quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Há pessoas que pensam que podem ser cristãs sem participar da Missa

O Santo Padre pede-nos que rezemos em Outubro para "que o Domingo seja vivido como um dia em que os cristãos se reúnem para celebrar o Senhor ressuscitado, participando da Eucaristia".
Não é de agora que muitos cristãos se dispensam de participar na missa dominical. Já S. Paulo falava disso.
Nas Confissões (VIII, 2), Santo Agostinho narra como aconteceu a conversão do grande orador e filósofo romano Victorino. Ao converter-se à verdade do cristianismo, dizia ao sacerdote Simpliciano: "Agora sou cristão".
Simpliciano lhe respondia: "Não creio até ver-te na igreja de Cristo".
Victorino perguntou-lhe: "Então, são as paredes que nos tornam cristãos?". E o tema ficou no ar. Mas um dia Victorino leu no Evangelho a palavra de Cristo: «Quem se envergonha de mim e de minhas palavras, também desse se envergonhará o Filho do homem". Compreendeu que o respeito humano, o medo do que pudessem dizer seus colegas, o impedia de ir à igreja. Foi visitar Simpliciano e disse-lhe: "Hoje vou à igreja, quero tornar-me cristão".
Esta história continua a ser actual. Há pessoas que pensam que podem ser cristãs sem participar da Missa.
Assim como um jogador não pode chamar-se tal se deixar de jogar e um adepto de um clube perde a sua identidade se não vir ou ouvir os jogos do seu clube, também o cristão não pode ser reconhecido como tal se deixar de participar no Domingo, pois aí está um dos "aspectos específicos" que o identificam.
Naturalmente que o cristão é chamado a viver uma fé completa: acreditada, celebrada, rezada e vivida. Se vivesse só uma fé celebrada, sem professar uma fé comunitária, sem a oração e sem a caridade, isso não bastaria. Porém, a experiência diz-nos que, sem a Eucaristia, o meu acreditar esmorece, o meu rezar desaparece e o meu viver empalidece...
Sem a Eucaristia dominical, eu não me reconheço como cristão e não sou reconhecido como tal pelos outros. Assim, um cristão não praticante é um falso cristão.

M. V. P., in O Amigo do Povo

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