Já tem alguma idade e graves problemas de saúde. Chegou de táxi e guardou um bom bocado que eu chegasse a casa. Vinha para se confessar.
Antes da confissão, conversámos um bocado e falou-me de si. Uma história de pobreza, sofrimento, trabalho e honestidade. Sentia-se muito doente e queria sentir o perdão de Deus. "A gente deve estar preparada para quando Ele quiser", afirmou com convicção.
Após a confissão, senti-o muito mais calmo, sereno e confiante.
"Não chame o táxi, eu levo-o a casa", disse-lhe. Já que esperara tanto por mim, era a minha vez de o fazer chegar mais depressa a casa.
"Não senhor. Obrigado. A minha reforma é pequenina, mas a gente arranja dinheiro para pagar o táxi para o Centro de Saúde, para vir às compras ou para se deslocar à Câmara, porque não há-de arranjar para as coisas de Deus? Além disso, já que vim aqui, quero aproveitar para fazer umas comprinhas..."
Tantas vezes me procuram como burocrata ou gestor. Ele é uma declaração, ele é a marcação do casamento ou baptismo, ele é as obras da paróquia...
Tão poucas vezes me procuram como padre! E é isto que sou. E é neste múnus que me sinto bem. Na direcção espiritual, na confissão, na oração, na explicação da Palavra de Deus, na dinamização pastoral da comunidade, na solicitude para com os carenciados...
Abençoado seja padre, pela sua vocação que o Senhor esteja sempre consigo. Que Nossa Senhora abençoe os sacerdotes e aumente as vocações sacerdotais.
ResponderEliminarMaria
Maria, muito obrigado pela sua presença e pelo seu comentário.
ResponderEliminarObrigado pela sua palavra de incentivo.
Que Deus a abençoe.