sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Afinal, quem são “Todos os Santos”?

O motivo pela qual a Igreja celebra todos os santos
SAINT-ALL-SAINTS-DAY-01-NOV-2015-Public-Domain-via-Catholic-Lane 
No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a solenidade de Todos os Santos. Para explicar por que esta festa foi instituída e o que ela representa, o Canção Nova em Foco conversou com o Pe. Fernando Santamaria, especialista em Escatologia.
O padre explica que a vocação à santidade é universal, ou seja, não é reservada para poucos. Todos os homens e mulheres são chamados a serem santos. As pessoas que correspondem a este chamado, e que, portanto, viveram e morreram em Cristo se encontram com Ele no Reino Celeste. No Livro do Apocalipse, capítulo 20, São João afirma que é uma multidão. Porém, nem todos chegarão a ser canonizados pela Igreja; então, esta solenidade existe para recordar todos os fiéis que estão no céu.
“São esses nossos irmãos e irmãs, de diferentes estados de vida, diferentes idades, que nós acreditamos que já contemplam a face do Senhor e já estão nesta dimensão triunfante da Igreja, esses que celebramos na Solenidade de Todos os Santos. Mas essa festa existe também, para recordarmos que todos nós somos chamados ao Reino Celestial.”
Para exemplificar, padre Fernando compara a festa a um monumento histórico, erguido para recordar soldados mortos em uma guerra. Não se sabe o nome dos soldados mortos em batalha, mas o monumento é erguido para fazer memória a todos eles.
“A solenidade de todos os santos é comparável a esse ato civil. Há uma data e um marco para lembrar de todos num só [dia]. Lembramos de todos os santos e santas que não foram canonizados mas que se encontram na glória.”
Assim como muitos fiéis costumam celebrar seu santo de devoção e pedir sua intercessão, especialmente no dia dedicado a eles, neste primeiro de novembro, é possível pedir a intercessão de todos os santos.
Santos canonizados ao longo da história da Igreja, e também no século XXI, como João Paulo II, são prova de que a vocação à santidade é possível. Entretanto, o padre destaca que assumir essa vocação não é obra pessoal, mas um projeto de Deus, somente possível com a graça d’Ele, ou seja, não se pode ter a pretensão de querer ser santo pelas próprias forças.
“Os santos com muito esforço, muita graça de Deus, pelo mérito de Cristo, se santificaram, ao ponto de também agora terem méritos […] Nenhum santo cura, liberta ou faz milagre. O único que faz milagre é Deus, mas Ele quis, por intercessão da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, distribuir as Suas graças”.
Fonte: aqui


1 de novembro - SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Leituras: aqui


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

«Igreja tem de encontrar caminhos de inclusão na comunidade»


O bispo de Beja afirmou que o Papa manifestou “abertura e encorajamento” a todos os que trabalham junto das famílias, durante o Sínodo dos Bispos dedicado a este tema
 “Desafia toda a Igreja, nas diversas culturas e continentes, a olhar a família com novo olhar e acompanhá-la com uma nova atitude, mais evangélica e solidária”, destacou D. António Vitalino sobre o discurso conclusivo do Papa no Sínodo dos bispos.
Na reflexão semanal, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Beja considera que o Papa Francisco “retoma a linguagem evangélica de S. João XXIII”, não para definir dogmas ou condenar o mundo mas “para incutir esperança e luz à humanidade”.
“Não se trata de negar a doutrina da Igreja e do Evangelho acerca da vontade de Deus sobre a comunidade familiar, mas de assumir a atitude de Jesus para com os doentes e feridos: A misericórdia, que não condena ou exclui, mas cura e salva”, observou D. António Vitalino, na reflexão ‘Misericórdia e família’.
Neste contexto, explica ainda que Francisco, na Eucaristia conclusiva do sínodo, referindo-se à cura do cego Bartimeu, disse que a missão da Igreja é: “Escutar, parar, olhar com empatia e ajudar os doentes e feridos a integrar-se na comunidade.”
“A Igreja não existe apenas para os bons, mas para todos e tem de encontrar caminhos de inclusão na comunidade, de cura, de reconciliação para todos os que desejam e se deixam curar”, afirma o bispo de Beja.
In Agência Ecclesia

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sínodo: "A imagem viva duma Igreja que não usa formulários preparados por antecipação"


No final dos trabalhos sinodais, o Papa Francisco fez uma alocução que constitui uma leitura relevante daquilo que lá ocorreu.
     Procurou responder a uma interrogação que lhe foi surgindo ao longo das três semanas de debates e reflexões: "Que poderá significar para a Igreja encerar este Sínodo da Família?".
     As respostas são diversas, como podemos ver de seguida:

     " (...) Significa que solicitámos a todos que compreendam a importância da instituição da família e do Matrimónio entre homem e mulher, fundado sobre a unidade e a indissolubilidade e a apreciá-la como base fundamental da sociedade e da vida humana.

     Significa que escutámos e fizemos escutar as vozes das famílias e dos pastores da Igreja que vieram a Roma carregando sobre os ombros os fardos e as esperanças, as riquezas e os desafios das famílias do mundo inteiro.

     Significa que demos provas da vitalidade da Igreja Católica, que não tem medo de abalar as consciências anestesiadas ou sujar as mãos discutindo, animada e francamente, sobre a família.

     Significa que procurámos olhar e ler a realidade, melhor dito as realidades, de hoje com os olhos de Deus, para acender e iluminar, com a chama da fé, os corações dos homens, num período histórico de desânimo e de crise social, económica, moral e de prevalecente negatividade.

     Significa que testemunhámos a todos que o Evangelho continua a ser, para a Igreja, a fonte viva de novidade eterna, contra aqueles que querem «endoutriná-lo» como pedras mortas para as jogar contra os outros.

     Significa também que pusemos a nu os corações fechados que, frequentemente, se escondem mesmo por detrás dos ensinamentos da Igreja ou das boas intenções para se sentarem na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas.

     Significa que afirmámos que a Igreja é Igreja dos pobres em espírito e dos pecadores à procura do perdão e não apenas dos justos e dos santos, ou melhor dos justos e dos santos quando se sentem pobres e pecadores.

     Significa que procurámos abrir os horizontes para superar toda a hermenêutica de conspiração ou perspectiva fechada, para defender e difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da Novidade cristã, por vezes coberta pela ferrugem duma linguagem arcaica ou simplesmente incompreensível.


     No caminho deste Sínodo, as diferentes opiniões que se expressaram livremente – e às vezes, infelizmente, com métodos não inteiramente benévolos – enriqueceram e animaram certamente o diálogo, proporcionando a imagem viva duma Igreja que não usa «formulários peparados por antecipação», mas que, da fonte inexaurível da sua fé, tira água viva para saciar os corações ressequidos.[1]

     E vimos também – sem entrar nas questões dogmáticas, bem definidas pelo Magistério da Igreja – que aquilo que parece normal para um bispo de um continente, pode resultar estranho, quase um escândalo – quase! –, para o bispo doutro continente; aquilo que se considera violação de um direito numa sociedade, pode ser preceito óbvio e intocável noutra; aquilo que para alguns é liberdade de consciência, para outros pode ser só confusão. Na realidade, as culturas são muito diferentes entre si e cada princípio geral – como disse, as questões dogmáticas bem definidas pelo Magistério da Igreja – cada princípio geral, se quiser ser observado e aplicado, precisa de ser inculturado.[2] 
     (...)
     A experiência do Sínodo fez-nos compreender melhor também que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão. Isto não significa de forma alguma diminuir a importância das fórmulas – são necessárias –, a importância das leis e dos mandamentos divinos, mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus, que não nos trata segundo os nossos méritos nem segundo as nossas obras, mas unicamente segundo a generosidade sem limites da sua Misericórdia (cf. Rm 3, 21-30; Sal 129/130; Lc 11, 47-54). Significa vencer as tentações constantes do irmão mais velho (cf. Lc 15, 25-32) e dos trabalhadores invejosos (cf. Mt 20, 1-16). Antes, significa valorizar ainda mais as leis e os mandamentos, criados para o homem e não vice-versa (cf. Mc 2, 27).

     Neste sentido, o necessário arrependimento, as obras e os esforços humanos ganham um sentido mais profundo, não como preço da Salvação – que não se pode adquirir – realizada por Cristo gratuitamente na Cruz, mas como resposta Àquele que nos amou primeiro e salvou com o preço do seu sangue inocente, quando ainda éramos pecadores (cf. Rm 5, 6).

     O primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação do Senhor (cf. Jo 12, 44-50).
     (...)"
Fonte: aqui

terça-feira, 27 de outubro de 2015

A IGREJA É PARA TODOS, MAS NÃO PODE SER PARA TUDO

   1. Um dos valores matriciais da convivência é o respeito.
Deste respeito não hão-de fica fora o espaço sagrado e os actos sagrados. Nem será preciso invocar normas. Bastará seguir o bom senso.
 
  1. Todos sabem que a experiência religiosa é, por excelência, uma experiência de escuta.
Daí que o ambiente no espaço sagrado deva primar pelo silêncio.
 
  1. Quem tem fé compreenderá com facilidade. E quem não tem fé também perceberá sem dificuldade.
É por isso que se pede que, antes das celebrações e como forma de ambientação, haja silêncio na igreja, na sacristia e até à volta do templo.
 
  1. Sei que não é por mal, mas, nos últimos tempos, chega-se a uma igreja e o que avulta é o ruído.
A vontade de conversar sobrepõe-se ao direito de meditar. Parece que se pode falar com todos menos com Deus. Parece que se ouve toda a gente, menos a voz de Deus.
 
  1. Como se isto não bastasse, já se vêem pessoas a entrar com bonés e chapéus, com fatos de praia, a beber, a comer (sobretudo gelados), a mastigar (rebuçados ou pastilhas elásticas), a atender o telemóvel ou a consultar a net.
Isto colide frontalmente com a natureza do lugar e das celebrações que nele decorrem.
 
  1. Sobra, ainda, um problema para quem tem a missão de conduzir o povo de Deus.
Se intervém, arrisca-se a ser incompreendido e até maltratado. Se não intervém, acaba por consentir o que não pode aprovar. Ou seja, é uma situação sempre delicada.
 
  1. Acresce que, à medida que o tempo passa, há uma tendência para transformar a excepção em regra.
Já se agenda quase todo o tipo de actividades para as igrejas.
 
  1. Não raramente, prevalece a impressão de que a igreja é para tudo, excepto para aquilo que ela existe: rezar. Até parece que o incorrecto tem mais espaço que o correcto. E que o errado encontra maior acolhimento que o certo.
Aliás, quem é apontado como estando errado acaba por ser quem tenta corrigir o erro.
 
  1. A Igreja é para todos, mas não é para tudo.
Só que é complicado gerir as situações concretas e os factos que muitos dão como consumados.
 
  1. Apesar de tudo, creio não ser impossível restituir a dignidade aos lugares e a beleza às celebrações.
Para glória de Deus. E bem-estar de todos!

Fonte: aqui

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Casa de Meu Pai"... O que é isso?


- Confesso que não entendi muito bem  o lema do Plano Pastoral "IDE E FAZEI DA CASA DE MEU PAI, CASA DE ORAÇÃO E DE MISERICÓRDIA!...
- Então?
- Por exemplo, que é isso de "Casa de Meu Pai"? Será a Igreja Paroquial? Será a Catedral? Será a casa de cada família?
- Convido-te a cantares comigo aquele cântico: "Nós somos as pedras vivas do templo do Senhor..."
- Por acaso conheço. Então vamos lá.
- E agora? Já te surgiu alguma luz?
- Pedras vivas... Templo do Senhor... Casa... Penso que sim. As pedras vivas somos nós, os batizados; casa, templo... somos... Ah! Penso que se refere à Igreja...
- Exatamente. É isso mesmo. A Igreja é a comunidade, a família, o povo das pessoas que acreditam em Jesus Cristo e n'Ele são batizadas. Cada pessoa é, assim, uma pedra viva.
- "Casa de oração". Bem ... rezar. Não é só dizer o Pai Nosso e a Avé Maria, pois não?
- Há experiências diversificadas de oração (métodos, conteúdos, forma).
 Oração relacionada com a piedade popular, como o Terço, Adoração ao Santíssimo Sacramento e Procissões que interessa valorizar porque fazem parte do coração crente do povo.
 Oração pessoal em que cada pessoa se relaciona com Deus, escutando-O e falando-Lhe. Como cada pessoa é diferente das outras pessoas, neste tipo de oração exprime-se a individualidade do orante na forma, no conteúdo, no método. A pessoa dirige-se a Deus como se sentir melhor.
 Oração familiar, sentindo que "família que reza unida, permanece unida".
Liturgia das Horas (aquilo a que antigamente chamavam o Breviário). É a oração oficial da Igreja. E não é só para sacerdotes e religiosos. É para todo o povo de Deus . Em muitas paróquia faz-se esta experiência com agrado das pessoas.
Oração litúrgica,  como a Eucaristia, fonte e cume de toda a vida da Igreja. Aqui é importante relevar os diversos serviços litúrgicos: leitores, acólitos, coral, arranjo do espaço... tudo, para que toda a comunidade viva o louvor do Senhor e O acolha como dom.
Lectio divina  com a meditação  de leituras bíblicas  e salmos da Bíblia. No fundo, rezar com a Palavra de deus.
- Pronto, já tenho uma ideia de oração que, afinal, é muito mais do que pensava. E ainda bem! Mas "Misericórdia".... Será que tenho uma ideia correta? É que quando ouço essa palavra lembro-me de meu avô...
- Ai sim? Então conta lá.
- O meu avô é uma pessoa bem disposta, sorridente e com um olhar profundo, tão sereno que me cativa. Tem sempre um gesto ou uma palavra para incentivar, apoiar, reforçar. Sinto que para ele eu sou importante.
Quando faço asneiras, não grita, não berra, não ameaça. Acolhe-me e fala comigo. Diz-me que me quer muito, fala-me da sua experiência. Cativa-me e eu sinto-me tão à-vontade com ele que não sinto nenhuma resistência em admitir o meu erro. Depois incentiva-me a melhorar e diz-me que posso contar sempre com a sua ajuda, com a sua presença. Ensina-me que sou eu quem tem na mão o volante do carro da minha vida. Ele só pode ajudar. O mais importante tenho que ser eu decidir e a realizar. Quando saio de ao pé dele, sinto uma fantástica paz na alma que me estimula a caminhar, a confiar em mim, na certeza que nunca estou só.
- É isso mesmo. Agora eleva as atitudes do teu avô ao grau máximo e terás a Misericórdia de Deus Pai.  Sabes o que Jesus nos ensina do Pai do Céu?
- Gostava de saber.
- "Sede misericordiosos como o Pai é misericordioso."
- Então Deus é o Pai misericordioso?
- Ora, nem mais.
- Isso consola. O problema é o que Jesus nos propõe....
- Então?
- "Sede misericordiosos."!
- Saber que temos um Deus que é misericórdia é ótimo. Mas o desafio de Cristo é belo, desafiante, personalizante. Ser misericordiosos para com os outros como o Pai o é para connosco. De tal maneira que, neste caso, possamos ouvir dizer de cada um de nós: "Tal Pai, tal filho".

domingo, 25 de outubro de 2015

Encontro Arciprestal Armamar/Tarouca

Em 25 de outubro, no Centro Paroquial Social de Mondim da Beira, teve lugar a reunião do Arciprestado de Armamar/Tarouca.
Após um momento de oração, D. Ana Guerra, da direção da Cáritas Diocesana, falou sobre equipas paroquias da Caridade, um serviço que a diocese quer que se implante em todas as paróquias. Após a exposição, diálogo e linhas de ação traçadas, a reunião prosseguiu com os sacerdotes presentes.
Depois de o Arcipreste comunicar as informações do Colégio de Arciprestes, abordou-se a Planificação da Pastoral Diocesana para o ano de 2015/16, tendo sido entregue aos presentes o livrinho com a referida planificação. O Arcipreste chamou a atenção para a Carta Pastoral do nosso Bispo, contida no citado livrinho, e referiu algumas ideias centrais da mesma.
No plano pastoral, vincaram-se as seguintes ideias, relacionadas com o tema do ano pastoral "IDE E FAZEI DA CASA DE MEU PAI CASA DE ORAÇÃO E DE MISERICÓRDIA":
- Retomar as Avalanches da Fé
- Valorizar a preparação para as confissões
- marcar um tempo mensal para confissões
- Criar e/ou consilidar grupos de oração
- Tendo em conta a História, retomar o Lausperene em cada paróquia
- Em 4/5 de março, em sintonia com toda a Igreja, realizar as 24 horas de adoração ao Santíssimo Sacramento
- Salientar, na construção do Presépio, duas ideias: Refugiados (alusão à fuga da Sagrada Família para o Egipto) e a Paz
- Dinamizar campanhas de solidariedade por alturas do Natal
- Dar a conhecer a Bula Papal que proclama o Ano da Misericórdia
- Empenho na Jornada Diocesana da Juventude que este ano será realizada em Santa Helena.

Foram ainda marcadas as datas das confissões, tendo em conta o Jubileu das Almas nas paróquias onde existe a Irmandade das Almas.

Seguidamente, os presentes partilharam uma refeição fraterna onde reinou a partilha, a boa disposição e o gosto da comunhão sacerdotal.

sábado, 24 de outubro de 2015

Plano Pastoral Paroquial 2015/16


Paróquia de S. Pedro de Tarouca - PLANO PASTORAL
2015-2016 



Ao longo do ano pastoral 2015/2016, a Paróquia de S. Pedro de Tarouca sensibiliza para a oração e liturgia, aprofunda o seu sentido na vida da comunidade cristã, e ajuda a todos no acolhimento e testemunho da Misericórdia de Deus, como dom que nos faz felizes.

 

Lema do ano pastoral 2015/2016: IDE E FAZEI DA CASA DE MEU PAI, CASA DE ORAÇÃO E DE MISERICÓRDIA           

 

Enquadramento

Perspetivamo-nos na sequência do “itinerário temático e vivencial dos últimos três anos pastorais” com um forte acento missionário assinalado pelo imperativo “ide”. (ver Carta pastoral 1-3)

Esse sentido missionário implica cultivar o sentido de relação, de pertença e de atenção a uma comunidade, em constante renovação. Fazer da Casa de Deus, casa de oração para todos o povos  exige que “a Igreja e a paróquia”sejam “a casa onde todos devem ser fraternalmente acolhidos, e se devem sentir valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos”. “Fazer da Igreja e da paróquia um novo lugar, um novo espaço relacional, onde todos possam dizer com alegria (…): «A Igreja é a nossa casa! Esta é a nossa casa!» (Ver Carta pastoral 4-8) é um desafio acutilante, sempre presente.

A oração “é o verdadeiro alicerce da nossa fé”(Carta pastoral,7), alimento substancial dos discípulos de Jesus.

 Ajudar os batizados a (re)descobrir e aprofundar o sentido da oração e da liturgia é criar condições para uma comunidade cristã mais autênca e sólida.

Fazê-lo à luz da Misericórdia é revestir-se do ingrediente mais saboroso ao nosso alcance.

No Jubileu Extraordinário da Misericórdia, acolher e testemunhar a Misericórida de Deus para com todos aparece como a linha mais envolvente a ter em conta. “O ano pastoral em que agora entramos apresenta-se repleto da bondade e da riqueza do nosso Deus. Mas o essencial será sempre acolhermos e e experimentar na vida a misericórdia de Deus e deixar-se transformar por ela” (Carta pastoral, 10)

- No que respeita à Oração, são vários os aspetos a considerar ao longo do ano: sensiblizar as pessoas para o valor da oração; ensinar a rezar; proporcionar experiências diversificadas de oração, aprofundar o sentido da oração (métodos, conteúdos, formas…): . Lectio divina – Meditação – Leitura Bíblica  - Salmos da Bíblia;  Liturgia das Horas ; Oração pessoal – Oração litúrgica – Oração em família;  Piedade popular – Terço – Adoração ao Santíssimo

No que respeita à Liturgia para lá da valorização de todas as expressões litúrgicas presentes na comunidade cristã, com relevância para a Eucaristia, há todo um campo de ação relacionado com os intervenientes na ação litúrgica: acólitos, leitores, grupos corais, ministros extraordinários da comunhão, pessoas que cuidam dos espaços litúrgicos, etc.

- A referência à Misericódia põe- nos no caminho de uma atenção especial ao Sacramento da Penitência. “Com convicção ponhamos novamente o sacramento da Reconciliação no centro, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior” (MV,17).

 

OUTUBRO – NOVEMBRO

Tema:  Chamados à Oração e à Misericórdia

Objetivo: Mobilizar e sensibilizar os agentes pastorais, movimentos e comunidades eclesiais para uma vivência empenhada e evangelizadoras, do novo ano pastoral à volta da Oração e da Misericórdia.

Slogan: IDE E FAZEI DA MINHA CASA CASA DE ORAÇAO E DE MISERICÓRDIA

Enquadramento

  • Os agentes pastorais, em geral, os movimentos e as paróquias são protagonistas fundamentais na missão pastoral como destinatários e agentes. É importante mobilizar a todos, canalizar todas as energias para as iniciativas julgadas oportunas e mais importantes.
    Ações:
    -  Divulgar pelo jornal o projecto do Plano Pastoral  para ser analisado pela comunidade que, assim, é convidada a fazer chegar o seu contributo aos seus representantes no Conselho Pastoral.
    - 29/9: São Miguel. São Miguel -  Festas do Concelho. O GASPTA presente na Feira de S. Miguel
    - Reunião geral de catequistas em 1 de outubro no Centro Paroquial
    - Início da catequese em 3 de outubro: Missa, reunião de pais e envio
    - Reunião do Conselho Pastoral em 23/10 para debate e possível aprovação do Plano Pastoral
    - Dia Mundial das Missões em 18/10/2015
    - Solenidade de Todos os Santos em 01/11/2015. Ida ao Cemitério.
    - Novembro, Mês das Almas: pela oração e pela caridade, pedimos que a Misericórdia de Deus acolha os irmãos que partiram.
    - Semana dos Seminários de 8 a 15 de novembro
    -14 de novembro: magusto da catequese
    - Festa nos Esporões
    - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo em 22/11/2015. Missa em Cristo Rei
    - Divulgar, através do jornal e do boletim “Apelo” a Carta Pastoral do nosso Bispo e a Bula de apresentação do Ano Jubilar da Misericórdia. Também nas reuniões de grupos esta temática terá lugar.
     
    ADVENTO – NATAL
    Tema: Oração, caminho de solidariedade com o mundo de hoje.
    Objetivo: Que à volta do mistério do Natal, as pessoas assumam na oração e solidariedade as situações difíceis da humanidade e as olhem como realidade  onde está presente a salvação de Deus.
    Enquadramento

  • Somos naturalmente sensíveis às várias situações de sofrimento e dor presentes no mundo. Mas por vezes temos dificuldade em fazer dessa realidade alimento da nossa oração. O risco de uma oração desencarnada da realidade é uma constante. O Natal cristão é a celebração do nascimento de Deus, que se faz homem no meio de nós e em permanente relação com o Pai, nos traz a salvação, com o dom total da sua vida.
  • É preciso ajudar os cristãos a ligar a vida do mundo hoje com a salvação de Deus; ajudá-los a rezar as situações do dia a dia, a tomar atitudes de solidariedade, e a interpretar o mundo como realidade onde está a acontecer a salvação.
    Slogan: ORAÇÃO E SOLIDARIEDADE
                 COM TODA A HUMANIDADE
    Ações:
    - Dedicar cada semana do Advento a alguma situação dificil (dolorosa, injusta…) da humanidade:
    1.ª  - REFUGIADOS/GUERRA – PAZ
    2.ª- FOME/DESEMPREGO/ DESIGUALDADES SOCIAIS – JUSTIÇA
    3.ª- DESILUDIDOS/SOLIDÃO(tristeza) – ALEGRIA
    4.ª-NÃO CRENÇA/INDIFERENÇA – FÉ
    - Vigília de Oração Mariana na Igreja, em 7 de dezembro
    - Solenidade da Imaculada Conceição em 08/12/2015. Início do Ano Santo da Misericórdia, que vai terminar a 20 de novembro de 2016. Dia da Côngrua Paroquial
    - 25 de dezembro: Natal do Senhor
    - 27 de dezembro: Festa da Sagrada Família.
    - Ao acender a vela da coroa do Advento, na missa dominical, colocar uma fita (cores diferentes para cada domingo…) fazer uma pequena oração apropriada.
    - Divulgar essa oração através do Boletim Apelo para que a mesma se faça em família, na catequese e nos encontros de todos os grupos paroquiais.
    - A partir do GASPTA e/ou  de algum Movimento ou Associação ter gestos de atenção e solidariedade para com pessoas ou famílias em situação de especial dificuldade.
    - Interrupção natalícia da catequese 26 de dezembro e 2 de janeiro
     
    JANEIRO – FEVEREIRO
    Tema: A oração e a misericódia à Luz da Bíblia
    Objetivo: - Proporcionar momentos de encontro, reflexão e oração, na comunidade em geral ou em pequenos grupos (família ou famílias) que ajudem a (re)descobrir e aprofundar o sentido da oração e da misericórdia à luz da Bíblia.
    Enquadramento

  • È bastante acentuada a distância, por parte dos cristãos, em relação à Bíblia. Embora com melhorias significativas em relação ao passado, a Bíblia como apoio para a oração e reflexão no dia a dia das pessoas é bastante ténue, sobretudo no ambiente familiar. E a Bíblia é o Livro fundamental onde Deus revela o sentido da  Sua Misericórdia e nos apresenta as indicações mais preciosas para a oração.
  • É necessário ajudar os cristãos a relacionarem-se mais com a Bíblia e a fazer dela ponto de apoio para a oração e para viver a vida segundo Deus.
    Slogan: NA BÍBLIA A BÊNÇÃO
                E A LUZ DO CORAÇÃO
    Ações:
    - Dia Mundial da Paz e 1 de janeiro de 2015,  
    - Semana da Bíblia e da Família, de 17 a 24 de janeiro, para aprender a acolher e a rezar a Misericórdia de Deus na Bíblia. Encontro de famílias.
    - 20 de janeiro: São Sebastião, servidor da Misericórdia.
    - 11 de fevereiro: Dia Mundial do Doente. A cruz do discípulo no seguimento do Mestre
    - Interrupção da catequese a 6 de Fevereiro (Carnaval)
    - Quarta-feira de Cinzas -  início da Quaresma – em 10/2
    - Festa da Catequese no Auditório Municipal em 27 de fevereiro de 2015, sob o lemaIDE E FAZEI DA CASA DE MEU PAI, CASA DE ORAÇÃO E DE MISERICÓRDIA”
               
    QUARESMA – PÁSCOA
    Tema: Chamados à misericórdia e ao perdão.
    Objetivo: -.À luz da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus todos são chamados a redescobrir a misericórdia de Deus e a abrir-se à alegria do perdão.
    Enquadramento

  • A Quaresma e a Páscoa têm entre os cristãos um significado muito especial. A Quaresma é vivida num certo espírito de interioridade e conversão, de abertura à reconciliação, ao perdão de Deus, que culmina na alegria da Páscoa. No mistério pascal (Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus) manifesta-se toda a densidade da Misericórdia de Deus para connosco, todo o seu perdão.
  • É importante ajudar as pessoas a redescobrir o rosto misericordioso de Deus, e a viver o dom do perdão. “A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus”(MV, 17).
    Slogan: CHAMADOS À MISERICÓRDIA E AO PERDÃO        
    Ações:
    Via Sacra pelos povos, sob o lema CHAMADOS À MISERICÓRDIA E AO PERDÃO
    14/2 em Teixelo; 19/2 em Valverde;  21/2 em Cravaz; 28/2 em Gondomar; 04/3 em Arguedeira; 06/3 na Senhora das Necessidades; 11/3 em Castanheiro do Ouro; 13/3em Esporões; 25/3 em Tarouca
    -Celebração das Bodas de Prata e de Ouro Matrimoniais em 28 de fevereiro
    - Visita aos doentes na semana de 13 a 19 de março
    - 19 de março: Dia de São José, Dia do Pai e Comunhão Pascal da Paróquia

- Quinta-feira Santa- Missa da Ceia do Senhor
- Sexta-feira Santa. Via Sacra em Tarouca (Das Piscinas até à Igreja )
- Sábado Santo – Vigília Pascal

- Interrupção da catequese (Páscoa) em 28 de março e 2 de abril

- Páscoa a 27 de março, Visita Pascal na forma habitual

            - Ter em conta em cada semana algum aspeto importante relacionado com a misericórdia ou o perdão.

           

MAIO – JUNHO

Tema: A Oração, caminho com Deus e com os outros.

Objetivo: Sensibilizar para a oração como espaço para acolher e saborear a ternura de Deus e fonte de apreço pelos outros.

Enquadramento

  • Às vezes a oração é tida pelas pessoas como algo pesado e difícil, só para certos momentos problemáticos da vida, a pensar mais em nós que nos outros. A oração é diálogo amigo com Deus, que nos ajuda a saborear (perceber) a sua ternura para connosco e a crescer no apreço pelos outros.
    Slogan: ORAÇÃO: SABOREAR A DEUS, APRECIAR O IRMÃO.         
    Ações:
    - 01 de maio: Dia Mundial do Trabalhador e Dia da Mãe
    - 12 de maio: Procissão de Nossa Senhora de Fátima (da Senhora das Necessidades para a Igreja Paroquial)
     - 22 de maio: Reunião dos pais dos meninos que vão fazer a 1ª Comunhão, Profissão de Fé e Crisma
    - 29 de maio: Profissão de Fé – Corpo de Deus
    - Jornada Diocesana da Juventude, este ano em Santa Helena
    - 5 de junho: 1ª Comunhão
    -Sacramento da Confirmação (Crisma) ? (A confirmar com o Sr Bispo)
    - 9 e 10 de junho: 6º ano na Peregrinação das Crianças a Fátima (Só 6º ano)
    - 12 de junho: encerramento da catequese
    - 18 de junho: Festa de Sto António em Arguedeira
    - 24 de junho: Festa de São João em Gondomar
    - 29 de junho: Festa do Padroeira da Paróquia, São Pedro
     
    JULHO – AGOSTO - SETEMBRO
    Tema: A alegria nasce da misericórdia de Deus
    Objetivo: Que por ocasião das festas as pessoas reconheçam a alegria que vivem e partilham como dom nascido da misericórdia de Deus que nos gosta de ver reconciliados com Ele e com os outros.
    Enquadramento

  • As festas estão particularmente ligadas ao sentido religioso da vida. Os Santos Padroeiros, a receção dos sacramentos, o percurso catequético, os convívios paroquiais, enquadram a maior parte das expressões festivas entre nós. É importante ajudar as pessoas a tomar consciência da misericórdia de Deus como fonte de alegria e de uma vida reconciliada, partilhada e convivida com os outros.
    Slogan:  A NOSSA ALEGRIA NASCE DA MISERICÓRDIA DE DEUS
    Ações:
    - 02 de julho: começa a Novena de Sta Helena
    - 03 de julho: Festa da Sra das Necessidades e da Sra das Dores
    - 10 de julho: Festa de Sta Helena
    - 24 de julho: Festa de Cristo Rei
    - 11 de setembro: convívio da Freguesia no Senhor do Monte
    - Procissão de Velas e Missa em Valverde em 15 de setembro
    -  Nas procissões: levar uma cartaz alusivo ao tema (slogan); apresentar algo alusivo ao Ano Jubilar da Misericórdia (por exemplo: as Obras de Misericórdia, etc).
                - Autocolantes ou cartazes com o slogan ou outras mensagens afins (nas festas e convívios paroquiais).
     
    Adenda:
    - Em cada 1ª sexta-feira, Terço, Eucaristia e Bênção do Santíssimo Sacramento, na Igreja Paroquial
    - De março a outubro, em cada 3º domingo, terço e Eucaristia em Santa Helena
    - Continuam as obras do Centro Paroquial. Em relação a esta obra, que sendo da comunidade cristã, queremos que seja de Deus, motivemos todas as pessoas. “Sede misericordiosos (para com o Centro Paroquial) como o Pai do Céu é misericordioso.”
    - Cada grupo paroquial orientará as suas atividades pelo lema do ano pastoral.
    - Outras atividades poderão a seu tempo integrar o Palno Pastoral desde que obedeçam ao tema deste mesmo Plano Pastoral.