Sem o domingo
– isto é, sem a participação na Eucaristia –
não podemos viver
Está a terminar o ano de catequese paroquial. E as celebrações da Eucaristia vão ressentir-se disso. As igrejas ficam mais vazias, pois muitos pais ainda não entenderam o valor da Missa.
A diminuição de cristãos que praticam o domingo participando na Eucaristia vem-se acentuando nas últimas décadas. Sabendo embora que muitos não participam porque não podem, muitos outros dão-se ao desleixo ou pura e simplesmente desconhecem que participar na Eucaristia de Domingo é algo de essencial na vida cristã. Objectivamente, nenhum cristão abandona esta dimensão do domingo (celebrar o seu Senhor ressuscitado, unido à comunidade cristã, pela participação activa e comprometida na Eucaristia) sem renunciar à sua identidade e à sua fé. Por isso, praticar o domingo foi sempre, desde os primórdios do Cristianismo, a marca distintiva dos fiéis – ao ponto de muitos terem dado a vida pelo direito a fazê-lo, celebrando a Eucaristia, pois, diziam, «sem o domingo – isto é, sem a participação na Eucaristia – não podemos viver».
Nas Confissões (VIII, 2), Santo Agostinho narra como aconteceu a conversão do grande orador e filósofo romano Victorino. Ao converter-se à verdade do cristianismo, dizia ao sacerdote Simpliciano: «Agora sou cristão».
Simpliciano porém dizia-lhe: «Não creio que sejas cristão até ver-te na igreja de Cristo». O outro lhe perguntou: «Então, são as paredes que nos tornam cristãos?».
Nas Confissões (VIII, 2), Santo Agostinho narra como aconteceu a conversão do grande orador e filósofo romano Victorino. Ao converter-se à verdade do cristianismo, dizia ao sacerdote Simpliciano: «Agora sou cristão».
Simpliciano porém dizia-lhe: «Não creio que sejas cristão até ver-te na igreja de Cristo». O outro lhe perguntou: «Então, são as paredes que nos tornam cristãos?».
E o tema ficou no ar. Mas um dia Victorino leu no Evangelho a palavra de Cristo:
«Quem se envergonha de mim e das minhas palavras, desse se envergonhará o Filho do homem». Compreendeu que o respeito humano, o medo do que pudessem dizer os seus colegas, o impedia de ir à igreja.
Foi visitar Simpliciano e disse-lhe: «Vamos à igreja, quero tornar-me cristão».
«Quem se envergonha de mim e das minhas palavras, desse se envergonhará o Filho do homem». Compreendeu que o respeito humano, o medo do que pudessem dizer os seus colegas, o impedia de ir à igreja.
Foi visitar Simpliciano e disse-lhe: «Vamos à igreja, quero tornar-me cristão».
Creio que esta história tem algo a dizer hoje a muitas pessoas que se dizem cristãs – e alguns até se dizem mesmo praticantes – e não participam da Eucaristia. Se não podem ao domingo, façam-no ao menos num dos dias de semana. Só está dispensado quem não pode mesmo.
In O Amigo do Povo
In O Amigo do Povo
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