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1 de janeiro – DIA MUNDIAL DA PAZ
‘A cultura do cuidado como percurso de paz’
Iniciativa assinala 5.º aniversário da exortação «Amoris Laetitia», resultado de duas assembleias do Sínodo dos Bispos
“Vai haver um ano de reflexão sobre a Amoris Laetitia. Será uma oportunidade para aprofundar os conteúdos do documento. Estas reflexões vão ser colocadas à disposição das comunidades eclesiais e das famílias, para os acompanhar no caminho”, indicou, durante a recitação do ângelus, na biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
O anúncio foi feito no dia em que a Igreja Católica celebra a festa litúrgica da Sagrada Família (primeiro domingo depois do Natal).
Esta celebração, observou Francisco, propõe “o ideal do amor conjugal e familiar, como foi destacado na exortação apostólica Amoris Laetitia, cujo quinto aniversário da sua promulgação acontece no próximo dia 19 de março”.
Este ano especial vai ser inaugurado na próxima solenidade de São José (19.03.2021) e decorre até à celebração do X Encontro Mundial das Famílias, em Roma (26.06.2022).
O Papa convidou todos a unir-se às iniciativas que vão ser promovidas durante o ano, coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé).
Confiamos à Sagrada Família de Nazaré, em particular a São José, marido e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo. Que a Virgem Maria, a quem agora recorremos com a oração do ângelus, faça que as famílias de todo o mundo sejam cada vez mais fascinadas pelo ideal evangélico da Santa Família, para se tornarem fermento de uma nova humanidade e de uma solidariedade concreta e universal”.
O Papa publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.
Ao longo de nove capítulos, em mais de 300 pontos, Francisco dedica a sua atenção à situação atual das famílias e os seus numerosos desafios, desde o fenómeno migratório à “ideologia de género”; da cultura do “provisório” à mentalidade “antinatalidade”, passando pelos dramas do abuso de menores.
A exortação apresenta um olhar positivo sobre a família e o matrimónio, face ao individualismo que se limita a procurar “a satisfação das aspirações pessoais”.
O Papa observa que a apresentação de “um ideal teológico do matrimónio” não pode estar distante da “situação concreta e das possibilidades efetivas” das famílias “tais como são”, desejando que o discurso católicos supere a “simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais”.
Nesse sentido, propõe uma pastoral “positiva, acolhedora” e defende um caminho de “discernimento” para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações.
Em Portugal, várias dioceses que publicaram documentos sobre a aplicação das propostas para a pastoral familiar, após as duas assembleias sinodais (2014 e 2015) sobre o tema, nomeadamente no que respeita ao capítulo VIII da ‘Amoris Laetitia’.
A Santa Sé preparou, para o ano especial dedicado às famílias, um conjunto de propostas espirituais, pastorais e culturais, além de 12 percursos de reflexão, partilhados num documento que apresenta os objetivos desta iniciativa do Papa.
In Agência Ecclesia
Por ocasião da Festa da Sagrada Família, D. António Couto termina a sua habitual reflexão para cada domingo, em Mesa de Palavras, com o seguinte poema:
Em tempo de pandemia, tempo de incertezas e sofrimentos, a Família de Nazaré é fonte de conforto e de coragem, sobrepondo-se aos medos que nos paralisam e nos impedem de acolhermos a novidade do Deus que mergulha na história da humanidade. Ela manifesta uma renovada esperança e convida-nos a sermos portadores da Boa Nova que veio até nós pela encarnação do Verbo de Deus.
A Sagrada Familia de Nazaré, é escola de virtudes, vivendo a fidelidade a Deus no seu quotidiano mostram a bondade de coração, a esperança sempre nova, a alegria de se sentirem amados, a responsabilidade da sua missão, o sentido e a pratica da justiça e da paz. As virtudes da Sagrada Familia fazem-nos olhar com confiança e expectativa de que a comunidade humana e cristã se constroi no amor generoso, humilde e simples. Nas nossas lutas e inquietações, nas dificuldades e desalentos a Sagrada Familia surge como uma oportunidade de graça e de confiança, para percebermos a vida como um missão e crescermos em coesão familiar.
A..Sagrada Familia interpela as nossas familias de hoje a uma vida de paz, de serviço, de acolhimento, de entrega, de escuta dos necessitados, de se questionarem perante os desafios diários, de não fugirem às dúvidas que invadem os seus lares. Só à luz da Sagrada Família é possível que a novidade do evangelho inunde o coração das famílias e busquem a beleza do encontro de uns com os outros, de modo que cada membro se sinta participante da construção da “igreja doméstica”. Cada membro da família é um tesouro para os outros, é algo de maravilhoso, é uma riqueza sem medidas, porque todos se amam e fazem da sua vida um dom, ao jeito de Jesus Maria e José.
Está nas mão das familias uma extraordinária missão! Cultivar a paciência e infundir esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Carta a S. José.
Todas as familias experimentam, com certeza, que não são perfeitas, mas podem aperfeiçoarem-se cada vez mais no amor transformador, o mesmo é dizer, desejarem a santidade. As fraquezas e fragilidades fazem parte da realidade humana, no entanto, o Senhor não nos condena, mas sim acolhe-nos, abraça-nos, ampara-nos, perdoa-nos. A Verdade apresenta-se-nos sempre como o Pai misericordioso da parábola (cf. Lc 15, 11-32): vem ao nosso encontro, devolve-nos a dignidade, levanta-nos, organiza uma festa para nós, dando como motivo que «este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado». (cf. Lc 15, 24). Carta a S. José.
Que a Sagrada Família seja, para cada familia, proteção e auxílio e que a paz e entendimento sejam o projecto de toda a existência, para que juntos caminhemos em busca da concórdia e do bem da humanidade.
Em virtude da pandemia que nos atinge, teremos que ter cuidados especiais para nos protegermos e protegermos os outros.
Também a Missa que costumava ser celebrada à tarde em 1 de janeiro, este ano tem que passar para o dia anterior, dadas as medidas estabelecidas pelo Governo.
Mensagem de Natal da Conferência Episcopal
1. Se o Advento é Deus que vem encher o nosso tempo de “Bom-Dia”, e provocar-nos a responder e fazer assim também, o Natal é Deus que vem nascer em Belém e no nosso coração também. Não se trata, pois, de um Deus que vive apenas para si mesmo, que pensa apenas em si mesmo, que se ama apenas a si mesmo, que não é afetado por nada do que é nosso, permanecendo, por isso, instalado no seu mundo dourado, alheado da nossa situação. Não, o Deus do Advento e do Natal é um Deus em missão, que desce ao nosso chão, nos toma pela mão e se faz nosso irmão.
2. Que Luz é esta que arde em Belém? A Luz do Natal não é a luz natural, do sol e da lua (Isaías 60,19; Apocalipse 21,23); é a Luz pessoal, primeira e verdadeira, que vem a este mundo (João 1,9; 8,12), e alumia, alumia, alumia, irradia, irradia, irradia, Luz sem noite e sem dia (Zacarias 14,7), de Alto-a-baixo erguida, como um manto de orvalho caída, como uma ermida, uma jazida de Luz e de Jesus. Eis o Natal de Jesus em Belém. O que fostes ver, pastores, o que fostes ver a Belém? Fomos ver Jesus, fomos ver a Luz Gerada e o seu Gerador. Oh que Luz grande, que Lume novo, que Amor imenso, que centelhas de fogo vimos saltar daquela Chama sempre acesa (Cântico dos Cânticos 8,6), que chama e ama, e converte em relhas de arado cada arma (Isaías 2,4; Miqueias 4,3). Vimos ainda que aquela Lareira não se confina em Belém, mas se estende pela Terra inteira, e alumia e acende cada humano coração de Paz e Bem. A Luz e o Lume e o volume do Amor novo dessa Central Luminosa e Térmica expandem-se por invisíveis fios de altíssima e finíssima tensão que é urgente levar de artéria em artéria, de mão em mão, de coração a coração.
3. «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Isaías 9,5). Oh Emanuel, oh Deus connosco, no meio de nós! Esta Luz nova não a quis ver Acaz, teve medo dela, não a viu Herodes, não a viram os guardas, não a viram os sábios, que arrastavam os olhos por velhos alfarrábios (Mateus 2,3-6). Viram-na os pastores, viram-na os magos, pegaram nela à mão, levaram-na aos lábios, deitaram-na no coração.
4. Havia lá uma sala, em grego katályma, onde se acomodavam os hóspedes que estavam de passagem (Lucas 2,7). Mas não havia nessa sala lugar para os pobres que Deus conduzia do país da meia-noite, entre eles José e Maria, que estava grávida e quase a dar à luz (cf. Jeremias 31,8). Foi por isso que Jesus, a Luz, vai nascer no estábulo ali ao lado, que os animais gratuitamente acederam partilhar com Ele. Ali mesmo é acariciado, bafejado de ternura, carinhosamente enfaixado e deposto na manjedoura (Lucas 2,12). Isaías 1,3 antecipou a cena e gravou, com o fulgor da sua pena, o manso boi e o pacífico jumento comendo as flores de açucena da vara de José sentado ao Lume e bafejando depois suavemente o Menino de perfume. Enquanto os meigos animais vão comer à mão do dono, o meu povo, diz Deus, não me conhece e perde-se nos buracos de ozono. Se o jumento corou e o boi se ajoelhou, não deixemos nós de orar também. Contemplemos longamente o Presépio. Mas contemplemos já também a Cruz de Jesus. E voltemos a olhar para aquela sala adormecida e esterilizada, onde não há lugar nem para eles nem para nós (Lucas 2,7), mas olhemos já também, em contraluz, para aquela sala grande da Ceia da Páscoa, onde há sempre lugar para eles e para nós (Lucas 22,11). Passemos também o nosso olhar contemplativo por aquele Menino bafejado de carinho, cuidadosamente enfaixado e deposto na manjedoura. Mas não deixemos de ver também já e ao mesmo tempo Jesus descido da Cruz, também carinhosamente enfaixado (cf. João 19,40), excessivamente perfumado (cf. João 19,39) e deposto no sepulcro (cf. João 19,41). Tanta Páscoa no Natal. Tanto Natal na Páscoa. Mistério condensado de Luz e de Jesus.
5. Uma tal inundação de Luz e de Jesus, uma Chama assim, reclama a nossa atenção e o nosso Sim. Vendo bem, com toda a atenção, verificamos que só os pobres, com o olhar limpo e o coração puro, entram verdadeiramente neste quadro sublime do Natal de Jesus. Estão lá já Maria, José, o Menino, os animais e os pastores. Consideremos outra vez os pastores! Eram os últimos da sociedade, descartados e desprezados, não praticantes de nenhuma religião oficial. Todavia, para espanto nosso, são eles que recebem do céu o Sinal (Lucas 2,12), que Acaz não quis ver (cf. Isaías 7,12), e rejubilam, correm, rezam, cantam e entram no quadro daquele estábulo, no retábulo daquele Natal de Jesus. Têm direito a treze versículos na narrativa do Evangelho de Lucas! Em contraponto, os senhores do mundo – César Augusto, imperador romano, e Pôncio Quirino, prefeito romano da Síria –, não entram sequer no quadro, ficam petrificados no caixilho, no caixilho histórico-geográfico, e são despachados com um único versículo cada um! Despachados. Sim, porque o Deus do Natal dispersa os soberbos, depõe os poderosos, despede os ricos, mas acolhe os pobres, exalta os humildes, sacia os famintos (cf. Lucas 1,51-53), com o pão do céu que manifesta a doçura, literalmente a glicose de Deus pelos seus filhos queridos (cf. Sabedoria 16,21).
6. Perante tão intensa página de beleza, que Deus sonhou e escreveu no Presépio de Belém, e escreve e sonha Hoje aqui também, compete-nos “sonhar para a frente”, um sonho diurno, proativo, que traz à tona ideias ou ideais que não pedem tanto interpretação, mas sobretudo elaboração! Fica então aberto o laboratório do Natal. O laboratório das vacinas, mas sobretudo o laboratório da nossa vida, do Amor, da Paz e da Alegria, pois é necessário produzir esperança e encanto neste tempo de pandemia e de tristeza, de indiferença e de aspereza, com datas, mas sem estações, com meios, mas sem canções. É necessário embalar as crianças e os velhinhos, os que trabalham, os que sofrem e os que morrem. Há tanta gente ao abandono. Mas este é o tempo de contemplar o Presépio, de viver com alegria a estação do Natal e de acolher a surpresa de Deus, que em missão nos visita com a riqueza da pobreza (2 Coríntios 8,9). Vem, Senhor Jesus! O mundo precisa tanto da tua Luz!
Lisboa, 15 de dezembro de 2020
Ao contrário do previsto, "temos de cortar totalmente as celebrações de Ano Novo", diz António Costa.
Circulação entre concelhos:
Proibida entre as 00h00 de 31/12 e as 05h00 de 4/01.
Circulação na via pública para todo o território continental:
No dia 31/12, proibida a partir das 23h00;
Nos dias 1, 2 e 3/01, proibida a partir das 13h00.
Horários de funcionamento em todo o território continental:
No dia 31/12, funcionamento dos restaurantes permitido até às 22h30.
Nos dias 1, 2 e 3/01, funcionamento dos restaurantes permitido até às 13h00, exceto para entregas ao domicílio.
- Proibidas festas públicas ou abertas ao público.
- Proibir ajuntamentos na via pública com mais de 6 pessoas.
1 de janeiroDIA MUNDIAL DA PAZ
O Papa evoca as vítimas da pandemia, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2021 (1 de janeiro), dedicada à “cultura do cuidado”, prestando homenagem a todos os que deram a sua vida pelos doentes.
“O ano de 2020 ficou marcado pela grande crise sanitária da Covid-19, que se transformou num fenómeno plurissectorial e global, agravando fortemente outras crises inter-relacionadas como a climática, alimentar, económica e migratória, e provocando grandes sofrimentos e incómodos”, refere Francisco, num texto divulgado hoje pelo Vaticano.
A mensagem começa por recordar quem perdeu entes queridos e quem ficou sem trabalho, por causa da atual crise.
O Papa lembra depois “médicos, enfermeiras e enfermeiros, farmacêuticos, investigadores, voluntários, capelães e funcionários dos hospitais e centros de saúde”, que se dedicaram aos doentes com “grande cansaço e sacrifício, a ponto de alguns deles morrerem”.
“Ao mesmo tempo que presto homenagem a estas pessoas, renovo o apelo aos responsáveis políticos e ao sector privado para que tomem as medidas adequadas a garantir o acesso às vacinas contra a Covid-19 e às tecnologias essenciais necessárias para dar assistência aos doentes e a todos aqueles que são mais pobres e mais frágeis”, acrescenta.
Francisco sublinha que estes acontecimentos mostram a importância de cuidar “uns dos outros e da criação”, a fim de se construir “uma sociedade alicerçada em relações de fraternidade”.
Escolhi como tema desta mensagem ‘a cultura do cuidado como percurso de paz’; a cultura do cuidado para erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece prevalecer”.
O texto adverte para o ressurgimento de várias formas de “nacionalismo, racismo, xenofobia e também guerras e conflitos”, que “semeiam morte e destruição”.
“Os nossos projetos e esforços devem ter sempre em conta os efeitos sobre a família humana inteira, ponderando as suas consequências para o momento presente e para as gerações futuras”, sustenta Francisco.
O Papa renova a convicção de que a humanidade está “no mesmo barco”, como mostrou a pandemia de Covid-19, recordando as crianças que “não podem estudar” e todos os que “não podem trabalhar para sustentar as famílias
“A carestia lança raízes em lugares onde antes era desconhecida. As pessoas são obrigadas a fugir, deixando para trás não só as suas casas, mas também a sua história familiar e as raízes culturais”, adverte.
Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a ‘bússola’ dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos de navegar com um rumo seguro e comum”.
A mensagem de Francisco para o 54.º Dia Mundial da Paz tem como título ‘A cultura do cuidado como percurso para a paz’.
A expressão “cultura do cuidado” aparece na encíclica Laudato si’, de 2015: “o amor social impele-nos a pensar em grandes estratégias que detenham eficazmente a degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado que permeie toda a sociedade” (n. 231).
O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.
In Agência Ecclesia
Também as pode adquirir no fim das Missas do próximo fim-de-semana.
“Congratulamo-nos porque as orientações anunciadas nos permitem celebrar em assembleia não apenas nas manhãs dos dias de Natal, do Domingo da Sagrada Família (27 de dezembro) e da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro), mas também na véspera desses dias festivos e na tarde dos dias de Natal e de Ano Novo”, afirma a nova do Conselho Permanente da CEP.
No documento, divulgado esta tarde após a conferência de imprensa do secretário e porta-voz da CEP, os bispos lembram as orientações das autoridades civis e sanitárias que permitem “às famílias algum reencontro e celebração comum das próximas festas do Natal”.
“Fazemos nossa a recomendação que as acompanha: que a alegria da festa e dos encontros familiares seja acompanhada de todas as cautelas, de modo que às festividades não suceda nova vaga de contágios com os consequentes sofrimentos e lutos”, sublinham.
Em declarações aos jornalistas, após a reunião do Conselho Permanente, o padre Manuel Barbosa lembrou que no dia 18 de dezembro “o Governo vai reavaliar a situação” e espera “que não haja um apertar de restrições”.
“A situação dirá e cá estaremos para seguir o que é para o bem de todos”, acrescentou.
No documento, o Conselho Permanente da CEP pede aos sacerdotes para “proporcionarem aos fiéis ocasiões ampliadas de participação na Liturgia festiva desta quadra”, mantendo “todos os cuidados”, no seguimento das indicações do episcopado de 8 de maio último.
“Coerentemente, abstenham-se da prática tradicional de dar a imagem do Menino a beijar, substituindo esse gesto de veneração afetuosa por qualquer outro que não implique contacto físico e previna aglomerações”, lembra o documento.
A nota do Conselho Permanente da CEP lembra a possibilidade de “santificar estes dias pela oração e pela caridade” para as pessoas que enquadram “nas chamadas ‘situações de risco’ e a quantos estão de facto impedidos de participar presencialmente na Eucaristia”.
“Exortamos todas as famílias cristãs a avivarem a consciência da principal razão de ser destes seus encontros e convívios – o nascimento de Jesus, que introduz a humanidade na Família do próprio Deus, realizando na terra a fraternidade e a paz – e os enriqueçam com algum momento de oração em redor da mesa ou junto ao presépio e, se possível, com a participação conjunta na Eucaristia festiva das suas comunidades”, conclui o documento.
In Agência Ecclesia
Iniciativa assinala 150.º aniversário da declaração como padroeiro da Igreja universal, evocando em particular migrantes e trabalhadores
O Papa anunciou hoje a convocação de um Ano dedicado a São José, para assinalar o 150.º aniversário da sua declaração como padroeiro da Igreja universal, feita pelo Beato Pio IX a 8 de dezembro de 1870.
Francisco publicou a Carta Apostólica ‘Patris Corde’ (com coração de pai), destacando que “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo”.
O documento apresenta “reflexões pessoais” do Papa sobre São José, “figura extraordinária, tão próxima da condição humana”.
O documento destaca que, ao longo das últimas décadas, o magistério dos Papas tem destacado a “relação com o trabalho”, na figura de São José.
“Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo”, sustenta Francisco.
“Como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos por que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento?”, questiona ainda.
O Papa refere que num momento de crise “económica, social, cultural e espiritual” é necessário redescobrir o valor do trabalho para dar origem a “uma nova ‘normalidade’, em que ninguém seja excluído”.
Francisco evoca todas as pessoas que se dedicaram aos outros no atual momento de pandemia, muitas vezes longe dos holofotes dos media e da opinião pública.
“Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreve.
São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão”.
A carta apresenta a figura de São José a partir da sua dimensão paterna, como “um pai que foi sempre amado pelo povo cristão”, exemplo de ternura e confiança em Deus.
“A felicidade de José não se situa na lógica do sacrifício de si mesmo, mas na lógica do dom de si mesmo. Naquele homem, nunca se nota frustração, mas apenas confiança”, pode ler-se.
O Papa, conhecido pela sua devoção a São José, destaca a capacidade de acolher o que parece inexplicável, nos vários momentos da sua vida, para depois “receber os outros, sem exclusões, tal como são, reservando uma predileção especial pelos mais frágeis”.
Francisco elogia a “coragem criativa” de São José, que apresenta como “o verdadeiro ‘milagre’, pelo qual Deus salva o Menino e sua mãe”.
A Sagrada Família teve de enfrentar problemas concretos, como todas as outras famílias, como muitos dos nossos irmãos migrantes que ainda hoje arriscam a vida acossados pelas desventuras e a fome. Neste sentido, creio que São José é verdadeiramente um padroeiro especial para quantos têm de deixar a sua terra por causa das guerras, do ódio, da perseguição e da miséria”.
Num decreto divulgado pelo Vaticano, esta manhã, Francisco determina que entre hoje e 8 de dezembro de 2021 se celebre um “Ano especial de São José”.
“Todos os fiéis terão assim a oportunidade de se comprometer, com orações e boas obras, para obter, com a ajuda de São José, chefe da Família celestial de Nazaré, conforto e alívio das graves tribulações humanas e sociais que hoje dominam o mundo contemporâneo”, refere o Papa.
In Agência Ecclesia