"Quando se impede e não se reconhece a dimensão transcendente da pessoa estamos a mutilar a verdadeira realização humana e a ofender uma das exigências do bem comum; quando se favorecem grupos ou se desconsideram os mais frágeis e marginalizam as minorias, permitimos que a desigualdade cresça e que existam privilegiados e protegidos. Daí que, em nome do bem comum, importa acreditar que a vivência da caridade na verdade se pode expressar na luta pelo bem de todos e pela denúncia de situações reais lesivas da dignidade. A acção da Igreja também passa por aqui e os leigos, na característica duma vocação de compromisso especial com as realidades terrestres, não podem esquecer este compromisso, refugiando-se num devocionismo intimista ou concentrando-se num trabalho pastoral no âmbito restrito das comunidades."
D. Jorge Ortiga
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