domingo, 23 de maio de 2010

Uma história para o Dia de Pentecostes

Naquele sábado, o Aníbal conversara durante um pedaço de tempo com o seu amigo Luís. Já na despedida, o Aníbal desafiou:
- Olha lá! Tu és um homem respeitador e respeitável. Disponível para ajudar um amigo e para fazer algo pelos outros. Quero convidar-te para ires amanhã à Missa comigo. Aceitas?
O Luís lá foi dizendo que não, que não criticava quem ia, mas que ele não estava para aí virado, que tal e que coisa...
Ao chegar a casa, o Aníbal fala à mulher sobre o convite que fizera ao amigo.
- E ele? - pergunta à mulher.
- Disse que não, que não tinha esse hábito ...
- Pois! Era de prever. Quem te manda a ti meteres-te onde não deves? - censura-o a mulher.
- Deixa lá, mulher! Fiz a minha parte. Deus fará o resto, o mais difícil.
No domingo, o Luís lá estava. No fim da missa, esperou pelo amigo e disse-lhe:
- Fiquei a remoer toda a noite no convite que ontem me fizeste! Acabei por me decidir a vir. E olha que até gostei! Vou continuar...
Algum tempo depois, os amigos das jogatinas de café souberam que o Luís ia à Missa. Então foi o lindo e o bonito! Cada um deles a lançar mais um axa para a fogueira... Que ele agora também já fazia parte dos beatos, que já era dos que andavam atrás do padre, que fazia parte dos "papa hóstias", que coisa e tal...
Sereno e sorridente, o Luís respondeu:
- Tudo bem. Ficais todos convidados para me acompanhardes no domingo à Missa. Agora joguemos...
Ui! Os sarcasmos, as ironias, as tiradas de gozo choviam de todos os lados.
Mas no domingo seguinte, mais dois amigos das jogatinas apareceram. E, com o tempo, o grupo não cessou de aumentar. E todos testemunhavam o mesmo: sentiam-se bem.

”O acontecimento de Cristo é a força da nossa fé e varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano (...) mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós". - Bento XVI

"Crentes envergonhados que dão as mãos ao secularismo, construtor de barreiras à inspiração cristã» - Bento XVI

Neste dia de Pentecostes, é bom pensarmos nisto. Para agir.
Que o Espírito Santo remova do coração dos baptizados toda a vergonha, todo o medo, todo o respeito humano e os torne, como no princípio, destimidas e corajosas testemunhas de Jesus Cristo.
É que cada baptizado é um enviado.
E depois o nosso campo de apostolado não está longe. Não. Está mesmo nas pessoas do nosso sangue, nos nossos vizinhos, nos amigos de café, nos colegas de trabalho...
E como vimos pelo caso do Aníbal, ser apóstolo até nem é difícil. Basta que não sejamos insonsos.

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