1. Quando comungo, posso tocar com os dentes na Sagrada Partícula?
R. Pode, claro. O Senhor Jesus disse: "Tomai e comei." Comer implica usar os órgãos próprios para a deglutição.
Importa, sobretudo, que o acto de comungar se revista de todo o cuidado, nobreza e piedade. Pela maneira como comungamos, também se revela a fé que temos.
2. Tenho um filho por baptizar. Tanto eu como o meu marido achamos que devemos esperar mais um tempo para amadurecer o nosso compromisso. Posso levar a criança à Igreja, mesmo sem estar baptizada?
R. Claro que sim. Deus é Pai de todos, espera por todos e a todos acolhe. Ele lê claramente as vossas intenções. Vão sempre à Igreja e levem a criança, mesmo sem estar baptizada.
3. Fale-me do jejum eucarístico. Quanto tempo hei-de estar sem comer para poder comungar?
R. Uma hora antes. A água natural não quebra o jejum. Uma pessoa doente pode não puder guardar essa hora, mas tal não é impedimento para poder comungar.
4. Conheço um casal na minha paróquia em que ela é membro de um grupo sócio-caritativo e ele faz parte do Conselho Económico. Ora acontece que não se podem casar pela Igreja. Estão casados só civilmente. Tanto ele como ela são divorciados. Podem fazer parte de grupos da Igreja?
R. Claro que podem. As únicas coisas que não podem fazer são estas: comungar e ser padrinhos de baptismo/crisma. De resto são filhos amados por Deus como todos nós. Tantos e tantas, nestas circunstâncias, sofrem imenso com a sua situação. Saibamos acolher estes irmãos. Tantos deles dão provas maravilhosas de amor a Cristo e aos irmãos!
5. O meu filho do meio está a viver maritalmente com uma rapariga, mas não estão casados catolicamente, embora ambos se digam católicos. Nasceu-lhes há pouco uma criança e estou cheia de lhes dizer para a baptizarem. Faço bem?
R. Até aos 16 anos, os pais são os penhores da liberdade cristã dos filhos. A senhora pode ajudá-los a pensar, a amuderecer a sua decisão, mas não pode obrigá-los nem cercear a sua liberdade de pais.
Penso até que, mais do que insistir no baptismo do netinho, deve insistir persistente e caridosamente junto de seu filho e da companheira para que repensem a sua situação de crentes, pois a senhora diz que ambos são católicos. Porque razão não se casam catolicamente? A fé não é algo que se diz ter, mas que transforma a nossa vida. Toda a nossa vida.
E lembre-se, minha senhora, que Deus não condena inocentes. Já os adultos prestarão conta pelos seus actos livres.
6. Eu não vou à Missa normalmente. Não me sinto menos católico do que aqueles que lá vão. Muitos vão lá só para ver como os outros vão vestidos e fazerem murmuração. Além disso, chegam cá fora e ainda são piores do que os outros.
Sabe, quando me apetece, vejo a Missa na televisão. Estou mais atento e assim nem ouço nem vejo...
R.
a) - Lembro aquela Palavra de Jesus: "Não julgueis e não sereis julgados." Quem somos nós para julgarmos os outros?
b) Cada um de nós é um óptimo advogado de si mesmo e, ao mesmo tempo, um juiz impiedoso para com os outros. Penso que devemos ir pelo caminho contrário. Quanto mais exigentes formos connosco mesmos, mais tolerantes e compreensivos seremos para com os outros.
c) No cristianismo, a centralidade absoluta é de Jesus Cristo. Cristão vem de Cristo. Somos cristãos por causa de Cristo. Só. As pessoas têm sempre a possibilidade de nos desapontar, de nos desiludir. Cristo, nunca! Cada um de nós celebra a sua fé por Cristo, com Cristo e em Cristo, mesmo que, aqui ou ali, o exemplos dos nossos irmãos não seja o mais edificante. Se o exemplo e o testemunho começar por nós, estamos a ajudar os outros. Fugir não resolve problemas.
d) A Missa pela televisão é para aqueles que pela doença, a incapacidade, o trabalho inadiável não permitem a participação no templo. Não é o seu caso, já que podia perfeitamente ir à Igreja.
Uma pessoa que falta à assembleia celebrante, deixando o seu lugar vazio, não só se prejudica a si mesma, como prejudica os irmãos com a sua ausência, uma vez que ninguém ocupa o lugar de ninguém.
Gostei muito do campo para dúvidas.
ResponderEliminarSeja para aprender com as dúvidas dos outros. Seja para um dia tb perguntar.
Abraços
guardando no coração
Obrigado pela presença e pelo comentário.
ResponderEliminarApareça sempre.
Procuraremos responder na comunhão da Igreja.
Muita paz!
Pe. Carlos, excelente espaço, parabéns!
ResponderEliminarÉ de continuar. Este espaço de dúvidas é fundamental, é uma importante ferramenta catequética. Parabéns!
Abraço fraterno, Luís Pereira.
Amigo Luis:
ResponderEliminarEste espaço não é do P.e Carlos,é da Paróquia de Tarouca. O P.e Carlos tem o seu espaço como cidadão que é o Asas da Montanha.
Este espaço será aquilo que os cristãos quiserem que ele seja.
Se as pessoas não quiserem partilhar, então concluirei que este blog não lhes interessa e ficarei só pelo MEU blog.
Agora ser eu só a trabalhar para este blog está fora de questão.
Ou as pessoas participam ou eu abandono este blog.
Claro que se este blog fosse um espaço de "má língua", não faltaria quem aqui comentasse.
Mas isto também revela muito da nossa mentalidade "adolescente". E essa doença eu não alimento.
Obrigado pelo comentário.
Abraço,
P.Carlos