Há muitos anos, em determinada diocese, um grupo de cristãos, representativo de certa paróquia, dirigiu-se ao Bispo para lhe pedir um pároco próprio. Invocaram todas as razões que relevaram de conclusivas para o Prelado lhes dar um sacerdote. O Bispo ouviu, ouviu e, por fim, perguntou-lhes:
- Quantos sacerdotes deu a vossa paróquia à diocese?
Uma vaga de silêncio percorreu aquelas pessoas que se entreolharam surpresas. Então o Bispo insistiu:
- Estão aqui casais. Já falastes da vocação sacerdotal aos vossos filhos? Que tendes feito nesse sentido?
Uma mãe então levanta a voz e responde:
- Senhor Bispo, só tenho um filho. O senhor queria que ele fosse padre? Não acha que tenho direito a ter amanhã os meus netinhos?
É esta ilógica que nos comanda. Pedimos tudo aos outros, mas não nos sentimos na obrigação de dar nada à comunidade. A quem assim pensa e age responde o velho ditado popular: “Mãos que não dais, o que é que esperais?”
Sempre, mas particularmente nesta semana, procuremos rezar pelas vocações sacerdotais. Que as famílias sejam escolas de discernimento vocacional e acolham na alegria o dom da vocação. Que as paróquias e a diocese promovam uma séria, persistente e estruturada pastoral vocacional. Que os seminários formem os padres que o presente e o futuro reclamam. Padres apaixonados por Deus e dedicados ao homem. Que os jovens vocacionados respondam à mensagem que Deus deixou no telemóvel do seu coração. Fazer delete é deitar fora a oportunidade de ser feliz, pois cada um só é feliz quando segue a vocação que Deus lhe deu. Depois, acolhamos, apoiemos, acarinhemos as vocações. Também através da partilha de bens, sem os quais a diocese não pode formar os padres que as comunidades precisam.
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