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O Santuário de Fátima recordou hoje as 33 vítimas do desabamento de terra na mina de São José, no Chile, que começaram a ser resgatados esta manhã, após 69 dias a 700 metros debaixo da superfície.
“O nosso pensamento neste momento vai com alegria para o Chile, onde estão a ser resgatados os mineiros que estavam soterrados”, disse com sorriso largo o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, na missa da peregrinação de 13 de Outubro, acrescentando: “Demos graças a Deus e Nossa Senhora”.
A celebração, que reuniu milhares de fiéis, entre os quais um cardeal, 12 bispos e 343 padres e diáconos, foi presidida pelo cardeal D. Geraldo Majella Agnelo, a quem D. António Marto agradeceu a presença e pediu que levasse “um grande abraço para o povo brasileiro, um abraço tão grande como daqui ao Brasil”.
Na homilia, o presidente da peregrinação, D. Geraldo Majella Agnelo, afirmou que Maria “recorda-nos que a beleza do ser humano está toda no vínculo do amor” com Deus e que “a plenitude da nossa liberdade está na resposta positiva que lhe damos”.
“Nos diferentes momentos da luta quotidiana”, muitos “encontram a ternura e o amor de Deus no rosto de Maria”, referiu o arcebispo de São Salvador da Bahia, acrescentando que a visita da mãe de Cristo à Cova de Iria “tornou-se memória cheia de confiança na sua intercessão para aqueles que recorrem à sua protecção”.
Com Jacinta, Francisco e Lúcia, crianças a quem Maria apareceu entre Maio e Outubro de 1917, “aprendemos da Senhora de Fátima o rosário e orações” que ajudam os crentes a “rezar e conhecer” a vontade de Deus, num tempo “pleno de interrogações e tentações”.
O cardeal, que no próximo dia 19 completa 77 anos, salientou que a espiritualidade associada à figura de Maria é um dos elementos fundadores do cristianismo: “Ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente”.
Um quarto da homilia foi dedicada a descrever as principais expressões da “veneração” a Maria, sobretudo no mundo cristão católico e ortodoxo, “antes de tudo” com “a oração litúrgica”, e também mediante “formas de piedade e devoção”.
In ecclesia
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