Na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, o Santo Padre vem recordar-nos precisamente que a missão universal, «empenha todos, tudo e sempre». Neste «tudo», estão as duas metades, as duas faces da mesma moeda: o compromisso pelo anúncio de Deus, e o compromisso com a transformação deste mundo!
Por isso, a primeira coisa, na nova evangelização, é colocar Deus, no coração da nossa vida e do nosso mundo, não O guardar para si, nem O esconder no espaço da intimidade pessoal! É preciso dar visibilidade a Deus, na grande praça pública deste mundo, para que, em tudo e sempre, Ele tenha o primeiro lugar!
Esta prioridade é uma urgência, num tempo como o nosso, em que “está em curso, uma mudança cultural, que leva a uma mentalidade e a um estilo de vida, que dispensam a o evangelho, como se Deus não existisse, e que exaltam a busca do bem-estar, do lucro fácil, da carreira e do sucesso, como finalidade da vida, mesmo em detrimento dos valores morais”.
Por isso, já dizia Paulo VI, “não é aceitável, que na evangelização, se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça, à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Desinteressar-se dos problemas temporais da humanidade significaria ignorar a doutrina do Evangelho sobre o amor ao próximo” (EN, 31.34). Porque o próximo é a outra face de Deus!
Assim se vê, que, ali, onde se esquecem os direitos de Deus e Deus é negado, também se ignoram os direitos do Homem e o homem é diminuído e desprezado!
A oração, a partilha de meios e o despertar vocacional devem ser sempre preocupação do crente. Ainda mais nesta semana.
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