“Ter fé cristã é aceitar que Deus, em Jesus Cristo, nos dá a vida, para além da morte e para além de todas a nossas capacidades de a conquistar. Isso permite uma atitude de confiança que abre à esperança, para além de todo o absurdo aparente”, assinala o teólogo, presidente do Centro Regional da instituição académica em Braga, num texto hoje publicado no Semanário Agência ECCLESIA.
Segundo este especialista, ter fé é, “no sentido mais básico, confiar em algo ou alguém diferente”.
“Assim, opõem-se-lhe duas atitudes: a da desconfiança total, que levaria, em muitos casos, ao desespero; ou a da autoconfiança total, ou seja, a da confiança apenas em nós mesmos”, acrescenta João Duque.
O padre Tiago Freitas, um dos promotores da página ‘Pátio dos Gentios’, observa, por sua vez, a importância de se viver este ano (outubro de 2012-novembro de 2013) numa “fé que se recorda, reforça e aprofunda, não à luz do candeeiro do escritório ou assinando um livro de honra, mas abrindo a porta da Igreja para ver quem está do lado de fora”.
“A pergunta é: quem é central neste Ano da Fé? E a resposta é Jesus Cristo”, refere, acrescentando que a “gramática para encontrar Cristo” no mundo de hoje é “algo entre a narrativa e a poesia”.
“O Ano da Fé tem, portanto, o potencial necessário de proporcionar a todos os cristãos e pessoas de boa vontade um belo e significativo encontro com Cristo”, sublinha.
O padre Georgino Rocha, pró-vigário geral da Diocese de Aveiro para o diálogo ‘Igreja-Mundo’, explica, por sua vez, que “o recurso à pedagogia de dedicar um ano especial a uma temática específica – que faz parte normal da missão contínua da Igreja – tem raízes bíblicas e foi usada por várias vezes, especialmente no pós-concílio Vaticano II”.
Para este responsável, “renovar toda a vida da Igreja a partir da fé constitui um objetivo englobante e ‘provocador’ sempre atual”.
“O desencontro de comunicação a agravar-se, a tentação de remeter a fé e a ação da Igreja para o domínio privado, a crise de valores que atravessa a sociedade e se repercute nos comportamentos pessoais e coletivos, a mentalidade que reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas, o esvaziamento de muitos símbolos religiosos e a desadequação de linguagens, a fadiga e o desencanto de tantas ‘pessoas de boa vontade’ são características marcantes, entre tantas outras, da época que vivemos e que nos interpelam profundamente”, alerta.
Fonte: aqui
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