Encontámo-nos há dias na rua. Falámos e a certa altura pergunta-me:
- Então temos novidades no novo Plano Pastoral da Paróquia?
Disse-lhe que é preciso primeiro conhecer o Plano Pastoral Diocesano, pois a paróquia NÃO é uma ilha, mas célula que se quer viva da Igreja Local (Diocese). Depois, tendo em conta a realidade paroquial, transpô-lo para esta.
Pessoa serena, interessada pela sua comunidade, está sempre disponível para participar, sem preocupações de protagonismo. Não se identifica com mexeriquismos.
- Bom - disse-me - adivinho que o Plano Pastoral esteja muito centrado no Centro Paroquial. E olhe que bem preciso é! Não vejo o dia de ver aquela casa aberta às actividades pastorais da paróquia, seus grupos e movimentos...
- Aí estamos de acordo - retorqui. - É uma urgência o Centro Paroquial! Mas sabe que o Plano Pastoral é da responsabilidade do Conselho Pastoral. O pároco elabora um esboço que distribui pelos membros do Conselho Pastoral atempadamente. Estes, com a autoridade de eleitos pelos seus povos e movimentos, devem auscultar os seus representados, reflectir sobre a proposta e depois, em reunião alargada, a mesma pode ser alterada, acrescentada, subtraída...
- Sim, eu sei. O senhor está farto de explicar o processo - respondeu-me. - Mas tenho cá umas ideias que gostaria de partilhar consigo. E olhe que até já as debati lá em casa com o meu marido e meus filhos... Eu sei que no novo ano pastoral não será possível realizar muitas delas, pois o Centro Pastoral é absorvente. Além disso, não passam de humildes contributos pessoais...
- Ah! Óptimo. Quanto mais participarmos, mais nos sentimos envolvidos.
E então apresentou um rol de acções pastorais que passo a sintetizar:
- Elaboração de um inquérito a toda a população da freguesia com o apoio de pessoas entendidas no assunto para conhecermos a fundo a nossa realidade sócio-cultural-religiosa. Depois voluntários, previamente elucidados e preparados, fariam a distribuição por todas as pessoas, apoiando-as no preenchimento do inquérito.
- Em colaboração com a Junta de Freguesia, dar mais impacto e envolvimento comunitário à Festa do Senhor do Monte, fazendo dela um dia de convívio paroquial.
- Propocionar momentos culturais à comunidade. A paróquia já provou ser capaz como se pode ver através das maravilhosas festas da catequese. Além disso, poder-se-ia chamar gente ligada à música, associativismo, agricultura, família, idosos, jovens, Bíblia... que viessem dinamizar acções de interesse para todos ou para segmentos da população.
- Reabilitar o passeio paroquial. Há gente que aprecia imenso esse momento de convívio e partilha.
- Continuar a belíssima acção pastoral. "Eucaristia com famílias", terminando-a com uma Eucaristia e um momento de convívio onde estivessem todos os que foram participando nos vários povos.
- Os corais precisam de mais gente, de envolver mais pessoas. Eles são importantes para a vivência da Eucaristia, a festa do domingo.
- Manter os momentos de oração e, se possível, melhorá-los: lausperene, adoração da 1ª sexta-feira, terço em Santa Helena, grupo de oração e amizade...
- Dar maior visibilidade ao nosso jornal Sopé da Montanha de modo que entre em todas as famílias presentes ou emigradas.
Depois acrescentou:
- Eu sei que o Plano Pastoral NÃO é do pároco, mas de TODA a comunidade. Eu sei que as pessoas se têm que mobilizar mais, muito mais, evitando tudo o que possa destruir boas vontades e a unidade.
Felicitei-a pelo interesse, pela partilha, pelo desejo de ver a comunidade avançar pelo caminho do Evangelho que nos convoca para a conversão e para a atenção ao irmão.
E o caro visitante tem ideias que queira partilhar connosco? Deixe o seu comentário. Obrigado.
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