sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Que espera da Igreja?


Conhecer o mundo onde se insere para melhor lhe poder responder é a intenção da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ao encomendar à Universidade Católica uma sondagem de opinião aberta a todos os cidadãos, independentemente da religião que professem.
De acordo com o porta-voz da CEP, a sondagem "pretende saber os valores, aspirações, dificuldades e as expectativas da sociedade portuguesa". A Igreja quer "ser realista, sempre mais realista, ver o mundo onde se situa, a sociedade que a envolve, para às suas perguntas responder o melhor que sabe e pode" sustentou o padre Manuel Morujão.

Os bispos sabem que o mundo mudou nestes últimos anos e que o pensar das pessoas hoje já não é o de há cinco ou 10 anos, e é preciso estar atento a essas mudanças para lhes dar resposta.

Se é verdade que a igreja continua a ser uma instituição muito importante para grande parte dos portugueses - segundo uma recente sondagem da Intercampus para a TVI, só 6% da população a classifica de nada importante – há que estar atento, pois essa importância que lhe é reconhecida pode já ter poucas referências evangélicas.

Um exemplo apenas. O fim primeiro da igreja é a salvação do homem todo e de todos os homens. Se grande parte das pessoas esperar da igreja apenas que ajude os mais pobres a mitigar a sua penúria, ou os mais novos a não se deixarem envolver na marginalidade, está a truncar a sua verdadeira missão. A Igreja não é só para os pobres ou para os mais novos, ela deve atingir todas as classes e todas as faixas etárias. E deve levar as pessoas a uma salvação, que começa neste mundo mas que continua para além dele.
Saber, preto no branco, o que é que os portugueses esperam da Igreja é meio caminho andado para definir bons programas de pastoral. No fundo é dar cumprimento à palavra que ouvimos de Cristo: "O bom pastor conhece as suas ovelhas".

Parabéns, pois, aos nossos Pastores Bispos por esta louvável iniciativa.
In O Amigo do Povo

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