1. Sou católico "não-praticante".
2. "Eu cá tenho a minha fé"
3. Estar dentro só o necessário para a inserção social.
1. Católico não praticante...
- E que tal ir ao médico e o médico não atender o doente porque se diz "médico não praticante"?
- E que tal ver a casa a arder, chamar os bombeiros e estes não acorrerem porque se dizem "bombeiros não praticantes"?
- E que tal o bebé chorar de fome e a mãe não lhe dar a mama porque se diz "mãe não praticante"?
Isto de católico não praticante não é nada. Ou se é ou se não é. "Que as vossas palavras sejam sim-sim, não-não" - Jesus Cristo.
2. Eu cá tenho a minha fé...
A fé não é minha, é a fé da Igreja na qual fomos baptizados.
A fé cristã passa por uma adesão pessoal à Pessoa de Jesus Cristo, mas esta fé vive-se na Igreja, com a Igreja, pela Igreja.
"Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles." - Jesus Cristo
"Ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe."
3. Estar dentro só o necessário para a inserção social.
Está em moda, sobretudo em certa classe média. Nada de compromissos. Baptizar os filhos, fazer 'as comunhões' e enterrar catolicamente os mortos por mera questão social, para não se sentir à margem da sociedade, por causa da integração social, para não se sentirem menos do que os outros...
"Porque não é frio nem quente, vomito-te da minha boca" - Apocalipse
Há aqui um certo oportunismo do sagrado. Não é a pessoa que se abre a Deus, mas Deus que é usado segundo as conveniências da pessoa.
Pensemos na Palavra de Jesus, o Salvador:
"Só a verdade vos tornará livres."
Que a verdade reine na nossa vida, nos nossos actos, nos nossos pensamentos, nas nossas relações, nos nossos compromissos.
Olhemos para dentro de nós.
Deixemos de acusar os outros. Tenhamos a coragem de nos acusar a nós mesmos. Não para nos sentirmos deprimidos, mas para nos abrirmos à alegria da conversão.
Afinal, estamos no Advento...
Obs.: Esta foi uma das reflexões que fiz ontem na homilia da Eucaristia da Festa aniversária dos Bombeiros de Tarouca, realizado no quartel.
Entre os muitos post's pertinentes, mais um grupo de questões que ajudam a reflectir o compromisso do baptizado. Nos tempos que vivemos, muitas vezes, vivemos pelo nome que temos e não pelo que somos. Ser cristão implica-nos com os outros, com a transformação do mundo, mas insere-nos também numa comunidade. A fé têm uma dimensão pessoal, eu acolho Deus com as minhas limitações, com as minhas qualidades, com o meu pecado. Porém, nunca é a minha fé, é a fé de Jesus Cristo, a fé da Igreja. Acolho-a pessoalmente, mas vivo-a na partilha, na comunhão, amadureço-a com os outros, em comunidade.
ResponderEliminarObrigado, amigo P.e Manuel, pela tua visita.
ResponderEliminarNão sei o que é que se passa. Mas não consigo abrir o Caritas in Veritate há uns tempos a esta parte. Logo que tento abrir, bloqueia.
E tenho pena, pois gostava de visitar amiudadamente o blog.
Abraço
Votos de saúde, paz e bem.
ResponderEliminarTambém me acontece às vezes, tem a ver, penso eu, com o re-direccionamento da página, quando se redirecciona, é bloqueada, nesses casos tem que se introduzir o endereço na parte superior do browser...
Em todo o caso tenho utilizado um ou outro texto para colocar no blogue da paróquia de Tabuaço, como foi o caso deste sobre os católicos de nome... Muito pertinentes as questões que tem levantado...
Abraço amigo