O Vaticano anunciou hoje o início do interrogatório de Paolo Gabriele, mordomo de Bento XVI que é acusado de “furto agravado” de documentos pertencentes ao Papa, crime que pode valer até 8 anos de cadeia.
A informação foi adiantada aos jornalistas pelo diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, e pelo juiz Paolo Papanti-Pelletier, do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano.
Gabriele foi detido a 23 de maio, suspeitando-se que seja o autor de fugas de informação no Vaticano, conhecidas por ‘Vatileaks’, que deram origem à divulgação pública de dados reservados.
Os responsáveis da Santa Sé adiantaram que atualmente se está a indagar “se os documentos publicados são verdadeiros ou falsos” e se foram distribuídos “a uma ou mais pessoas”.
Paolo Gabriele encontra-se numa das quatro celas existentes no Vaticano, em prisão preventiva, uma situação que pode durar 50 dias, “prorrogáveis por outros 50”.
O porta-voz do Vaticano negou, por outro lado, que o mordomo tenha começado a colaborar com a justiça como uma espécie de 'agente duplo', antes da sua detenção, informação classificada como “absolutamente infundada e não plausível”.
A investigação sobre os atos está a ser levada a cabo pela polícia e os magistrados do Vaticano, sem confusão com o inquérito coordenado por uma comissão de cardeais nomeada, para o efeito, por Bento XVI.
Na última quarta-feira, o Papa confessou “tristeza” perante os recentes acontecimentos envolvendo o seu colaborador, lamentando as “ilações, amplificadas por alguns meios de comunicação, totalmente gratuitas e que vão muito para lá dos factos, oferecendo uma imagem da Santa Sé que não corresponde pela realidade”.
In Agência ecclesia
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