno de buscar su camino. Respecto a los santos, es verdad: hay santos en la curia. Cardenales, sacerdotes, obispos, monjas, laicos... Es gente que reza, que trabaja mucho y que también va al encuentro de los pobres. A escondidas. Yo se de algunos que dan de comer a los pobres o que en su tiempo libre acuden a hacer ministerio en una iglesia o en otra. Hay santos en la curia. Aunque también hay alguno que no es tan santo. Y esos son los que hacen más ruido. Ya sabéis que hace más ruido un árbol que cae que un bosque que crece. Y me duelen esas cosas. Hay algunos que dan escándalo, tenemos este monseñor en prisión, creo que aún sigue en prisión, y no ha ido a la cárcel porque se pareciera precisamente a la beata Imelda... No era un santo. Son escándalos y hacen daño. Una cosa que nunca he dicho antes y de la que me he dado cuenta: creo que la curia ha caído de nivel respecto al que tenía en los tiempos de los viejos curiales, fiel, que hacía su trabajo. Necesitamos esas personas. Creo que hay, pero no tantas como en una época. El perfil del viejo curial, yo lo llamo así; tenemos que tener más de esos. Sobre si encuentro resistencia… Si hay resistencia por ahora yo no la he visto. Es verdad que no he hecho tantas cosas. Lo que si he encontrado es ayuda y gente leal. Por ejemplo, a mi me gusta cuando una persona me dice: 'Yo no estoy de acuerdo', y esto lo he encontrado. 'Yo esto no lo veo, no estoy de acuerdo, yo se lo digo y luego haga lo que quiera': alguien que te dice eso es un verdadero colaborador, y eso lo he encontrado. Pero esos que te dicen: "Ay, qué bonito, qué bonito, qué bonito", y luego dicen lo contrario en otra parte, todavía no me he dado cuenta. Quizás hay alguno, pero no me he dado cuenta de estas resistencias. En cuatro meses no se pueden encontrar muchas.
P.- La sociedad brasileña ha cambiado, los jóvenes han cambiado. Usted no ha hablado sobre el aborto ni sobre el matrimonio ente personas del mismo sexo. En Brasil se ha aprobado una ley que amplía el derecho al aborto y otra que contempla los matrimonios entre personas del mismo sexo. ¿Por qué no ha hablado sobre eso?
R.- La Iglesia se ha expresado ya perfectamente sobre eso, no era necesario volver sobre eso, como tampoco hable sobre la estafa, la mentira u otras cosas sobre las cuales la Iglesia tiene una doctrina clara. No era necesario hablar de eso, sino de las cosas positivas que abren camino a los chicos. Además los jóvenes saben perfectamente cuál es la postura de la Iglesia.
P.- ¿Pero cuál es su postura en esos temas?
R.- La de la Iglesia, soy hijo de la Iglesia.
P.- Desde el 13 de marzo usted se presenta como obispo de Roma con una enorme y fortísima insistencia. Nos gustaría saber el sentido profundo de esta insistencia, si tal vez más que la colegialidad está relacionado con el ecumenismo, con el ser primus inter paris...
R.- En esto no se debe ir más allá de lo que se dice. El Papa es obispo, es obispo de Roma . Y porque es obispo de Roma es sucesor de Pedro, vicario de Cristo. Son otros títulos, pero el primer título es obispo de Roma y de ahí viene todo. Pensar que esto quiere decir ser primus inter paris no, eso no, no es consecuencia de esto. Es simplemente que es el primer título del Papa. Ha hablado de ecumenismo. Creo que esto favorece un poco el ecumenismo, pero sólo eso.
P.- Una pregunta sobre sus sentimientos. Hace unas semanas, a un niño que le preguntó cómo se sentía y si deseaba ser Papa, le dijo que había que estar loco para ello. Después de su primera experiencia multitudinaria como han sido estos días en Río, me pregunto si nos puede contar como se siente siendo Papa, si es un trabajo duro, si es feliz siéndolo y si de alguna manera ha acrecentado su fe o si por el contrario ha tenido alguna duda...
R.- Hacer el trabajo de obispo es una cosa bonita, es bonito. El problema es cuando uno busca ese trabajo, eso ya no es tan bonito, eso no es del Señor. Pero cuando el Señor llama a un sacerdote a convertirse en obispo eso es bonito. Existe siempre el peligro de creerse un poco superior a los otros, no como los demás, un poco príncipe… Son peligros y pecados. Pero el trabajo de obispo es bonito, es ayudar a los hermanos a avanzar. El obispo delante de los fieles para señalar el camino, el obispo en medio de los fieles para ayudar a la comunión, el obispo detrás de los fieles porque los fieles con frecuencia tienen el olfato de la calle. Me preguntaba si me gusta… Sí, me gusta ser obispo. En buenos Aires he sido muy feliz. He sido feliz, el Señor me ha asistido en eso. Como obispo he sido feliz, como sacerdote he sido feliz. En ese sentido me gusta.
P.- ¿Y ser Papa le gusta?
R.- Si, también. Cuando el Señor te pone ahí, si tu haces lo que el Señor te pide eres feliz. Eso es lo que siento.
P.- Le hemos visto estos días lleno de energía, incluso por la noche tarde, y le vemos ahora que está tranquilamente de pie mientras el avión se mueve muchísimo. Se habla mucho de próxios viajes, se habla de Jerusalén, de Argentina... ¿Tiene ya un calendario definido para el prñoxio año?
R.- Definido, definido no hay nada. Pero puedo hablar de cosas que estamos pensando. Definido 22 de septiembre Cagliari. Después, el 4 de octubre, Asís. También tengo en mente, dentro de Italia, ir un día a ver a mi familia. Cogerme un avión por la mañana y volver en otro por la noche, mis familiares, pobrecillo, me llaman, tenemos una buena relación. Fuera de Italia el patriarca Bartolomeo I quiere hacer un encuentro para conmemorar los 50 años del encuentro entre Atenágoras y Pablo VI en Jerusalén. El Gobierno israelí nos ha hecho una invitación especial para ir a Jerusalén, el Gobierno de la Autoridad Palestina creo que lo mismo. Esto se está pensando, aún no se sabe si se hará o no se hará. En América Latina creo que no hay posibilidad de volver, porque el Papa latinoamericano, que acaba de hacer el primer viaje a Latinoamérica… Adiós, debemos de esperar un poco. Creo que se puede ir a Asia, pero está todo en el aire. He recibido invitaciones para ir a Sri Lanka y a Filipinas. A Asia se debe ir. El papa Benedicto XVI no ha tenido tiempo de ir a Asia, y s importante. Fue a Australia, Europa, América, pero no a Asia. Ir a Argentina yo creo que se puede esperar un poco, porque yo creo que todos estos viajes de los que le he hablado tienen una cierta prioridad. Yo quería ir a Constantinopla el 30 de septiembre para visitar a Bartolomeo I pero no es posible. No es posible por mi agenda. Si podemos el encuentro lo haremos en Jerusalén.
P.- Cuando se ha reunido con los jóvenes argentinos, un poco en broma y un poco en serio les ha dicho que a veces se sentí enjaulado. ¿A qué se refería exactamente?
R.- ¿Usted sabe la de veces que he tenido ganas de pasear por las calles de Roma? Porque a mi me gusta andar por las calles, me gustaba tanto y en ese sentido me siento un poco enjaulado. Pero debo decir que los de la Gendarmería vaticana son buenos, son realmente buenos y yo les estoy agradecido. Ahora me dejan hacer algunas cuantas cosas más, pero es su deber garantizar la seguridad. Enjaulado en ese sentido, de que a mi me gusta andar por la calle, pero entiendo que no es posible, lo entiendo. Lo dije en ese sentido. Porque, como decimos en Buenos Aires, yo era un sacerdote callejero. (Preguntaba por el tiempo porque deben servir la cena... ¿Tenéis hambre?)
P.- En Brasil la Iglesia católica está perdiendo fieles. ¿El movimiento renovación carismática es una posibilidad de evitar que los fieles se vayan a iglesias pentecostales?
R.-Es cierto lo que usted dice de la baja de fieles. Es cierto. Hemos hablado con los obispos brasileños del problema en una reunión que hemos tenido ayer. Usted preguntaba sobre el movimiento de la renovación carismática. Pero les digo algo, a fines del 70, inicios 80, yo no los podía ver. Una vez, hablando de ellos, había dicho esta frase: «estos confunden una celebración litúrgica con una escola de samba». ¡Eso había dicho! Me arrepentí. Después conocí mejor, es verdad que el movimiento tiene buenos asesores y ha ido en un buen camino. Ahora creo que este movimiento hace mucho bien a la Iglesia, vive en la Iglesia. En Buenos Aires me reunía a menudo y una vez por año hacía una misa con todos ellos en la Catedral. Pero los he favorecido, me convertí, he visto el bien que hacían. Porque en este momento de la Iglesia y amplío un poco la respuesta, creo que los movimientos son necesarios. Los movimientos son una gracia del Espíritu. ¿Pero como se puede sostener un movimiento que es tan libre? ¡Es que la Iglesia es libre! El Espíritu Santo hace lo que quiere, después él hace el trabajo de la armonía. Pero creo que los movimientos son una gracia, esos movimientos que tienen el Espíritu de la Iglesia. Por eso creo que el movimiento de Renovación Carismática no sólo sirve para evitar que algunos pasen a las ¿?? pentecostales, sino que sirven a la Iglesia misma, que se renueva. Cada uno busca el movimiento según su carisma, donde lo lleva el Espíritu.
P.- ¿Está cansado?
R.- No estoy casado, yo estoy soltero. (risas)
P.- Usted dijo que la Iglesia sin la mujer pierde fecundidad. ¿Qué medidas concretas tomará por alcanzar esto, una mujer jefe dicasterio?. Una pregunta técnica: en el avión pidió un acondicionamiento especial.
R.- Empezamos por lo último: este avión no tiene ningún acondicionamiento especial. Yo estoy adelante, tengo un buen asiento, común. Yo hice escribir una carta e hice hacer un llamado telefónico para decir que yo no quería acondicionamientos especiales. ¿Está claro? Segundo, la mujer: una Iglesia sin mujeres es como el Colegio Apostólico sin María. El rol de la mujer en la Iglesia no es sólo la maternidad, la madre de familia, sino que es más fuerte, es el icono de la Virgen, de la Madonna, esa que ayuda a crecer a la Iglesia. Piensen que la Virgen es más importante que los apóstoles. La Iglesia es femenina, es esposa, es madre. El rol de la mujer en la Iglesia no es sólo el de mamá, que trabaja, que me da… es otra cosa. Los papas, Pablo VI escribió una cosa lindísima sobre las mujeres, pero creo que debemos ir más adelante en la explicitación de este rol y carisma de la mujer en la Iglesia. No se puede entender una Iglesia sin mujeres, pero mujeres activas en la Iglesia, con su perfil, que llevan adelante. Yo pienso, un ejemplo que no tiene nada que ver con la Iglesia, pero es un ejemplo histórico en América latina: Paraguay. Para mí la mujer del Paraguay es la mujer más gloriosa de América latina. quedaron después de la guerra OCHO mujeres por hombre. Y estas mujeres hicieron una elección difícil: la de tener hijos para salvar la patria, la cultura, la fe y la lengua. En la Iglesia hay que pensar en la mujer en esta perspectiva de elecciones arriesgadas, pero como mujer, hay que explicitar. Creo que aún no hemos hecho aún una profunda teología en la Iglesia. Sólo un poco de eso, un poco de aquello, lee la lectura, mujeres monaguillo, es la presidenta de Cáritas... Pero hay más, hay que hacer una profunda Teología de la mujer. Esto es lo que pienso.
P.- Santidad buenas noches, queríamos saber cuál es su relación de trabajo, no tanto amistosa, de colaboración, con Benedicto XVI. No ha habido antes una circunstancia así y si tiene contactos frecuentes y si lo está ayudando en la carga.
R.- La última vez que hubo dos papas o tres papas no se hablaban entre ellos, se estaban peleando a ver quién era el verdadero. Tres llegaron a haber durante el Cisma de Occidente. Hay algo que califica mi relación con Benedicto: yo lo quiero mucho. Siempre lo quise mucho, para mí es un hombre de Dios, es un hombre humilde, que reza. Yo fui muy feliz cuando fue electo Papa. También cuando él renunció para mí fue un ejemplo de un grande, un hombre de Dios, un hombre de oración. Él ahora vive en el Vaticano y algunos me dicen "pero cómo se puede hacer esto, dos papas en el Vaticano, pero no te molesta, él no te hace la revolución en contra?". Todas las cosas que dicen, no? Pero yo encontré una frase para esto: es como tener al abuelo en casa, pero el abuelo sabio, en una familia el abuelo está en casa, es venerado, es amado, es escuchado. El es un hombre de una prudencia, no se mete. Yo lo dije muchas veces "santidad, haga su vida, venga con nosotros". El vino para la inauguración de la estatua de San Miguel… Para mí, esa frase dice todo: es como tener el abuelo en casa, es mi papá. Si yo tuviera una dificultad o tengo algo que no he entendido, puedo llamarlo. Y cuando fui para hablar de ese problema grande de Vatileaks él me dijo todo con una simplicidad. No sé si saben cuando nos habló en el discurso de despedida, el 28 de febrero, entre ustedes está el próximo Papa y yo prometo obediencia. Esto es grande, es un grande.
P.- Santo Padre buenas noches, gracias por haber traido tanta alegria para Brasil y gracias por responder preguntas. Quisiera saber porque usted ayer dijo a los obispos brasileños sobre la participación de las mujeres en la Iglesia. ¿Cómo debe ser participación de las mujeres en la Iglesia? Qué piensa de ordenación de las mujeres?
R.- Como dije, sobre la participación de las mujeres en la Iglesia no nos podemos cerrar a que hagan las mujeres monaguillo, a la presidenta de Cáritas, a la catequista, tiene que haber algo más, con lo que dije de la Teología de la Mujeres. En cuanto a la ordenación de las mujeres la Iglesia ha hablado y dice no. Lo ha dicho Juan Pablo II, pero con una formulación definitiva. Esa puerta está cerrada. Pero sobre esto quiero decirles algo: la Virgen María era más importante que los apóstoles y que los obispos y que los diáconos y los sacerdotes. La mujer en la Iglesia es más importante que los obispos y que los curas. Cómo? Esto es lo que debemos tratar de explicitar mejor. Creo que falta una explicación teológica sobre esto.
P.- Santo Padre, en este viaje usted ha hablado más de una vez de la misericordia. En cuanto al acceso de los sacramentos de los divorciados vueltos a casr, existe la posibilidad de que algo cambie en la disciplina de la Iglesia y que estos sacramentos sean una ocasión de acercar a estas personas y ni una barrera?
R.- Este es un tema que se pregunta siempre. La misericordia es más grande de los casos de que usted habla. Creo que este cambio de época y también tantos problemas de la Iglesia como los testimonios de algunos sacerdotes no buenos, de corrupción de la Iglesia, también el problema del clericalismo, ha dejado muchos heridos. Y la Iglesia es madre, debe ir a curar a los heridos con misericordia. Pero si el Señor no se cansa de perdonar, nosotros no tenemos otra elección que ésa. Primero de todo, curar los heridos. La Iglesia es mamá. Debe ir en este camino de la misericordia, encontrar una misericordia para todos. Pienso que cuando el hijo pródigo volvió a casa, el papá no le dijo 'quién sos? qué hiciste con el dinero'. No, hizo una fiesta. Quizás luego, cuando el hijo quiso hablar, habló. Pero no sólo esperó, fue a encontrarlo. Esto es misericordia, esto es kairos. Esta primera intuición la tuvo Juan Pablo II, cuando él comenzó con Faustina Kovalska, la divina Misericordia, había intuido que era una necesidad de este tiempo. En cuanto el problema de la comunión a las personas en segunda unión, porque los divorciados sí pueden hacer la comunión, creo que esto es necesario mirarlo en la totalidad de la pastoral matrimonial. Esto es un problema. Pero abro un paréntesis: los ortodoxos tienen una praxis diferente, ellos siguen la teología de la economía, hacen una segunda posibilidad y cierro paréntesis. Creo que este problema hay que estudiarlo en el marco de la pastoral matrimonial. Y por eso uno de los temas a consultar con estos 8 del consejo de cardenales, que nos reuniremos el 1, 2, 3 de octubre, es cómo seguir adelante en la pastoral matrimonial. Y otra segunda cosa, estuvo conmigo hace pocos días el secretario del sínodo de obispos, para el tema del próximo sínodo, es un tema antropológico, pero hablando y hablando vimos que este tema antropológico hay que tratarlo en la pastoral matrimonial profundo. Estamos en camino hacia una pastoral matrimonial profunda, es un problema y hay tantos problemas. Les digo una: mi antecesor, el cardenal Quarracino decía que la mitad de los matrimonios eran nulos porque se casan sin madurez, se casan sin darse cuenta de que es por toda la vida, quizás se casan por motivos sociales…Y esto entra en la pastoral matrimonial. Y también el problema judicial de la nulidad de matrimonios también eso debemos revisar porque los tribunales ecliesásticos no bastan para eso. Es complejo el problema de la pastoral matrimonial. Gracias.
P.- Buenas noches Santo Padre, quisiera saber si usted desde cuando es Papa todavía se siente jesuita.
R.- Es una pregunta teológica porque los jesuitas hacen votos de obediencia al Papa. Pero si el Papa es jesuita, quizás tiene que hacer voto de obediencia al Padre General de los Jesuitas (risas), no sé cómo se soluciona esto. Yo me siento jesuita en mi espiritualidad, en la espiritualidad de los ejercicios, en la espiritualidad que tengo en el corazón. Tanto me siento jesuita que en tres días iré a festejar con los jesuitas en la Iglesia de San Ignacio , haré una misa a la mañana, no he cambiado espiritualidad, sigo pensando como jesuita, no hipócritamente, pero pienso como jesuita.
P.- A los cuatro meses de su pontificado, ¿nos puede hacer un pequeño resumen? ¿Qué ha sido lo mejor, lo peor y qué le ha sorprendido más en este periodo?
R.- De verdad que no sé cómo responder a esta pregunta. Cosas malas no ha habido. Cosas buenas sí. Por ejemplo el encuentro con los obispos italianos. Ha sido muy bonito. Una cosa dolorosa, que me ha golpeado el corazón, fue la visita a Lampedusa. Cuando llegan estas barcas, los dejan a algunas millas de distancia de la costa y ellos tienen que llegar solos. Ha sido doloroso porque pienso que estas personas son víctimas del sistema socioeconómico mundial. Pero la cosa peor [tono de broma] fue una ciática, de verdad, la tuve en el primer mes. Fue dolorosísimo. No se la deseo a ninguno. He encontrado muchas personas en el Vaticano. Pero buenas buenas buenas.
P.- En nombre de los 50.000 argentinos que me encontré y me decían vas a viajar con el Papa preguntarle cuándo va a viajar pero ya dijo que no va a viajar, entonces le voy a hacer una pregunta más difícil. ¿Se asustó cuando vio el informe Vatileaks?
R.- No. Les voy a contar una anécdota sobre el informe Vatileaks. Cuando fui a ver al papa Benedicto, después de rezar en la capilla nos reunimos en el estudio y había una caja grande y un sobre. Benedicto me dijo: en esta caja grande están todas las declaraciones que han prestado los testigos. Y el resumen y las conclusiones finales están en este sobre. Y aquí se dice tal tal tal… Lo tenía todo en la cabeza. Pero no, no me he asustado. Es un problema grande, pero no me he asustado.
P.- Dos cosas. La primera, ¿tiene la esperanza de que este viaje sirva para detener la pérdida de fieles que en Brasil ha sido muy fuerte? ¿Cree que su viaje puede contribuir a que la gente vuelva a la Iglesia? La segunda es más familiar: a usted le gustaba mucho la Argentina y llevaba muy en el corazón a Buenos Aires. Los argentinos se preguntan si usted no extraña ir en colectivo, andar por la calle...
R.- Un viaje papal siempre hace bien, pero no solo por la presencia del Papa, pero esta Jornada de la Juventud se han movilizado muchos jóvenes y ellos harán mucho bien a la Iglesia. Creo que esto será positivo pero no solo por el viaje, sino sobre todo por la jornada. Ha sido un evento maravilloso. Y de Buenos Aires, sí. Buenos Aires me falta. Pero es una falta serena. Yo creo que usted conoce mejor con el libro que ha escrito...
P.- Gracias por haber mantenido la promesa de mantener las preguntas a la vuelta. La pregunta: usted va a canonizar a dos grandes papas, a Juan XXIII y a Juan Pablo II, quería saber cuál es según usted el modelo de santidad del uno y del otro y el impacto que han tenido en la Iglesia y en usted.
R.- Juan XXIII es un poco la figura del cura de pueblo. El cura que ama a cada uno de sus fieles y sabe cuidar a sus fieles. Y esto lo ha hecho como arzobispo, como nuncio… Es un cura de pueblo bueno, y con un sentido del humor muy grande y una gran santidad. Cuando era nuncio, algunos no lo querían mucho en el Vaticano y cuando llegaba a llevar cosas o a pedir alguna cosa en las oficinas, lo hacían esperar. Nunca se quejaba. Rezaba el rosario, leía el breviario... Era un hombre humilde. Y también alguien que se preocupaba por los pobres. Una vez, el cardenal Casaroli volvió de una misión creo que en Turquía o en la antigua Checoslovaquia y fue a verlo para informarle de la misión, en aquellos tiempos de la diplomacia de pequeños pasos. Cuando Casaroli se iba, lo paró y le dijo: excelencia, una pregunta: ¿usted continua yendo a visitar a aquellos jóvenes presos la cárcel de menores de Casal del Marmo? El cardenal le dijo que sí y Juan XXIII le pidió: no los abandone nunca. Era un grande. Un hombre que se dejaba guiar por el Señor. Y Juan Pablo II fue un gran visionario de la Iglesia. Un hombre que ha llevado el Evangelio a todos. Es un san Pablo. Un grande. Hacer la ceremonia de canonización juntas es un mensaje a la Iglesia: estos dos son buenos. Y también siguen su curso las causas de Pablo VI y del papa Luciani. Quería decir que la fecha de canonización yo pensaba en diciembre, peor hay un gran problema: los pobres que tienen que venir de Polonia. Porque los que tienen dinero pueden venir en avión, pero para los pobres que tengan que venir en autobús el viaje en diciembre es muy duro. Creo que habrá que repensar la fecha. Yo he hablado con el cardenal xxx y hemos visto dos posibilidades, o Cristo Rey de este año o el domingo de la Misericordia del próximo año. Creo que es poco tiempo el Cristo Rey de este año. No sé, debo hablar otra vez con el cardenal... sobre esto.
P.- Quiero hacerle una pregunta un poco delicada. La historia de monseñor Ricca ha dado la vuelta al mundo, quería saber como va afrontar este asunto y todo lo relacionado con el lobby gay en el Vaticano.
R.- Con respecto a monseñor Ricca, he hecho lo que el derecho canónica manda hacer, que es la investigación previa. Y esta investigación no dice nada de lo que se ha publicado. No hemos encontrado nada. Pero yo querría añadir una cosa sobre esto. Yo pienso que tantas veces en la Iglesia, con relación a este caso y a otros casos, se va a buscar los pecados de juventud, por ejemplo. Y se publican. Pero si una persona –laica, cura, o monja— comete un pecado y luego se arrepiente, el Señor la perdona. Y cuando el Señor perdona, olvida. Y esto para nuestra vida es importante. Cuando confesamos, el señor perdona y olvida. Y nosotros no tenemos derecho a no olvidar. Porque corremos el riesgo de que el señor no se olvide de lo nuestro. Es un peligro. Lo importante es hacer una teología del pecado. Muchas veces pienso en San Pedro. Hizo de los peores pecados, renegar de Cristo. Y con ese pecado lo hicieron Papa. Y respondiendo a su otra pregunta concreta, hemos hecho la investigación previa y no hemos encontrado nada. Luego usted hablaba del lobby gay. Se escribe mucho del lobby gay. Todavía no me encontrado con ninguno que me dé el carné de identidad en el Vaticano donde lo diga. Dicen que los hay. Cuando uno se encuentra con una persona así, debe distinguir entre el hecho de ser gay del hecho de hacer lobby, porque ningún lobby es bueno. Si una persona es gay y busca al Señor y tiene buena voluntad, ¿quién soy yo para criticarlo? El catecismo de la Iglesia católica lo explica de forma muy bella esto. Dice que no se deben marginar a estas personas por eso. Hay que integrarlas en la sociedad. El problema no es tener esta tendencia. Debemos ser hermanos. El problema es hacer un lobby. De esta tendencia o lobby de los avaros, de los políticos, de los masones... Tantos lobbys. Este el problema más grande. Le agradezco tanto que me haya hecho esta pregunta. Gracias a todos.

Festa a Cristo Rei

 
 
 
Como é costume, no 4º domingo de Julho, celebra-se a Festa de Cristo Rei.
Ao contrário do que normalmente acontece, a chuva fez a sua aparição, o que nunca beneficia uma festa. Quanto mais quando esta decorre no alto do monte.
Sobretudo as atividades programadas para o início da tarde saíram muito prejudicadas e não foram muitas as pessoas que ali comeram o seu almoço. Dado o tempo, muitas, a seguir à Missa e à procissão, desceram a suas casas.
De Cristo Rei usufrui-se uma paisagem lindíssima, concentrada, ampla, extasiante.
No dia da festa, muita gente aí aparece e passa o dia, participando no convívio e nas várias atividades populares que a comissão organiza.
Mas apesar do tempo não ter sido colaborante, tudo o que se pôde realizar correu bem, em paz, com clima de fé e em boa amizade.
Saliente-se ainda que a comissão tem feito os esforços possíveis por ir melhorando aquele belo espaço. Este ano, foi calcetado mais um bocado do percurso da procissão.
Como os donativos são poucos, faz-se o que se pode.
 
 
 

domingo, 28 de julho de 2013

JMJ 2013: Papa despede-se do Brasil perante multidão recorde em Copacabana



O Papa Francisco encerra hoje a sua primeira viagem internacional num dia em que presidiu à missa final da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro e se despede do Brasil.
Mais de três milhões de peregrinos estiveram na Praia de Copacabana para a chamada ‘missa do envio’, que começou às 10h00 (mais quatro em Lisboa), um número semelhante indicado pelos organizadores relativamente aos participantes na vigília de sábado.
Segundo a Prefeitura (município) do Rio de Janeiro, esta foi a primeira vez que a praia recebeu uma multidão tão numerosa, já que o recorde anterior era de 2,3 milhões de pessoas.
O arcebispo do Rio saudou o Papa e explicou que no local inicialmente escolhido para esta missa, o 'Campus Fidei', em Guaratiza, zona oeste da cidade, vai ser construído o 'bairro campo da fé', com o contributo financeiro dos jovens do mundo inteiro.
"Os investimentos serão para o povo pobre, que vai lá morar", revelou D. Orani Tempesta, a respeito do local, abandonado por falta de condições devido ao frio e à chuva, uma "surpresa para a cidade conhecida pelo sol e o calor".
Uma relíquia de João Paulo II (1920-2005), criador das JMJ, está sobre o altar onde está a ser celebrada a missa.
A presidente brasileira Dilma Rouseff está na celebração com outros líderes latino-americanos, entre os quais a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o da Bolívia, Evo Morales.
A celebração teve início com o hino oficial da JMJ executado por um coro de cantores religiosos de todo o Brasil, dirigido por sacerdotes que evangelizam através da música sacra.
No final da missa, o Papa abençoou e entregou a dez jovens uma pequena imagem do Cristo Redentor, símbolo da ‘cidade maravilhosa’, como sinal de envio missionário pelos cinco continentes.
O dia do Papa inclui, após o almoço, um encontro (16h00) com os 45 membros da comissão de coordenação do Conselho Episcopal da América Latina e Caraíbas (Celam), inserido no programa da viagem a seu pedido.
Francisco despede-se então da residência do Sumaré, que o acolheu desde segunda-feira, quando chegou ao Rio de Janeiro, e antes de chegar ao aeroporto reúne-se com os voluntários da 28ª JMJ, no Pavilhão 5 do Rio Centro.
Às 18h30, decorre a cerimónia de despedida no aeroporto internacional do Rio, com o último discurso do Papa em solo brasileiro, e a partida com destino a Roma pelas 19h00.
A chegada à capital italiana está prevista para as 11h30 locais (menos uma hora em Lisboa) de segunda-feira.
Agência ecclesia

Nesta noite, 3 milhões de pessoas na praia do Rio de Janeiro para a vigília de oração com o Papa



Papa dirigiu-se esta noite aos jovens num discurso cheio de boa disposição e com vários pedidos de resposta ao público. Mais de três milhões de pessoas encheram a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Foi com várias alusões ao mundo do futebol que o Papa Francisco se dirigiu aos mais de três milhões de pessoas que se juntaram na praia de Copacabana para o ouvir, durante a cerimónia de vigília desta Jornada Mundial da Juventude. Francisco apelou à intervenção activa dos jovens na construção da Igreja e da mudança para um mundo melhor.

“Querem construir a Igreja? Animem-se!”, afirmou, pedindo ao público que respondesse mais alto. “Somos parte da Igreja”, disse depois.

"Não sejam cristãos de fachada, sejam cristãos autênticos. Eu sei que vocês não querem ser cristãos de fachada", afirmou, prosseguindo: Jesus "pede-nos que joguemos na equipa dele".

"Eu sei que aqui no Brasil o futebol é a paixão nacional. O que faz o jogador quando é chamado para fazer parte de uma equipa? Treina muito. Assim é também na nossa vida, na dos discípulos do Senhor. Os atletas se privam de tudo. Jesus nos oferece algo muito maior que a Copa do Mundo", defendeu.

“Rapazes e raparigas, não se colem à vitória, participem na construção de um mundo melhor, de fraternidade. Vão sempre na dianteira”, apelou.

“A Igreja de Jesus é de pedras vivas, que somos todos nós. Cada pedacito vivo tem de cuidar da segurança da Igreja e não construir uma pequena capela, onde só cabe um pequeno número de pessoas”, sublinhou também.

Durante o seu discurso, feito em castelhano durante a maior parte do tempo, Francisco lançou várias questões ao público e pediu força na resposta. “Não estou a ouvir bem”, chegou a dizer.

Afirmando-se seguidor das notícias, lembrou os muitos jovens que, por todo o mundo – “e também aqui no Brasil” – lutam pelo desejo de uma civilização mais justa e fraterna.

“Não deixem que sejam os outros os protagonistas da mudança. Sejam-no vocês. Continuem a ultrapassar a apatia e oferecendo uma resposta cristã”, pediu.

“Não fiquem a ver a vida passar. Metam-se nela”, acrescentou ainda, recordando depois a resposta de Madre Teresa de Calcutá, quando lhe perguntaram por onde começar: “Por ti e por mim”.

“Tinha garra esta mulher!”, comentou o Papa. Depois, pediu um momento de silêncio. “Cada um, abra o seu coração para que Jesus lhe diga por onde começar.”

O final do discurso foi em português: “Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé. Vocês são os atletas de Cristo. Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: ‘Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra’.”

“Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!”, terminou Francisco, ouvindo-se logo de seguida a multidão a mostrar a sua felicidade por este momento.

Seguiu-se uma festa no palco, com jovens a cantar e a dançar, enquanto outros davam continuidade à construção da pequena igreja.

O Papa retirou-se, mas voltou pouco depois para o momento da Adoração na vigília.
Fonte: aqui

sábado, 27 de julho de 2013

Papa propõe «cultura do encontro» que promova solidariedade e fraternidade




O Papa presidiu hoje a uma missa no Rio de Janeiro com um milhar de bispos católicos, entre eles vários portugueses, perante os quais pediu que a Igreja e os seus jovens promovam uma “cultura do encontro”.
“Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a ‘cultura do descartável’. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada”, alertou, na homilia da celebração.
Francisco apresentou uma das suas habituais reflexões divididas em três pontos: “Chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro”.
Nesse sentido, o Papa deixou votos de que religiosos e membros do clero saibam ir “contra a corrente” e combater dois "dogmas" modernos, “eficiência e pragmatismo”, que por causa de um “humanismo economicista” regem as relações humanas.
“O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade, uma palavra que se está a esconder nesta cultura, e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana”, referiu.
O programa do sexto dia da viagem de Francisco ao Brasil começou na Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro, nesta celebração eucarística com a presença de sacerdotes, religiosas e seminaristas participantes na 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente à espera do Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta para procurar e encontrar”, declarou o Papa, que falou em português e espanhol.
“Não tenhamos medo”, acrescentou, pedindo que a ação da Igreja seja pensada a “partir da periferia”, daqueles que estão mais afastados e habitualmente não frequentam a paróquia.
Aos padres e religiosos presentes, o Papa falou na "vida em Cristo" como garantia da “eficácia apostólica” e da “fecundidade” do seu serviço: “Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planeamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus”.
“O ‘permanecer’ com Cristo não é isolar-se, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais”, prosseguiu, citando Madre Teresa de Calcutá e o seu trabalho junto dos mais pobres.
O Papa argentino recordou o seu sonho de juventude de partir como missionário para “o longínquo Japão”.
“Deus mostrou-me que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos”, sublinhou.
Em conclusão, Francisco desafiou os presentes a serem “obsessivos” servidores “da comunhão e da cultura do encontro”, junto dos “irmãos e irmãs que estão nas periferias e têm sede de Deus”.
Agência ecclesia

sexta-feira, 26 de julho de 2013

JMJ 2013: Papa de regresso à Praia de Copacabana

Via-sacra vai evocar sofrimento dos jovens em 14 cenários, com dezenas de atores, orquestra sinfónica, DJ e guitarras elétricas

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C

--
Leituras: aqui

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Papa Francisco chegou hoje à favela da Varginha, Rio de Janeiro



O Papa Francisco chegou hoje à favela da Varginha, Rio de Janeiro, onde vai visitar a comunidade e entrar na casa de uma família do local, que foi alvo de um programa de recuperação pelas autoridades brasileiras.
Francisco percorreu as ruas da cidade carioca num carro fechado antes de entrar na comunidade, já a bordo do papamóvel, e dirigir-se a pé até à igreja de São Jerónimo de Emiliani, para abençoar o novo altar.
Como habitualmente, o Papa beijou bebés e cumprimentou as pessoas que o acompanhavam na estrada.
À sua espera estarão o pároco, o vigário episcopal e a superiora das Missionárias da Caridade, a congregação religiosa fundada por Madre Teresa de Calcutá.
Em seguida, o Papa vai dirigir-se para o campo de futebol local e, no caminho, entrará em casa de uma família.
Ao chegar ao campo desportivo, Francisco será saudado pelo arcebispo do Rio de Janeiro e por dois membros da comunidade.
O espaço está decorado com uma fotografia em tamanho gigante de D. Oscar Romero, antigo arcebispo de El Salvador, foi morto a tiro em 1980, às mãos da junta militar que dominava o país.
O porta-voz do Vaticano disse aos jornalistas que o local é considerado seguro e que esta é "uma favela de dimensões relativamente pequenas, uma das muitas que se encontram inseridas no tecido da cidade do Rio”.
O Papa repete assim um gesto feito por João Paulo II, que a 2 de julho de 1980 esteve na favela do Vidigal.
Agência ecclesia

Brasil: Papa manifesta-se contra liberalização das drogas e pede coragem contra o narcotráfico



Veja aqui

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Francisco celebra Missa no Santuário de Aparecida: “cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto”



O Papa Francisco indicou hoje (24) o caminho para se construir um mundo mais justo, solidário e fraterno. Na homilia da missa no Santuário de Aparecida, ele pediu para isso “três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; viver na alegria”.
 
O Papa havia chegado a Aparecida às 10h17 desta quarta-feira. Cerca de 200 mil peregrinos o aguardavam. 15 mil dentro da Basílica e o restante no pátio, por onde Francisco circulou em papamóvel e saudou a todos. Antes da missa, o Papa rezou pela JMJ e por seu pontificado junto à imagem de Nossa Senhora Aparecida.
 
Em sua homilia, ele explicou a primeira postura de quem quer construir um mundo melhor: “conservar a esperança”.
 
“Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos.”
 
“Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações!”, afirmou o Papa.
 
Francisco assinalou que hoje, “mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer”. 
 
Ele disse que os jovens não precisam de “ídolos passageiros”, “não precisam só de coisas”, “precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo”.
 
“Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.”
 
A segunda postura indicada pelo Papa é: “deixar-se surpreender por Deus”.
 
“Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende.”
 
“A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Paraíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe?”
 
“Deus sempre surpreende, como o vinho novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus! Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele”, disse Francisco.
 
A terceira postura indicada pelo Papa é: “viver na alegria”.
 
“Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria.”
 
“O cristão é alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por nós”, disse o Papa.
 
Segundo Francisco, “Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. O cristão não pode ser pessimista! Não pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto”. 
 
“Se estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, o nosso coração se ‘incendiará’ de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado.”
Fonte: aqui

Oração do papa Francisco diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida

 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Papa Francisco com os jovens

Brasil: Papa agradece «magnífico» acolhimento no Rio de Janeiro




O Papa Francisco agradeceu hoje o “magnífico” acolhimento que recebeu esta segunda-feira no Rio de Janeiro ao iniciar a sua visita ao Brasil, primeira viagem internacional do pontificado.

"Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca”, refere a tradução portuguesa publicada esta manhã na conta ‘@Pontifex’, com 7,7 milhões de seguidores em nove línguas.

Um dia antes, Francisco tinha assinalado na mesma rede social o início de uma “semana estupenda no Rio”, deixando votos de que “ela seja uma ocasião para aprofundar” a “amizade em Jesus Cristo".

O Papa foi seguido por centenas de milhares de pessoas nas ruas do Rio de Janeiro durante as primeiras horas do programa oficial de visita antes de seguir para a residência Assunção, no Sumaré, para um dia de folga, esta terça-feira.

Este centro da arquidiocese, situado na zona alta da cidade brasileira, já recebeu João Paulo II e acolhe agora Francisco e a sua comitiva até domingo.

O primeiro dia no Brasil ficou marcado pela proximidade entre Francisco e a multidão que o esperava, tendo rodeado o carro utilitário em que o Papa seguia, de janela aberta, desde o aeroporto, sobretudo nos momentos em que ficou preso no trânsito da cidade.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, admitiu a existência de um “pequeno erro” na rota seguida pelo carro do Papa, que provocou “alguma dificuldade para continuar o percurso, a certa altura”, mas prefere valorizar o modo “absolutamente entusiástico” como o líder da Igreja Católica foi recebido.

“Este foi um momento que suscitou algum espanto ou preocupação, mas que é efetivamente algo que se pode compreender no caso de uma grande cidade, com um acolhimento extraordinários, com uma enorme interesse das pessoas e um Papa como este, que atrai espontaneamente o entusiasmo e a proximidade de tantos”, assinalou, em declarações à Rádio Vaticano.

O discurso inaugural de Francisco foi proferido no Palácio da Guanabara, sede do Governo do Rio de Janeiro, perante a presidente brasileira, Dilma Rousseff.

O Papa, de 76 anos, defendeu a necessidade de estar “à altura da promessa contida em cada jovem” e abrir-lhe espaço, com as “condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento”.

"Com essas atitudes precedemos hoje o futuro que entra pela janela dos jovens", sustentou.

Francisco quis falar dos mais novos, frisando que a viagem tem como objetivo participar na 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a qual vai reunir cerca de dois milhões de pessoas na cidade brasileira entre hoje e domingo.
In agência ecclesia

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Novos Acólitos

Na Eucaristia das 11 horas, presidida pelo P.e Adriano, o Samuel o Mateu e o Marco foram acolhidos no Grupo de Acólitos da Paróquia de S. Pedro de Tarouca.
Após longos meses de formação, tiveram hoje o dia pelo qual ansiavam, exatamente perante aquele que mais os ajudou na sua caminhada rumo a este serviço de Igreja.
Parabéns, jovens! Muita coragem, persistência e entusiasmo na missão em que fostes hoje investidos. Que a liturgia possa ser sempre enriquecida pelo vosso serviço carinhoso e interessado.



sábado, 20 de julho de 2013

Atividade organizada pelos "Arautos da Alegria"

 


 
Começou hoje, às 14 horas, no Pavilhão Gimnodesportivo de Tarouca.
Este torneio de futsal misto é uma organização do grupo de jovens da Paróquia de S. Pedro de Tarouca, os "Arautos da Alegria".
Até ao momento, tudo está a correr bem. O espírito competitivo não se sobrepõe à sã convivência e ao são desportivismo.
Deus no pavilhão e o pavilhão com Deus. Por isso, os jovens desportistas quiseram realizar esta noite um momento de oração. Ali mesmo.
Belo.
A todos os grupos de jovens participantes este blog saúda com alegria.
Aos nossos "Arautos da Alegria" os mais sinceros e entusiastas parabéns.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

XVI Domingo do Tempo Comum - Ano C

Leituras:  aqui
 
 1. Quem parte e reparte e não escolhe a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”. Entre as irmãs de Lázaro, está fácil de ver quem tem a arte do bem receber, e assim ficar com a melhor parte, e quem, na tontearia do seu frenesim, acaba por perder o controlo da situação, e a oportunidade de servir bem. Maria escolhe a melhor parte, e não o melhor bocado! E, com a prioridade, que concede à escuta, fazendo do seu Mestre o centro das suas atenções, ela mostra-nos que é preciso servir amor, para servir com amor!
2. Esta cena do evangelho tem, obviamente, muitas leituras. E não é raro, fazermos de Marta e de Maria, figuras de contraste, representativas da ação e da contemplação, da caridade e da fé, do trabalho e do descanso. São ambas dimensões fundamentais da vida cristã, que não se deviam opor, como se, uma ou outra, fossem mais ou menos importantes. Porque não há escuta verdadeira de Cristo, que não se traduza em atenção aos outros. Nem serviço desinteressado aos outros, e até ao fim, que não brote da contemplação do rosto de Cristo!
3. Mas, neste final de ano pastoral, em que andámos a ver e rever a nossa vida, e à procura da melhor parte, podíamos, talvez, ler este texto, sob outro prisma. E pensemos, por exemplo, como é mais fácil ocupar-se em muitas coisas, mesmo em “coisas santas e sagradas”, e até em “coisas de Nosso Senhor”, do que dar-Lhe a atenção do coração, do que dar-Lhe espaço, tempo, prioridade, na oração, deixando-nos tocar e guiar por Ele, na nossa ação. Muitas vezes, na ânsia de agradarmos a Jesus, e de O servirmos zelosamente, na sua Igreja, tornamo-nos nós próprios o centro das atenções, gastamo-nos e agastamo-nos com os outros, pondo de lado e do lado de fora, precisamente esse Jesus, que era suposto ser a melhor parte da nossa vida e ocupar nela o primeiro lugar!
4. Talvez valesse a pena, por estes dias, sentarmo-nos, um pouco mais aos pés de Jesus, e pensarmos nisto, para não passarmos ao lado da graça do encontro com Ele. E a melhor parte, que sempre nos fica, no rasto, no resto e no rosto, da sua passagem pela nossa vida, nos torne mais fecunda a fadiga da oração e o trabalho do amor (I Tes.1,3)! A Cristo e aos irmãos, sirvamos amor, para servirmos com amor!
Fonte: aqui

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Primeiro preceito: Participar na missa inteira e abster-se de trabalhos servis nos domingos e festas de guarda

--
O primeiro Preceito da Igreja é o da Missa dos Domingos e Festas de Guarda, com abstenção de trabalhos servis, conforme se pode ver no Catecismo da Igreja Católica :
http://www.arqrio.org/files/images/list_type_5/Assembleia_Missa_no_Folia_com_Cristo_27012013221334.jpg

2042. - O Primeiro preceito ("ouvir missa inteira e abster-se de trabalhos servis nos domingos e festas de guarda") exige aos fiéis que participem na celebração eucarística, em que a comunidade cristã se reúne, e se abstenham dos trabalhos e negócios que impeçam o culto, a alegria e o devido repouso do espírito e do corpo, no dia em que se comemora a Ressurreição do Senhor, e nos principais dias de festa em honra dos mistérios do Senhor, da Virgem Maria e dos Santos, que a Igreja declara como sendo de Preceito.

Trata-se, portanto, de um Preceito que obriga sob grave, em condições normais.

Falando da obrigação do Domingo, o Catecismo da Igreja Católica diz :

2181. A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis estão obrigados a participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam dispensados, por motivo sério (por exemplo, uma doença, a obrigação de cuidar de crianças de peito) ou pelo seu pastor. Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave.

Isto é o mesmo que dizer que quem faltar deliberadamente ao Preceito Dominical, não pode voltar a comungar na Missa do Domingo seguinte sem se confessar, conforme diz o Catecismo da Igreja Católica :

1457 . - ...Aquele que tem consciência de haver cometido um pecado mortal, não deve receber a sagrada Comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente recebido a absolvição sacramental; a não ser que tenha um motivo grave para comungar e não lhe seja possível encontrar-se com um confessor. As crianças devem receber o sacramento da Penitência antes da primeira Comunhão.

Eu nunca ouvi em nenhuma das Igrejas que frequento todos os domingos, qualquer esclarecimento doutrinário sobre este ponto do Catecismo da Igreja Católica e as bichas das pessoas que vão comungar nunca mais têm fim.

O carácter de obrigatoriedade é para ajudar a criar o espírito de amor a Deus e consciência de "Igreja", à qual pertencemos pelo nosso Batismo, especialmente nos mais jovens.

Para um adulto, a obrigatoriedade foi substituída pelo desejo de cumprir um dever, de tal maneira que, um verdadeiro cristão, membro da Igreja, não se sente tranquilo quando deliberadamente falta a este dever :

* Porque nós somos Igreja, temos necessidade de ouvir a palavra de Deus em cada domingo.

* Porque nós somos Igreja, formamos uma comunidade de fé que necessita de se alimentar e fortalecer em cada domingo.

* Porque nós somos Igreja, prestamos culto a Deus por nós e por todo o mundo na Liturgia dominical.

Quando isto se não sente, nem somos verdadeiros cristãos, nem podemos dar testemunho verdadeiro aos mais novos.

* Nós vamos à Missa de Preceito porque sentimos necessidade de viver em comunidade.

* Nós vamos à Missa dominical porque necessitamos do alimento espiritual para toda a semana.

Vai muita gente à Missa sem saber para onde vai, porque se não preparou antecipadamente para ela.

Vai muita gente à Missa e lá não sabe o que está a fazer, porque não reza, não canta, não entende, não contribui com nada para o Ofertório da Missa, numa palavra, não participa (mesmo que vá comungar).

Vai muita gente à Missa e dela nada aproveita, porque não traz dela nada para a reforma da sua vida (nem se lembra do que ouviu na homilia).

Afinal para que serve o Preceito e porque é que é pecado grave quando deliberadamente se falta a ele ?

Uma pergunta a que cada um deve responder por si.

O que falta é uma pregação adequada e contínua, como pede o papa na sua Encíclica sobre a Eucaristia, e falta também o nosso cumprimento de pessoas comprometidas com a mensagem de anunciar a Boa-Nova, recebida no Batismo.

Além dos Domingos também se pode cumprir o Preceito na :



MISSA VESPERTINA

Chama-se Missa Vespertina àquela em que se pode cumprir o Preceito dominical, nas vésperas dos domingos e dias festivos de obrigação.

A Sagrada Congregação para o Clero, em 10 de Janeiro de 1970, concedeu, onde os Bispos julgassem pastoralmente necessário e para utilidade dos fiéis, que pudessem satisfazer o preceito dominical, com a participação na Missa celebrada na tarde de Sábado ou na véspera dos dias festivos de obrigação.

Esta Provisão entrou como lei geral no Código do Direito Canónico que diz :

Cân.1248/1. - Cumpre o preceito de participar na Missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo, quer na tarde do dia antecedente.



MISSA pela TV

Duas perguntas se podem fazer :

1ª - É bom assistir à Missa pela TV ?

2ª - Cumpre-se o preceito dominical, vendo a Missa pela TV ?

* Quanto à primeira pergunta, pois é evidente que algum bem nos há-de fazer, porque estamos unidos em espírito, ouvimos a palavra de Deus da Sagrada Escritura e o comentário da homilia, e podemos sentir-nos mais envolvidos num melhor espírito cristão.

Pela TV tanto nos podemos sentir influenciados pelos seus bons como maus programas.

Pelos olhos entram muitas coisas no nosso espírito que nos podem ser benéficas ou prejudiciais.

Portanto é bom e é de aconselhar que se assista à Missa pela TV, tal como podemos assistir a muitas outras manifestações de ordem religiosa ou não.

* Quanto à segunda pergunta, se se pode cumprir o preceito dominical pela TV, a resposta é "Não".

Segundo o Catecismo da Igreja Católica :

2041. - Os preceitos da Igreja inserem-se nesta linha duma vida moral ligada à vida litúrgica e nutrindo-se dela. O carácter obrigatório destas leis positivas, ditadas pelas autoridades pastorais, tem por fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável, no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.

A Missa não é uma oração particular.

Não é qualquer coisa a que se possa meramente assistir ou que se possa simplesmente ver.

É precisa a presença física, é preciso estar fisicamente presente a participar totalmente com a Comunidade.

A Missa é uma ação; é uma celebração da Comunidade Católica que se não pode substituir por um programa de TV por melhor e mais extraordinário e religioso que ele seja.

Quando ainda não havia TV e uma pessoa não podia, por qualquer justa e razoável razão ir à Missa, estava dispensada, sem cometer qualquer pecado.

Agora que há a TV, as circunstâncias são as mesmas, isto é, quem não pode, está dispensado sem cometer pecado, mas tem a grande vantagem de poder pela TV beneficiar de alguma maneira.

O que parece que é mais importante é examinar cada um o que é que se entende por razões justas que impedem de ir à Missa, porque podemos correr o risco de nos deixarmos levar pela facilidade de assistir pela TV.

Sobretudo nas cidades ou onde há mais que uma Missa por cada domingo, e há Missa Vespertina, pode-se muitas vezes sem grave incómodo, deixar de ir à Missa que é costume, para ir a outra de horário ou local diferente.

Quanto aos dias festivos, que podem ocorrer fora dos domingos, são em geral, o dia de Natal e a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de Janeiro).

Conforme as nações, pode ou não ser dia festivo de guarda, ao longo do Ano Litúrgico : A Imaculada Conceição (8 de Dezembro); Quinta-Feira da Ascensão; Assunção de Nossa Senhora (15 de Agosto); Todos os Santos (1 de Novembro).
Fonte: aqui