Pároco e elementos do GASTA continuaram hoje a visita quaresmal aos doentes de Cravaz, Valverde, Esporões e Bairro 5 de outubro. Foram 15 os que visitámos em sua casa.
A cama de um doente é uma universidade de vida, onde sempre se recebe mais do que aquilo que se dá. Mesmo quando não conseguem balbuciar palavras ou o fazem de forma quase impercetível.
Naquelas "aulas" passa a voz dorida, sentida, vivida da existência. Emana a serenidade, a calma cósmica de quem entende a vida à luz da fé e vê para além do humanamente entendível. Perpassa a cosmovisão da sociedade que somos e para quem, tantas vezes, o doente e o idoso são descartáveis porque não rendem, não podem alinhar em farras e festas, não podem ajudar... Sente-se a solidão humana, o abandono, o esquecimento. Experimenta-se o carinho familiar e os desvelo de tanta gente que cuida, para além dos limites, dos seus doentes. Sente-se a alma a retalhar-se perante o fracionamento da vida familiar onde muita coisa serve de desculpa para a não presença, o descuido, o egoísmo de tantos diante do sofrimento de um familiar.
Não quero, caro amigo(a) deixar de lhe fazer um pedido:
"Durante o ano, visite doentes pela sua saúde!"
Ganhará muito, deixando alguém mais feliz.
Saiba ouvir mais do que falar.
Não leve para junto de um doente queixumes pessoais. Dores já eles têm.
Saiba transmitir uma palavra de boa disposição, procurando fazer rir quem sofre.Ressalta a beleza da fé e da esperança cristãs.
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