Nossa Mãe recebe nomes ou títulos em função das prerrogativas com que Deus a ornou (Senhora da Graça, Mãe de Deus, Imaculada Conceição), de lugares onde teria aparecido (de Fátima, de Lurdes), de graças que tenha concedido (das Graças), de locais onde é padroeira (Aparecida), de graças que necessitamos (da Boa Viagem) e até nomes que queiramos dar em função de nossas necessidades. Maria, Mãe de Jesus, é quem recebe mais nomes em toda a Igreja Católica.
Há tempos chamou-me atenção um intenção para a Eucaristia. Estava lá escrito: "Em honra de Nossa Senhora dos Remédios, em honra de Nossa Senhora dos Milagres, em honra de Nossa Senhora de Fátima, em honra de Nossa Senhora dos Aflitos".
Isto trouxe-me à mente uma conversa que aconteceu há uns anos. Às tantas, um dos intervenientes, ficou muito chocado quando lhe foi dito que Nossa Senhora é só uma, a Mãe de Jesus e nossa Mãe. "Eu pensava que havia tantas "Nossas Senhoras..."
Era ainda novo, quando acompanhei um grupo de pessoas ao santuário de Nossa Senhora de Fátima. No autocarro, assisti ao diálogo entre duas pessoas. Uma dizia:
- Eu gosto muito de vir a Fátima, mas a "santinha" da minha devoção é a Senhora da Lapa.
A outra respondeu:
- Eu cá gosto mais desta "santa". Para mim não há como a Senhora de Fátima!"
Apenas alguns casos. Que traduzem a ignorância religiosa de muitos cristãos.
Como queremos que compreendam mensagens mais elaboradas quando ainda navegam nesta ignorância primitiva?
Falar de "Mistério Pascal", comunidade e comunhão, projecto pastoral, vocação e missão da Igreja, etc, a pessoas que acham que há muitas "Nossas Senhoras" diferentes...
É mais do que necessária uma catequização a sério que abranja TODOS OS CRISTÃOS.
Mas será que eles estão disponíveis? Será que sentem necessidade de serem catequizados? É que de "futebol, política, família e religião", os portugueses acham sempre que sabem tudo, são mestres consumados...
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