Ele passa da incredulidade ao êxtase. Entrega-se, confia-se a um Deus, a quem chama «meu Senhor»; rende-se a um Senhor, a quem chama «meu Deus».
Não é já o Deus estranho dos livros, dos teólogos ou dos filósofos, o deus dos outros, mas o Deus da sua vida, como se Tomé dissesse: “Ele é parte de mim e eu sou parte d’Ele” (Ct.6,3).
A fé não indica, portanto, uma posse, mas uma pertença, uma relação vital e pessoal: Ele é o «meu Deus», porque me faz viver, é a parte melhor de mim; é «meu», como o é o coração, e sem Ele não existirei. É «meu» como o é a respiração e sem ela não viverei.
Aqui se percebe que a fé não é simples adesão da mente a uma verdade; é adesão plena da minha vida, da mente, do coração, da vontade, a um «Tu», que me dá esperança e confiança. Então, ter fé é encontrar este «Tu», este Deus, que me sustém, e me faz a promessa de um amor indestrutível, que não só aspira à eternidade, mas também a concede; é confiar-me a Deus com a atitude da criança, que sabe bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas estão salvaguardados, nesse Tu, no colo de Sua mãe.
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