São cada vez mais numerosos os padres que vivem em comunidade e trabalham solidariamente (in solidum) nas mesmas paróquias. Trata-se de uma experiência exigente, mas muito fecunda. Supõe que se procure e se reconstrua sempre a comunhão e se inicie cada dia como se fosse o primeiro.
Numa comunidade sacerdotal, para que haja estima verdadeiramente fraterna, não é preciso que todos pensem da mesma maneira. Trata- se, sim, de cultivar a sinceridade, de amar a Jesus Cristo mais do que o próprio ponto de vista e de servir a Igreja mais do que as ambições ou projectos pessoais. É necessário, também, ter a coragem do diálogo franco, do respeito pelas diferenças, da humildade para reconhecer os próprios erros e limites, da disponibilidade para cooperar, quando necessário, e do sentido de humor que não permite que pequenas coisas se tornem montanhas intransponíveis, somente porque se criaram expectativas exageradas.
É necessário aceitar como normal, e de bom grado, que a concórdia seja imperfeita, mas também que a caridade é muito mais importante.
Como é bom ouvir da boca de um grupo de padres, depois de anos a fio a viver numa mesma casa, a trabalhar nas mesmas paróquias ou serviços: somos muito diferentes, mas nunca faltou a verdadeira amizade, respeito e ajuda recíproca.
Como amigos ajudam-se mutuamente, encontram alegria, forças e coragem para o seu ministério. É também um testemunho ansiado pelo mundo de hoje.
A casa onde vivem vários padres deve estar sempre aberta. É uma casa amiga, à qual se pode vir pedir conselho, ajuda espiritual, ou simplesmente solicitar um documento ou informação, mas onde se adverte, pela harmonia do ambiente e sobretudo das relações humanas, a presença do próprio Cristo Ressuscitado, que prometeu: "Onde dois ou três se reúnem em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18,20)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.