Ouve-se tantas vezes:
- Ah! Eu não vou à Igreja, mas assisto à Missa pela TV.
Ou ainda:
- Prefiro a Missa que a TV transmite. Estou sossegadinho, ninguém me perturba e ainda é mais bonito do que na Igreja.
Será a mesma coisa?
Declaradamente, NÃO!
A Missa transmitida pela TV ou pela internet destina-se aos doentes, aos impossibilitados de ir à Igreja por um motivo válido (por exemplo, velhice que impossibilita a caminhada até ao templo) e aos que, por afazeres profissionais, não podem deslocar-se à assembleia reunida (por exemplo, médicos e enfermeiros que estão de serviço durante o domingo).
A mãe ou o pai fazem anos. Será a mesma coisa o filho estar presente na festa e enviar uma mensagem ou um fazer um telefone, ou ver o vídeo da festa?
A dimensão comunitária da fé é imprescindível ao cristianismo. "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles" - Jesus.
O apóstolo Tomé fez a experiência de Cristo ressuscitado na comunidade, quando estava reunido com os irmãos na fé. Não foi quando esteve sozinho.Uma pessoa que falta à comunidade reunida, está a deixar o seu lugar vazio, pois ninguém ocupa o lugar de ninguém. Está a prejudicar-se a si mesmo e aos outros. Falha, por isso, ao Mandamento Novo: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei" - Jesus.
Festa de consoada. Naquela família, estão todos reunidos e contentes, mas houve um que faltou porque não lhe apeteceu vir. Alguém ocupa o lugar do faltoso no coração dos pais? A alegria dos presentes abafa o sofrimento causado pelo faltoso no coração dos pais?
A fé cristã não é um individualismo. É uma experiência pessoal que acontece na, com e pela comunidade.
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