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Podemos estar caladinhos e não fazermos silêncio.
Até rezamos alto na Igreja, mas nem sempre fazemos silêncio.
Podemos rezar sozinhos, em casa, no caminho ou na Igreja, e não fazermos silêncio.
Educaram-nos para estar calados, mas não nos educaram para o silêncio.
Posso estar com os lábio cerrados, olhos fechados, pose de escuta e, entretanto, isto não é garantia de silêncio.
Silêncio é uma atitude interior. Inteligência, recordações, sonhos, sentimentos, atitudes param para escutar, acolher, deixar-se tomar pela Palavra.
Quantas vezes nos calamos, mas a nossa imaginação vagueia?
Quantas vezes estamos calados, mas o nosso pensamento, qual impressora em laboração contínua, não pára de rodar?
Quantas vezes estamos calados, mas os nossos sentimentos estão ao rubro?
Aquela pequena dizia para as colegas:
- Em minha casa, dialogamos muito.
- Maravilha! - respondeu uma amiga. - Mas como é esse diálogo?
- Eu falo e os meus kotas ouvem.
- E eles não falam? - insistiu a amiga.
- Depende. Se me agrada a conversa, ouço-os. Se começam a ser chatos, desando...
Não é isto o que fazemos muitas vezes com Deus? Chegamos ao pé d'Ele e toca a despejar o saco. Depois dizemos que já rezámos tudo e regressamos, até mais aliviados porque desabafámos com Ele.
Será isto rezar????
Onde está escuta da Voz do Senhor que nos fala ao coração?
O povo bíblico é o povo da escuta. "ESCUTA, ISRAEL!"
Sem silêncio interior, é impossível essa escuta.
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