«Orai, orai muito»
O Evangelho deste domingo acentua, de facto, e por cinco vezes, esta
relação de amizade de Jesus por Lázaro e pelas suas irmãs: «Vede como era seu amigo» (Jo 11,36) mas, ao mesmo
tempo, desenvolve o diálogo orante de Jesus com o Pai: «Pai, dou-Te graças por me teres atendido» (Jo 11,41). Pelo que, nesta
semana, somos desafiados a valorizar a oração, como um “tratar de Amizade com Aquele que sabemos que nos ama” (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, 8,5). Esse
é também o desafio do Papa na sua Mensagem para a Quaresma: “Não
se contentar com uma vida medíocre, mas crescer na amizade do Senhor. Jesus é o
amigo fiel que nunca nos abandona”.
Esta amizade com
Cristo cresce assim na frequência e na intimidade da oração. Não estranhamos, por isso,
que o apelo à oração, seja comum a todas as
aparições, em Fátima, de maio a outubro de 1917. Porquê? Porque “sem oração não há conversão. Sem conversão
não há mudança de vida. Sem mudança de vida não há paz. O mundo novo começa
quando o homem se abre a Deus, em oração e adoração” (PDP 2016/17, p. 28). “Em Fátima ouvimos falar de coisas escondidas
– conversão, oração, penitência – que parecem não ter nenhuma importância
política, mas são coisas decisivas, são as formas renovadoras do mundo” (Cardeal Ratzinger). O apelo da
Virgem de Fátima aos pastorinhos é constante nas aparições: «orai, orai muito». Rezemos mais, rezemos muito, rezemos melhor, para que cresça a nossa amizade com Cristo e se renove o amor entre nós. E rezemos, com coração de filhos, a oração do Pai-Nosso, que é entregue a quantos se querem tornar discípulos do Senhor, que com Ele dão graças ao Pai.
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