terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um fim-de-semana prolongado ... em trabalho


Aquilo que foi para muita gente um fim-de-semana prolongado, foi para muitos cristãos, também para os padres, um prolongado fim-de-semana de trabalho. Também para mim.
Sábado, Missas vespertinas. Uma das quais com crianças que exige sempre o máximo.
Domingo, programa normal dos domingos.
Segunda-feira, Todos os Santos. Além das Eucaristias, procissões aos cemitérios (Teixelo e Tarouca).
Terça-feira, Fiéis Defuntos, as três Eucaristias. À noite, correcção do jornal.

Apreciei o trabalho generoso de tanta gente: corais, leitores, pessoas que recolheram a partilha dos fiéis, ministros da Comunhão, sacristão. Sem nada exigir, dão-se pela fé aos irmãos.
Apreciei o respeito e serenidade com que as pessoas participaram nas celebrações.
Tocou-me a multidão que no cemitério participou respeitosamente na Eucaristia ali celebrada na tarde de segunda-feira.
Esperava muito mais gente nas Eucaristias dos Fiéis Defuntos. Até por ser o dia que era... Ocorrendo as Missas em horas tão diferentes para responder às disponibilidades de tempo das pessoas, menos compreendi.

Algumas pessoas falaram que, enquanto as flores mais caras se esgotaram, as mais baratas ficaram por vender. Afinal, onde está a crise!?
Compreendo que se tenha brio em apresentar a cama dos entes queridos decentemente asseada. Mas será que os exageros terão alguma utilidade para os falecidos? Será que não se faz dos arranjos das campas "uma feira de vaidades"?

Quando compreenderemos e meteremos no coração o pensamento sábio de Santo Agostinho?
"Se as flores murcham,
Se as lágrimas secam.
Se as velas se derretem,
A oração acolhe-a Deus."

Para os crentes, só existem duas formas de sermos real e efectivamente solidários para com os entes queridos falecidos: a oração (especialmente a Santa Missa) e a esmola, expressão da caridade.

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