sábado, 5 de junho de 2010

10º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe.Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.

Ser profeta hoje
A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação e que estende os seus braços imensos para abraçar todos e cada um de nós. Porque, para Deus, ao contrário da humanidade, cada pessoa, é sempre o seu maior tesouro.
Mas, o que é ser profeta hoje, na vida concreta de cada um?

- Ser profeta hoje passa pelo sentir-se interpelado pela realidade, se acredita em Deus, sentirá Dele um apelo, um chamamento e depois estará disponível para receber uma missão, ser enviado/a por Deus ao mundo. Deus serve-se de muitas formas para chamar, um sonho, uma leitura, um acontecimento, um sinal qualquer… Às vezes descobre-se o seu apelo no rosto de um pobre ou de um escravo de vícios; outras vezes, nas páginas dos jornais; outras, nas necessidades da Igreja ou da sociedade; outras, nos acontecimentos turbulentos do presente; outras, mais simplesmente, nas palavras de um amigo e de uma pessoa de referência. É preciso estar atento. Porém, resta saber que o ser profeta, é estar marcado/a por uma série de experiências duras, a solidão, a angústia, o sofrimento, a crise, a rejeição e a incompreensão. Mas, ser fiel sempre à missão de Deus, mesmo quando, com essa atitude, o profeta será abandonado, rejeitado, incompreendido e muitas vezes ferido com a calúnia. Ora, trata-se de assumir a vida como um risco com a firme certeza de que Deus não faltará com a Sua presença fiel. O Evangelho ensina que ninguém é profeta na sua terra. Mas é na terra, no espaço concreto da nossa vida, na família, na escola, no trabalho, na comunidade, na Igreja... Que a profecia deve ser anunciada. Com coragem, com desassombro. O ser profeta, é isso mesmo, anunciar a Boa Notícia da Salvação como realidade sempre nova para todos. O profeta faz ressoar a Palavra de Deus de forma sempre nova como proposta de libertação diante da injustiça e do sofrimento. No fundo, devemos dizer que o profeta é aquele que não se cala nem se acomoda ao dinheiro, ao luxo, aos cargos, aos títulos honoríficos, numa palavra, a nada que seja deste mundo… Mas, antes de forma desinteressada fala e vive em nome de uma causa fraterna, sobre a qual Jesus nos deu o maior exemplo.
http://jlrodrigues.blogspot.com/

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