sábado, 4 de dezembro de 2010

2ª Semana do Advento: SOBRIEDADE


A sobriedade tem a ver com moderação, modéstia.

Sobriedade é uma característica daquele que se conhece a si mesmo e às suas limitações, que possui autodomínio, que controla suas emoções e sentimentos, é uma condição de maturidade emocional.
É a capacidade de nos afastar do objeto que nos faz mal, mas também de dizer sim. Sim ao amor, à solidariedade, à fraternidade.

A virtude da sobriedade e da temperança tem como propósito meter ordem interior em nós, regular-nos do que é certo e errado. E manifesta-se de várias maneiras: na bebida, na curiosidade, na imaginação, nos sonhos (utopias), nas acções na vida em sociedade e ao sermos sóbrios na comida, etc, etc. Normalmente associa-se mais a sobriedade ao álcool. Mas penso que sobriedade também se coaduna com os excessos na alimentação e outras… O principal efeito da virtude da sobriedade na alma é a paz, uma paz profunda, de quem é o senhor de si.

Nem todos os piropos ouvidos por uma mulher vão resultar em namoro ou casamento, nem todas as horas são para serem passadas deitados na cama, nem todas as coisas são para ser deixadas para fazer "depois" ou amanhã ou quando calhar, nem todas as sugestões da moda são para ser seguidas, nem todos os boatos são para se levados a serio. Ou seja, nem tudo que é experimentado ou proposto ao nosso corpo e à nossa mente vai tomar-nos sem controlo. Nem tudo o que se pode fazer se deve fazer.

Por isso, por vezes é mais cómodo ou mais fácil deixar-se arrastar pela gula, imaginação, luxúria, curiosidade, preguiça, comodismo, etc. do que fazer o dever, o que custa ou simplesmente controlar-se. Mas o senhor de nós mesmos é a essência de sermos nós mesmos a decidir e não o que o condicionamento ou o vício modelaram.

Há quem prefira justificar-se considerando natural e normal o "deixar-se" levar ou arrastar-se; ou para não se reprimir, ou porque é mais moderno fazer o que se quer quando se tem vontade, etc. Mas ao final esse caminho da falta de sobriedade só leva à tristeza, à depressão e à própria redução pessoal.
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A SOBRIEDADE leva a considerar que o excesso pode ser prejudicial à saúde e, em muitos casos, torna-se um insulto a quem não consegue o mínimo.
Não haverá excessos verdadeiramente prejudiciais e que controlados poderiam ser ajuda fraterna?

Oração da Sobriedade

Senhor, ADMITO minha dependência dos vícios e pecados, e que sozinho, não posso vencê-los.
Liberta-me!

Senhor, CONFIO em Ti, ouve o meu clamor.
Cura-me!

Senhor, ENTREGO minha vida, minhas dependências, em tuas mãos. Espero em Ti.
Aceita-me!

Senhor, ARREPENDIDO de tudo que fiz, quero voltar para a tua graça, para a casa do Pai.
Acolhe-me!

Senhor, CONFESSO meus pecados, e publicamente, peço teu perdão e o perdão dos meus irmãos.
Absolve-me!

Senhor, RENASÇO no teu Espírito para a Sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova.
Batiza-me!

Senhor, REPARO financeira e moralmente a todos que, na minha dependência, eu prejudiquei. Ajuda-me a resgatar minha dignidade e a confiança dos meus.
Restaura-me!

Senhor, PROFESSO que creio na Santíssima Trindade e peço a ajuda da Igreja, com a interceção de todos os santos.
Instrui-me na Tua Palavra!

Senhor, ORANDO e VIGIANDO para não cair em tentação, seremos perseverantes nos Teus ensinamentos.
Dá-me a Tua Paz!

Senhor, SERVINDO, a exemplo de Maria, nossa mãe e de todos, queremos, gratuitamente, fazer dos excluídos os nossos preferidos, através da Pastoral da Sobriedade.

Senhor, CELEBRANDO a Eucaristia, em comunidade com os irmãos, teremos força e graça, para perseverarmos nesta caminhada.
Alimenta-nos no Corpo e Sangue de Jesus!

Senhor, FESTEJANDO os 12 passos para a Sobriedade Cristã, irmanados com todos, na mesma esperança, por um século sem drogas, queremos partilhar e anunciar Jesus Cristo Redentor, pelo nosso testemunho.
Amen

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