sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

6º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Evangelho de domingo 14 de fevereiro de 2010

• Todos conhecemos a desilusão e a frustração que resultam da confiança traída. É uma experiência bem dolorosa confiar/esperar e receber traição/ingratidão. Em certos momentos extremos, parece que tudo se desmorona à nossa volta e que perdemos a vontade de continuar a construir a nossa vida. A leitura de hoje põe-nos de sobreaviso: tudo o que é humano é efémero, limitado, finito; só em Deus encontramos o rochedo seguro que não falha e que não nos decepciona.

• A certeza da ressurreição garante-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida para cada homem; e que esse projecto está a realizar-se continuamente em nós, até à sua concretização plena, quando nos encontrarmos definitivamente com Deus.

• A proposta de Jesus apresenta uma nova compreensão da existência, bem distinta da que predomina no nosso mundo. A lógica do mundo proclama “felizes” os que têm dinheiro (mesmo quando esse dinheiro resulta da exploração dos mais pobres), os que têm poder (mesmo que esse poder seja exercido com prepotência e arbitrariedade), os que têm influência (mesmo quando essa influência é obtida à custa da corrupção e dos meios ilícitos); mas a lógica de Deus exalta os pobres, os desfavorecidos, os débeis: é a esses que Deus Se dirige com uma proposta libertadora e a quem convida a fazer parte da sua família. O anúncio libertador que Jesus traz é, portanto, uma Boa Nova que enche de alegria os corações amargurados, os marginalizados, os oprimidos. Com o “Reino” que Jesus propõe aos homens, anuncia-se um mundo novo, um mundo de irmãos, de onde a prepotência, o egoísmo, a exploração e a miséria serão definitivamente banidos e onde os pobres e marginalizados terão lugar como filhos iguais e amados de Deus.

2 comentários:

  1. Concordo com o que diz Sr. Padre, mas isso sabemos nós que somos católicos, temos fé.
    Mas os que não têm? Como não desanimar, e como não desesperar, como sobreviver num país, com tantas desigualdades? É uma coisa na qual não posso deixar de pensar.
    Maria

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  2. Maria:
    Jesus rezou pelos discípulos de todos os tempos: “Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal!” E acrescentou: “Tende coragem, eu venci o mundo.”
    Seria mesmo mal que os discípulos de Cristo se conformassem com o mal do mundo: desigualdades gritantes, injustiças, corrupções…”
    Como cristãos e cidadãos temos direito “à indignação”.
    São as pequenas e insignificantes areias que formam os grandes areais. Foi um pequeno grupos de discípulos de Jesus, que apenas armado com a fé no Senhor, que transformou o mundo.
    Não remamos sozinhos contra a maré dos males actuais, Ele vai connosco, abrindo caminho à esperança.
    Muita paz.

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