quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Remeter os cristãos para o canto...

Liberdade para todos? Sim, excepto para a Igreja. Vejam o caso das afirmações de Saramago em Penafiel. Gente ligada à Igreja ripostou. Ui! Foi "um Deus que me acuda"!
Apareceram logo os corifeus do ateísmo, enraivecidos, a tocar as trombetas contra a Igreja, pegando sempre nos lugares comuns - Inquisição e quejandos.
A Igreja, como é seu dever e convicção, há muito reconheceu o seu pecado e teve a coragem, através do Papa João Paulo II, de pedir perdão ao mundo. Mas isto, os fundamentalistas ateístas não ouvem, nem querem.
Mas já alguma vez os ateístas pediram perdão ao mundo pelos crimes cometidos em países onde o ateísmo foi a "religião de Estado"? União Soviética, Albânia, etc

Depois existem um esquerda e uma direita fundamentalistas em relação à Igreja. A Igreja que exista mas que não chateie, que se meta lá nos templos e que não incomode... Porque se o faz, leva! Vejam Óscar Romero, D. António Ferreira Gomes, milhares nos países comunistas...
Ora isto contraria fundamentalmente o espírito do cristianismo. Não somos a religião do templo, somos chamados a ser "sal", "luz", "fermento". O nosso caminho é o homem, a vida, o mundo.
O carro, para continuar viagem, passa na bomba para se abastecer. Não existe para a bomba, a bomba é que existe para ele poder continuar na estrada.
Passamos pelos templos - é uma exigência existencial - para podermos continuar a ser "fermento", "sal" e "luz" no mundo.

Mas também no interior da própria Igreja, existe quem não entenda ou não queira entender isto. Quem também queira um cristianismo de entreter e de não de intervir. Adeptos de uma "religião de consolo espiritual", de "gozo na alma", de exacerbação do sentimentalismo... Um cristianismo que não incomode nem chateie, alérgico à conversão pessoal e comunitária.
Ainda se ouve agora e logo:
- Mas isto é assunto para se falar na Igreja?
Então quando se trata da sexualidade, de política, de injustiças sociais - ui! - muitos torcem-se todos. Que aquilo não é chamado para a Igreja, que tal e que coisa...
NADA é indiferente à luz evangélica! O Evangelho tem a ver com o homem todo e com todo o homem. O Homem é o caminho da Igreja.

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