São Sebastião morreu 50 anos mais tarde, na perseguição de Diocleciano. Sua figura de mártir cravado de flechas foi imortalizada pelos artistas da Renascença.
Sebastião prestou seu serviço militar em Milão e, por sua fidelidade e valor, foi nomeado capitão da primeira coorte da guarda pretoriana, isto é, do próprio imperador. Aproveitava desta sua posição para melhor proteger e confortar os cristãos, quando denunciados ou condenados à morte.
Identificado ele mesmo como cristão e denunciado ao imperador Diocleciano, foi detido e forçado a abjurar sua fé. O imperador, que muito estimava Sebastião, recorreu tanto a promessas como a ameaças para conseguir do seu alto oficial que abandonasse a fé. Todas as argumentações e tentativas de Diocleciano esbarraram numa vontade inflexível do militar.
Destituído então de sua função de oficial, foi entregue a um pelotão de soldados que o despiram, amarraram a uma árvore, alvejaram-no com flechas e o abandonaram, julgando-o morto. Alta noite, chegou Irene, mulher do mártir Cástulo, ao lugar da execução para retirar o corpo do mártir e dar-lhe a sepultura. Com grande admiração, encontrou-o ainda com vida. Sem demora, tomou providências para que o mártir fosse levado para sua casa onde tratou dele com muito desvelo.
Apenas restabelecido, Sebastião, cheio de coragem, procurou o imperador para reprovar sua iniqüidade praticada contra pessoas inocentes como eram os cristãos. Outra vez condenado à morte, veio a falecer entre os tormentos de pauladas e boladas de chumbo. Era o ano de 303.
Seu culto é muito antigo e bastante popular (é padroeiro de inúmeras igrejas e capelas esparramadas pelo Brasil, inclusive da cidade do Rio de Janeiro). Os pormenores de seu martírio, porém, só chegaram até nós por uma fonte bastante tardia.
Sobre o lugar de sua sepultura foi levantada uma maravilhosa basílica que perpetua sua memória e propõe seu exemplo de herói.
O grande bispo de Milão, Santo Ambrósio, em memorável discurso, teceu os melhores elogios a este santo.
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