segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cavaco Silva promulgou o diploma que permite o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo


"Não adiarmos desculpas para a resolução
dos problemas concretos dos portugueses"
Cavaco Silva promulgou o diploma que permite o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. A decisão foi anunciada esta noite, pelo Presidente da República, num discurso à nação, a partir do Palácio de Belém.
Embora tenha dado 'luz verde' ao casamento entre homossexuais, o Presidente da República deixou fortes críticas aos grupos parlamentares que fizeram aprovar o diploma na Assembleia da República.
'As forças partidários que aprovaram o diploma não quiseram ponderar um princípio de uma sociedade plural', defendeu Cavaco Silva, admitindo que 'não teria sido difícil alcançar um compromisso na Assembleia da República se tivesse sido feito um esforço sério'.
Apontando como exemplos, as soluções jurídicas adoptadas
por países como a Alemanha ou a Dinamarca (soluções que 'não são discriminatórias', respeitando também 'a instituição do casamento enquanto união entre homem e mulher'), Cavaco Silva entende que o Parlamento poderia ter escolhido 'entre as várias soluções jurídicas, aquela que pudesse ser aceite por maior número de cidadãos'.
Para o chefe de Estado, perante os 'complexos desafios que o país tem à sua frente', teria sido importante 'promover a união dos portugueses e não dividi-los' com uma 'matéria de tão grande melindre', como é a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Admitindo que poderia ter utilizado o seu poder de veto, face à variedade de alternativas legais ao casamento existentes por toda a Europa, Cavaco Silva que 'importa, no entanto, ponderar os efeitos práticos de tal decisão face à dramática situação em que o país se encontra'.
Consciente de que a proposta
recebeu o apoio de toda a esquerda parlamentar, o Presidente afastou assim o 'fantasma' de uma crise política em torno deste assunto, considerando que o assunto 'afastaria a atenção dos dirigentes políticos', não sendo agora 'tempo de adiarmos desculpas para a resolução dos problemas concretos dos portugueses'.
'Há momentos na vida de um país em que a ética da responsabilidade tem de ser colocada acima das convicções pessoais de cada um. Assim, decidi promulgar hoje a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo', concluiu Cavaco Silva.

Fonte: aqui

Casamento homossexual
é «um passo atrás na construção da coesão social»
Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa reagiu à decisão de promulgar a lei por parte do Presidente da República
A decisão do Presidente da República de promulgar o Diploma que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo é “um passo atrás na construção da coesão social, ao contrariar um dos princípios mais consolidados das várias civilizações da humanidade”, assinala o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Pe. Manuel Morujão.
Na declaração emitida esta Segunda-feira, a seguir ao anúncio feito por Cavaco Silva, o responsável sublinha que “no passado dia 13 de Maio, em Fátima, o Papa Bento XVI relembrou que a família está fundada na união de amor entre um homem e uma mulher, e que protegê-la é um dos factores fundamentais da construção do bem comum”.
Fonte: aqui

A Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém
"A Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém e está plenamente convencida de que a situação destas pessoas poderia ser resolvida de um modo diferente. Isto é, não equiparando ao estatuto da família", afirmou o arcebispo D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, numa reação à promulgação do diploma que legaliza o casamento entre homossexuais pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

1 comentário:

  1. Pois é, mas agora ja está... é pena pois isto não tem nada a ver com democracia, por mais que nos queiram atirar com isso. Sou católica e fiquei triste, há outras maneiras de resolver estes problemas. Meu querido Portugal que ainda há poucos dias recebeste o Santo Padre onde vais parar?

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