quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A caminho do Natal


Entrámos no Advento, tempo no qual a Igreja celebra a espera do Salvador. O povo de Israel esperou pelo Seu nascimento. Sim, Ele foi esperado. E esperado ansiosamente, de modo que não é somente o Enviado do Pai, mas também o Esperado dos homens! «Mais que o vigia pela aurora, mais que a terra pelo sol nascente, mais que a flor pelo orvalho, nós o esperamos» - escreve o salmista.

Ele é o esperado por Israel, o Povo eleito. Esperado porque Deus o prometera a Abraão, aos Patriarcas, a Moisés, a David, aos Profetas. Deus prometera... e quando Deus promete, não falha jamais!

Claro que nem só Israel esperou pelo Salvador. Esperaram-no e esperam-no todos os que têm sede de amor, de justiça, de verdade, de paz ... E também os que têm fome de pão, os que não têm que dar aos filhos ou o mínimo para viver com dignidade, os que vêem a sua vida a andar para trás...

Hoje esperamos que a Sua mensagem seja aceite pelos homens e que Ele nasça na vida de cada um de nós. Esperamos que haja mais justiça e caridade para com os pobres.

A celebração do Natal é este ponto forte dessa espera. E deve ser celebrado não só em alegria mas com um coração aberto a viver a Sua mensagem de amor, paz e justiça.

Mas há muita gente que pensa só em si. Que não é capaz de repartir. Neste tempo de crise aflige-nos que os portugueses digam que vão gastar em média 575 euros em compras, por ocasião do Natal, quando os alemães pensam gastar 430 euros e os holandeses 410 euros.

Sei que a crise é só para alguns. Mas não haverá alguma inconsciência em tantos gastos?! Lembro-me de pessoas que são capazes de pagar almoços e rodadas de bebidas a tudo quanto é gente mas depois não têm dinheiro para o sustento da família.

O Natal não deve ser consumismo, mas partilha com os que não têm. Deve ser ocasião de fazer as pazes com quem se anda desavindo, de aprofundar os laços de amizade, de dar as mãos.

O Natal deve ser ocasião de purificar a nossa alma e de a abrir ao Deus Menino que se fez homem para nos salvar.

In O Amigo do Povo

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