terça-feira, 29 de novembro de 2011

Não acredito em praticantes e não praticantes.

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No blog "Confessionário dum Padre", o autor publicou um post a que deu o título 'Um dia os baptismos ainda hão-de ser baptismos" - aqui.
Uma visitadora desse blog (SCAS) deixou um comentário ao post  que, com a devida vénia, aqui transcrevo, dada a importância que lhe atribuo para os amigos leitores.

Quem «dá» o baptismo é a Santa Madre Igreja.
A Santa Madre Igreja tem regras
"Sou católica. Por formação primeiro, agora por opção. Não acredito em praticantes e não praticantes. Se o expoente máximo do ser-se católico é a Eucaristia, não sei como se pode ser católico e não se ir à missa estar com Ele, recarregar baterias, renovar a fé, estar em comunhão com Cristo e os irmãos. Mas isto sou só eu que acho!

Pedi o Baptismo para os meus 2 filhos. Por opção e com fé. Se daqui a amanhã eles quiserem professar outra fé (ou nenhuma), terei de respeitar, claro. Mas não concordo nada com aquela conversa do «eles é que vão escolher, um dia mais tarde, se querem ser baptizados ou não, não lhes vou impor isto.» Ora essa! Também não lhes escolhi a escola? Não lhes escolho todos os dias os programas de TV que os deixo ou não ver? Não lhes escolho os sítios onde os levo para brincar? Não lhes escolho os alimentos que entendo que lhes fazem melhor à saúde? Não lhes hei-de recomendar caminhos de verdade, de respeito pelos outros, de cidadania, se solidariedade? Se mais tarde eles quiserem seguir outros caminhos, estarei cá para os amar na mesma e respeitar essas opções, desde que conscientes e fundamentadas, e que não façam deles más pessoas! Mas acho (eu acho!) que tenho o direito e o dever, como mãe, de lhes dar esta formação, de traçar com eles este caminho que em nada os limita, pelo contrário.

Muitas vezes me deparo com situações de sacramentos - Casamentos e Baptismos (sobretudo) - em que não se trata de questões de fé, de caminho espiritual, mas apenas da Festa, do traje, do pretexto para reunir amigos e família, do lado "pagão" da coisa. Ao ler isto hoje, revi-me um bocadinho no modo de pensar e sentir. Não sou padre, nem quero ser mais papista que o papa, mas as coisas são o que são. Quem quer pedir o Baptismo para um filho, deve querer fazê-lo pelas razões certas. Quem «dá» o baptismo é a Santa Madre Igreja. A Santa Madre Igreja tem regras. E as regras/normas/preceitos devem ser seguidos entre aqueles que a elas escolhem vincular-se seja numa comunidade, num grupo religioso, num condomínio, num grupo desportivo, na sociedade. Nunca percebi o porquê de questionar certas normas. Afinal a Igreja não obriga ninguém a baptizar os filhos... E também nunca vi ninguém a ir à Conservatória do Registo e questionar o horário ou a necessidade de testemunhas ou os papéis a preencher ou o ter de lá ir uma ou duas ou três vezes, se necessário for... Mas isto sou só eu que acho! Entendo que haja exigências e formalismos a cumprir - que os padrinhos sejam pessoas idóneas, católicas também elas (pois se os padrinhos visam assegurar que os afilhados são educados na fé - como podem fazê-lo se eles próprios a não professam?! - hoje em dia já não se trata de substituir os pais em caso de falta destes!), que haja reuniões de preparação (cada vez mais, para as pessoas perceberem o que é o baptismo, para que serve, o que implica, que não se trata apenas de um dia e uma festa). Se podemos perder dias a fio a preparar a festa por fora (ofertas, roupas, decorações), não podemos 'perder' umas horas a preparar a festa «por dentro»?!"

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