quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

COMBATER A POBREZA, CONSTRUIR A PAZ

DIA MUNDIAL DA PAZ
1 DE JANEIRO DE 2010


O Santo Padre Bento XVI, escolheu para tema da sua Mensagem neste Dia Mundial da Paz – 2009: Combater a pobreza, construir a paz, na esteira de João Paulo II, que na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhava como consequências negativas para a manutenção da paz, a pobreza de populações inteiras.
A pobreza é um dos factores que mais funestas consequências tem no desenrolar dos conflitos, e estes por sua vez fazem aumentar a pobreza, pela destruição do mínimo indispensável para a sobrevivência das populações, com a privação dos cuidados mínimos de saúde e com a falta de habitações. O clima de conflitos também é propício ao alastramento de epidemias, a ponto de alguém dizer que se fosse possível garantir aos povos subdesenvolvidos, uma casa de banho e acesso a água potável, as epidemias, como a malária, a tuberculose e a sida, seriam travadas, com mais facilidade.
A pobreza afecta as crianças de um modo chocante e dramático. São elas as mais vulneráveis e pensa-se que, metade dos que são atingidos pela pobreza, são crianças. Para elas falta tudo: cuidados maternos, acesso à educação, direito à vacinação, cuidados médicos, defesa do ambiente, água potável, e sobretudo defesa da família e estabilidade da mesma. Diz o Papa que “quando a família se enfraquece, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças. Onde se tutela a dignidade da mulher e da mãe, os mais afectados são principalmente os filhos”.
Com este ambiente de pobreza generalizada, é escandaloso o volume das despesas militares. E isto está contra o que recomenda a Carta das Nações Unidas, que anima a comunidade internacional e cada Estado em particular a “promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacional com o mínimo de dispêndio dos recursos humanos e económicos mundiais para os armamentos”.
No combate à pobreza o Santo Padre salienta que é fundamental “uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. (…) Mas para guiar a globalização é preciso uma forte solidariedade global entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo as ricas”.
Felizmente, e este ano de modo particular, a solidariedade não tem sido uma palavra vã – apesar da crise em que nos debatemos, as iniciativas de carácter social e assistencial têm sido numerosas e bem sucedidas. É certo que isso não erradica a pobreza, mas ajuda a minorar o sofrimento daqueles que, não tendo nada, mais sofrem nesta quadra do ano.

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