Importante: Na Lei divina a Igreja não pode mexer. Nas leis que a Igreja emana como resposta a problemas e situações de um determinado contexto histórico, a mesma Igreja pode alterá-las perante novos problemas e novos desafios.
Vamos ao celibato dos padres. Peço que leiam este texto evangélico:
“E logo ao sair da sinagoga (JESUS) foi à casa de Simão e de André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e eles imediatamente o mencionaram a JESUS. E (ELE) aproximando-se, tomou-a pela mão e a fez levantar-se. A febre a deixou e ela pôs-se a servi-los.” (Mc 1,29-31)
Então Simão Pedro, o 1º Papa, aquele que Jesus escolheu para pôr à frente da Sua Igreja, dando-lhe o poder de confirmar os irmãos na fé, era CASADO. Se tinha sogra...
Logo o celibato NÃO é de instituição divina. Foi a Igreja que criou a lei do celibato como resposta a problemas surgidos em determinado contexto histórico.
A Igreja mantém ainda o celibato porque acha que é importante. Mas se amanhã resolver acabar com ele, no sentido de deixar de ser obrigatório para os padres, está no seu direito. As leis que a Igreja faz, a mesma a Igreja pode alterá-las. Não falo da Infabilidade Pontifícia nem das decisões dogmáticas dos Concílios.
Neste momento, qualquer homem que avance para o sacerdócio sabe que tal implica o celibato.
Ninguém é obrigado a ser pai ou mãe. Ninguém obriga os casais a ter filhos. Mas casais sabem que, ao casar, cada um deles vai ter que abdicar de alguma coisa. Os pais sabem que, ao trazerem ao mundo um filho, vão ter que abdicar de muita coisa. Por exemplo, de muitas noites mal dormidas. São as exigências do Amor!
O mesmo acontece com o padre. Ao avançar para o sacerdócio, sabe que tem que abdicar de muita coisa legítima. Porque o faz? Por um grande amor a Cristo e a todos os irmãos.
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