segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Eucaristia, participar até no SILÊNCIO...

Fazei isto em memória de Mim”.

Faz parte do lema do ano pastoral e serve para nos guiar na reflexão à volta do Ano Sacerdotal e da Eucaristia, como fonte e cume de toda a vida cristã/eclesial.
(...)
Mas não podemos esquecer a realidade essencial da Eucaristia, que é centro, acontecimento fundante, é a vida da comunidade. Não há comunidade (eclesial) sem Eucaristia, se bem que esta acontece também no contexto da comunidade e para formar comunidade.
É nesta ambiência que temos de prestar sempre e cada vez mais atenção redobrada à celebração da Eucaristia, onde se realiza o mistério maior da nossa fé: a morte e a ressurreição de Jesus, que nos deixa a Eucaristia como memorial perene, onde o pão e o vinho se transformam com Corpo e Sangue de Jesus e nos alimentam até à vida eterna.
Acólitos, leitores, cantores, organistas, grupos corais, conselho económico, catequistas, zeladoras, sacerdote, cada cristão, todos têm a sua raiz, o seu fundamento, a sua razão de ser na Eucaristia, no maior dos mistérios da nossa vida comunitária.

Se celebrarmos bem a Eucaristia, de forma atenta e consciente, as outras dimensões da vida comunitária transformar-se-ão: a Evangelização (catequese) e a Caridade. A Missa leva à missão, leva ao compromisso. Este sem a Eucaristia é uma mera função que se executa, sem espírito.
Temos investido, mas há um longo caminho a percorrer, para todos nós. Importa, neste sentido, que Deus caminhe connosco e que tenhamos a coragem e a humildade de nos deixarmos transfigurar pela Sua bondade e conduzir pela luz do Seu amor. Então o caminho estará iluminado.
Precisamos de participar cada vez mais profundamente nos silêncios, no canto, nas respostas, nas intervenções, não para tornar a Eucaristia mais triste mas para fazer FESTA estendendo a todos o ambiente de oração, de alegria e de vida.
Importa cantar bem. Mas importa muito mais que cantem todos e que o canto seja oração.
Importa responder, mas harmoniosamente, sem sobrepor ou adiantar a resposta aos outros e sobretudo deixar que Deus fale em nós, responder com a alma e com a vida.
Importa que o silêncio litúrgico seja respeitado, escrupulosamente, na Consagração, onde só se devem ouvir as palavras de Jesus através do sacerdote, nem o bater das asas de uma mosca deve perturbar este momento!

Mas tantos silêncios: acto penitencial, escuta da Palavra, reflexão da palavra de Deus, acção de graças. Todos precisamos de participar mais activamente na Eucaristia pelo silêncio. Sem silêncio não há escuta; sem escuta não há diálogo; sem silêncio, sem escuta e sem diálogo, as vozes perdem-se, e Deus é excluído…
Na Eucaristia não conta quem faz melhor, mas quem vive mais conscientemente. É possível conciliar os dois aspectos, para que seja Deus a actuar em nós e através de nós, no canto, nas respostas, no silêncio...

Fonte: http://tbcparoquia.blogspot.com/

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.