sexta-feira, 21 de junho de 2013

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C

Leituras:  aqui
Tu és o Cristo

Estamos aqui reunidos em oração, porque somos "cristãos".
Mas quem é Cristo para si?
A Palavra de Deus  propõe-nosa descobrir em Jesus o "Messias" de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida,e convida cada "cristão" a fazer da própria vida um dom generoso aos irmãos.

 
A 1ª Leitura apresenta o profeta, anuncia e descreve a imagem do Messias:
um homem justo e inocente "transpassado", um servo sofredor, que desperta uma atitude de conversão e volta a Deus.
João identificou esse misterioso personagem com Jesus. (Zc 12,10-11;13,1)

 
A 2ª Leitura afirma que, pelo Batismo, fomos "REVESTIDOS de Cristo". Por isso, devemos renunciar à vida velha do egoísmo e do pecado, para viver a vida nova da entrega a Deus e do amor aos irmãos. (Gl 3,26-29)

 
No Evangelho temos a profissão de fé de Pedro no Messias e o anúncio da Paixão. (Lc 9,18-24)
No final de sua atividade na Galiléia, Jesus, depois de ter ORADO, provoca os Apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e Missão:
"Quem sou eu no dizer do POVO?"
Estranha curiosidade: Cristo interessado em saber o que os outros pensam dele.
Até parece um levantamento de IBOPE para verificar sua popularidade...
- Responderam-lhe: "João Batista... Elias... ou um dos antigos profetas..."
* Reconhecem em Jesus um grande Mestre, um grande operador de milagres, mas um HOMEM apenas...

 - Os DISCÍPULOS deviam ter uma ideia mais amadurecida, pois foram testemunhas de seus milagres e destinatários privilegiados de sua doutrina. Por isso, acrescenta:
"Mas PARA VÓS, tornou Jesus, QUEM SOU EU?”
- Pedro, em nome de todos, responde: "Tu és o CRISTO de Deus"
A resposta era exata, eco da profecia de Isaías...
Pedro reconhece o Messias...  - Mas que Messias?
Como esperavam todos os judeus e os demais apóstolos: um "messias" político, poderoso e vitorioso? Por isso não era tudo...

 
E Jesus completa, apontando "O Caminho de Jesus", falando pela primeira vez de sua Paixão...
Apresenta-se como o "Servo Sofredor", desprezado e rejeitado pelos homens, na expressão usada pelo profeta...
Para os discípulos, que esperavam um Messias-Rei, tal afirmação deve ter sido dura e decepcionante...

 Mas Jesus não volta atrás, pelo contrário, reafirma que o Caminho do Discípulo é o mesmo: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia, e siga-me".

 
Ele irá à frente para dar o exemplo: Será o primeiro a levar a cruz.
Quem quiser ser seu discípulo, há de imitá-lo. E conclui: "Aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem a perder, por minha causa, esse se salvará".

Isso implica TRÊS COISAS:
- "Renuncie a si mesmo..."
Libertar-se de toda ambição pessoal. Libertar-se de todas as seguranças  em que se apoia o próprio eu, para estar disponível a seguir a Jesus.
- "Tome sua cruz cada dia"
Libertar-se continuamente do apego à vida e estar pronto a morrer...
nos compromissos diários do cristão.
A Cruz é Sinal do cristão. Está presente em toda parte, com muitos nomes...
- "E Siga-me..."
Só quem se libertou do eu e do apego à vida, pode seguir Jesus até o fim, abandonando-se a Deus em favor dos homens.
Seguir Jesus não é apenas reconhecê-lo como Messias...acreditar apenas num pacote de verdades aprendidas na catequese...é segui-lo no caminho do amor, da verdade e da justiça.

 
Ainda Hoje,
- muitos o reconhecem como um grande Mestre  que pregou o amor, a fraternidade, a paz, a justiça;
- admiram-no pela atenção dada aos pobres e excluídos;
-  apreciam-no pela sua coragem, pela sua coerência, pela sua nobreza de espírito, pela sua fortaleza diante da morte...
- Mas continuam acreditando que os verdadeiros messias são outros: os políticos, os generais, os donos das multinacionais...

 
Quem é Jesus para nós?
A pergunta de Jesus é ainda atual. Não é apenas uma sondagem de opinião... Não é suficiente saber o que os outros dizem... é fundamental o que diz a nossa experiência de fé, de esperança e de amor...
Cristo é alguém, que está no centro de nossa existência, cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos, com quem nos identificamos e a quem amamos?
- Estamos dispostos a segui-lo, também na cruz?
- Reconhecemos Cristo no irmão necessitado, sofredor?

                              Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 23.06.2013, aqui

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