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Fernando Rosas entende que a Igreja portuguesa foi “abertamente hostil à República e ao Republicanismo”, com “muitos párocos envolvidos em manobras subversivas contra a República”, em especial no Norte do país.Para o historiador, “a obra de laicização da República, com os seus desvios e exageros jacobinos, com as suas perversões, é uma das obras modernizadoras mais importantes do século XX português”.
“A Igreja Católica também adquiriu, graças à mudança, profundidade de reflexão, encontrou força de mobilização interna e percebeu o novo registo do seu espaço e articulou energias”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa. “Em 1917, já se sentia o resultado do novo modo de actuar do episcopado. É verdade que a República deu à Igreja mais liberdade, mesmo cortando algumas liberdades”, concluiu D. Carlos Azevedo.
“A lei da separação encerrou o Estado confessional e a religião do Estado, mas não criou um regime de liberdade religiosa. Instaurou uma separação, mas que restringia a religião. Controlava-a de modo administrativo e combatia-a politicamente. E a igreja, a Igreja não atacou a República”, defendeu D. Carlos Azevedo.
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