A crença numa vida após a morte acompanha a caminhada da humanidade desde as suas origens. Praticamente todas as religiões a sustentam, pois lhes custa admitir que tudo termine no nada e no vazio. Mas há também quem não consegue aceitá-la e prefere, como escreve São Paulo, «comer e beber, pois amanhã morreremos» (1Cor 15,32).
Um pouco antes da sua morte, Jesus reuniu os apóstolos e os consolou dizendo: «Não fiquem tristes. Creiam em Deus e creiam em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar-vos um lugar. Quando eu for e o tiver preparado, voltarei para vos levar comigo, para que estejam onde eu estou» (Jo 14,1-3). Para São Paulo, a "casa" preparada por Deus supera quaisquer expectativas humanas: «O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam» (1Cor 2,9).
Mas não se pense que toda a gente acredita que há uma vida para além deste mundo. Segundo um inquérito de uma socióloga da Universidade do Porto, cerca de 25% dos portugueses não acreditam na vida para além da morte. E entre eles estarão cerca de 10% de católicos que vão à missa com regularidade.
Penso que todos corremos o risco de nos apegarmos a este mundo, sobretudo aqueles que vivem uma vida à procura da felicidade na terra, pois como diz o Evangelho, «onde está o teu tesouro, ali está o teu coração» (Mt 6,21). Para quem se deixa escravizar pelos bens deste mundo ou por seus instintos egoístas, o paraíso e a vida eterna nada significam.
É na ressurreição de Jesus que se afirma a nossa fé numa vida para além deste mundo. Como diz S. Paulo: "Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a nossa fé" (1Cor 15, 13 e 14).
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