A vida leva certas pessoas por caminhos inesperados. Deus criou-nos livres e nem sempre usamos bem essa liberdade. Umas vezes contra nós, outras prejudicando outros. Mas se não fôssemos livres, ninguém nos poderia pedir contas.
Nem só os pobres vivem nas ruas. Há indivíduos com cursos superiores a viver em condições miseráveis e por sua própria iniciativa. Porquê?! Lá terão as suas razões!...
Há tempos, num programa de um canal norte-americano de televisão de grande audiência, apresentado por uma religiosa, foi relatado um episódio inédito de João Paulo II. Um padre norte-americano de passagem por Roma, ao entrar numa igreja, foi abordado por um mendigo que lhe pediu ajuda. Ficou com a impressão que conhecia aquele homem. Já no interior da igreja, voltou atrás e reparou melhor no mendigo. De facto, tinha sido seu condiscípulo no Seminário e com ele ordenado presbítero. Agora, estava ali, longe do seu país, a mendigar. Identificou-se e foi igualmente reconhecido. O mendigo contou-lhe como tinha perdido a fé e a sua vocação.
No dia seguinte, teve a oportunidade de participar na missa particular do Papa. No fim, não resistiu e contou ao Papa como tinha encontrado o seu condiscípulo de Seminário. O Papa quis saber onde e como o podia contactar.
No dia seguinte, recebeu um convite do Vaticano para jantar com o Papa, que manifestou o desejo de conhecer pessoalmente o mendigo. O Pároco da paróquia onde estava hospedado, ajudou-o a encontrar o mendigo. Não foi fácil convencê-lo a encontrar-se com o Papa. Arranjaram-lhe roupa condigna. No fim do jantar, o Papa pediu para ficar a sós com o mendigo. Depois, pediu-lhe que o atendesse de confissão. Visivelmente incomodado, respondeu ao Papa que já não era padre. O Papa respondeu-lhe que ele continuava a ser padre. Retorquiu que estava fora das suas faculdades de presbítero. João Paulo II insistiu que como Papa podia resolver o assunto. Acedeu, finalmente, a ouvir de confissão o Papa.
No fim, contou ao Papa a sua vida, chorando amargamente. João Paulo II mandou integrá-lo numa comunidade como colaborador do pároco e com a missão de cuidar dos sem-abrigo.
E aquele padre “da rua” passou a ajudar os seus antigos colegas.
O AMIGO DO POVO
Muito bom, muito bom este texto.Louvado seja Deus!
ResponderEliminarMaria
Obrigado, Maria, pela sua intervenção.
ResponderEliminarConcordo, Texto excelente.
Bom fim-de-semana.