terça-feira, 23 de abril de 2013

Pedofilia: Porta-voz do episcopado saúda arquivamento de inquérito após denúncias públicas

--
Padre Manuel Morujão reafirma empenho da Igreja Católica no combate a «grave chaga social»

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou hoje que o arquivamento pelo Ministério Público de denúncias sobre alegados casos de pedofilia na Igreja Católica "liberta" os visados "de graves acusações" e pediu que se evite a “calúnia” neste campo.
“A Igreja agradece o alto nível de exigência que é habitual no confronto de padres ou leigos que a representam. Essa exigência manifesta o alto conceito que a opinião pública tem dos valores e práticas da Igreja, julgando intolerável que haja casos de contradição. É importante que tal exigência se mantenha, evitando evidentemente tudo o que possa ser especulação ou calúnia”, refere o padre Manuel Morujão, em comunicado.
O sacerdote jesuíta reagiu ao anúncio do Ministério Público sobre o arquivamento das acusações feitas pela ex-provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, que envolviam sacerdotes da Diocese de Lisboa.
“Naturalmente que esta notícia me alegra, porque as pessoas e instituições da Igreja que foram visadas nesta inquirição se veem libertas de graves acusações e reabilitada a sua boa fama”, destaca o porta-voz da CEP, na nota enviada à Agência ECCLESIA.
O inquérito instaurado no DIAP de Lisboa, na sequência de declarações prestadas a alguns órgãos de comunicação social por Catalina Pestana, “foi encerrado por despacho de arquivamento proferido em 16 de abril”, revelou o Ministério Público.
Segundo o padre Manuel Morujão, a Igreja “agradece a todas as pessoas e instituições que ajudam a combater esta grave chaga social que é o abuso sexual de menores, na sociedade em geral e na Igreja em particular”.
“As diretivas dos últimos Papas são claríssimas, sem ambiguidade alguma, a fim de que sejam defendidas as crianças dos seus potenciais agressores”, sublinha,
O sacerdote lembra, neste contexto, que a CEP divulgou em abril de 2012 um conjunto de diretrizes “muito claras e exigentes” para o tratamento de eventuais casos de abusos sexuais de menores, “para que os clérigos ou pessoas que trabalham em instituições da Igreja tenham comportamentos adequados, sem qualquer condescendência”.
In agência ecclesia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.